domingo, 29 de junho de 2008

Lembrando Raul Seixas

Hoje homenageamos Raul Seixas.
Se estivesse vivo, ontem ele estaria completando 63 anos.
E não precisamos de muita coisa para falar dele.
Ele próprio fala por si só.

Cantando:


Paul Ehrlich

"Tem gente demais"
"O crescimento populacional desordenado continua sendo a grande ameaça ao planeta. Com menos gente no mundo, a pobreza e a fome não teriam grassado e se tornado um fenômeno com as proporções atuais".

Paul Ehrlich

O demógrafo Paul Ehrlich celebrizou-se no meio acadêmico por publicar o polêmico best-seller The Population Bomb (A Bomba Populacional), em 1968, no qual faz projeções catastróficas sobre as conseqüências da explosão demográfica. "A falta de comida causará a morte de milhões de pessoas nas próximas décadas", escreveu. Por suas previsões alarmistas, Ehrlich ocupou o posto de principal seguidor do inglês Thomas Malthus, que no século XVIII lançou pela primeira vez o anátema da escassez sobre a humanidade. Entrevista

Imagem: Gustave Courbet, Les Cribleuses de blé, 1854
Courbet: http://witcombe.sbc.edu/modernism/roots.html

PEDRO SIMON - Senador PMDB

Brasil
O último dos autênticos
Exemplo de conduta ética, o senador Pedro Simon é hoje um político isolado e diz que não deixa o PMDB porque não tem para onde ir.
OCTÁVIO COSTA E SÉRGIO PARDELLASSOLIDÃO Simon faz vigília pela liberação de R$ 1,1 bilhão para o Rio Grande do Sul.

Aos 78 anos, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) é um político em extinção. Um dos últimos "autênticos" do PMDB, partido que ajudou a fundar, Simon, nos últimos dez anos, já fez voto de pobreza, distribuiu bens entre amigos e familiares e percorreu durante seis dias os 136 quilômetros entre Fortaleza e Canindé, no sertão cearense, numa peregrinação ao lado de 500 andarilhos devotos de São Francisco, como ele. Não bastassem esses atos de desapego aos bens terrenos, o senador gaúcho recusou convite para integrar o primeiro escalão do governo Luiz Inácio Lula da Silva, atitude considerada inimaginável para a maioria dos parlamentares, cada dia mais sôfregos por cargos, verbas e pelas benesses e mordomias do poder. Conhecido no Senado pela retórica inflamada e pelos gestos teatrais, o tribuno Simon não costuma poupar ninguém em seus discursos em defesa da ética. Muitas vezes, porém, o senador investe contra moinhos de vento e essa postura quixotesca tem contribuído para o seu isolamento na Casa, o que se agravou com a morte, em maio, do amigo e colega Jefferson Péres (PDT-AM), outro inveterado idealista. Se alguém derrapa na administração pública, lá está Pedro Simon, uma espécie de guardião da moral na política nacional, para cobrar e zelar pela boa conduta. Em 1998, sua língua ferina derrubou o então ministro das Comunicações, Mendonça de Barros, durante a sessão em que era ouvido sobre o escândalo do grampo no BNDES. Em 1999, foi a vez de o então ministro do Desenvolvimento, Clóvis Carvalho, sentir na pele a ira do gaúcho de Caxias do Sul. "O ministro Clóvis Carvalho foi irresponsável", vociferou Simon na ocasião, depois de Carvalho atacar Pedro Malan, então titular da Fazenda, publicamente. Na última semana, Simon fez uma vigília de seis horas no plenário do Senado em favor da liberação de um empréstimo de US$ 1,1 bilhão do governo federal para o Estado do Rio Grande do Sul. Foi acompanhado por um único senador - o piauiense Heráclito Fortes (DEM) - que contribuiu para que a sessão não caísse e, com isso, o empréstimo fosse viabilizado. Decepcionado com a classe política e, sobretudo, com o PMDB, Simon fez uma confissão à ISTOÉ. Só não deixou o PMDB até hoje porque não tem para onde ir. "A minha primeira grande decepção com a política foi a chegada do PMDB ao poder em 1985, após a morte de Tancredo Neves. Foi ótimo até chegarmos lá", disse. "Desde então, o PMDB é um partido de mentirinha. Mas, sem opção, prefiro ficar na minha casa, onde sempre estive", admitiu. O senador atribui o desencanto e a desesperança à falta de renovação dos quadros partidários e de homens ilustres. "Já não temos grandes nomes como dr. Ulysses (Guimarães), Barbosa Lima Sobrinho, Aloísio Lorscheider e Ivo Lorscheiter, e Teotônio Vilela", lamentou.

O último dos autênticos
Exemplo de conduta ética, o senador Pedro Simon é hoje um político isolado e diz que não deixa o PMDB porque não tem para onde ir.

OCTÁVIO COSTA E SÉRGIO PARDELLAS

Ele relembra, com semblante saudoso, os momentos áureos dos "autênticos do MDB" e dos instantes que antecederam a morte de Tancredo em abril de 1985. "A direita militar estava assanhada. Não queriam dar posse a Tancredo, quanto mais ao Sarney, mas estávamos lá, lutando." A segunda decepção de Simon foi o governo Fernando Henrique Cardoso. "O PSDB tinha grandes nomes de esquerda - Montoro, Covas, FHC - mas quando alcançou a Presidência o Fernando Henrique 'endireitou'." Já o PT, na opinião de Simon, contribuiu de maneira decisiva para a despolitização em geral ao aprofundar o receituário neoliberal e cometer sérios deslizes de natureza ética e moral. "O Lula está dando show na política internacional e foi muito inteligente ao criar o PAC e investir no programa Bolsa Família, mas na questão moral foi um fracasso." Em sua opinião, "se o presidente Lula tivesse agido com pulso no caso Waldomiro Diniz, aquele assessor do Zé Dirceu, teria matado pela raiz os casos de corrupção no setor público".
Sobre o cenário para 2010, Simon acredita que Lula reunirá todas as condições para fazer seu sucessor. Sobretudo se contar com a máquina do PT. "O PT está chegando quase à perfeição em usar a máquina do Estado, basta ver o PAC." A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na avaliação do senador, seria um bom nome "se o PT deixasse". Simon insiste na defesa pela candidatura própria do PMDB. Para ele, a população não suporta mais a polarização PT-PSDB. Acredita ainda que o Brasil não vai aceitar "São Paulo ficar 24 anos no poder". Seu candidato? "Quem sabe Aécio. Acho razoável ele ir para o PMDB. Trata- se de um grande nome. Faria a campanha de Aécio, que é neto de Tancredo", revelou. "Só não sei se o Aécio confia no PMDB", ressalvou. Como seu mandato só termina em 2014, Simon não arrisca fazer prognósticos sobre o seu futuro político. "Primeiro quero ver se chego até lá", brincou o senador, que, durante a vida pública, tem contrariado a tese de que, na velhice, o incendiário transforma-se em bombeiro. "Acomodarse é se entregar", justificou Simon.
QUEM ERAM OS AUTÊNTICOS
Grupo de parlamentares do MDB que fazia oposição radical à ditadura:

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Parabéns

Sobrinha ANNINHA


Recados para Orkut



Sentimento e sentença.

Escrito por João Baptista Herkenhoff
26-Jun-2008

Podem ter alma e paixão as sentenças que os juízes proferem? Sentenças e despachos devem ser frios, eqüidistantes dos dramas tantas vezes presentes nas questões judiciais?
Pode a condição de mãe fundamentar um despacho de soltura de uma acusada?
Essas perguntas, pelo que sinto, despertam a curiosidade de muitas pessoas, não apenas daquelas ligadas ao mundo do direito.
A meu ver, o esquema legal da sentença não proíbe que ela tenha alma, que nela pulse a vida, e valores, e emoção, conforme o caso.
Em várias oportunidades, os jornais têm registrado sentenças marcadas pelo sentimento, pela empatia, sem desdouro para os magistrados que as subscrevem.
Na minha própria vida de juiz, senti muitas vezes que era preciso dar sangue e alma às sentenças. Para que justiça se fizesse, não bastava a construção racional de um frio silogismo.
Este artigo contém, no seu bojo, o despacho que libertou Edna, a que ia ser mãe.
Esta peça judicial resume minha concepção do direito. Como devolver a Edna, protagonista do caso, à liberdade, sem penetrar fundo na sua sensibilidade, na sua condição de pessoa humana? Foi o que tentei fazer.
Edna, uma pobre mulher, estava presa há 8 meses, prestes a dar à luz, porque fora apanhada portando alguns gramas de maconha. Dei um despacho fulminante, carregado de emoção e da ira santa que a injustiça provoca.
Este despacho, quando a ele me refiro em palestras e cursos, encontra uma resposta tão forte junto aos ouvintes que cedo à tentação de transcrevê-lo. Talvez a transcrição ajude a responder as indagações que colocamos no início deste artigo.
Eis, pois, o despacho:

"A acusada é multiplicadamente marginalizada: por ser mulher, numa sociedade machista; por ser pobre, cujo latifúndio são os sete palmos de terra dos versos imortais do poeta; por ser prostituta, desconsiderada pelos homens mas amada por um Nazareno que certa vez passou por este mundo; por não ter saúde; por estar grávida, santificada pelo feto que tem dentro de si, mulher diante da qual este juiz deveria se ajoelhar, numa homenagem à maternidade, porém que, na nossa estrutura social, em vez de estar recebendo cuidados pré-natais, espera pelo filho na cadeia.
É uma dupla liberdade a que concedo neste despacho: liberdade para Edna e liberdade para o filho de Edna que, se do ventre da mãe puder ouvir o som da palavra humana, sinta o calor e o amor da palavra que lhe dirijo, para que venha a este mundo tão injusto com forças para lutar, sofrer e sobreviver.
Quando tanta gente foge da maternidade; quando milhares de brasileiras, mesmo jovens e sem discernimento, são esterilizadas; quando se deve afirmar ao mundo que os seres têm direito à vida, que é preciso distribuir melhor os bens da terra e não reduzir os comensais; quando, por motivo de conforto ou até mesmo por motivos fúteis, mulheres se privam de gerar, Edna engrandece hoje este fórum, com o feto que traz dentro de si.
Este juiz renegaria todo o seu credo, rasgaria todos os seus princípios, trairia a memória de sua mãe, se permitisse sair Edna deste fórum sob prisão.
Saia livre, saia abençoada por Deus, saia com seu filho, traga seu filho à luz, que cada choro de uma criança que nasce é a esperança de um mundo novo, mais fraterno, mais puro, algum dia cristão.
Expeça-se incontinenti o alvará de soltura".
Edna encontrou um companheiro e com ele constituiu família. Mudou inteiramente o rumo de sua vida. A criança, se fosse homem, teria o nome do juiz, conforme declarou na audiência. Mas nasceu-lhe uma menina que se chamou Elke, em homenagem a Elke Maravilha.
Onde estará Edna com sua filha?
Distante que esteja, eu a homenageio. Pela tarde em que a libertei, por essa simples tarde, valeu a pena ter sido juiz.

João Baptista Herkenhoff é livre-docente da Universidade Federal do Espírito Santo, professor do mestrado em direito e escritor. Autor, dentre outros livros, de "Direito e Utopia", Livraria do Advogado Editora (Porto Alegre, RS).

Extraído do: www.correiocidadania.com.br


ABELHAS

“Olhem as abelhas, se elas sumirem a humanidade tem um máximo de quatro anos de sobrevida, pois não haverá plantas e nem animais, a polinização é a grande responsável pela produção de alimentos”.
Albert Einstein

quinta-feira, 26 de junho de 2008

N A T U R E Z A

Edgard Rezende - Amo!

Amo!
Edgard Rezende

Amo!
Aflito,
A esse grito
Todo me inflamo!
Amo a natureza,
O Canto, a Liberdade,
Essa expressão de Tristeza
Que existe no termo - Saudade.
Amo o Puro, o Singelo, a Beleza
Que há nas Coisas e delas se irradia;
A Dor, essa Dor que é Poesia e é Lamento,
Tudo mais que a Razão traz ao Conhecimento;
A Luz, a Alacridade, a Lágrima que é Poesia...
A Jesus, que sofreu pelos Homens na Terra,
A Voz que é Pureza, e Bondade, e Ternura,
A profunda Lição que a Cruz encerra!
Toda Fonte, que mata a secura...
Amo a Atitude delicada,
A Verdade esclarecida,
O raiar da Alvorada,
O Ocaso da vida...
Amo, repito,
Teimo, exclamo
E grito:
- Amo!
("Poeira de Estrelas")

terça-feira, 24 de junho de 2008

PRECE

Normalmente nós pedimos pelos que sofrem,
pelos que choram, pelos que passam fome,
oramos pelos doentes e rogamos pelos infelizes.
Hoje vamos inverter a ordem e vamos dizer:
Senhor, não te suplicamos pelos desesperados, nós
te pedimos por aqueles que promovem o desespero.
Não te rogamos pelos que choram, mas pelos
infelizes que são responsáveis pelas lágrimas.
Não te rogamos ajuda aos que passam fome,
mas pelos abastados que são fomentadores
da miséria
sócio-econômica.
Não pedimos em favor dos enfermos,
mas nós intercedemos pelos que jogam
fora a saúde e os que são impiedosos
para com os doentes.
Não estamos aqui pedindo pelos perseguidos,
pelos caluniados, mas estamos interferindo
pelos
perseguidores, pelos caluniadores,
pelos impiedosos
.
Eles sim, são verdadeiramente os infelizes
por que perderam o endereço de Deus
e o contato com a consciência.
Apieda-te Senhor, dos fomentadores
da discórdia
econsola os que estão chorando
no teu regaço, procurando a Tua paz,
e em Teu próprio nome de Amor,
abençoa esta casa e os que aqui habitam,
os que aqui buscam auxilio, os que
pretendem ir adiante, os que se entregam
em regime de silêncio e abnegação, para
que nas suas vozes caladas, possamos
todos nós ouvir a Tua voz, ao invés dos que
fazem tumulto para apagar a mensagem
da Tua palavra".
Senhor fica conosco
e dá-nos a Tua paz.
Divaldo Pereira Franco
(numa de suas palestras)

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Frase atemporal...

Só podia vir de uma mente privilegiada...«Os políticos e as fraldas devem ser mudados
freqüentemente e pela mesma razão.»

Eça de Queiroz

Aos meus amigos!

AMIGOS!!!

Um jovem recém casado estava sentado num sofá num dia quente
e úmido, bebericando chá gelado durante uma visita ao seu pai.
Ao conversarem sobre a vida, o casamento, as responsabilidades
da vida, as obrigações da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente
os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar
claro e sóbrio para seu filho.

- Nunca esqueça de seus
amigos, aconselhou!
Serão mais importantes na medida em que você envelhecer.
Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que
porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos.
Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles;
faça coisas com eles; telefone para eles...

Que estranho conselho! Pensou o jovem.
Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto.
Com certeza minha esposa e a família que iniciaremos serão
tudo que necessito para dar sentido à minha vida!
Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus
amigos
e anualmente aumentava o número de amigos.
Na medida em que os anos,se passavam,
ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava.
Na medida em que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e
mistérios sobre um homem,
amigos são baluartes de sua vida.
Passados mais de 50 anos, eis o que aprendi:

O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa.
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêem.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.

MAS... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo
e quantos quilômetros estão entre vocês.

Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma
necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando
você de braços abertos, abençoando sua vida!

Quando iniciamos esta aventura chamada vida, não sabíamos das
incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante.
Nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.

AOS MEUS AMIGOS, que muito prezo, aproveito este momento
de reflexão, para desejar-lhes muitas felicidades, com um
abraço fraternal: Pedro da Veiga.

sábado, 21 de junho de 2008

McCoy Tyner - In a Mellow Tone


In a Mellow Tone, com McCoy Tyner - piano Charnett Moffett - baixo Eric Harland - bateria Gravada nos EUA, em 22 de julho de 2003.

Os tempos de Lúcio Costa

Arquivo N (Globo Vídeo)


Quarta-feira, 04/06/2008

O programa relembra a biografia e a carreira do arquiteto e urbanista Lúcio Costa, nos dez anos de sua morte. Ele foi um homem que soube criar e também proteger o patrimônio do Brasil.


sexta-feira, 20 de junho de 2008

Orquestra Francisco Canaro & Nelly Omar - 1946

ADIOS PAMPA MIA

MIGUEL ACEVES MEJÍA Y PEDRO VARGAS

CANCIÓN MIXTECA (1962)


André Valli, o eterno Visconde de Sabugosa

Morre o ator André Valli

Morreu esta madrugada(20/06/2008), em seu apartamento em Copacabana, por volta das 4h, vítima de um câncer, André Valli. O ator ficou conhecido popularmente como o eterno Visconde de Sabugosa, personagem que interpretou por dez anos na primeira versão do "Sitio do Pica Pau Amarelo".

André nasceu em Recife e estreou profissionalmente em 1965, no Rio de Janeiro, com a peça "Roda Viva",, de Chico Buarque. Seu último trabalho em novelas foi em "Laços de Família", de Manoel Carlos.

O corpo de André Valli velado até às 14h no saguão do Teatro Villa-Lobos, em Copacabana, segue para a capital pernambucana, onde será enterrado.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

CENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO JAPONESA

Os japoneses que vivem atualmente no Brasil têm uma bela história. Eles vieram para cá há cem anos num navio chamado "Kasato Maru", que trouxe as primeiras 165 famílias japonesas, 781 pessoas que sonhavam com uma vida melhor. Partindo em 28 de abril de 1908, do porto de Kobe, no Japão, depois de 52 dias, percorridas 21 mil milhas, o navio chega a 18 de junho de 1908 ao porto de Santos (litoral de São Paulo), marcando o início da imigração japonesa no Brasil.


O mascote oficial das comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, que foi criado por Mauricio de Sousa, já tem nome. O personagem se chamará Tikara (pronuncia-se Ticará). O quadrinista explicou o significado do nome, que quer dizer poder, coragem. "É a coragem que os primeiros imigrantes tiveram para atravessar o oceano rumo ao desconhecido, vir e formar a maior comunidade japonesa fora do Japão. É uma coisa heróica".







Está vendo essa menininha fofinha que o Mauricio de Sousa está mostrando? Ela é a KEIKA, a namorada do Tikara, o menininho-mascote das comemorações do centenário da imigração japonesa. Sim, Keika é a nova (ou pelo uma das mais novas) criação do incansável pai da turma da Mônica. Mauricio de Sousa explicou que o nome é uma junção de “kei”, que significa pureza, honestidade e integridade, e “ka”, de "aquele que acrescenta".

UMA VÍRGULA (*)


A vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém
mude uma vírgula da sua informação.

><><><><><><><><

(*) Campanha dos 100 anos da ABI -
Associação Brasileira de Imprensa.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A CORUJA DO MEU BAIRRO
Jansen Filho

Na paz noturna do meu bairro triste,
No mais humilde dos mocambos toscos
Que a vida ingrata com seu manto cobre,
Escuta o choro da infeliz coruja
Que toda a noite vem chorar queixosa
No meu gurúrio de estudante pobre!

Depois que a terra veste o luto feio
E o vento passa num langor profundo,
Cantando a valsa das carícias mortas,
Do vácuo escuro das taperas frias,
Ouve-se o rasgo da desventurada,
Jogando praga sobre as nossas portas...

Anda ferindo o coração das brumas
Presa ao remorso que conduz nas asas
- Talvez dos charcos ou dos pantanais...
Adora a noite porque vive sempre
Nessa constante exibição funérea.
"Exposta à fúria desses vendavais..."

Miguel JANSEN FILHO: Nasceu no dia 1º de maio de 1925, na cidade de Monteiro, Estado da Paraíba e faleceu em São Paulo, no dia 18 de julho de 1994; filho de Miguel Jansen de Paiva Pinto e D. Maria Virgem de Paiva Pinto. Iniciou o curso primário em Monteiro, no Grupo Escolar Miguel Santa Cruz, concluindo no Colégio Olegário Barros, em Taubaté, São Paulo, cursando, também, aí, no secundário, formando-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito das Faculdades Metropolitanas Unidas de São Paulo. Jansen Filho começou a fazer versos, ainda criança, em Monteiro, influenciado pela presença dos violeiros e repentistas que freqüentavam as feiras livres do interior. Deixando o sertão, estabeleceu-se no Rio de Janeiro e, lá, qual um trovador medieval, era convidado a declamar as suas poesias nas mais nobres residências da Cidade Maravilhosa, sendo aplaudido e admirado por todos. Recebeu o título de Cidadão Honorário da Cidade de São José dos Campos; Membro Benemérito da Academia de Letras da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, de São Paulo; Troféu da Academia Paraibana de Poesia, de João Pessoa; homenageado com a criação do Grêmio Literário Jansen Filho, do Lyceu Paraibano; Membro da Academia Joseense de Letras de São José dos Campos, entre outros títulos e honrarias. Escreveu e publicou: Auroras e crepúsculos, 1948; A coruja do meu bairro, 1949; Céus da minha aldeia; Canções de Marizete, 1951, Negros que os meus olhos não viram, 1953; Procissão de sombras, 1956; Poesias escolhidas, 1957; Folhas que o tempo levou, 1959; Poemas de Jansen Filho, 1960; Guitarra partida, 1961; Poemas a meu pai, 1962; Rua sem nome, 1963; Mulheres perdidas s/d; Obras completas; Pétalas caídas, 1965; Um sonho em cada canteiro, 1976; Monteiro da minha infância, 1976; Alvorada brasileira, 1976; Caravana de estrelas, 1978; Mistura de vozes, 1979; Pedaços de mim mesmo, 1981; Quando a saudade se transforma em lágrima e Uma vida vivida em poesia, 1989; Vultos da Academia, 1993.
Tive o prazer de conhecer JANSEN FILHO, no início de minhas atividades radiofônicas, pela Colméia nos idos de 1959, e tive o grato prazer de entrevistá-lo, oportunidade em que ele recitou diversos poemas de sua autoria. Os seus decassílabos têm cadência invejável, além de real substância poética. Do seu livro "A Coruja do meu bairro", extraímos a poesia que dá o título ao livro.

Mario Quintana - A importância da Frase

domingo, 15 de junho de 2008

FORA COM AS ONGS ESTRANGEIRAS

PARA SUA REFLEXÃO

Você consegue entender isso?

Veja, abaixo, a tabela da vergonha:

Tabela

Vítimas da seca

Índios da Amazônia

Quantos?

10 milhões

230 mil

Sujeitos à fome?

Sim

Não

Passam sede?

Sim

Não

Subnutrição

Sim

Não

ONGs estrangeiras ajudando

Nenhuma

350


A explicação para este absurdo:

A Amazônia tem: ouro, nióbio, petróleo, as maiores jazidas de manganês e ferro do mundo, diamante, esmeraldas, rubis, cobre, zinco, prata, a maior biodiversidade do planeta (o que pode gerar grandes lucros aos laboratórios estrangeiros) e outras inúmeras riquezas naturais que somam 14 trilhões de
dólares.

O nordeste não tem tanta riqueza, por isso lá não há ONGs estrangeiras
ajudando os famintos.

Enquanto isso, ONGs estrangeiras (
principalmente entidades evangélicas dos EUA) estão gastando milhões de dólares para salvar o mico leão dourado.

Tente entender:

Há mais ONGs estrangeiras indigenistas e ambientalistas na Amazônia brasileira do que em todo o continente africano, que sofre com a fome, a sede, as guerras civis, as epidemias de AIDS e Ebola, os massacres e as minas terrestres.

Agora uma pergunta:

Você não acha isso, no mínimo, muito suspeito?

Ao entrar na página de uma ONG indigenista, da qual não citaremos o nome, uma das primeiras coisas que se vê é o emblema da União Européia, que investe milhões de dólares na demarcação de reservas indígenas no Brasil.

Por quê?

Quando há tantos problemas de maior gravidade: terremotos em El Salvador, na China e na Índia, a catástrofe em que vive a África, a seca no nordeste, a epidemia de AIDS, etc. ...E eles gastam milhões para demarcar reservas indígenas...
Que por sinal são exageradamente grandes.

Por quê?

Para entender isso basta ler a frase abaixo:

'...É nosso dever garantir a preservação do território da Amazônia e de seus habitantes aborígines para o desfrute pelas grandes civilizações européias....' - (Conselho Mundial de Igrejas Cristãs , sediado na Europa,1992)

FORA COM AS ONGS ESTRANGEIRAS

O BRASIL É DOS BRASILEIROS

National Geographic - Vídeo

Como seria a terra sem a presença humana!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

SAUDADES!!!

“Durante a nossa vida, disse Charles Chaplin,
Conhecemos pessoas que vem e que ficam,
Outras que, vem e passam.
Existem aquelas que,
Vem, ficam e depois de algum tempo se vão.
Mas existem aquelas que vem e se vão com uma enorme vontade de ficar...”

Hoje faz dois anos que o MAYKON se foi, ele era uma daquelas pessoas que possuía algo mais... Sempre voltado para as coisas do alto, procurando se aperfeiçoar naquilo que acreditava, compartilhando com seus amigos da comunidade eclesial, da qual pertencia, na Paróquia Santa Rita de Cássia... Era uma daquelas pessoas que existem em nossas vidas e enchem nosso espaço com pequenas alegrias e grandes atitudes... Daquelas que te olham nos olhos quando precisam ser verdadeiras, tecendo elogios e, nos momentos difíceis e de dor de alguém, com meigas palavras consolam, embasado nos ensinamentos cristãos, sempre agindo com a simplicidade de uma criança...

O MAYKON era uma pessoa de caráter, de um temperamento exemplar, características de pessoas firmes... Verdadeiras, transparentes, amigas, ingênuas... Que, com um sorriso, um beijo, um abraço, uma palavra, te faz feliz... Daquelas que erram... Acertam... Não tem vergonha de dizer não sei... Daquelas que sonham... Daquelas amigas... Daquelas que passam pela vida deixando sua marca, saudades, daquelas que fazem à diferença...
Daquelas que vivem intensamente um grande amor... Passados dois anos, sentimos Saudades da sua convivência... A vida é feita de caminhos... O MAYKON fez bom proveito do caminho... E na infinita misericórdia de Deus, por certo ele continuou seguindo o caminho preparado para a volta para casa, como disse Cristo: Eu sou... O Caminho... A Verdade... e a Vida...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

JORGE PALMA - Encosta-te a Mim


JORGE PALMA
ENCOSTA-TE A MIM

Encosta-te a mim, nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim, talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim, dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou, deixa-me chegar

Chegado da guerra, fiz tudo p´ra sobreviver
em nome da terra, no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem, não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói, não quero adormecer

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim

Encosta-te a mim, desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for

Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim

Eternos namorados

Feliz Dia dos Namorados!

O amor

"O amor é uma palavra que sempre chama atenção.
Mesmo que a gente não queira, o amor tem sempre razão...
O amor é um sentimento, tão nobre, tão bonito, é dele que eu me alimento, é nele que eu acredito. O amor é uma flor que nasce no chão da verdade, e quem plantar o amor só vai colher felicidade".
À Geni, minha querida namorada, abraços e muitos beijos.
Pedro!

Namorar é amar...
Para todos os que amam...
uma rosa...

O Dia dos Namorados no Brasil

Dia 12 de junho comemoramos o Dia dos Namorados. A história desta data, no Brasil, se confunde com a comemoração do dia de Santo Antônio - famoso santo casamenteiro.

A proximidade com a data impulsionou o publicitário João Dória a realizar uma campanha - sob encomenda da extinta loja Clipper – que fortalecesse o então mês de menor fluxo comercial, o mês de junho. Em 1949, com o apoio da Confederação de Comércio de São Paulo, a empresa lança o slogan criado pela Standart com os seguintes dizeres: Não é só de beijos que se prova o amor.

Com isso, a Standard recebeu o título de agência do ano e firmou a data como especial, mágica, movimentando um mercado até o momento estagnado. Cartas e flores e dizeres; bombons, flores e bilhetes se tornaram freqüentes, além de uma infinidade de jeitos de se dizer EU TE AMO!

História do Dia dos Namorados

Todos nós comemoramos o Dia dos Namorados. Mas, em grande maioria, não sabemos sua história. A data traz em sua essência diversas explicações, baseadas nas tradições cristã, pagã e romana. A Igreja Católica reconhece três santos com o nome de Valentim, mas o santo dos namorados parece ter vivido no Século III, em Roma, onde os casais celebram seu dia, em 14 de fevereiro.

A origem da data - questionável – deve-se a um episódio que ocorreu em Roma, no ano de 270. Um bispo chamado Valentino celebrava casamentos secretos entre casais apaixonados, contrariando as ordens do imperador Claudius II, que preferia ter os homens disponíveis -solteiros -, para lutar contra as freqüentes invasões bárbaras. Imbuído da idéia que o casamento amolecia seus soldados para a guerra, o imperador Claudius II tentou impedir que Valentino realizasse os casamentos; como não conseguiu, mandou prendê-lo para, posteriormente, executá-lo.

Enquanto aguardava sua execução na prisão, Valentino apaixonou-se pela filha cega do carcereiro, que misteriosamente voltou a enxergar, atribuindo-se ao bispo Valentino o milagre, fato que abriu caminho para sua santificação. Valentino foi executado dia 14 de fevereiro. Em homenagem ao seu sacrifício pelo amor, instituiu-se nessa data o St. Valantine's Day.

Já na Roma Antiga, a data era celebrada em 15 de Fevereiro (que, no calendário romano, coincidia aproximadamente com o início da Primavera) no festival Os Lupercalia. Na véspera desse dia, eram colocados em recipientes pedaços de papel com o nome das raparigas romanas. Cada rapaz retirava um nome, e essa rapariga seria a sua namorada durante o festival (ou, eventualmente, durante o ano que se seguia).

O dia 14 de Fevereiro ficou marcado como a data de troca de mensagens amorosas entre namorados, sobretudo em Inglaterra e na França - e, mais tarde, nos Estados Unidos. Neste último país, onde a tradição está mais institucionalizada, os cartões de S. Valentim já eram comercializados no início do século XIX.

Há também quem defenda que o costume de enviar mensagens amorosas neste dia não tem qualquer ligação com o santo, datando da Idade Média, quando se cria que o dia 14 de Fevereiro assinalava o princípio da época de acasalamento das aves.

Dia dos Namorados no Mundo

Enfim, chega o dia em que todos nós podemos nos expressar sem medo, vergonha ou censura. Nossos sentimentos para quem amamos ou estimamos de coração podem ser mostrados sem qualquer privação. O mundo, por sua grandeza, revela-se distinto em diversos aspectos, e nesse caso podemos dizer que apenas as formas de expressão se diferenciam uma das outras. O sentimento, como um todo, é imutável. Bem, vamos dar uma olhada no globo e ver como algumas culturas comemoram o Dia dos Namorados.

Canadenses, mexicanos e australianos também mantêm a tradição. No dia 14 de fevereiro, os casais participam de missas e trocam presentes, pedindo proteção e felicidade ao santo. É comum nos países europeus as pessoas presentearem não somente seus namorados(as), mas aqueles que gostam, como mães, pais, irmãos, amigos.

Na Itália, as pessoas fazem um grande banquete no dia 14 de Fevereiro. Na Inglaterra, as crianças cantam canções a recebem doces e balas de frutas de seus pais. Os dinamarqueses, por hora, mandam flores prensadas umas às outras, chamadas flocos de neve.

No Japão, a data foi introduzida em 1936 e o costume neste dia é a mulher presentear seu amado com caixas de chocolates. No mês seguinte, como forma de agradecimento, os homens retribuem o carinho dado por suas amadas. Embora a data represente uma expressão de carinho, muita gente ainda reluta em adotar o dia como especial, alegando que se trata de uma jogada comercial. Segundo pesquisas realizadas, o feriado representa cerca de 20% do volume anual de vendas das fábricas de chocolate do arquipélago.

Voltando para a América, os Estados Unidos, sem dúvida, movimenta desde os dias que antecedem 14 de fevereiro. Lojas de cartões, livrarias, lojas de departamentos e drogarias oferecem uma grande variedade de cartões comemorativos chamados Valentines. Os adultos costumam comprar cartões para acompanhar presentes mais elaborados como doces, flores ou perfumes. Nas escolas as crianças apreciam comprar ou fazer cartões para seus amigos e professores. Nos Estados Unidos, o feriado foi fixado no calendário em 1700. Em 1840, Esther A. Howland começou a produzir em massa artigos para comemorar o Valentine s Day.

Ferreira Gullar - TRADUZIR-SE

Traduzir-se
de Ferreira Gullar

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir-se uma parte
na outra parte
-que é uma questão
de vida ou morte-
será arte?

JOSÉ RIBAMAR FERREIRA

Nascimento: 10/09/1930, São Luiz, Maranhão, Brasil
Filiação: Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart
Casamento: Thereza Aragão (1954); filhos: Paulo, Luciana e Marcos
Poeta, dramaturgo e escritor radicado no Rio de Janeiro (1951); autor de "A Luta Corporal" (1954), que abre caminho para o movimento da poesia concreta; exila-se com o golpe militar (1971), escreve em Buenos Aires o livro que o consagra: "Poema Sujo" (1975).

segunda-feira, 9 de junho de 2008

ISSO É UMA LÁSTIMA!

Bertolt Brecht (1898-1956)


"Não há pior analfabeto que o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. O analfabeto político é tão burro que se orgulha de o ser e, de peito feito, diz que detesta a política. Não sabe, o imbecil, que da sua ignorância política é que nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, desonesto, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
publicado por Don Suelda -"cartunistasolda.blogspot.com

domingo, 8 de junho de 2008

FARWEST-PV


Realizei este vídeo relembrando

minha infância e juventude.

Pesquisando pelo Google,

busquei na Internet imagens

de astros do passado que protagonizaram

em filmes de farwest trazendo-nos alegria

e entretenimento.

Como disse o poeta:

"Ai que saudade que eu tenho
da aurora da minha vida,
da minha infância querida
que os anos não trazem mais"


sábado, 7 de junho de 2008

Seus Olhos
de Almeida Garret

Seus olhos - se eu sei pintar
O que os meus olhos cegou
Não tinham luz de brilhar.
Era chama de queimar;
E o fogo que a ateou
Vivaz, eterno, divino,
Como facho do Destino.

Divino, eterno! - e suave
Ao mesmo tempo: mas grave
E de tão fatal poder,
Que, num só momento que a vi,
Queimar toda alma senti…
Nem ficou mais de meu ser,
Senão a cinza em que ardi.

JOÃO BAPTISTA DA SILVA LEITÃO DE ALMEIDA GARRETT

Nascimento: 04/02/1799, Porto, Portugal
Filiação: Antonio Bernardo da Silva Garrett e Ana Augusta de Almeida Leitão
Casamento: Luisa Midose; separado, vive com Adelaide Pastor até 1841 (sua morte)
Falecimento: 09/12/1854, em sua casa na atual Rua Saraiva de Carvalho, Campo de Ourique, Lisboa, Portugal
Causa: Cancro
Poeta, escritor, dramaturgo e político, iniciador do Romantismo português; exila-se na Inglaterra (1823 e 1828); Inspetor Geral dos Teatros (1837); Visconde (1851).