quinta-feira, 30 de junho de 2011

PETRALISMO

Governo sem plano diretor?
Depois de oito anos, vemos os resultados do plano de governo – o verdadeiro! – desta administração que aparentemente jamais teve um. Os resultados estão a sua volta. Basta olhar e VER!
A nata da administração petralha sempre foi claro em eleger os direitos, dispensando os deveres. Coisa mais elementar em se tratando de quem quer realmente obter um progresso social e administrativo, seria justamente ao contrário... ou melhor seria dizer que é elementar a qualquer desmiolado e incapaz, imprimir tal diretriz enquanto dança no País das maravilhas (desce daí Alice!)?
“Qualquer um tem o direito de dirigir”. Esta é a diretriz da inclusão social. Mas... qualquer um tem capacidade para dirigir? Hoje, tirar a carteira virou solicitação de permissão...!!! Hoje é uma constante vermos motoqueiros ultrapassando em alta velocidade, pela direita, sem ao menos ver a seta do carro à frente que indica que virará a direita e... ocorrido o acidente, em frente ao “Juiz”, se apresenta um “motociclista” coitadinho, machucado, inocente...que foi abalroado covardemente sem ao menos ter tido a chance de contornar... uma vítima da covardia do trânsito!! E ta lá o motorista sendo culpado, inclusive, de irresponsabilidade e dolo... de ter provocado o acidente sem qualquer senso ou consciência. Mais um que dirige com méritos do saber, com competência e responsabilidade, e. vai preso ou nas cestas básicas por culpa dos resultados do petralismo.
Isso hoje é uma constante no trânsito. Isso hoje é uma constante no social.
Faculdade? Qualquer um hoje pode fazer, e ai do professor que muito cobrar! Por ganhar adicional por “produção” (isso é realmente hilário!), se reprovar perde... perde... perde... estudar pra que? “Eu tenho o direito de entrar na faculdade!!!” ...mas cadê o dever de estudar?
São pessoas de uma inteligência admirável, não?
E ainda riem-se dos Portugueses!!!
O petralismo imprimiu a realidade social do cidadão não ter como se defender de uma invasão em sua casa. Se em defesa, fere o coitadinho do assaltante, vai preso. Se usa uma arma de fogo, neste caso é inafiançável... fica preso sem ter como se safar do convívio dos que querem e vão lhe retirar TUDO! Se quiser comprar uma arma para não passar por esta dificuldade, o próprio petralismo se apresenta para melhor firmar sua diretriz, em lhe negando terminantemente o direito a compra de uma!
Hoje, pelo petralismo, se tem o direito a inclusão social sob qualquer aspecto, com total desprezo da aptidão ou capacidade para o que quer intentar. É o sepultamento da meritocracia! É a ode do direito, sem qualquer menção ao dever.
Esta é a sociedade petralha. Esses são os resultados de suas diretrizes.
Afinal, votar em quem jamais trabalhou... que sempre viveu do que podia arrancar de outros com mais mérito que eles...que sempre viveram de assaltos, sequestros, chantagens... incapazes de sobreviver de trabalho honesto... o que poderíamos esperar desses? Que mais diretrizes teriam???
TUDO se resume em um exemplo básico, uma estampa mais que explicativa: Pré-sal... autonomia na produção de petróleo... PTbras (que se chamava Petrobras) como o maior cabide de empregos do partido quadrilha... corrida às urnas com toda a falácia sobre esses temas e... e... e... Temos a gasolina mais cara do mundo, com a pior qualidade do mercado mundial e. risos...ainda sofrerá novo aumento!!... seria preciso dizer que toda a economia está baseada no transporte rodoviário no Brasil???
Na verdade, somente um povo fútil e totalmente tolo deixaria um País riquíssimo como este chegar a tal estado de coisas.
Mas afinal de contas, temos de pensar... quem foi que inventou o celular que hoje qualquer um pode ter? Foi o apedeuta, oras!!! E pelas mãos do petralismo!!! Se disse algo contrário, pode ir preso...!!!
E os Portugueses continuam lá, no primeiro mundo... mas isso somente até o petralismo baixar uma PEC elevando o Brasil de terceiro para primeiro mundo, com artigo adicional que faz com que todos passem a ser felizes, obrigatoriamente!!!
Este é um País que vai pra frente!!!

Do Blog do Marquer - Imagens da Internet - fotoformatação (PVeiga).

SENADOR DEMÓSTENES TORRES CRITICA LIVROS DIDÁTICOS DISTRIBUÍDOS PELO GOVERNO

Pronunciamento do senador no dia 21 de junho de 2011 sobre o conteúdo dos livros da coleção Viver Aprender, distribuída pelo Ministério da Educação.

Demóstenes Torres denuncia: Livros do MEC promovem o MST, incesto, estupro, pedofolia e agressão a professores para alunos do ensino fundamental!

Confira no vídeo abaixo:

A FARSA DOS QUILOMBOLAS DE BAGÉ

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 29 de junho de 2011.

Estamos novamente vivendo o “terror” dos Quilombolas, o INCRA publicou a delimitação das nossas terras no Diário Oficial da União, sem nenhum aviso prévio. (...) Já estão se estabelecendo no local negros de outras regiões aguardando a desapropriação (produtor rural de Bagé).

O Ministério Público, mais uma vez, deu mostras de que não está, absolutamente, preocupado em agir com justiça, mas somente em atender a interesses de entreguistas preocupados em semear a discórdia e o desemprego entre os cidadãos de bem de Palmas, brancos e negros. A decisão da Injustiça conseguiu desagradar não só aos pequenos produtores rurais, mas também a grande maioria dos membros da Associação Quilombola de Palmas. Na tarde do dia 27 de junho, a Associação Rural de Bagé definiu a criação de uma comissão para discutir o edital publicado pelo Superintendente Regional do INCRA/RS. O famigerado documento, editado no final de maio no Diário Oficial da União e publicado no Jornal MINUANO do último sábado, trata da regularização fundiária reivindicada pela Comunidade Remanescente do Quilombo de Palmas.

Resgate histórico?

A demarcação de áreas em nome de um resgate histórico é um tremendo engodo. Conversa para boi dormir. A origem da escravidão deveria ser revista para que o pretenso “resgate histórico” proposto através da criação, sem qualquer critério científico, de uma Comunidade Quilombola em Bagé, não sirva para fomentar, ainda mais, no país, outro “apharteid étnico” idêntico ao que se vê hoje implantado pelos indígenas da Raposa e Serra do Sol, em relação aos não índios.

O costume de vender os prisioneiros de guerra era bastante comum entre as diversas etnias ameríndias, africanas e asiáticas; a escravidão foi durante muito tempo uma prática corriqueira em todas as civilizações independente da cor da pele.

Se algum escravo fugia dos Palmares, eram enviados negros no seu encalço e, se capturado, era executado pela “severa justiça” do quilombo. (CARNEIRO)

Os negros africanos foram, de longe, os maiores traficantes de escravos negros. A tradição estava tão arraigada que um escravo liberto, imediatamente, buscava adquirir um escravo para si mesmo. O “herói” Zumbi dos Palmares, personagem que virou símbolo da luta contra o racismo no país, tinha seus próprios escravos. Os escravos que se negavam a fugir das fazendas e ir para os quilombos eram capturados e transformados em cativos dos quilombos. Palmares lutava contra a escravidão própria, mas não pela escravidão alheia. Para reforçar a idéia de que os escravos brasileiros, talvez, tenham sobrevivido somente porque vieram para o Brasil, vamos lembrar que os países da “Mãe África” foram os últimos a abolir a escravidão e que os genocídios étnicos, na região, continuam acontecendo. Certamente, os grupos capturados, na época, caso não fossem vendidos teriam sido sumariamente exterminados lá mesmo.

Demarcações Altamente Rentáveis

A excelente reportagem produzida pela Revista Veja mostra, claramente, como a política desencadeada pelos “desgovernos federais”, nas últimas décadas, provoca a divisão dos brasileiros em raças, a instabilidade e o terror. Nos dias de hoje, os mestiços que moram nas proximidades de Quilombos declaram-se negros para não perderem o direito à terra e tornarem-se objeto de “desintrusões”. Comunidades de caboclos, na região amazônica, assumem ares indígenas para pleitear demarcações antes que outras comunidades vizinhas o façam e provoquem sua expulsão da área que habitam. É o caos instalado em uma nação que permite que ONGs, muitas vezes estrangeiras, faturem alto produzindo laudos criminosos sem qualquer critério científico. É o império dos critérios ideológicos e mercantilistas sobrepujando os científicos.

A Farra da Antropologia Oportunista

Fonte: Revista Veja, 05 de maio de 2010, edição 2.163.

Os motivos, pretensamente nobres, abriram espaço para que surgisse uma verdadeira indústria de demarcação. Pelas leis atuais, uma comunidade depende apenas de duas coisas para ser considerada indígena ou quilombola: uma declaração de seus integrantes e um laudo antropológico. A maioria desses laudos é elaborada sem nenhum rigor científico e com claro teor ideológico de uma esquerda que ainda insiste em extinguir o capitalismo, imobilizando terras para a produção. Alguns relatórios ressuscitaram povos extintos há mais de 300 anos. Outros encontraram etnias em estados da federação nos quais não há registro histórico de que elas tenham vivido lá. Ou acharam quilombos em regiões que só vieram a abrigar negros depois que a escravatura havia sido abolida. Nesta reportagem, VEJA apresenta casos nos quais antropólogos, ativistas políticos e religiosos se associaram a agentes públicos para montar processos e criar reservas. Parte delas destrói perspectivas econômicas de toda uma região, como ocorreu em Peruíbe, no Litoral Sul de São Paulo.

Os laudos antropológicos são encomendados e pagos pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI). Mas, muitos dos antropólogos que os elaboram são arregimentados em organizações não governamentais (ONGs) que sobrevivem do sucesso nas demarcações. A quantidade de dinheiro que elas recebem está diretamente relacionada ao número de índios ou quilombolas que alegam defender. Para várias dessas entidades, portanto, criar uma reserva indígena ou um quilombo é uma forma de angariar recursos de outras organizações estrangeiras e mesmo do governo brasileiro. Não é por outro motivo que apenas a causa indígena já tenha arregimentado 242 ONGs. Em dez anos, a União repassou para essas entidades 700 milhões de reais. A terceira maior beneficiária foi o Conselho Indígena de Roraima (CIR). (Revista VEJA).

Entrevista com o Conselheiro da Associação Quilombola

Em setembro de 2008 escrevi um artigo denunciando que o Mato Grosso do Sul estava em polvorosa com a pretensa criação de uma área para a “Nação Guarani”, na área mais produtiva do estado. Os guaranis da Argentina e Paraguai se entusiasmaram e já pretendiam invadir a região de “mala e cuia”. Como os grãos brasileiros não têm concorrentes no mercado internacional, as grandes empresas estrangeiras financiaram, novamente, laudos e perícias fajutos em mais essa tentativa de desnacionalização da Terra Brasilis. Os proprietários agiram impedindo a entrada de antropólogos nas suas terras, a sociedade Mato-grossense e seus políticos se mobilizaram e a situação foi revertida, pelo menos temporariamente, até que novamente os rapinantes da FUNAI voltem a atacar.

Os tentáculos da desnacionalização continuaram se estendendo a outras regiões em nome de pretensos “Resgates Históricos” e os Quilombolas não ficaram atrás. Quando surgiu a demarcação de um Quilombo em Bagé, meu sangue Farroupilha ferveu. Escrevi alguns artigos sobre a questão e fui chamado de “facista e racista” pelos “Fabricantes de Quilombos” de todo o país. A situação teve, de repente, um desenrolar bastante interessante e que não teve maior repercussão na mídia impressa. Se os “Fabricantes de Quilombos” me taxaram de “facista e racista”, eu gostaria de saber quais seriam os qualificativos que os “Fantoches de Fidel Castro” e as “Viúvas do Muro de Berlim” empregariam ao Sr. Daniel Ribeiro Franco, Conselheiro Fiscal da Associação Quilombola de Palmas, depois de sua esclarecedora e corajosa entrevista a Rádio Difusora de Bagé, no dia 1° de maio de 2010. Daniel, morador da localidade das Pedreiras, em Palmas, Distrito de Bagé, apresentou um abaixo-assinado, reconhecido em cartório, com 58 assinaturas de pessoas, inclusive dele próprio, um afro-descendente, que são contrários à demarcação de área Quilombola em Palmas. O cabeçalho do documento era o seguinte:

Os membros da Comunidade Quilombola Rural de Palmas e demais moradores afro-descendentes nas áreas abrangidas pela respectiva Associação, abaixo assinados e qualificados, declaram a quem de interesse for e para os devidos fins que discordam do reconhecimento, delimitação ou demarcação de áreas, possivelmente, remanescentes de Quilombos no Distrito de Palmas, Município de Bagé. Desta forma, os signatários dessa declaração manifestam sua discordância com a coletivização de suas terras, bem como informam a quem de interesse for que desde o primeiro momento suas intenções se relacionavam a simples regularização fundiária individualizada das terras por eles hoje ocupadas.

(...) O que estava claro, para todos nós, era que estávamos reivindicando a regularização das terras por nós ocupadas. O que foi passado muitas vezes pela líder comunitária Liege e também pelo presidente da Associação, o Leomar. É de nosso conhecimento e de conhecimento da Comunidade de Palmas que existem muitas terras lá habitadas pelos afro-descendentes, terras essas que não dispõem de documentos, então nós nos reunimos com o objetivo de que esses residentes, digamos, legalmente herdeiros dessas terras pudessem ter essas terras no seu nome. Situação essa que não era surpresa para nenhum de nós, mas quando tomou proporções fora do nosso conhecimento e o nome de toda a Comunidade Afro-descendente foi usado, como sabedor disso e que era de nosso prévio e total conhecimento, não posso me calar diante dessa situação. (...)

Então, o que nós entendemos é que o caminho para que o negro seja reconhecido é nós termos dignidade, e dignidade não é querer pegar o campo do vizinho, dignidade não é aceitar todas as coisas que vêm como direito, digamos assim, mas é termos caráter e filtrarmos as coisas. Foi isso que me motivou, e não somente a minha vontade e o meu descontentamento, mas também com o fato de que essas terras não irão ficar no nome dos proprietários dali. Existem residentes ali, há 40 ou 50 anos que perderão o direito de suas terras, as quais foram adquiridas com suor, perderão o direito de ter o título da sua terra, de fazerem dela o que bem quiserem.

(...) o objetivo da Associação era regularizar as terras dos afro-descendentes, residentes ali, que não tinham documentos das terras. Então, essas pessoas sentiram sua confiança traída, a sua dignidade diante da sociedade, como alguns disseram: a minha dignidade foi roubada, a minha palavra foi roubada porque está sendo colocada para um fim que eu não coloquei. Então elas manifestaram através dessa declaração que eu tenho aqui a sua inconformidade com o que está acontecendo em Palmas, até mesmo porque é do conhecimento de todos os que querem usar de boa fé, que em Palmas brancos e negros convivem em perfeita harmonia, negros trabalham com brancos, tem parcerias com algumas pessoas, eu mesmo que sou um pequeno criador de abelhas, um pequeno apicultor, tem dois apicultores de grande porte lá que me ajudam com as minhas abelhas, nós trocamos serviço, eles me ajudam, eu não tenho carro, eles vão lá com o seu veículo, com as suas camionetes, melam as minhas abelhas junto comigo, arrumamos o mel, eu vou lá ajudo eles sem nenhum preconceito, sem nenhum problema. Então agora, aparecer em nota que existe em Palmas uma guerra entre negros e brancos não condiz com a realidade de Palmas.

Além dessas assinaturas que temos aqui, existem muitas outras pessoas que não assinaram porque não estavam lá, tem pessoas que me procuraram hoje pela manhã, ligaram e me procuraram pessoalmente e me falaram: Daniel eu quero assinar, onde está essa lista? Eu quero assinar, eu não concordo. Tem afro-descendentes assim como eu que estão revoltados com a situação constrangedora que foram colocados, não por ruralistas de Palmas, mas pelos próprios representantes da dita Comunidade. (...)

Agora imagine: eu trabalhei cinco anos para comprar 18 hectares de terra, terra essa que eu disponho do título em minhas mãos, que pago imposto por ela, agora ela vai ficar a título de coletividade, eu vou perder o direito de vender para quem eu quiser, de arrendar essa terra, de no futuro, de repente o meu filho querer ir estudar fora e em minha falta ele não vai poder vender a terra. A revolta dos produtores dali, dos residentes é com essa questão, além de nós não estarmos reivindicando terras do nosso vizinho, nós queremos manter o título da nossa terra, nós consideramos um retrocesso na nossa civilização perdermos o título da nossa terra e ficar em nome de uma Associação, embora essa Associação seja Associação Quilombola de Palmas, mas nós queremos ter o pleno direito de fazer de nossas terras o que quisermos, queremos ter a autonomia sobre essa terra.

Chegarmos até aqui, vermos a tristeza no rosto de pessoas que dizem que tiveram sua boa fé roubada quando assinaram atas, ou quando aparece no processo que a maioria dos afro-descendentes de Palmas, a maioria dos membros da Associação da Comunidade Quilombola de Palmas concorda com o que está acontecendo. Isso nós consideramos uma vergonha para os afro-descendentes, principalmente para aqueles que nós consideramos ter caráter; é baseado nisso que nós não vamos guardar essa declaração numa gaveta. (...)

Daí fica muito bom para essas pessoas quererem direitos iguais, reivindicarem terras da mesma forma, título coletivo, que fique com perpetuidade na família que, em falta dele, fique para seu filho. Tenho plena certeza que a maior herança que nós podemos deixar para nossos filhos, a primeira é: respeito pelo que é seu e pelo o que é dos outros, respeito próprio acima de tudo, e a segunda é vontade de trabalhar, disposição de correr atrás de seus sonhos e, principalmente, o direito de ir e vir, seja em Palmas, seja no lugar que for. Porque se nós concordarmos com o que está acontecendo em Palmas, nós estaremos condenando os nossos filhos a ficar em Palmas ou perder a sua herança. É o que está acontecendo, é o que vai acontecer com os afro-descendentes. Eu tenho orgulho de ser afro-descendente, eu tenho orgulho de ser negro, e esse orgulho de ser negro me leva a poder gritar em voz alta: quero continuar livre, quero ter o direito de assim como eu suei para conquistar a minha chácara, a vender a minha chácara para quem bem entender e poder mudar de lugar se assim entender necessário.

Um fato que me chamou a atenção foi o quanto nas festas populares ali, a forma, a harmonia em que negros e brancos conviviam. Tenho certeza de que, se não houver um esclarecimento da situação que está ocorrendo lá, essa harmonia vai se perder, não porque os ruralistas ou porque os brancos queiram, mas podemos dizer que aí nós próprios estamos cavando nossa sepultura. E outro fato que também foi colocado na imprensa é a de que nossos filhos, que pessoas afro-descendentes estavam correndo risco, que estavam sendo ameaçadas, isso não condiz com a realidade dali. (...)

Se o governo nos dá esse direito, é um direito que o governo pode nos apresentar, mas nós podemos aceitar ou não esse direito, nós podemos zelar pelo direito de ter nosso título de terra, de defender o que é nosso e também de defender o direito do meu vizinho do lado, seja ela negro ou branco.

Muito obrigado!

Fonte: CARNEIRO, Edison. O Quilombo dos Palmares - Brasil - Rio de Janeiro, 1966 - Editora Civilização Brasileira.

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Vice-Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil/Rio Grande do Sul; Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br - E–mail: hiramrs@terra.com.br

quarta-feira, 29 de junho de 2011

UM POLÍTICO DIFERENTE, JOSÉ ANTÔNIO REGUFFE

Um homem que exerce o seu mandato com compromisso e respeito à população que o elegeu!

José Antônio Reguffe, de 38 anos, foi o deputado federal mais bem votado do país em termos proporcionais. Escolhido por 266.465 eleitores, o equivalente a quase 19% dos eleitores do Distrito Federal, ele superou fenômenos televisivos, como Tiririca, e integrantes de clãs políticos tradicionais.
No primeiro dia de trabalho, o parlamentar expediu seis ofícios à diretoria-geral da Câmara. Abriu mão do 14° e do 15° salários reduziu o número de assessores no gabinete, cortou gastos com salários de assessores e diminuiu sua verba de atividade parlamentar.
Como morador de Brasília, naturalmente também abriu mão do auxílio-moradia e das passagens aéreas.
As medidas resultarão em uma economia de R$ 2,4 milhões nos próximos quatro anos. Se elas fossem seguidas por todos os 513 deputados, a economia chegaria a R$ 1,2 bilhão no mesmo período.
O parlamentar tomou medidas idênticas quando exerceu o mandato de deputado distrital em Brasília. Além de ter demonstrado que é possível um parlamentar trabalhar sem mordomias em excesso, o deputado brasiliense teve uma votação que prova como isso está em sintonia com o que pensa o eleitor.

QUINZE SALÁRIOS

O primeiro ofício que José Antônio Reguffe enviou à diretoria-geral da Câmara foi para pedir que não fossem depositados em sua conta os dois salários que os depurados recebem anualmente chamados de “ajuda de custo”. Trata-se, na prática, de um 14° e um 15° salários, de R$ 26.723,13 cada. Ao longo dos quatro anos de mandato, a medida levará a uma economia de R$ 21.3785,04 para a Câmara.
Esse foi um compromisso com meu eleitor. Não acho que seja correto que um deputado tenha direito a salários extras. Todo trabalhador recebe treze salários por ano. Portanto, nada mais lógico que um representante desse trabalhador também receba apenas treze salários por ano. É o justo – disse o deputado sobre a decisão.

COTA PARLAMENTAR
A Câmara criou uma cota para custear todos os gastos dos parlamentares com seu trabalho. Com valores que vão de R$ 20 a 34 mil mensais, o dinheiro deveria ser usado para pagar despesas com passagens aéreas, selos, telefone, combustível, aluguel de carros e pagamento de consultorias. Como a fiscalização é muito frouxa, são frequentes os indícios de uso irregular. Reguffe pediu que sua cota fosse reduzida de R$ 23 mil para R$ 4,6 mil. Em quatro anos, a economia será de R$ 88.464,00.
Esse valor (R$ 23 mil) é exorbitante, excessivo. O mandato parlamentar pode ser exercido com qualidade a um custo bem menor para os contribuintes. Pela minha experiência na Câmara Legislativa, acho que R$ 4,6 mil é um valor viável. É suficiente para manter o gabinete funcionando bem – comentou.

VERBA DE GABINETE E ASSESSORES

Os deputados têm direito a R$ 6 mil para contratar até 25 assessores para seus gabinetes. Reguffe estabeleceu junto à direção da Câmara que terá no máximo nove assessores e que não gastará mais que R$ 4,8 mil com os vencimentos, uma redução de 20% na verba. Só com os salários, a economia será de R$ 62,4 mil ao longo dos quatro anos do seu mandato. Mas ainda há o enxugamento de benefícios. Apenas com vale-alimentação dos dezesseis funcionários que não serão contratados, a Câmara economizará R$ 51.456,00 até 2014.
– O número de assessores a que um parlamentar tem direito é excessivo. Nós precisamos de bons Técnicos para exercer um mandato digno. Agora, 25 assessores... Se todos vierem trabalhar, o gabinete não comporta nem a metade. É um gasto que parece servir como uma espécie de estatização de cabos eleitorais. Eu tenho um gabinete que vai me servir bem, que vai me dar amparo, sem precisar de tanta gente – frisou o deputado.

Do Blog do Jornalista Flávio Azevedo.

LIXO MUSICAL DERIVA DO LIXO EDUCACIONAL

Você liga o rádio e quase todas as estações estão tocando música de baixa qualidade. Na programação das TV's abertas, o fenômeno se repete e agora se espalha também pelos canais pagos, sob a justificativa de que uma nova classe C emergente surgiu e começou a acessar esse tipo de serviço (e que fique muito claro que eu sou a favor da inclusão social e ascensão das classes menos favorecidas às condições melhores sócio-econômicas, não é esse o ponto que crítico).
Então, vai se acostumando com a ideia de que isso é tendência normal, já que a audiência é que dita a grade de tais veículos.
Agora, o que tem em comum os veículos de comunicação neste país? Quase todas as emissoras estão nas mãos de políticos, ou seja, os mesmos que nada fazem, seja no legislativo ou executivo, para melhorar as condições da educação e cultura no Brasil.
Coincidência?
O fato de termos um nível educacional péssimo e baixíssimos investimentos na cultura, naturalmente gera uma consequência e dela se aproveitam, pois usando a ignorância como desculpa, difundem essa subcultura musical ad nauseam em suas estações, causando esse estrago conhecido e enchendo seus bolsos com essa venda de lixo.
Sendo assim, como esperar que esse panorama melhore? Choramingar espaços para artistas injustiçados que a despeito de seu talento e qualidade nunca irão tocar nas rádios e que jamais aparecerão no "Faustão", é perda de tempo.
Por que abririam espaço para artistas que o povo "não quer ver”? A desculpa mercadológica está na ponta da língua...
E em se tratando de empresas comerciais que visam lucros, como podemos exigir que tirem de sua programação o lixo que exibem para colocar artistas de proposta "antipopular", que lhes diminuam a audiência e consequentemente os façam perder patrocinadores ?
O povo quer "pão e circo”... isso parece ser um preceito bem antigo que eles não ousam mudar, não é ?
Então, surge a ideia de criar fomentos para estimular a cultura e através de isenção de impostos, empresas podem patrocinar artistas de todos os ramos. Esse tipo de dispositivo é genial, desde que cumprisse sua função isento de falcatruas, mas não é o que observamos.
Em países como a Suécia, por exemplo, esse tipo de Lei funciona muito bem. Uma banda de Rock iniciante, por exemplo, pode usar desse incentivo para fazer um show bem produzido, com equipamento, estrutura e divulgação profissionais. Mas a diferença, é que isso é feito uma única vez e dali em diante, que aproveite bem a chance e alavanque sua carreira. Aqui, certas máfias do Planalto Central promovem tours o ano inteiro sempre com as mesmas bandas da quadrilha, por anos a fio e usando os recursos da Lei Rouanet...
Então meus amigos, a questão da baixíssima qualidade da música que é massacradamente difundida ao povo, é fruto de um diabólico esquema, onde todos saímos perdendo, até os engravatadinhos que lucram com esse lixo, pois acabam uma hora ou outra, pagando na própria pele com a violência urbana, vítimas de algum facínora que eles mesmo criaram, ao não lhe proporcionar educação de qualidade, acesso à cultura e oportunidade de ascensão sócio-econômica.
Como esperar que um desassistido desses, possa gostar de ouvir Beethoven, Milton Nascimento, Cole Porter, Yes ou qualquer artista de diferentes vertentes que se propuseram a fazer arte de qualidade superior, se seu cérebro não se desenvolveu, graças à subnutrição, violência, miséria e analfabetismo ?
E dá-lhe "funk batidão", com o nível de letras e insinuações que ele consegue entender e se identificar.
Por isso, não critico artistas que fazem o pseudo-funk dos morros do Rio, axé music, duplas sertanejas, pagode, forró e o pop-rock empobrecido da atualidade, pois eles estão na deles e correm atrás de seu sonho de serem ricos e famosos na música.
Os grandes vilões desse estrato de baixo nível, são os que exploram a miséria educacional e cultural deste país e que invariavelmente, são os mesmos responsáveis pela educação e cultura oficial...
A bolacha vende mais porque é mais fresquinha ou está sempre fresquinha porque vende mais? Esse bordão publicitário que fez muito sucesso décadas atrás, parece se encaixar nessa questão.

Imagens da Internet - fotoformatação (PVeiga).

Texto do Blogueiro Luiz Antônio Domingues – em Planet Polêmica.

terça-feira, 28 de junho de 2011

FALTA DE CARÁTER AO EXTREMO


Por Carlos Newton

Morreu na semana retrasada (16 Jun 2011) Eduardo Gomes de Farias, o Dom, o remanescente da dupla Dom & Ravel, que surgiu em meados da década de 60 e conquistou o país com a música “Eu te amo, meu Brasil, que estourou nas paradas de sucesso quando a seleção saiu-se tricampeã no México. Eustáquio Gomes de Farias, o Ravel, já havia morrido há alguns anos (em dezembro de 2000).

Na época, Silvio Santos se aproveitou do sucesso da dupla, incentivando os dois irmãos a continuarem compondo músicas ufanistas, que apresentava em seu programa aos domingos, para bajular os governantes militares. Quando pleiteava sua primeira estação de TV, Silvio Santos fez com que a dupla Dom & Ravel, no auge da fama, viajasse a Brasília para pedir ao presidente Geisel que desse a concessão ao homem do Baú, e foram atendidos.

Vejam como as coisas mudam. Agora, na morte de Dom, o telejornal do SBT esqueceu (ou passou a borracha) na ligação entre a dupla e Silvio Santos. O texto lido pelos apresentadores era só de críticas a Dom & Ravel, por seu apoio ao regime militar.

Quanta hipocrisia. Silvio Santos agora é de esquerda, coloca no ar uma novela (“Amor e Revolução”) exaltando os que lutaram contra o regime militar de 64, dá um golpe espetacular na Caixa Econômica Federal, passa adiante o Banco PanAmericano, completamente falido, não acontece nada, e adivinhem quem patrocina o Jornal do SBT. Ora, a Caixa Econômica Federal, é claro. Afinal, não são parceiros?

COMENTO: não se pode acreditar que um sujeito como Senior Abravanel, vulgo Silvio Santos, que praticamente saiu do "nada" e tornou-se o empresário do porte atual que é não tenha uma vista privilegiada da conjuntura nacional. Além de sua capacidade natural, ele certamente dispõe de uma boa assessoria que o mantém bem informado sobre os rumos do país. O alegado desconhecimento sobre os desfalques no Banco que ele nos empurrou goela abaixo não passou de simples prática da lição adquirida com o "borracho do planalto". Posteriormente, o empresário se desfez de outro símbolo de sua trajetória econômica: o "Baú da Felicidade", vendido a outra rede de comércio. Como disse, não acredito que Silvio Santos seja desinformado. Creio que seu "tino" já deu sinais de que o navio está fazendo água. E todos conhecem o ditado sobre os ratos serem os primeiros a abandonar o barco que afunda.

Do blog do Tuaregue

EXPRESSÃO DAS CHAMAS

Por Saulo Mendonça

Não lembro o seu nome, mas me recordo da entrevista de um escritor confessando que havia se apaixonado por uma mocinha simples, que nasceu e se criou num sítio próximo à sua cidade. Ela adorava escrever bilhetes, com frases recheadas de errinhos, indiferentes às carrancudas regras gramaticais, mas cheios de felicidade sincera. Os bilhetinhos faziam-no levitar num ato comum de distrofia espiritual, quando os via ilustrados no papel. Carinho com erros gramaticais jamais esconderia as propriedades da paixão, muito menos camuflaria a legitimidade de seus encantos.

A casa dela se situava na subida de uma ladeira. Paisagem privilegiada. Os gritos estridentes das cigarras cortavam o silêncio num ato decisivo de quem anunciava a noite. Nas frestas das árvores, via-se uma espécie de renda, mas, na verdade, era um painel natural feito de luzes de energia elétrica. Fazia parte do cenário um redemoinho de vaga-lumes piscando em grupos. As pracinhas se deixavam mostrar pelas réstias como um corpo desnudo, despido de tudo. Na calçada, os dois sentados, lado a lado, em duas cadeiras encostadas num cantinho de parede. Dois amores entregavam-se ao vislumbre de se tornarem parceiros dos instantes singelos, com direito a todos os seus rumos à fantasias. Naquele instante, observando que ele estava sonolento pela fadiga de um dia exaustivo, olhou-o e, postando uma voz arrastada, esboçou aos ouvidos de seu escritor enamorado: “Meu filho, durma um pouquinho que eu fico aqui lhe pastorando”.

Certa vez, ouvi outra expressão simples e surpreendente. Uma senhora abordou um feirante, para saber se ele tinha batatas grandes. Imediatamente, o velhinho respondeu que não. “As que eu tenho aqui, dona, não são grandes, são graúdas! Porque grandes só os poderes de Deus. Mais na frente um senhor vendia uma fruta cuja textura se asemelhava à pinha. As duas estavam juntas num banco de feira. Perguntei qual era a mais doce das duas. Quase sem pensar, respondeu-me: “As duas, doutô, as duas têm a mesma doçura!”

E assim vão surgindo as inusitadas expressões, como a da namorada do escritor, igual à do feirante. Outra expressão interesante foi usada pelo frentista de um posto de combustível. Ao se referir à verificação do nível de óleo do meu carro, afirmou que seria melhor que o fizesse no dia seguinte, pela manhã. E explicou: “Melhor verificar pela manhã cedo, é nessa hora que o óleo está em repouso”. Mas foi a pessoa que faz manutenção em fogões a gás que mais me chamou a atenção. Aparentando uns setenta anos de idade, magro, moreno, empunhando uma maleta velha de ferro onde guardava as suas ferramentas, abordou-me do portão:

- Doutô, o fogão do senhor está com alguma boca entupida? A gente faz o serviço. Lembrei-me de que precisava dos seus préstimos e aceitei. Depois do serviço concluído, acionou o acendedor automático do fogão e as seis bocas foram acesas. Caí na besteira de lhe perguntar se havia mesmo ficado bom. Ele, educadamente, olhou para mim e respondeu-me com voz pausada em forma de pergunta: - “Não está vendo, doutô, a expressão das chamas?!” Baixei a cabeça e, nesse momento, observei os seus pés graúdos, quase gigantescos, metidos dentro de um par de sandálias japonesas, parte dentro, parte fora da borracha carcomida pelo tempo.

Não demorei a entender que seu universo era feito de iluminâncias, ilustrando expressões que tanto nos fazem desapercebidos. Se as pessoas fossem sempre assim, sentiríamos com mais frequência a incensação de suas bocas, desentopidas, naturalmente, deixando sair a substância natural de suas palavras. Viríamos escapar somente as chamas inofensivas do espírito emanado de suas fontes lapidadas pelo ego iluminado. Mas, lamentavelmente, o contrário é o que vemos por aí: as expressões fabricadas, os homens confeccionando a descabida linguagem, usando palavras etiquetadas nas suas fabriquetas de sentidos e de comportamentos dos mais estúpidos que a nada iluminam.

Recebido via e-mail da amiga Bete Maciel, com a seguinte observação: "Uma crônica muito interessante do amigo e poeta Saulo Mendonça lá da Paraíba, publicada em jornal local"- Jornal A União - Quarta-feira - 8 de junho de 2011

MAIOR LAVANDARIA DE DINHEIRO DO MUNDO AMEAÇA FALIR!

A Suíça estremece.
Zurique alarma-se.Os belos bancos, elegantes, silenciosos de Basileia e Berna estão ofegantes.Poderia dizer-se que eles estão assistindo na penumbra a uma morte ou estão velando um moribundo.
Esse moribundo, que talvez acabe mesmo morrendo, é o segredo bancário suíço.

O ataque veio dos Estados Unidos, em acordo com o presidente Obama.

O primeiro tiro de advertência foi dado na quarta-feira.

A UBS - União de Bancos Suíços, gigantesca instituição bancária suíça viu-se obrigada a fornecer os nomes de 250 clientes americanos por ela ajudados para defraudar o fisco.

O banco protestou, mas os americanos ameaçaram retirar a sua licença nos Estados Unidos.

Os suíços, então, informaram os nomes.

E a vida bancária foi retomada tranquilamente.

Mas, no fim da semana, o ataque foi retomado.

Desta vez os americanos golpearam forte, exigindo que a UBS faculte o nome dos seus 52.000 clientes titulares de contas ilegais!

O banco protestou.

A Suíça está temerosa.

O partido de extrema-direita, UDC (União Democrática do Centro), que detém um terço das cadeiras no Parlamento Federal, propõe que o segredo bancário seja inscrito e ancorado pela Constituição federal.

Mas como resistir?

A União de Bancos Suíços não pode perder sua licença nos EUA, pois é nesse país que aufere um terço dos seus benefícios.

Um dos pilares da Suíça está sendo sacudido.

O segredo bancário suíço não é coisa recente.

Esse dogma foi proclamado por uma lei de 1934, embora já existisse desde 1714.

No início do século 19, o escritor francês Chateaubriand escreveu que neutros nas grandes revoluções nos Estados que os rodeavam, os suíços enriqueceram à custa da desgraça alheia e fundaram os bancos em cima das calamidades humanas.

Acabar com o segredo bancário será uma catástrofe económica.

Para Hans Rudolf Merz, presidente da Confederação Helvética, uma falência da União de Bancos Suíços custaria 300 biliões de francos suíços ou 201 milhões de dólares.

E não se trata apenas do UBS.

Toda a rede bancária do país funciona da mesma maneira.

O historiador suíço Jean Ziegler, que há mais de 30 anos denuncia a imoralidade helvética, estima que os banqueiros do país, amparados no segredo bancário, fazem frutificar três triliões de dólares de fortunas privadas estrangeiras, sendo que os activos estrangeiros chamados institucionais, como os fundos de pensão, são nitidamente minoritários.

Ziegler acrescenta ainda que se calcula em 27% a parte da Suíça no conjunto dos mercados financeiros offshore" do mundo, bem à frente de Luxemburgo, Caribe ou o extremo Oriente.

Na Suíça, um pequeno país de 8 milhões de habitantes, 107 mil pessoas trabalham em bancos.

O manejo do dinheiro na Suíça, diz Ziegler, reveste-se de um carácter sacramental.

Guardar, recolher, contar, especular e ocultar o dinheiro, são todos actos que se revestem de uma majestade ontológica, que nenhuma palavra deve macular e realizam-se em silêncio e recolhimento...

Onde param as fortunas recolhidas pela Alemanha Nazi?

Onde estão as fortunas colossais de ditadores como Mobutu do Zaire, Eduardo dos Santos de Angola, dos Barões da droga Colombiana, Papa-Doc do Haiti, de Mugabe do Zimbabwe e da Máfia Russa?

Quantos actuais e ex-governantes, presidentes, ministros, reis e outros instalados no poder, até em cargos mais discretos como Presidentes de Municípios têm chorudas contas na Suíça?

Quantas ficam eternamente esquecidas na Suíça, congeladas, e quando os titulares das contas morrem ou caem da cadeira do poder, estas tornam-se impossíveis de alcançar pelos legítimos herdeiros ou pelos países que indevidamente espoliaram?

Porquê após a morte de Mobutu, os seus filhos nunca conseguiram entrar na Suíça?

Tudo lá ficou para sempre e em segredo...

Agora surge um outro perigo, depois do duro golpe dos americanos.

Na mini cúpula europeia que se realizou em Berlim, (em preparação ao encontro do G-20 em Londres), França, Alemanha e Inglaterra (o que foi inesperado) chegaram a um acordo no sentido de sancionar os paraísos fiscais.

"Precisamos de uma lista daqueles que recusam a cooperação internacional", vociferou a chanceler Angela Merkel.

No domingo, o encarregado do departamento do Tesouro britânico Alistair Darling, apelou aos suíços para se ajustarem às leis fiscais e bancárias europeias.

Vale observar, contudo, que a Suíça não foi convidada para participar do G-20 de Londres, quando serão debatidas as sanções a serem adoptadas contra os paraísos fiscais.

Há muito tempo se deseja o fim do segredo bancário.

Mas até agora, em razão da prosperidade económica mundial, todas as tentativas eram abortadas.

Hoje, estamos em crise.

Viva a crise!!!

Barack Obama, quando era senador, denunciou com perseverança a imoralidade desses remansos de paz para o dinheiro corrompido.

Hoje ele é presidente.

É preciso acrescentar que os Estados Unidos têm muitos defeitos, mas a fraude fiscal sempre foi considerada um dos crimes mais graves no país.

Nos anos 30, os americanos conseguiram laçar Al Capone.

Sob que pretexto?

Fraude fiscal.

Para muito breve, a queda do império financeiro suíço!

(*)-Gilles Lapouge é Francês e jornalista desde 1950, por três anos trabalhou no Brasil no Estadão. Atua como correspondente na França de O Estado de S.Paulo há mais de quarenta.

Enviado por e-mail pelo amigo Luiz Antonio Domingues.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

QUEREM AUMENTAR O NÚMERO DE VEREADORES EM NOSSA CÂMARA

O outdoor colocado na Rua Olívio Domingos Brugnago, no bairro Vila Nova, em Jaraguá, demonstra a indignação sobre a proposta de aumento do número de vereadores na Câmara.

Na Ilha da Figueira, bairro de Jaraguá do Sul, foi colocado o outdoor abaixo:


E finalmente...

TAMBÉM ESTÃO QUERENDO AUMENTAR PARA 17 O NÚMERO DE

VEREADORES EM CAMPO MOURÃO.

CARO MOURÃOENSE VOCÊ CONCORDA COM ISSO?

POR QUE MAIS VEREADORES, SERÁ QUE 10 JÁ NÃO BASTAM?

APLIQUEMOS O DINHEIRO PÚBLICO EM COISAS MAIS NECESSÁRIAS.

Pesquisa revela que Mourãoenses não querem 17 vereadores

Uma pesquisa realizada recentemente pelo Observatório Social de Campo Mourão apontou que a maioria esmagadora da população do Município não concorda com a elevação do número de vereadores dos atuais 10 para 17 a partir de 2012. Foram entrevistadas 1.166 pessoas na área central da cidade e em mais dois bairros – os jardins Lar Paraná (Asa Oeste) e Aeroporto (Asa Leste) - no período de 13 a 17 de junho último.

“Você concorda com a elevação do número de vereadores de 10 para até 17 vereadores?” foi uma das perguntas feitas aos entrevistados. Apenas 177 pesquisados manifestaram concordância com a proposta (o equivalente a 15,18 por cento), enquanto 952 entrevistados rejeitaram o aumento (equivalente a 81,73 por cento). Trinta e seis pesquisados acharam que é indiferente (3,09 por cento).

A segunda e última pergunta feita aos entrevistados foi: “Você acredita que a população será mais bem representada com o aumento do número de vereadores?”. Uma vez mais predominaram os que discordam com a hipótese. Enquanto 198 dos pesquisados (16,98 por cento) disseram o aumento do número de vereadores vai garantir uma melhor representatividade da população, a grande maioria - 931 pesquisados (o equivalente a 79,84 por cento) – discordaram. 37 pessoas acharam que é indiferente (3,18 por cento) deu na Coluna do Ely.