terça-feira, 31 de maio de 2011

BR 319 - RODOVIA DA INTEGRAÇÃO

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 28 de maio de 2011.

Sem dúvida é uma região em que as pessoas precisam de muitas coisas para ter melhores condições de vida. A ideia é a gente tentar chegar neste meio termo para que não se acabe com toda a natureza, mas que as pessoas possam ter uma vida melhor.”

(Fábio Rohe - Wildlife Conservation Society)

Careiro da Várzea

Porto de Careiro da Várzea e mapa situando a localização do Município imagem da Internet - fotoformatação (PVeiga)

Na minha descida pelo Amazonas, passei ao largo da sede do município de Careiro da Várzea, no dia 23 de dezembro de 2010, mas nem por isso posso deixar de fazer algumas considerações a respeito. A população, segundo o censo do IBGE de 2010, era de 23.963 habitantes e o acesso à sede do município se dá por via fluvial, em embarcações que saem diariamente do Porto de Manaus ou em lanchas rápidas que saem do Porto do Ceasa em Manaus. O Município, com sede na antiga Vila do Careiro, foi criado pela Lei n° 1.828, de 30 de dezembro de 1987.

Estrada da Integração

A BR-319, com cerca de 870 km de extensão, liga Porto Velho, RO, a Manaus, AM, teve sua construção iniciada em 1968 e concluída em 1973. O objetivo de sua construção era assegurar o acesso à região do interflúvio Purus-Madeira integrando Manaus ao sistema Rodoviário Federal. Os desafios eram enormes e somente a Engenharia Militar estava em condições a enfrentá-los. A região cortada pela rodovia tinha uma população extremamente rarefeita, apresentava altíssimos índices pluviométricos, o trecho Careiro - Humaitá estava inserido em região geológica que inviabilizava a implantação de uma rodovia de acordo com os padrões tradicionais e, além disso, era necessário realizar a transposição de diversos cursos d’água, construir aterros altos e superar os altos custos dos serviços. Quando foi finalmente inaugurada, em 27 de março de 1976, a rodovia estava completamente pavimentada, e o tempo de deslocamento entre Porto Velho e Manaus estimado em 12 horas. Uma década depois este tempo foi ampliado para 36 horas como resultado do processo de erosão, já previsto na época da construção. O total abandono por parte do poder público, no final da década de oitenta, tornou-a intransitável em muitos trechos a partir de 1988.

A BR 319 foi incluída no “Plano Plurianual 2004-2007” e depois no “Programa de Aceleração de Crescimento - PAC”. As obras entregues, mais uma vez, à Engenharia Militar, começaram, efetivamente, em 21 de novembro de 2008, com duas frentes de trabalho partindo dos extremos da rodovia. O Exército Brasileiro, quando for concluído o processo de pavimentação da BR, que será transformada em Estrada-Parque, a partir de 2013, terá a responsabilidade de realizar a manutenção e conservação da rodovia além de comandar todas as ações de proteção ao meio ambiente.

BR 319, um Sonho há Muito Acalentado

A população que vive às margens da rodovia, na sua maioria, anseia pelo asfalto e confia na capacidade do governo de criar e fiscalizar as unidades de conservação para evitar a ação de grileiros e madeireiras ilegais. Os “talibãs verdes”, contrários ao asfaltamento, não se comovem com os brasileiros que necessitam atendimento médico imediato e apontam, como opção alternativa, o transporte fluvial que pode levar até quatro dias de viagem. Outras questões que devem ser consideradas são produção agropecuária, na época das chuvas, seis meses por ano, que não tem condições de ser comercializada por falta de condições da estrada além de dificultar e muitas vezes inviabilizar o transporte escolar.

BR 319, Mudança de Curso

Careiro estava no eixo da BR 319/174 que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM). Na altura de Humaitá temos o entroncamento da BR 319 com a BR 230, conhecida como Transamazônica e a partir daí temos um trecho comum até Careiro, da BR 319 com a BR 174, que continua de Manaus até Pacarima (RR) fronteira com a Venezuela.

Transamazônica: é uma das maiores rodovia do país, com 4.000 km de comprimento, cortando os estados brasileiros da Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas. Inicia na cidade de Cabedelo, na Paraíba, e segue até Lábrea, no Amazonas.

A ligação de Porto Velho a Manaus não é viável tecnicamente passando por Careiro. A alternativa encontrada foi melhorar a estrada de acesso do município de Manaquiri à BR 319, construir uma ponte de 3.400 metros, de Manacapuru a Manaquiri, e duplicar a rodovia que liga Manacapuru ao distrito de Cacau Pirera, município de Iranduba. O acesso a Manaus será pela ponte sobre o Rio Negro, que se entende da ponta do Pepeta, em Iranduba até a capital e cuja inauguração está prevista para junho de 2011, mas como ainda falta licitar o sistema de proteção dos pilares baseado em balsas flutuantes, provavelmente, ela só será entregue em 2012. Um sonho manauara e brasileiro que aos poucos começa a se tornar realidade.

Ponte Rio Negro

A bela Ponte sobre o Rio Negro terá, quando concluída, um comprimento total de 3.505 metros, incluindo as rampas de acesso. Possui 73 vãos de 45 metros e dois vãos livres de 200 metros ao redor de um marque central de 172 metros de altura, a partir do nível d’água, e vãos livres de 55 metros, no mínimo (período da cheia), de altura para a passagem de transatlânticos ou navios de grande porte. O Governo do Estado determinou que essa cota fosse mantida, aumentando consideravelmente o custo da obra, garantindo total segurança para as grandes embarcações que por acaso seguissem em direção às cabeceiras do rio. Os estais, em número de 104, do vão central empresta à ponte um formato em diamante que poderá ser avistado a uma distância de até 30 quilômetros. A largura de 20,7 metros permitirá a construção de quatro pistas, além de passeio para pedestres em ambos os lados. A ponte sobre o rio Negro será a maior ponte em ambiente de água doce do Brasil e a segunda maior do mundo e deverá receber um fluxo semanal próximo dos 15 mil veículos.

Concretagem

O Volume de concreto empregado equivale a dois Maracanãs e, em função do volume necessário para a concretagem das fundações, por vezes superiores a 90 metros de comprimento e que demorariam aproximadamente dez horas para concretar, houve a necessidade de se resfriar o concreto. O material é misturado com gelo para que haja uma cura homogênea e se evite qualquer área de fragilidade.

Orçamento

A obra iniciada em 2008 e cuja previsão de conclusão estava prevista para 2010 foi orçada em R$ 575 milhões já se aproxima do bilhão de reais.

Ponte Rio Solimões

Os amazonenses se mobilizam, agora, para a construção da Ponte sobre o Rio Solimões (Manacapuru-Manaquiri) integrando o Amazonas e Roraima, definitivamente, ao restante do País. As mobilizações já coletaram um total de 22 mil assinaturas em favor da construção da ponte, movimento idêntico foi realizado, em 2003, para a construção da Ponte sobre o Rio Negro, quando foram coletadas mais de 120 mil assinaturas.

– Blog e Livro

Os artigos relativos ao “Projeto–Aventura Desafiando o Rio–Mar”, Descendo o Solimões (2008/2009), Descendo o Rio Negro (2009/2010), Descendo o Amazonas I (2010/2011), e da “Travessia da Laguna dos Patos I (2011), estão reproduzidos, na íntegra, ricamente ilustrados, no Blog http://desafiandooriomar.blogspot.com.

O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre. Pode ainda ser adquirido através do e–mail: hiramrsilva@gmail.com.

Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:
http://books.google.com.br/books?id=6UV4DpCy_VYC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false.

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar (IDMM); Vice Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil - RS (AHIMTB)

Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

Blog: http://desafiandooriomar.blogspot.com

E–mail: hiramrs@terra.com.br

CENSURA EM TEXTO DE JOÃO BOSCO LEAL

Por João Bosco Leal

Em nenhum de meus textos nunca pretendi agredir ou sequer ofender pessoalmente ou moralmente qualquer pessoa.

Sempre que me dirigi a pessoas que ocupam cargos públicos, foi no sentido de cobrar destes, o que é seu dever legal e constitucional, de defender os interesses dos cidadãos e os bens públicos.

Por esse motivo, estranhei ao ser informado que um texto publicado em meu blog estava em branco e não podia ser lido.

Ao verificar, realmente constatei que o texto "Carta aberta ao Prefeito Municipal de Campo Grande, MS, Nelson Trad Filho", estava em branco no blog, havia sido excluído.

Claro que isso não ocorreu por acaso, até por ter sido o único entre centenas de textos que foi apagado, e isso haver ocorrido após já haver sido republicado por quinze jornais, sites e blogs de diversos locais do país, como pode ser constatado no rodapé do próprio texto, onde estão descritos e com links para suas republicações.

Como não posso crer que quem conseguiu a façanha tenha sido alguém com um mínimo de bom senso, de consciência política ou de democracia, republiquei o texto no mesmo local, com o mesmo endereço, e estou reenviando o mesmo para toda a imprensa e mídias sociais, para que os que ainda não tivessem tomado conhecimento do mesmo tomem agora.

O endereço eletrônico do texto surrupiado do blog e já republicado é:

http://www.joaoboscoleal.com.br/2011/05/09/carta-aberta-ao-prefeito-municipal-de-campo-grande-ms-nelson-trad-filho/

Ah! em tempo. Este blog possui backups em três equipamentos e locais diferentes, o que facilita a republicação de tudo o que pretenderem censurar.

CULTURA

Por Anatoli Oliynik

Clique na imagem e vá ao
blog do Anatoli

Inicio este artigo com uma pergunta: O que vem a ser cultura?

“Cultura é conhecimento interiorizado numa personalidade melhor”. O que significa isto? Significa que, quando você lê um livro escrito por grandes escritores, aqueles que transcenderam as suas épocas, você sai dessa leitura com a sua personalidade modificada para melhor.

Sócrates (470-399 a.C.) acreditava que era possível alcançar um conhecimento mais fundamentado do que a mera opinião, e esse conhecimento constituiria a fonte da autoridade intelectual, não só por ser mais fundamentado e mais racional do que a mera opinião, mas porque constituía algo no qual ele – Sócrates, enquanto pessoa concreta – poderia acreditar.

Cícero (106-43 a.C.) dizia que “do mesmo modo que cultivamos o solo precisamos cultivar o espírito”. Portanto, cultura é incorporar o conteúdo do livro à nossa consciência e assim compreender melhor o mundo e a nós mesmos.

A função básica do escritor, do literato, do poeta ou do romancista é colocar a experiência individual e coletiva à disposição de toda a sociedade para que essa experiência seja o material básico desde o qual tudo se discute.

Este mundo imaginário é a primeira, mais simples e imediata síntese que se faz da experiência. Se você não tem este material, os conceitos que você usa na descrição da realidade, não refletem a experiência real. É isto que o grande escritor faz: a transposição da realidade em pensamento abstrato de modo a possibilitar ao leitor o retorno deste pensamento abstrato à realidade como instrumento de iluminação da experiência.

Se os livros que você lê não seguem este caminho, então a sua experiência literária fica bloqueada, restando apenas a expressão tosca e direta de reações estereotípicas como os comandos emitidos por um amestrador de bichos que não espera de seus amestrados nenhuma compreensão racional, apenas a obediência automática, sonsa e impensada. Geralmente, os livros de auto-ajuda fazem isso. Por essa razão abomino-os.

Há pelo menos cinqüenta anos a nossa produção literária não acompanha a experiência real das pessoas. A nossa literatura não tem mais nada a ver com a realidade, e é formada praticamente só de estereótipos.

Lamento dizer isso, mas a literatura brasileira só tem personagens picaretas, farsantes e espertalhões com raras exceções: a personagem “Paulo Honório” da obra “São Bernardo”, de Graciliano Ramos, “Brás Cubas” da obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis e por último “Conselheiro Aires” da obra “Memorial de Aires”, de Machado de Assis. E nada mais que eu me recorde.

Então, pergunto: Como se pode formar culturalmente uma nação em modelos e exemplos tão escassos?

Para que não fiquemos apenas no campo teórico e a guisa de exemplo prático, recorro ao excerto que faço do meu artigo “Personagens da obra Ulisses de James Joyce”, baseado notadamente nas três personagens principais: Stephen Dedalus, Leopold Bloom e Molly Bloom.

No exemplo a seguir, procurarei demonstrar, na prática, como se pode extrair da leitura de uma grande obra o instrumento de iluminação para cultivar o nosso espírito.

Leopold Bloom é um sujeito generoso, decente, conformado, pacato e completamente perdido quanto ao seu papel existencial. No conceito aristotélico simboliza o Espírito (Intelecto).

Stephen Dedalus é o vaidoso intelectual. Simboliza a Mente (Razão) e,

Molly é uma atriz de teatro volúvel e de tendências libidinosas que teve 25 casos fora do casamento, simboliza o Corpo (a Matéria).

Ao analisarmos a personagem Leopold Bloom fica evidente que ele não é capaz de compreender-se ontologicamente, não tem consciência do seu papel espiritual, não acredita no espírito, não tem fé e está perdido existencialmente. Sua ação sobre o mundo é nenhuma. O homem moderno é assim.

Stephen Dedalus, por sua vez, renega e abandona a pátria, a religião e a família. É a mente desvinculada do espírito. O humanista típico é assim.

Molly simboliza o mundo material e os prazeres carnais. Uma espécie da paródia do “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley, caracterizado por uma sociedade corpórea, uma sociedade das sensações e prazeres.

A Mente precisa do Espírito e ambos precisam do Corpo para existir concretamente. Então, o que cada uma das personagens faz?

Bloom, que simboliza o Espírito (Intelecto), retorna à sua casa e retoma a consciência do seu papel espiritual. Ele já não serve mais o café na cama para a sua mulher Molly como o fazia desde o casamento. Agora é ela quem faz e isso tem um significado que será explicado mais adiante.

Molly, que simboliza o Corpo (Matéria) se submete ao Espírito. Assim, é ela quem agora irá levar o café na cama para Bloom. A ordem foi restabelecida.

Stephen, que simboliza a Mente (Razão), sai da história para escrever o livro Ulisses.

O que a obra quer nos contar? Ela quer nos mostrar as três possibilidades existências para uma vida humana concreta.

Por que Molly quis se casar com Leopold? Porque o Corpo só é viável sob a sombra do Espírito.

Portanto, a obra “Ulisses” retrata o homem moderno. É assim que podemos demonstrar que cultura é conhecimento interiorizado numa personalidade melhor ou cultivar o espírito no sentido ciceriano.

Espero ter sido suficiente claro na minha intenção de conceituar o que seja CULTURA.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

OS COMUNISTAS ESTÃO DE OLHO EM MIM

Fiquei satisfeito com a repercussão do meu artigo “Como os cristãos devem se proteger das ilegalidades supremas”, em especifico, quando o encontro em vários sites cristãos. Isso demonstra que o investimento maciço em boas ideias e informações autênticas não têm sido em vão, no sentido de esclarecer as pessoas sobre seus próprios problemas da atualidade. Por mais que este serviço tome um tempinho aqui e acolá, o fato é que tal ação rende frutos. Na prática, nada do que escrevi constitui, em si, uma novidade, mas um conjunto de questões óbvias para que os católicos e os protestantes façam valer a defesa de seus valores fundamentais na sociedade brasileira e se armar espiritualmente contra seus inimigos. Até porque uma arma fatal para destruir a revolução cultural esquerdista é simplesmente resgatar a tradição cristã na qual se quer destruir. A tradição cultural e religiosa do cristianismo já está inserida na sociedade, no âmbito dos seus valores. Cabe protegê-la e sustentá-la.

No entanto, surpreendeu-me que o teor do artigo não só tenha tocado nos brios evangélicos e católicos. Os comunistas também ficaram muito incomodados. Encontrei referências no site do Partido Comunista do Brasil, vermelho.org, em um artigo muito mal escrito de um tal Iberê Lopes, datado do dia 27 de maio de 2011, chamado “Contradições Divinas”, onde ele critica meu texto. O problema é que ele não dá nome aos bois. Não cita a fonte do meu blog ou do Mídia Sem Máscara. Não sou nem mesmo Leonardo Bruno. Meu nome é um fantasmagórico Luiz Freimuller. Pesquisei o nome e entendi o equivoco: o Sr. Freimuller deve ter sido outra boa alma cristã que divulgou meu artigo num blog, mas se esqueceu de citar o autor. E aí o tal Iberê confundiu a autoria e achou que fosse o Sr. Freimuller.

Chamou-me a atenção o fato de que o Sr. Iberê se identifica como “estudante, curioso, comunista e umbandista”. Coisa boa, certamente, não é. Primeiro, porque não deve ser um estudante aplicado ou necessariamente “curioso” pra ser comunista. Ainda me lembro daquela piada comum nas ditaduras marxistas-leninistas, em que os homens não podem ter mais do que duas qualidades: ou são inteligentes, ou são honestos ou são comunistas. Quando um comunista é honesto, não é inteligente; quando um comunista é inteligente, não é honesto; e quando um homem é honesto e inteligente, não é comunista. A pergunta que não quer calar é por que um comunista, partidário do materialismo histórico e do ateísmo, pode ser necessariamente, umbandista, em particular, politeísta. Isso tem explicação: é porque as chamadas “religiões” afro-brasileiras não significam absolutamente nada, no plano moral, ético ou político. São pesos mortos, totemismos vulgares que sobrevivem pela caridade dos macumbeiros e dos antropólogos de esquerda. Milhões de pessoas podem reivindicar o valor da liberdade e da vida humana em nome do cristianismo. Podem até morrer pela causa de Jesus Cristo ou da Igreja. Porém, quem poderia reivindicar valores de liberdade e dignidade nos reles cultos afro-brasileiros? A umbanda ou o candomblé são as pseudo-religiões ideais para os comunistas: não cheiram, não fedem, não estruturam valores e são uma fonte inesgotável de primitivismo e de superstições. Particularmente, em países como Cuba, as pseudo-religiões africanas foram incentivadas pelo regime, justamente para enfraquecer a fé do povo na Igreja Católica, uma das poucas, senão a única instituição civilizacional que realmente teria força moral suficiente para combater o comunismo. A situação não é muito diferente aqui. A esquerda adora bajular os cultos africanistas para subverter a fé e a filosofia moral do cristianismo, numa pseudo-religiosidade utilitarista, rasteira e que não tem motivação espiritual alguma para enfrentar qualquer sistema totalitário. No máximo, transformam os africanismos em força de contestação da sociedade vigente, como se os animismos dos macumbeiros dissessem alguma coisa, presas que estão nas origens tribais de um continente longínquo. Algum amigo muito matreiro, lendo as descrições do sujeito no site do vermelho, acrescentou de pronto outro epíteto, causando-me uma explosão de riso: ”- Ele é estudante, curioso, comunista e umbandista. Faltou acrescentar: BICHA!". Se o sujeito é gay, eu sinceramente não sei. No entanto, macumbeiros, sexualmente falando, são bem mais suspeitos do que padres, ainda que a imprensa politicamente correta diga o contrário.

O Sr. Iberê ficou espantado, para não dizer, escandalizado, com as declarações tão abertas, tão sinceras, tão desavergonhadas, que fiz na defesa do Cristianismo. Hoje em dia ser cristão é pior do que ser gay, do que ser assassino, do que ser comunista. E o bobinho do “estudante curioso” reitera: - “Será que estamos retornando ao mundo apocalíptico das cruzadas, onde diferenças ideológicas e diferentes nominações para a divindade eram motivo para perseguições e assassinatos?”. Defender o cristianismo agora significa matar alguém? Para a cabecinha oca do rapaz, sim! Por mais que os cristãos sejam caluniados ou perseguidos em uma boa parte do mundo comunista e islâmico, e mesmo em nossas democracias, o tal Iberê está preocupado com uma ameaça de teocracia religiosa, “cruzadista”, de imaginários cristãos malvados e sanguinolentos. Coloque aí na conta das ameaças aladas, a Santa Inquisição!

Mas o comunistinha macumbeiro não se acerta: “- Mais espantado fiquei quando li a linha de apoio do artigo, onde claramente outras afrontas à democracia e à diversidade são evocadas, desrespeitando nossa Carta Magna”. É patético um comunista alegar os valores da “democracia burguesa” que tanto deplora, para querer intimidar e calar a boca dos cristãos. Defender o cristianismo como um valor comum da sociedade brasileira, que teve no catolicismo, as suas bases morais e éticas, é uma afronta à Constituição? Ou é afronta à Constituição, à legalidade e mesmo à dignidade humana que tenhamos um partido político cuja origem está na gênese do genocídio, do extermínio em massa e na destruição das liberdades democráticas em todo o mundo? Neste ponto, o Sr. Iberê não é nada curioso. Claro que ele deve fingir ignorar as matanças indiscriminadas da Revolução Russa, os arquipélagos Gulag, a fome provocada contra os camponeses na Ucrânia e as deportações em massa de cidadãos inocentes para a Sibéria ou para o Cazaquistão. Ele não deve ser inteligente ou “estudado” para tanto.

Contudo, o assecla do partido do genocídio ainda faz pose de bom moço: “- É claro que não vou reproduzir todo o restante, pois não é papel de um comunista, umbandista e defensor da diversidade destacar falas tão carregadas de dogmas e tão contrárias aos direitos humanos”. Precisamos ensinar história a esse notório analfabeto de terreiro de umbanda: os direitos humanos, tal como conhecemos, nascem justamente da profunda tradição cristianizada da nossa cultura do ocidente. Provém da bíblia, dos escolásticos, dos ensinamentos da Igreja Católica, inspirado naquele mandamento chamado “não matarás”. Todavia, o comunista nada dogmático é a candura dos “direitos humanos”, ainda que esses “direitos” estejam preconizados em países-modelo como Cuba, Coréia do Norte ou China, os dois últimos, campeões da violação de direitos humanos. São concorrentes com os países islâmicos, seus amiguinhos de sempre. Mas é aquela história: o rapazinho é um ortodoxo marxista-leninista de macumba e nós, cristãos, é que somos “dogmáticos”!

Entretanto, o problema do Sr. Iberê deve ser outro. Talvez ele não queira assumir o amor que não ousa dizer o nome. Ele diz: “Não é possível que políticas públicas de combate a qualquer natureza de preconceito, como o kit anti-homofobia produzido pelo Ministério da Educação, sejam freadas por não estarem de acordo com convicções divinas desse ou daquele seguimento filo-religioso”. A raivinha do pai de santo bolchevista é a de que os cristãos e demais pessoas sérias deste país não aceitaram a cartilha pornográfica do kit-gay. Por mais que os comunistas façam gritarias contra padres pedófilos, a verdade é que nunca vi ambiente mais homossexual, mais sodomita, mais submundo gay do que um terreiro de macumba. Conte-se no dedo algum pai de santo másculo. Também pudera: se a pomba-gira baixa no Sr. Iberê ou no governo federal, não quer dizer que deva baixar em nossos filhos, educados com esse lixo sexual de gueto. Ao menos, rezemos para que Jesus Cristo proteja os pequeninhos de idiossincrasias psicológicas e sexuais desse povo!

Patético é o macumbeiro falar do tal “direito natural”: “O direito natural seria possível se todos na sociedade estivessem prontos para exercer o respeito às diferenças, se essa mesma diferença não fosse uma desculpa eterna para as desigualdades”. Será que essa besta quadrada desconhece que as concepções jusnaturalistas da sociedade provêm da tradição cristã? E desde quando a desigualdade é um elemento antinatural? Entretanto, a única diferença que o Sr. macumbeiro não aceita é a da fé cristã. Ainda que o mesmo estúpido utilize indevidamente de conceitos cristãos ancestrais, para supostamente combater o cristianismo.

A burrice patológica do comunista “curioso” não tem fim: “Não é preciso recorrer aos deuses para perceber que negros e homossexuais sofrem mais em seu local de trabalho, são massacrados literalmente por “seres humanos” com concepções retrógradas ao andar pelas ruas. E, como se não bastasse, devem estar fora do ordenamento jurídico brasileiro por serem “pecadores”. Não me conste que negros sejam pecadores, a não ser que o Sr. Iberê queira dizer que todos os negros devam ser homossexuais. Se bem que na filosofia cristã, todos os homens são pecadores. E não consta que os negros ou gays estejam fora do ordenamento jurídico. Pelo contrário, vivenciar o “pecado nefando”, como deve ser o gosto do Sr. Iberê, não é crime. Deve ser neurose de macumbeiro maricas, depois de pegar o santo!

E ainda terei que ensinar história ao rapaz curioso: “- Já afirmamos a liberdade democrática nos anos 60 e 70, mas, pelo visto, temos que manter a “fé cega e um pé atrás” até que as tradições medievais não retornem ao seio da sociedade”. O sujeitinho tem um problema sério com a cronologia. Nos anos 60 e 70, havia uma ditadura militar, enquanto o seu partido, o PC do B, apoiava a ditadura mais assassina da história, a da China, que matou 70 milhões de pessoas. O chefão do partidinho stalinista do B, João Amazonas, frustrado com a flexibilização da China maoísta, virou defensor da ditadura de Enver Hoxa, fazendo apologia ao país mais miserável da Europa, a Albânia. Por outro lado, ao que parece, os conhecimentos de Idade Média do “estudante curioso” e “comunista” não passaram do cursinho pré-vestibular. Deve-se “abandonar” as “tradições medievais”: vamos fechar as universidades, vamos parar de estudar filosofia, vamos tocar fogo nos mosteiros, arquivos vivos do mundo antigo clássico, vamos destruir os hospitais, vamos parar de ler Santo Agostinho, Santo Tomás e Dante Alighieri, além dos livros de cavalaria. Vamos, inclusive, tratar a mulher na base do tacape, porque amor cortês, e o cavalheirismo, são tão “ultrapassados”. Deve ser porque também a heterossexualidade tenha algo de ultrapassado. Onde já se viu gerar filhos através do sexo entre um homem e uma mulher? Nas palavras do energúmeno, vamos abandonar as “tradições medievais” e acatar algo mais moderninho, através do kit-gay: meter o pênis ou um braço no ânus de alguém, para gerar filhos e direito de família! Credo Quia absurdum est!

Apenas de todos os vexames intelectuais de seu texto, o rapazinho ainda se acha original e contra a massificação cultural: “- Vamos combater desigualdades com pré-conceitos ou reverter a lógica da massificação cultural e reprodução de dogmas?”. Quer maior massificação cultural do que a adesão patética e incondicionada, portanto, dogmática, a uma agendinha preparada por engenheiros sociais? E o comunista, arauto do coletivismo totalitário, de uma hora pra outra, vira defensor da individualidade neurótica: “Por fim, não menos pasmo fico, e tenho fé que todos ficarão, em relação a como tratamos nosso próximo em sua individualidade, com tamanho individualismo e contradição divina”. Valha-me Deus para responder a tanta asneira.

E para finalizar, o macumbeiro bolchevique nos apresenta outra pérola: “Que tal começarmos por concepções elevadas que Jesus nos ensina de que, se tratarmos uma pessoa com desprezo, estamos maltratando uma pessoa criada à imagem de Deus; estaremos ferindo alguém que Deus ama e por quem Jesus morreu”. Depois de rotular os cristãos de assassinos, perseguidores, fanáticos, estúpidos, obscurantistas, atrasados, e odiar toda a Idade Média, o Sr. Iberê, a pomba-gira vermelha do terreiro de umbanda, ainda alega os mesmos valores cristãos que renegou e renega em todo o seu texto? Ainda usa o nome de Jesus Cristo em vão? São as "contradições divinas" dele. Já dizia a palavra do Evangelho: - Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor, herdará o Reino dos Céus! Esse aí senta no colo do movimento gay! Vai acabar sentado no colo do capeta!

Fonte: Conde Loppeux de la Villanueva.

DESGOVERNANDO COM DORIAN GRAY

"Qualquer um pode ser bom no campo. Lá não há tentações. É por isso que as pessoas que não vivem na cidade são tão terrivelmente bárbaras. A civilização não é de modo nenhum uma coisa fácil de atingir. Há duas maneiras de um homem a alcançar. Uma é pela cultura e outra é pela corrupção. As pessoas do campo não têm qualquer oportunidade de praticar nenhuma delas e, por conseguinte, estagnam."

(Lord Henry, em O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde)

Dorian Gray era um jovem aristocrata inglês, dono de uma rara beleza, que acaba por torná-lo modelo de um quadro do pintor Basil Hallward. O artista desenvolve uma paixão por Dorian, e expressa tanto de si e de seus sentimentos no quadro, que se recusa a expô-lo, e o dá de presente a Dorian. Através de Basil, Dorian conhece Lord Henry Wotton, um aristocrata tipicamente hedonista, que o seduz para sua visão de mundo. Dorian vai se tornando cada vez mais egoísta, devasso, amoral. Perde qualquer valor de caráter em nome do culto à beleza e dos prazeres da vida. Quando Basil termina o seu retrato e Dorian o vê, exaspera-se, desejando não perder a juventude e a beleza que está imortalizada no quadro, e que o tempo irá lhe tomar. Seu apego pela aparência é tamanho que ele daria até sua alma, para mantê-la, conforme retratado. É o que acontece. Seu duplo, no quadro, não só envelhece em seu lugar, como também expõe, de forma bizarra, a sua vida, que a partir de vários acontecimentos, torna-se corrompida pela devassidão. Depois de conhecer e se apaixonar por uma jovem atriz, o fim trágico desse romance o leva a perceber as alterações em seu quadro, e que seu desejo se realizou. E se inicia a gradual destruição da figura no quadro, a figura representativa da alma de Dorian Gray, que a cada dia se perde ainda mais no abismo.

Todas as transformações de caráter que Dorian sofre, são por obra e graça da influência de Lord Henry, cínico, libertino, preconceituoso, materialista. Da boca de Henry saem grandes discursos sobre o fim da vida e a degradação do que ele defende como mais precioso: juventude e beleza. Lord Henry é um corruptor. Ele faz, inclusive, a defesa da corrupção como se fosse um bem, um valor moral imprescindível para a civilização (destaque no início do post). Lembrar-me disso é que me fez relacionar O Retrato de Dorian Gray, escrito por Oscar Wilde no século 19, ao cenário também bizarro que se descortina neste país, desgovernado pelo PT.

Noves-fora o forte apelo estético, necessário ao enredo do livro, e obviamente totalmente ausente da República da Idade das Trevas, onde o oposto da beleza é que reina, o mundo de Dorian, Basil e Henry é o pensamento encarnado do mundo esquerdistamente petista que nos desgoverna. É um mundo obscuro, onde pecados são esquecidos apenas quando outros ainda maiores são cometidos. E para que aqueles novos grandes pecados sejam esquecidos, é preciso cometer outros. O bem e o mal são até discutidos, mas são interpretados de forma distinta, logicamente, de acordo com o que interessa ao grupo. Assim como Dorian transformado pelo hedonismo de Henry, as cavalgaduras que nos desgovernam têm o toque de Midas ao contrário. Tudo o que tocam, é degradado. E cito BSchopenhauer, que sempre se refere ao desgoverno como tendo "o dedo podre".

Tudo pode, tudo se faz, tudo é permitido. Tudo é desejado e aplaudido. É a personificação da ânsia pelo poder, dinheiro, controle, vaidade, domínio. E o pior: da eternização de tudo isso. O desejo maior dessa gente é a eternidade no poder, assim como reza a ideologia de qualquer ditadura.

O Retrato de Dorian Gray tem um final trágico. O final destepaís que o PT fez surgir no lugar do Brasil, também não vejo que será outro. A influência do entranhamento do tal pensamento totalitário nas instituições e até na vida privada da maioria da "gente despensante" será irreversível, já que, assim como no livro, cá na atual cena tupiniquim "o indivíduo deixa de pensar com os seus próprios pensamentos ou de arder com as suas próprias paixões. As suas virtudes não lhe são naturais. Os seus pecados, se é que existe tal coisa, são tomados de empréstimo. Torna-se o eco de uma música alheia, o ator de um papel que não foi escrito para ele."

Fonte: Veneno Veludo.

AS ESCOLHAS E A FELICIDADE

Por João Bosco Leal

Durante nossas vidas, enquanto uns brincam, passeiam, outros trabalham e estudam. Dentro de uma única casa a diferença entre irmãos é sempre visível.

No futuro, por suas próprias escolhas, sem nenhuma responsabilidade que não a própria, esses irmãos terão mais ou menos amizades, conhecimento, cultura, patrimônio e crédito.

Nada disso, porém, fará de alguém mais ou menos feliz que o outro. Não é o patrimônio, o crédito, o número de amigos ou a cultura que torna uma pessoa feliz.

Existem pessoas que se satisfazem com muito pouco, são felizes e sorridentes sem nunca terem estudado ou sequer possuem onde dormir, mas dividem alegremente o pouco que ganharam de alimento com seu único amigo, um cão.

Outras, milionárias, famosas por diversos motivos, são cercadas de falsos amigos, interessados somente em sua fortuna, fama e projeção social, o que as tornam pessoas inseguras e infelizes.

Alguns sempre culpam outros por tudo o que lhes ocorre, esquecendo-se que foram elas próprias que escolheram seu caminho, passo a passo, degrau por degrau, quando fizeram suas opções, e, claro, agora colhem os frutos do que plantaram.

Os que escolheram estudar e trabalhar, tempos depois possuirão maior conhecimento e experiência, o que certamente proporcionará maiores chances de conseguir bons empregos, do que os que só brincavam.

As portas que se abrem para os maiores salários são também as mais exigentes em qualificação, que só se obtém com muito estudo ou experiência. E atualmente já não basta um diploma, é necessário que se tenha uma ou mais especializações, ou muita experiência.

Em alguns casos essas qualidades já estão reunidas em uma única pessoa que, sem dúvida, será a preferida por qualquer empregador.

É o estágio atingido por aquele que certamente será disputado por vários empregadores e que poderá escolher inclusive o país onde vai trabalhar, seja numa empresa multinacional ou numa grande equipe esportiva.

Poderá desfrutar de melhor qualidade de vida e de educação para os filhos, mais lazer, e, claro, um futuro melhor para si e para os seus.

Esses certamente seriam os melhores e maiores objetivos que o ser humano poderia buscar e, quando atingidos, lhe trariam mais tranquilidade, paz, harmonia familiar e consequentemente mais felicidade.

As escolhas realizadas desde nossa infância, serão as únicas responsáveis pelos frutos colhidos em nossa maturidade.

EM BREVE NOS CINEMAS: DESGASTADA, DILMA CHAMA BASE E PÕE À PROVA PODER POLÍTICO

Você sabe o que é DECUPAR? Decupar é dividir (um roteiro) em planos numerados, com as indicações dramáticas e técnicas necessárias à filmagem ou à gravação das cenas.
Vamos então decupar essa matéria da jornalista Vera Rosa, de O Estado de S. Paulo, com o título "Desgastada com ação de Lula, Dilma chama base e põe à prova poder político".
Abertura em plano geral do interior da Câmara no dia da votação do Código Florestal. Deputados se confraternizando em contraponto ao placar eletrônico que mostra 410 x 63 e 273 x 182. Situação é vista em slow motion.
CENA 01: Sem conseguir resolver o apagão na articulação política do Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff comandará uma série de reuniões, a partir desta semana, na tentativa de provar que o governo não está paralisado pela crise envolvendo o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Dilma não gostou da repercussão do "socorro" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e quer mostrar que não é teleguiada.
INDICATIVO: Esta cena irá exigir muita competência da direção que deverá mostrar cenas impactantes com o objetivo de dar veracidade aos fatos, sob pena de comprometer toda edição.
CENA 02: Apesar de acatar os conselhos de Lula, que assumiu as rédeas políticas do governo após o desastrado telefonema no qual Palocci ameaçou o vice-presidente, Michel Temer, com a demissão de ministros do PMDB, Dilma avalia que a entrada do antecessor em cena foi usada pela oposição para desqualificá-la. Ficou contrariada com comentários sobre a anemia de sua equipe e está disposta a sair da defensiva.
INDICATIVO: Este é um ponto conflitante para o diretor, pois fica difícil descaracterizar que a atual presidenta é apenas uma marionete do ex-presidente que também não deixa de ser uma marionete. Usar cenas em fusão mostrando as personagens citadas sorrindo.
CENA 03: Na terça-feira, após voltar de uma viagem ao Uruguai, Dilma terá conversa reservada com Temer, antes de dirigir uma reunião com governadores e prefeitos de capitais que serão sede da Copa de 2014. Na manhã deste sábado, 28, pela primeira vez desde o início da ruidosa crise, ela telefonou para o vice e procurou superar o mal-estar dos últimos dias.
"Nós dois, juntos, vamos pacificar o PMDB", disse Dilma. "É hora de virar essa página e seguir em frente." Na quarta, a presidente almoçará com senadores peemedebistas, em mais uma tentativa de evitar nova rebelião de sua base no Congresso. No mesmo dia está previsto um encontro com o Conselho Político, que abriga presidentes de partidos aliados e só se reuniu uma única vez até agora. O lançamento do programa Brasil sem Miséria, vendido como vitrine social, foi marcado para quinta-feira.
INDICATIVO: Cena em super close de Dilma e de Temer. Câmera deverá captar as caras "sem expressão" de Dilma e Temer como se o diálogo fosse:
- Você acha que vai chover hoje?
- Não sei. Mas, eu trouxe meu guarda-chuva.
CENA 04: Para conter as dissidências no PMDB, Dilma receberá muito mais senadores do partido, nos próximos dias, do que aquele que recebeu em cinco meses de governo. No Palácio do Jaburu, Temer promoverá reunião preparatória com eles amanhã, para tratar das fraturas na coalizão. Será uma espécie de divã.
INDICATIVO: Detalhes da reunião no Palácio do Jaburu entre Temer e os Senadores do PMDB. Destacar diálogo entre um dos senadores presentes e o Temer.
Senador pede a palavra e diz:
- Finalmente, vamos tratar das faturas da coalizão.
Ao que Temer responde:
- Não são as faturas da colisão e sim fraturas da coalizão.
Gargalhadas geral.
CENA 05: O auge da crise com o PMDB ocorreu quando Palocci – alvejado por denúncias de enriquecimento vertiginoso quando era deputado federal – passou a mão no telefone e ligou para Temer, a mando de Dilma, na madrugada de segunda-feira.
O clima era tenso. Acuado, Palocci foi direto ao assunto. Sem cerimônia, avisou que os ministros do PMDB seriam demitidos se o partido aprovasse emenda ao Código Florestal concedendo anistia a desmatadores até 2008. Não foi só: no bate-boca, o chefe da Casa Civil disse que a degola começaria pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi, indicado por Temer.
"Se é assim, é melhor o PMDB entregar todos os cargos", reagiu, irritado, o vice-presidente. "Mas vocês são ou não são governo?", provocou o chefe da Casa Civil. O PMDB contrariou Dilma na votação da Câmara e, a partir daí, a relação com o partido azedou, deflagrando-se a guerra.
INDICATIVO: Câmera fechada em telefone de mesa de cabeceira. Em zoom in vai revelando a intimidade do vice-presidente da República que ronca muito ao lado de sua bela mulher. Ao som da campainha insistente do telefone ela acorda e diz:
- Amorzinho, acorda, atende o telefone.
- O que? Quem será uma hora dessas?
Após reproduzir o áspero diálogo entre Temer e Palocci que se passa na cena 05, câmera fecha em Temer que impávido como sempre diz:
- Ora, Palocci, vá plantar batata. Nenhum homem de cuecas vai dizer para mim que vai demitir meus ministros.
E Palocci incisivo:
- Ué, como é que você sabe que estou de cuecas?
- Toda Brasília sabe que você só dorme de cuecas e de que eu sou pijamão.
CENA 06: Palocci pediu desculpas para Temer e no sábado ligou novamente para ele, antes de Dilma. A temperatura da crise estava tão alta que, no Planalto, ninguém sabia como seria o encontro entre Dilma e Temer, amanhã, na base aérea, antes da partida dela para o Uruguai. Por causa da viagem, o vice assumirá a Presidência por um dia. A ligação de Dilma fez diminuir um pouco a tensão.
INDICATIVO: Mostrar Dilma e Temer rindo - o que não é fácil - com a história das cuecas e do pijamão.
CENA 07: O telefonema de Palocci a Temer foi visto até no PT como mais um sinal de amadorismo do Planalto. Com Palocci nas cordas e o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, cada vez mais enfraquecido, Carvalho ocupou o vazio político. Orientado por Lula, de quem foi chefe de gabinete, ele reforçou a ofensiva para barrar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a evolução do patrimônio de Palocci. Conversou com a bancada evangélica e percebeu que havia clima propício para a instalação da CPI no Senado, caso o governo não suspendesse a distribuição do kit contra a homofobia em escolas públicas.
INDICATIVO: É importante mostrar a cena do deputado Garotinho na noite de votação do Código Florestal quando ele denunciou o desrespeito do ministro da Educação com a Câmara. Garotinho afirmou várias vezes que o ministro havia mentido e zombado dos deputados sobre a questão da distribuição do KIt Gay. Corta para cena dos parlamentares apostólicos já com o ministro Carvalho negociando a retirada do Kit Gay em troca da barração da CPI pra investigar Palocci. O diabo age errado por linhas certas.
CENA 08: ‘Não vou, não vou’. Deputados e senadores da base aliada, porém, avaliam que nenhum contra-ataque reverterá o encrencado jogo do governo se Dilma não escolher um interlocutor com autonomia para negociar com o Congresso. E, pior, se ela prosseguir com a tática do confronto com o PMDB.
"Eu não vou misturar votação de Código Florestal, que ainda passará pelo Senado, com distribuição de cargos. Não vou, não vou e não vou", esbravejou Dilma, em almoço com a bancada do PT no Senado, na quinta-feira, quando questionada sobre a montagem do segundo escalão.
INDICATIVO: Muito se fala sobre o humor presidencial. Temos aí a chance de filmar este ato para exibição em rede nacional. Vamos levar cinco câmeras, sendo uma delas de super slow motion, em big close mostrando a baba da raiva presidencial. Mostrar a presidenta esperneando, gritando, com eco "Não vou, não voooooooooou", corte para super slow motion da baba, detalhes do pé batendo firme, mão batendo na mesa, socos no ar, reação geral dos presentes, uns atrás das cadeiras, outros debaixo da mesa, pânico geral.
CENA 09: Além de Dilma não ter dado brecha para os petistas reclamarem sobre a falta de diálogo, todos ficaram perplexos com o que ouviram. Quando o líder do PT, Humberto Costa (PE), disse que o PMDB apoiava relatório de Aécio Neves (PSDB) para mudar a tramitação das medidas provisórias, Dilma não se conteve.
"Querem mudar isso justamente agora?", protestou ela, desautorizando acordo firmado por Jucá, líder do governo, com a oposição. "Não vou aceitar. Não se governa o Brasil sem Medida Provisória." Em seguida, virou-se para Palocci e perguntou, na lata: "Você sabia disso?"
A resposta do ministro foi sintomática. "Esse assunto eu desconheço. A Casa Civil trata de questões plurais", respondeu Palocci. Dilma dirigiu a mesma interrogação a Luiz Sérgio, chamado nos bastidores de "garçom" do Planalto por carregar a bandeja de pedidos de deputados e senadores, sem nunca decidir nada. Consta que ele não disse nem sim nem não.
INDICATIVO: Esta cena vai exigir uma iluminação especial para uma seqüência de big closes começando com o líder do PT, Humberto Costa e vai fazendo contraponto de cenas de Dilma com Romero Jucá, Palocci, Luiz Sérgio e fecha com Dilma indo para fusão de fundo preto e entra o letter: fade.

Detalhe: direção deve captar, nesta cena, a cara de pompa lesa de cada um. Pompa lesa é o Carinha que é todo abestado, só fala besteira, pra tudo tem uma resposta que não tem nada com nada. Esse cara é todo pomba lesa

NÃO SE ASSUSTEM. ESTE É O BRASIL DO PT.

NE. Em "CENA" está o texto da jornalista do Estadão e em “INDICATIVO" o texto deste editor (Blog do Lúcio Neto).

domingo, 29 de maio de 2011

O RIO DAS AMAZONAS

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 29 de maio de 2011.

“A inconstância tumultuária do rio retrata-se ademais nas suas curvas infindáveis, desesperadoramente enleadas, recordando o roteiro indeciso de um caminhante perdido, a esmar horizontes, volvendo-se a todos os rumos ou arrojando-se à ventura em repentinos atalhos. … ou vai, noutros pontos, em furos inopinados, afluir nos seus grandes afluentes, tornando-se ilogicamente tributário dos próprios tributários: sempre desordenado, e revolto, e vacilante, destruindo e construindo, reconstruindo e devastando, apagando numa hora o que erigiu em decênios – com a ânsia, com a tortura, com o exaspero de monstruoso artista incontentável a retocar, a refazer e a recomeçar perpetuamente um quadro indefinido…” (Euclides da Cunha).

Rio Amazonas
Foto: Usuário de Flickr aposada

O Amazonas é um extraordinário manancial que vem desafiando, através dos últimos cinco séculos, não apenas a capacidade dos cientistas de determinar suas características fisiogeográficas e a pródiga imaginação dos românticos poetas, mas, sobretudo, a capacidade de sobrevivência sustentável dos povos da floresta cujas vidas dependem diretamente de suas águas. Águas alegres e generosas que fertilizam a várzea e estimulam os ribeirinhos a acorrerem em mutirões lançando, na vazante, suas sementes às praias fecundas, para colher mais tarde os frutos de seu esforço e da munificência do pródigo caudal, por vezes soturnas, fúnebres mesmo, arrancando enormes barrancos das margens arrastando árvores, casas e levando o terror às almas destemidas dos povos das águas.

O Rio continua moldando, trabalhando as margens a seu bel prazer. Arrancando um barranco aqui, iniciando uma ilha mais adiante, assoreando e abandonando um canal acolá, transformando um pequeno furo em braço principal e levando por diante uma ilha mais além, é a “Inconstância Tumultuária” a que se refere o inigualável Euclides da Cunha, no seu “Paraíso Perdido”.

Amazônia, a pátria da água

O artífice das letras Thiago de Mello faz um belo relato poético-geográfico do grande Rio sob o título “Nasce o Amazonas”. O texto do grande mestre nos faz sonhar, vagamos juntos desde a cordilheira majestosa, onde o pequeno filete d’água brota das perenes geleiras moldando seu curso, ainda infantil, na parede das rochas, e ganha, pouco a pouco, energia de outras fontes andinas até penetrar na luxuriante vereda tropical cujo traçado instável e indeciso segue a cavaleiro da linha do Equador até alcançar o mar através de seu formidável estuário.

Da altura extrema da cordilheira, onde as neves são eternas, a água se desprende e traça um risco trêmulo na pele antiga da pedra: O Amazonas acaba de nascer. A cada instante ele nasce. Descende devagar, sinuosa luz, para crescer no chão. Varando verdes, inventa seu caminho e se acrescenta. Águas subterrâneas afloram para abraçar-se com a água que desceu dos Andes. Do bojo das nuvens alvíssimas, tangidas pelo vento, desce a água celeste. Reunidas, elas avançam, multiplicadas em infinitos caminhos, banhando a imensa planície cortada pela linha do Equador. Planície que ocupa a vigésima parte da superfície deste lugar chamado Terra, onde moramos. Verde universo equatorial, que abrange nove países da América Latina e ocupa quase a metade do chão brasileiro. Aqui está a maior reserva mundial de água doce, ramificado em milhares de caminhos de água, mágico labirinto que de si mesmo se recria incessante, atravessando milhões de quilômetros quadrados de território verde... É a Amazônia, a pátria da água. (MELLO)

À Margem do Amazonas

O médico e escritor Aurélio Pinheiro, considerado o maior romancista do Rio Grande do Norte lançou seu primeiro romance, “O Desterro de Umberto Saraiva”, em 1926, editado na livraria Clássica, de Manaus. Em 1927, a “Gleba Tumultuária”, pela mesma editora e, em 1937, pela Companhia Editora Nacional, integrando a coleção “Brasiliana”, volume 86, o “A Margem do Amazonas”. Reproduzimos um trecho desta obra em que o autor faz um relato objetivo, conciso e agradável do Rio-mar.

Ao chegar a Haiti, Colombo quer ver o lugar das minas, porém os indígenas informam ao navegador que essa terra ficava ao oriente. Colombo arriba, inquieto, desistindo da aventura. (Joachim Heinrich Campe)

Havia um país atravessado por um Mar Branco, cujas vagas arrastavam areias de ouro e pedras diamantinas. A capital desse país, Manôa, (nome semelhante ao da tribo Manao ou Manôa, que vivia no solo onde foi fundada Manaus, capital do Estado do Amazonas) era uma grande cidade, com muitos palácios, alguns construídos com pedras marchetadas de prata; outros possuíam telhados de ouro. No solo viam-se metais preciosos. Manôa continha todas as riquezas da terra; e lá reinava um homem que se chamava El Dorado, porque tinha no corpo reflexos de ouro, tal como o céu pontilhado de estrelas.
(Barão de Santa-Anna Nery)

Nesse tom de fantasia, de deslumbramento, de miragens alucinantes, se vai desdobrando toda a história do descobrimento da América, e pouco a pouco a lenda do El Dorado cresce desordenadamente na imaginação dos conquistadores.

O primeiro homem que percorreu todo esse Mar Branco (à parte a viagem pela sua foz contada por Vincente Pinzon, em Janeiro de 1500, e a imprecisa digressão de Diogo de Leppe por todo o litoral do Brasil) Francisco de Orellana, Lugar-Tenente de Gonçalo Pizarro, depois valido (protegido) de Carlos V, afinal Governador Geral dessa região que se chamou Nova Andaluzia, por pertencer ao reino da Espanha - muito sofreu antes de alcançar o País da Canela e o El Dorado, que pretendia desvendar ao mundo.

Dois anos e oito meses durou a infeliz aventura. E desde o vale de Zamaco, quando se reuniu a Gonçalo Pizarro, até onde o Amazonas se despeja no Atlântico, a sua caravana padeceu, como talvez nenhuma outra na terra, os revezes mais rudes, atormentada pelas moléstias, assaltada pelos silvícolas, esfomeada, destroçada, em farrapos, varando florestas e Rios. E só quatro séculos depois, a História começou a fazer justiça a esse desgraçado aventureiro, que não foi um traidor, que sacrificou toda a fortuna nessa jornada célebre, e que veio, afinal, a morrer miseravelmente perdido entre as ilhas do Amazonas.

Sobre esse temerário empreendimento os anos passam silenciosos; e só mais tarde, Lopo de Aguirre, a mais sinistra revelação da maldade humana, penetrou no Mar Branco em busca do país dos Omáguas, do El Dorado, depois de ter deixado nos barrancos do Solimões os cadáveres de Pedro Ursúa e seus companheiros, assassinados por ordem sua na noite trágica de 1° de janeiro de 1561.

Perdem-se, desde essa época, os traços de novos exploradores do grande Rio.

Talvez porque os sacrifícios dessas explorações fossem além de toda expectativa; talvez por causa do desencantamento dos primeiros navegadores, que não chegaram a ver a famosa Manôa dos palácios de ouro e dos monumentos incrustados de pedras preciosas; talvez porque a Espanha se desinteressasse - apesar do Tratado de Tordesilhas - dessa Nova Andaluzia absurdamente grandiosa, que devorava tantas vidas - verdade é que não há notícias de outras expedições durante o domínio espanhol na Amazônia.

E ficou ao abandono, por muito tempo, a região feiticeira, notável até então apenas pelo furor guerreiro das Icamiabas que atacaram Francisco de Orellana na foz histórica do Nhamundá, espalhando o terror e criando uma lenda maravilhosa.

Mas, se os aventureiros espanhóis, fracassados em duas tentativas, desistiram de procurar o El Dorado, e nunca mais desceram das terras dos Incas às terras de Manôa, outras gentes vindas da França, da Inglaterra, da Holanda, se iam instalando nas ilhas próximas à embocadura, com o desplante e a audácia de senhores que nada temiam, fazendo de cada residência uma pequena fortaleza, tal como na era recuada do feudalismo.

Datam daí, dessa imprudente infiltração estrangeira, as cenas épicas do povoamento do Amazonas.

Os portugueses, embora ameaçados pelos franceses no Maranhão e pelos flamengos no meio-Norte, defenderam corajosamente a nova terra, que a imprecisão e a caducidade do Tratado de Tordesilhas (desaparecido em 1640, quando Portugal se libertou do domínio espanhol) lhes entregavam como a mais assombrosa das dádivas.

E começaram as explorações metódicas, sistemáticas, práticas, sem a crendice nefasta das lendas.

Pedro Teixeira, partindo de Cametá, pequena Vila paraense, em 1637, subindo todo o Amazonas, todo o Solimões, todo o Napo, até Quito, comandando uma considerável flotilha de mais de quarenta grandes canoas e duas mil criaturas entre brancos e indígenas, - observou todo o baixo Amazonas, desde o seu extraordinário arquipélago até a confluência do Negro e Solimões.

Firmava-se em toda a região a conquista portuguesa.

Caldeira Castello Branco, Maciel Parente, Aranha de Vasconcellos e muitos outros, foram incansáveis destroçadores dos ádvenas, e verdadeiramente os primeiros que levaram através da planície, até os altos Rios, a ideia da soberania e da posse.

Depois dessas entradas memoráveis se foram povoando as margens do Rio-gigante. E os seus maiores afluentes, como o Xingu, o Tapajós, o Nhamundá, o Madeira, receberam os primeiros habitantes que procuravam a baunilha, o cacau, a canela, as ervas aromáticas: e caçavam desenfreadamente os indígenas, não para trazê-los à civilização, mas para acorrentá-los às senzalas.

Esgotada, enfim, após dezenas de anos de infatigável colheita, essa flora riquíssima, e diminuída a ânsia da caçada ao silvícola, porque este se tornara menos acessível recuando para as florestas centrais, organizando grandes núcleos de resistência, cheio de ódio ao Cáryua falso e perverso - sobreveio, afinal, um largo período de repouso.

Sossegaram as desordenadas ambições dos exploradores. Firmaram-se, aqui e ali, desde as várzeas magníficas de Marajó, aonde iam chegando as primeiras manadas de gado de Cabo Verde, às terras fecundíssimas do Madeira, os primitivos centros coloniais, os incipientes povoados, os rústicos estabelecimentos agrários, formando lentamente uma nova existência no desmedido deserto verde.

Seria, porém, enfadonho registrar etapa a etapa todo o processo evolutivo do baixo-Amazonas, isto é, - do trecho onde o Amazonas toma geograficamente o seu verdadeiro nome - até a imponência e a riqueza de Belém do Pará e o encanto de Manaus.

Entre as duas grandes capitais, a primeira na linda baía do Guajará, a segunda à margem do Rio Negro, todo o Amazonas se foi povoando. Curralinho, Monte Alegre, Alenquer, Óbidos, Parintins, Itacoatiara, tornaram-se prósperas; apareceram os rebanhos, surdiram as roças, as terras de aluvião demasiadamente férteis acolheram as sementes do cacau - que deixava de ser silvestre, - do fumo das frutas.

Nasceram as pequenas indústrias; vieram os pomares; ergueram-se os engenhos de açúcar e aguardente - e a vida correu sempre quieta e farta nessa abençoada região da Hylea.

O seu progresso tem sido lento, quase imperceptível, com estranhas alternativas, porque as grandes cheias do Rio têm perturbado de vez em quando o ritmo da sua prosperidade, e também porque nesses transes jamais os seus habitantes foram amparados pelos poderes públicos.

Nos tempos agitados da borracha, grande parte da sua população partiu para os seringais; porém, ainda assim, resistiu à catástrofe da desvalorização.

Os que o deixaram num momento de perturbação, voltaram arrependidos e continuaram nas humildes profissões de vaqueiros, agricultores, pescadores.

O seu destino prosseguiu seguro e sereno entre os campos de gado, as roças de mandioca, milho e feijão, nos cacauais das várzeas e das terras firmes, nos guaranazais de Maués, nos tabacoais de Santarém e Itacoatiara, nos portos de lenha, nos castanhais do Trombetas e do Madeira, nos grandes centros de pecuária de Monte Alegre, do Nhamundá, do Autaz, nos copaibais de toda parte, nos lagos cheios de peixes, nas várzeas cheias de frutas.

Os viajantes que viram o Amazonas de bordo dos transatlânticos ou das gaiolas, nas viagens de Belém a Manaus, voltam desencantados, decepcionados, descontentes, como se tivessem caído numa indigna cilada - porque não há nada mais insípido, mais desagradável, mais secante, do que esses quatro ou cinco dias de águas e florestas, sem perspectivas, sem horizonte, sem mutações, dando a ideia de que se atravessa um corredor asfixiante, sombrio, interminável, com a sensação de vesicatórios (que produz vesículas) pelo corpo.

Um velho político da terra dos Barés dizia que esse era o Amazonas para uso externo - um Amazonas inexorável, que põe logo à prova a paciência e a boa vontade dos turistas. O outro, o Amazonas feiticeiro, empolgante, misterioso, surpreendente, fica por traz dessa infinita muralha verde.

É o Amazonas ameno e pingue (fértil) dos campos bucólicos, das roças alegres, dos sítios poéticos, das caboclas bonitas, dos cacauais em colheitas, das procissões fluviais do Divino, do trabalho e das festas. E mais do que tudo isso, o Amazonas dos lagos imensos onde os caboclos nas montarias arpoam o pirarucu e o peixe-boi; o Amazonas dos recantos sombreados onde flutuam as grandes folhas circulares e fulguram as soberbas Vitórias Régias; o Amazonas das praias de tartarugas, cujos cascos se entrechocam nas noites de postura; o Amazonas grandioso, claro, cintilante, que desperta nos corações amor e bondade.

Esse é o Amazonas de incomparável beleza e de perene abundância, fascinante e hospitaleiro, como o último lugar na terra onde a vida oferece ainda, em proporções paradisíacas, o esplendor dos dias suaves, o imprevisto das paisagens deslumbrantes e a paz religiosa das águas e das florestas. (PINHEIRO)

Rio das Amazonas

Rápido exame dos relevos da terra, no mapa físico da América do Sul, desperta imediatamente a atenção para a colossal baixada, onde, com o aspecto ordenado das nervuras no limbo de uma folha, se apresenta o Rio Amazonas e sua rede adjacente e radiciforme de afluentes: a mais abundante das bacias fluviais do mundo. (RANGEL)

O INPE, depois de analisadas as imagens de satélite e modelos de elevação digital do terreno gerados com radar orbital (SAR interferométrico), chegou à conclusão que a nascente do Rio Amazonas se origina em um dos córregos que alimentam o Rio Lloqueta, sendo os principais Caruhasanta e Apacheta, alimentados pelas águas do pico nevado Mismi, a 5.597 metros de altitude. Estes estudos foram validados pelo trabalho de campo executado pela “Expedição Científica Binacional Peruana-Brasileira às Nascentes do Rio Amazonas”. Para os pesquisadores do INPE o principal formador do Amazonas é a vertente da quebrada Apacheta.

Apacheta é, sem dúvida, a nascente original do Amazonas e o principal córrego que alimenta o Rio Lloqueta principal formador do Apurimac que corre no sentido noroeste, passando por Cuzco a mais de 3.000m de altitude.

Depois de percorrer pouco mais de 730 km, o Apurimac encontra com o Rio Mantaro para formar o Rio Ene, a uma altitude de 440 m e mais adiante encontra com o Rio Perené a 330 m acima do nível do mar, passando a formar o Rio Tambo. Após sua confluência com o Rio Urubamba a 280 m de altitude forma o Rio Ucayali.

O Ucayali corre por um declive suave para o Norte até juntar-se com o Marañón, onde recebe o nome de Amazonas, até a fronteira do Brasil, na altura da cidade de Tabatinga onde muda o nome para Solimões onde toma o rumo geral Oeste-Leste, envolvido pela Hiléia Amazônica e, em Manaus, após a junção com o Rio Negro, recebe o nome de Amazonas e como tal segue até encontrar as águas do Oceano Atlântico.

É o maior Rio do planeta, tanto em volume d’água quanto em comprimento (6.992 km de extensão) e seu declive é mínimo, avançando lentamente pela maior várzea do planeta. De Tabatinga até a ilha de Marajó, o desnível é de apenas 65m em 3.200 km (uma média de 2 cm por quilômetro).

O curso Médio do Amazonas inicia em Contamana, pequena cidade do Peru e se estende até Óbidos, a mil quilômetros da foz, onde já se notam efeitos das marés. São aspectos igualmente curiosos os registros de velocidade, largura e navegabilidade. A velocidade média, no médio e baixo cursos, é de 9 km/h, mas em Óbidos, onde o Rio tem sua passagem mais estreita em território brasileiro (2.600 m), a velocidade chega a 12 km/h. A largura é outra das medidas difíceis de calcular, em virtude das diversas ilhas existentes no seu leito, dando origem a formação de vários braços ou “paranás”. Um dos trechos mais largos fica uns quinze quilômetros a montante da foz do Tapajós, próximo a Santarém, e mede 35 km. É uma enorme área lacustre em que as águas predominam altaneiras. Mas, nas épocas de cheia, muitos trechos ultrapassam os cinquenta quilômetros de largura. A diferença entre o nível máximo das enchentes (junho) e mais baixo da vazante (outubro-novembro) é, em média, é de 10,5 m.

Grande parte do Amazonas permite a navegação. Nos 3.700 km que vão da foz à cidade de Iquitos, sua profundidade (às vezes mais de 50 m) lhe permite receber navios de alto calado. Grande parte de seus afluentes são igualmente navegáveis, viabilizando o transporte hidroviário como o meio mais adequado e utilizado na região. Infelizmente a maioria das embarcações ainda não faz uso de recursos tecnológicos modernos comprometendo a segurança das pessoas e cargas.

Entre os afluentes do Amazonas existem mananciais colossais. O Madeira é um dos vinte maiores do mundo; o Purus, o Tocantins e o Juruá estão entre os trinta principais. Em toda a rede desses afluentes, no Brasil, sobressaem, pela margem direita, o Javari, Juruá, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu; pela margem esquerda, Içá, Japurá, Negro, Trombetas, Paru e Jari.

Pororoca

Bernardino José de Souza nasceu, a 8 de fevereiro de 1884, no Engenho Murta, Vila Cristina, hoje Cristinápolis, Sergipe. Filho do Coronel Otávio de Souza Leite e Filomena Maciel de Faria, aprendeu as primeiras letras com a professora Maria Sá Cristina de Gouvêa. Foi professor de geografia, historiador e etnógrafo e autor de diversas obras sobre a terra e o povo brasileiro. No seu Dicionário da terra e da gente do Brasil (editado em 1939) assim descreve o fenômeno:

Pororoca: nome onomatopaico de curiosíssimo fenômeno, peculiar a alguns Rios da Amazônia, caracterizado por ondas de volume majestoso que, dotadas de vertiginosa velocidade ao lado de ruído trovejante e assustador, se enovelam em direção a montante do Rio, devastando tudo que encontram deixando nas margens os sinais patentes de seu poder destrutivo. Barbosa Rodrigues definiu a pororoca nestas simples palavras: “encontro das altas marés com a corrente dos Rios que, ao passar por baixios, produz arrebentação com estrondo”. A pororoca manifesta-se nos Rios — Amazonas, Araguari, Maiacaré, Guamá, Capim, Moju; também no Mearim do Maranhão. Fenômeno idêntico observa-se em muitos Rios do mundo com designações peculiares: os franceses, que o têm no Gironde, Charente, Sena, denominam mascaret e barre; os ingleses registam-no no Tâmisa, Severn e Trent com o nome de bore e também no Hughly, uma das fozes do Ganges, na Índia; os portugueses o observaram no Hughly e no Megma, braço do Bramaputra, chamando-lhe macaréu; os chineses admiram-no no Yang-tse-Kiang, com o apelido retumbante de trovão e aí mesmo os ingleses chamam-lhe eager. Produz-se ainda em Rios de Bornéu e Sumatra; na América do Norte, nos Rios Colúmbia e Colorado. (SOUZA)

O abade Edouard Durand (1832-1881) foi missionário na África e no Brasil onde residiu em Minas Gerais e teve a oportunidade de explorar o vale do Rio Doce e a Serra do Caraça. Antes de retornar á França, em 1867, Durand morou também na região amazônica. Na Europa o clérigo se torna membro da Sociedade Geográfica de Paris, em 1874, desempenhando as funções de arquivista e bibliotecário. Escreveu diversos artigos sobre o Brasil, e, em especial, sobre a Bacia Amazônica. Transcrevemos um de seus belos textos sobre a pororoca:

Então o mar, quebrando a linha que lhe opõem as águas do Rio, se empina subitamente e as repele para suas fontes; em seguida invade em cinco minutos toda a embocadura, em vez de subi-la em seis horas. Enfim, uma crista de espuma aparece, ao longe, na direção do cabo Norte. Adianta-se com a rapidez de uma tromba e cresce, desenrolando-se, até as ribanceiras de Marajó. Barulho surdo parece sair do fundo do oceano; dir-se-ia o troar longínquo do trovão misturado ao ronco descontínuo do furacão. A pororoca está apenas à dezena de quilômetros. Chega, e este imenso vagalhão de seis metros de altura cai, quebra-se sobre a Ponta Grossa, pinoteia na planície e ressalta nos ares em mil girândolas de espuma. O Araguari enche-se e transborda. A pororoca continua sua corrida desenfreada por entre as ilhas; apertada, comprimida pelos estreitos, parece redobrar de violência; salta sobre os baixios, sacode a longa e alva crina que a brisa leva qual nuvem de neve, abate-se e ergue-se com máximo furor sobre os rochedos que parece pulverizar, sobre as ilhas que parece fazer desaparecer. Nada lhe resiste: árvores seculares são cortadas, torcidas e roladas pelas ondas, entre os rochedos, com pedaços de terras arrancados dos flancos das ilhas e vestidos de forte vegetação. Três vagalhões, ou melhor, três muros ou diques gigantescos de água se sucedem deste modo em 15 minutos! São sucessivamente menos fortes e vão se perder atrás das ilhas, além de Macapá... Compreende-se então a justeza da expressão indígena pororoca, magnífica onomatopeia, daquelas que só se encontram nas línguas primitivas. As três primeiras sílabas imitam, com efeito, o estrondo do caminhar do fenômeno, e a última exprime o embate violento das grandes vagas quebrando-se nas ribanceiras que devasta. (Abbé Durand)

Pororoca ou mupororoca (do tupi “poro’roka”, de “poro’rog”, estrondar) é como são denominados os macaréus que ocorrem na região amazônica. Pororoca é grande onda que sobe os Rios que desembocam no estuário do Amazonas, com grande estrondo e ímpeto devastador, provocando o desmoronamento das margens e carregando consigo árvores, embarcações e outros objetos que se interponham à sua violenta passagem.

A onda é causada pela elevação súbita da maré no oceano, em épocas de sizígia (nas grandes marés de “Lua Nova” e “Lua Cheia”). A elevação da maré represa os Rios no estuário, fazendo com que suas águas recuem, formando uma grande corrente em sentido contrário ao seu curso normal.

Quando esta formidável torrente encontra um estreitamento no Rio, o nível da água se eleva repentinamente e, se houver alguma saliência no leito (os baixios), esse obstáculo faz a água amontoar-se bruscamente, originando uma onda que se eleva de 3 a 6 m de altura e velocidade de 16 a 24 km por hora até rebentar fragosamente, depois de correrem Rio adentro.

No Estado do Amapá, o fenômeno ocorre na ilha do Bailique, na “boca” do Araguarí, no canal do inferno da ilha de Maracá, em diversos outros lugares e com maior intensidade nos meses de janeiro e maio. É, sem dúvida, um dos mais importantes atrativos turísticos do Rio-mar que, embora possa trazer consequências catastróficas aos ribeirinhos. É uma formidável manifestação da força das águas influenciadas pela energia lunar.

Antes de se manifestar a pororoca prenuncia a enchente. Minutos antes de chegar se estabelece uma calmaria, um momento de silêncio, a selva se cala, as aves se aquietam e nem a mais leve brisa se revela, é o aviso da natureza e o ribeirinho atento procura, imediatamente, um abrigo seguro para sua embarcação.

Lenda da Pororoca

Outrora a água do Rio era serena, calma e corria placidamente. As embarcações, à vela e a remo, navegavam sem perigo. A Mãe D’água, mulher do boto Tucuxi, morava com a filha mais velha na baía do Marajó. Certa noite, à hora do jantar, ouviram-se gritos, os cães latiram furiosamente, as galinhas e galos cocoricaram. O que é, o que não é? Tinham roubado “Jacy”, a canoa de estimação da família. Remexeram, procuraram e não encontrando nada, a Mãe D’água resolveu convocar todos os seus filhos: Repiquete, Correnteza, Rebojo, Remanso, Vazante, Enchente, Preamar, Reponta, Maré Morta e Maré Viva. Ela queria que encalhassem a embarcação desaparecida, no entanto passaram-se várias luas e nenhuma notícia de “Jacy”. Ninguém jamais a viu entrando em algum Igarapé, algum furo ou mesmo atracada em algum lugar. Certamente estava escondida, mas onde?

Então resolveram chamar os parentes, mesmo os mais distantes, os Lagos, as Lagoas, Igarapés, Rios, Baías, Sangradouros, Enseadas, Angras, Fontes, Furos, Golfos, Fozes, Canais, Estreitos, Córregos e Peraus, para tratar do caso. Ficou acordada a necessidade de se criar a Pororoca, umas três ou quatro vagas fortes, que penetrassem em todos os furos e paranás que houvessem nos arrabaldes, quebrassem, derrubassem, arrasassem tudo, e capturassem ladrão e “Jacy”. A caçula da Mãe D’água, Maré de Lua, moça danada e briguenta deveria avisar sobre qualquer coisa de anormal que acontecesse.

Desde então nas sizígias de equinócio (conjunção da Lua, com o Sol), surge em alguns lugares o fenômeno, empurrado pela cunhatã brava, invadindo Rios, naufragando barcos, arrasando ilhas, derrubando palhoças, arrancando árvores e amedrontando caboclos e índios. Até hoje, sempre que a Maré de Lua vai ver a Mãe D’água, é um “Deus nos acuda”, ninguém sabe de “Jacy”, e a cunhatã segue em frente destruindo quem ouse não sair da frente, cumprindo as ordens do Boto Tucuxi que resmungando danado diz: “Pois então continue arrasando tudo”.

Terras Caídas

O desmoronamento ocorrido em Manacapuru foi um caso clássico de ‘terra caída’ do tipo deslizamento de material inconsolidado que no caso é a lama. Já em São Paulo de Olivença é um caso de ‘terra caída’ associada à erosão fluvial. Ocorrem escorregamentos associados à atividade humana, como a ocupação desordenada e obras sem acompanhamento técnico. (Geólogo Renê Luzardo)

As “Terras Caídas” são fenômenos erosivos determinados pela dinâmica fluvial, na área de influência da bacia do Rio Amazonas. As margens solapadas continuamente pelas águas acabam ruindo e o Rio arrasta e traga grandes blocos de terra, da terra firme, muitas vezes com casas, vegetação, animais ou moradores. O fenômeno é observado, com maior frequência, no Rio Madeira, em decorrência da velocidade de sua correnteza, embora ocorra também nas calhas dos Rios Solimões e Amazonas. Muito mais vulneráveis, ainda, são os depósitos de areia, lama e resíduos vegetais, carreados e acumulados pelo próprio Rio nos períodos de cheias que formam grandes bancos de areia e, com o passar dos anos, verdadeiras ilhas. Estes locais formados por sedimentos extremamente instáveis são mais vulneráveis às ações das águas e ao fenômeno das “Terras Caídas”.

Na vazante o Rio escava e solapa pacientemente a nova ilha e em uma de suas cheias formidáveis ele é capaz de dissolver o trabalho de anos a fio em poucas horas arrasando tudo e arrastando consigo os imprevidentes que teimam em desconhecer sua fluída dinâmica. Em março de 2007, um fenômeno de “Terras Caídas” de grandes proporções ocorreu na “Enseada da Saracura”, margem direita do Rio Amazonas a 35 quilômetros de Parintins, provocando ondas de aproximadamente seis metros de altura, atingindo 130 pessoas e provocando a morte de um agricultor. Vamos tratar novamente, em outros capítulos, deste fenômeno em que a ocupação desordenada por parte da população da cidade de Juruti teve consequências catastróficas e em Santarém onde certamente o mesmo ocorrerá futuramente.

– Blog e Livro

Os artigos relativos ao “Projeto–Aventura Desafiando o Rio–Mar”, Descendo o Solimões (2008/2009), Descendo o Rio Negro (2009/2010), Descendo o Amazonas I (2010/2011), e da “Travessia da Laguna dos Patos I (2010), estão reproduzidos, na íntegra, ricamente ilustrados, no Blog http://desafiandooriomar.blogspot.com.

O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre. Pode ainda ser adquirido através do e–mail: hiramrsilva@gmail.com.

Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:
http://books.google.com.br/books?id=6UV4DpCy_VYC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false.

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar (IDMM); Vice Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil - RS (AHIMTB)

Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

Blog: http://desafiandooriomar.blogspot.com

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