terça-feira, 30 de junho de 2009

PINHALZINHO E OUTROS


José Eugênio Maciel - 05/08/07 - in Tribuna do Interior

(ANTIGOS) NOMES DA REGIÃO

“A verdadeira viagem se faz na memória”

Marcel Proust

No domingo passado relacionei a origem etimológica dos nomes das nossas cidades, intitulado Municípios da região, os nomes. Os nomes têm origem indígena, notadamente Tupi ou do Guarani, segundo o historiador João Carlos Vicente Ferreira, autor da magnífica obra Municípios paranaenses – Origens e significados de seus nomes.

Volto ao tema por dois motivos, o de registrar agora os nomes antigos das então localidades e distritos. Algumas mudanças ocorreram por decisão da comunidade, ou foi imposta por alguém, podendo também ter sido para não se ter no Paraná dois municípios com o mesmo nome. E o outro motivo foi a repercussão dada, o interesse de várias pessoas, muitas delas fizeram questão de registrar a curiosidade e a prazerosa sensação de aprender com algo que nos diz respeito tão de perto. Algumas destas manifestações estão registradas em Olhos, Vistos do Cotidiano.

“Vamos para o Pinhalzinho?”. Assim falou o meu pai, convidando-me a viajar com ele para algum lugar da região. Menino ainda fiquei a pensar, rememorar as cidades que freqüentemente íamos, ele para trabalhar como contador, antigamente chamado de guarda-livros. Não pude me lembrar de nenhum lugar que fosse chamado de Pinhalzinho. O “seu” Eloy não se enganaria com qualquer nome, então resolvi perguntar-lhe onde ficava o Pinhalzinho. Ele começou me respondendo que eu já tinha estado lá algumas vezes. Fiquei ainda mais intrigado. Então veio a resposta, de fato Pinhalzinho oficialmente não existia mais, me ensinando de um modo bem humorado, o meu pai informava que Pinhalzinho agora era chamado de Janiópolis.

Quis saber dele o motivo da mudança. Fiquei sabendo que Pinhalzinho, então distrito administrativo pertencente a Campo Mourão, ao se desmembrar e se tornar Município, passou a se chamar Janiópolis em homenagem ao ex-presidente Jânio da Silva Quadros. “Jani” vem do nome Jânio e “polis” se origina do sufixo grego e significa cidade: Cidade de Jânio. A propósito ainda, uma filha do Jânio escreveu uma carta à prefeitura pedindo uma placa de carro, a fim de exibir que o pai (que renunciou ao cargo sete meses depois de empossado) tinha uma cidade em homenagem a ele.

Agora sou eu quem faço a hipotética pergunta: vamos para Barreiro do Oeste? Campina das Três Lagoas? Pinhalão d’Oeste? Ou para Vale do Rio Cantu? Villa Rica del Espíritu Santo? Barro Branco (ou Gato Preto)?

Barreiro do Oeste é hoje Boa Esperança; Campina das Três Lagoas virou apenas Campina da Lagoa; Pinhalão d’Oeste se tornou Farol; Villa Rica del Espíritu Santo hoje é Fênix, Vale do Rio Cantu passou a ser chamado de Nova Cantu; e Quarto Centenário já teve dois nomes antes, Barro Branco e depois Gato Preto. Rancho Alegre do Oeste antes só se chamava Rancho Alegre, o acréscimo foi devido a já ter um município paranaense com tal nome.

Quanto aos demais municípios da região, aliás, a maioria se desmembrou de Campo Mourão, tiveram desde início o mesmo nome que possui atualmente. Cabe também registrar que a povoação se deu devido à presença das companhias colonizadoras.

domingo, 28 de junho de 2009

APOSTILA DE DRINKS

Chega de só tomar porre de cerveja ou de vodca barata. Com essa detalhada apostila você será capaz de surpreender seus amigos e amigas com os mais belos e saborosos drinks já criados pelo homem. Brinque com as frutas, os doces, os enfeites e faça do ato de beber uma diversão. (muito bom esse comentário!).


clique na imagem e baixe a apostila

OS QUATRO ESTÁGIOS DO ENVELHECIMENTO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o envelhecimento em quatro estágios:

• Meia-idade: 45 a 59 anos;

• Idoso (a): 60 a 74 anos;

• Ancião (ã): 75 a 90 anos;

• Velhice extrema: 90 anos em diante

CURSO DE CHURRASCO

Chega de chamar seus amigos para um "churrasco", e quando chega todo mundo - você não da conta do recado, só fica matando a galera na maionese e na linguiça, deixando o melhor da carne para quando ninguém mais aguenta. Isso só prova que você é um churrasqueiro tremendamente egoísta e medíocre. Baixe já esse incrível curso, e aprenda a sapecar uma costela inteira por 12 horas. Tem até vídeos para que você aprenda de uma vez por todas a fazer o verdadeiro churrasco gaudério!
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A BÍBLIA DO CARRO

Se você gosta de carros, e não entende porra nehuma da mecânica envolvida, baixe isso já! Esse ebook contém um extenso conteúdo sobre as partes que constituem um carro. Não a toa, ele possui 15 MB. Quem tem conexão discada, aproveita que hoje é domingo e é mais barato. Boa semana a todos.
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sábado, 27 de junho de 2009

MESTRE EM DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Felicito o meu amigo MUNIR BARAKAT, pelo seu esforço e dedicação no estudo do curso de pós graduação, conseguindo aprovação e o título de Mestre em Desenvolvimento Econômico, área de POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO.

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sexta-feira, 26 de junho de 2009

O PRIMEIRO PIANO EM CAMPO MOURÃO


TECLAS DE VIENA SOB OS PINHEIRAIS

Nelson B. Prado

(In Correio de Campo Mourão, 2/2/1952)

Quem vive no interior, aprofundado no sertão, não sente hoje aquele isolamento que outrora fazia a vida do interior qualquer coisa semelhante ao degredo.

Hoje, mesmo aparentemente isolados no sertão, são numerosos os fatores que nos aproximam à vida dos grandes centros urbanos.

Um bom rádio de pilha ou acumuladores, o “jeep” e o “teco‑te
co” nos fazem ligados às coisas do Rio, de São Paulo, de Curitiba, de Buenos Aires e de Nova York, mesmo lá nos confins do Goio‑Erê.

Assim como, em pouco menos de uma hora, estamos em Londrina e depois em São Paulo ou no Rio, também ouvimos os noticiários da BBC, da Nacional e a interminável novel
a “O Direito de Nascer”...

O avião fura os céus e o rádio nos conduz a imaginação numa religação saudosa.

Por outro lado, o “jeep” arrebenta sertão, desafia temporais, cruza estradas e nos leva ao asfalto das cidades.

Realmente, hoje o sertão, embora ainda distanciado pela força das distâncias rodoviárias, está muito próximo dos grandes centros.


Nisso há uma esperança que é sempre um conforto dentro dos desconfortos naturais do interior.

Mas de repente, tudo parece ser um sonho, quando deparamos com uma nota fora do comum no comum viver que nos cerca.

Foi o que nos aconteceu um dia destes, quando, entre a emoção estética do meio, à sombra dos pinheirais, tivemos a emoção sentimental despertada pelos sons de um piano a vibrar acordes de melodia, onde apenas os pássaros faziam melodiosas sinfonias...

Ali nas Barras, quase escondido em aprazível recanto, um piano vienense fazia vibrar as cordas em sons que não esperávamos ouvir assim tão discretamente reservados.

Uma indústria ali se constrói e a demais que fez o encanto do lar daquele gerente trabalhador e industrial não quis deixar suas virtudes de mulher sem o encanto da arte.

Virtudes de mulher com o encanto da arte na história musical de Campo Mourão!

É o primeiro piano que pisa a linha dos trópicos no Município de Campo Mourão!

Fiquem gravados para a história a artista, o instrumento e o lu
gar.

A artista ‑ Mme. Judith Eheke Carneiro, esposa do Sr. Evaldo Carneiro de Paula, gerente industrial e sócio da firma Indústria e Comércio Prado e Cia. Ltda., com instala
ção de estabelecimentos no lugar denominado Barras; o instrumento ‑ um piano marca “Ehrbarwien”, - de finíssima construção, moderno fiel dos pensadores e da fina arte com que se engalanam as virtudes de madame Judith E. Carneiro.

E aquelas teclas vibram todos os dias os cantos e os sons melodiosos, que, atraindo curiosos pássaros, curiosos e intrigados, põem notas diferentes no viver do sertão!

Ao mesmo tempo distantes e próximos, a civilização no interior não se arrefece e desanima; ao contrário, se encontra e vivifica, como nesse particular, com as teclas de V
iena sob os pinheirais.

FONTE LIVRO: