sábado, 31 de março de 2012

OS TEÓLOGOS DA CORTE

 Por Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior (Programa Parresía)
Sabemos que historicamente houve uma reflexão filosófica de um Senhor chamado Nicolau Maquiavel em um livro chamado 'O Príncipe'. E o que Maquiavel pretendia? Dar todo um aparato ideológico para que o príncipe chegasse ao poder, e poder total.

No século 20 esse livro foi analisado por um comunista, Antonio Gramsci, e ele viu que agora nos temos agora um novo príncipe que é o partido, o partido comunista, o partido socialista que agora deve governar. A realeza, a elite da unanimidade se encarna em um partido. Essas pessoas iluminadas que seguem a ideologia socialista é que devem reger os destinos do mundo e nos governar.
Mas, todo príncipe tem corte e toda corte precisa de seus teólogos. Para infelicidade do nosso país e vergonha da Igreja Católica do Brasil, muitos teólogos de nossa nação se dispõem a serem "teólogos da corte", que agora estão justificando a forma de tomar o poder do partido dos trabalhadores, que adotou uma forma de governar revolucionária, não armada, mas cultural (ver artigos sobre Marxismo Cultural).

O recado desta parresía é mais agressivo e direto. A Igreja Católica no Brasil não está amordaçada, nós católicos estamos nos dispondo a ser teólogos da corte. E o que abriu meus olhos foi quando Gilberto Carvalho, importante homem do governo atual (Lula/Dilma), afirmou que agora o problema não é a oposição, mas os cristãos, a "igreja"... e a igreja a que se referiu são os evangélicos, porque a católica já está domesticada.

Gilberto Carvalho foi seminarista... costurando acordos, trazendo para si pessoas importantes da hierarquia católica no Brasil que tornou-se em muitos de seus expoentes, a igreja da corte. Alguns são teólogos, outros são sacerdotes, outros são bispos... todos têm acordos com o partido no governo, acordos que envergonhariam a qualquer um ao saber como as coisas estão funcionando. Dizia o ditador alemão Bismarck: "Se o povo soubesse como se fazem as leis e como se fazem as linguiças..." (ou seja, não comeriam linguiças e não obedeceriam as leis). Podemos também analogamente dizer: se o povo soubesse como se produz teologia neste país, discursos eclesiásticos... não discursos baseados no evangelho e na fidelidade a Nosso Senhor Jesus Cristo, mas discursos baseados nos interesses do príncipe, do partido que nos governa. São teólogos da corte.

Tenho vergonha como católico, pois o governo não planeja nem minimamente perseguir a Igreja Católica, mas sim combater os evangélicos, porque eles é que estão representando o cristianismo em nosso país!

Você, católico, sabendo disso, não fica envergonhado? Onde está a Igreja? Onde estão os católicos do Brasil? Onde estão os abaixo-assinados? As marchas pela liberdade? Os padres tão proféticos? As greves de fome? Tornamo-nos teólogos (bobos?) da corte e nos ajoelhamos numa genuflexão blasfema diante de um governo que vai perdendo cada vez mais qualquer pudor e limite de moralidade.

Eu me envergonhei de ser católico, não da verdadeira Igreja de Cristo, mas de ser um católico brasileiro no bolso do governo. Nós cristãos, incluindo os evangélicos que são nossos aliados nessa campanha, temos uma antiquíssima tradição de desobediência civil. Jesus disse 'dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus'. Convém antes obedecer a Deus que aos homens, ensinaram os apóstolos. Quando os homens começam a perverter a ordem natural e fazer leis contrárias à vontade divina, devemos desobedecer. Se esses homens que nos governam começarem a fazer leis contrárias aos mandamentos de Deus é dever de todo cristão não obedecer a essas leis.

Eu, como sacerdote, não posso ficar ao lado de um governo que não tem nenhuma ética cristã e que promove todo tipo de imoralidade visando destruir nossa herança cristã. Na década de 40 na Itália aconteceu algo semelhante durante o governo de Mussolini... e muitos padres e bispos tornaram-se teólogos da corte fazendo juramentos e rituais fascistas diante do altar da pátria. Hoje, passados 60, 70 anos, olhando o passado temos vergonha e desprezo daqueles homens que se associaram a um governo tirânico, anticristão e fascista.

Se esses homens no Brasil não temem o juízo de Deus, pois boa parte deles não acredita no inferno mesmo, que temam o juízo da história que os julgará com severidade como hoje olhamos para aqueles clérigos fascistas que ficaram ao lado de Mussolini e de Hitler e os condenamos.

Olharemos no futuro para esses teólogos que se dizem da libertação, proféticos, que se dizem do lado do povo, mas que estão na verdade do lado da elite governante que com o povo não se importa. Do povo só querem os votos e por isso compram a população com bolsas famílias e coisas assim.

O partido que nos governa já deixou a muito de ter o mínimo pudor. Eles agora defendem claramente o que pretendem: legalizar o aborto, legalizar o casamento gay, promover o homossexualismo, destruir a família, agilizar o divórcio, perverter os nossos filhos menores de idade que agora podem receber visitas íntimas na cadeia... e por aí vai.

Já passamos do limite há muito tempo! Onde estão as vozes proféticas católicas desta nação? Eu me envergonho deste silêncio vil, desta covardia. Eu me envergonho desses teólogos de corte.

Fonte: site Christo NihilPraeponere e blog Jovens sois fortes.

"DOMINGO DE RAMOS"

N
o ponto de vista litúrgico, o sábado de Lázaro se apresenta como a preparação do Domingo de Ramos; dia em que se celebra a entrada do Senhor em Jerusalém. Essas duas festas têm um tema em comum: o triunfo e a vitória. O sábado revelou o Inimigo que é a morte; o domingo anuncia a vitória, o triunfo do Reino de Deus e a aceitação pelo mundo de seu único Rei, Jesus Cristo. A entrada solene na cidade santa foi, na vida de Jesus, seu único triunfo visível; até aí, ele tinha recusado qualquer tentativa de ser glorificado e é apenas seis dias antes da Páscoa que ele não só aceitou de bom grado, como provocou mesmo o acontecimento. (Cumprindo ao pé da letra o que dissera o profeta Zacarias)— "Eis o teu Rei que vem montado numa jumenta" (Zac. 9:9), ele mostra claramente que queria ser reconhecido e aclamado como o Messias, Rei e Salvador de Israel. O texto do Evangelho sublinha, com efeito, os traços messiânicos: os ramos, o canto de Hosanna, a aclamação de Jesus como Filho de Davi e Rei de Israel. A história de Israel chega ao seu fim: tal é o sentido deste acontecimento. O sentido desta história era o de anunciar e preparar o Reino de Deus, a vinda do Messias. Hoje é o dia em que isto se cumpre, pois eis que o Rei entra em sua cidade santa e nele todas as profecias e toda a espera de Israel encontram seu término: ele inaugura seu Reino.
A liturgia deste dia comemora este acontecimento; com os ramos nas mãos, nós nos identificamos com o povo de Jerusalém, com o qual saudamos o humilde Rei, recitando-lhe nossa Hosanna. Mas, qual é o sentido disto para nós, hoje?
Primeiramente, nós proclamamos que o Cristo é nosso Rei e nosso Senhor. Muito frequentemente nós nos esquecemos de que o Reino de Deus já foi inaugurado, que no dia do nosso Batismo nós fomos feitos cidadãos dele, e que nós prometemos colocar nossa fidelidade a esse Reino acima de qualquer outra. Não esqueçamos que, durante algumas horas, o Cristo foi verdadeiramente Rei sobre a terra, Rei neste mundo que é o nosso. Por algumas horas apenas e numa única cidade. Mas, da mesma maneira que em Lázaro nós reconhecemos a imagem de todo homem, podemos ver nesta cidade o centro místico do mundo e de toda a criação. Tal é o sentido bíblico de Jerusalém, a cidade, o ponto focal de toda a história da salvação e da redenção, a santa cidade do Advento de Deus. O Reino inaugurado em Jerusalém é, pois, um Reino universal, abraçando todos os homens, e a criação inteira. .. por algumas horas, e entretanto, essas horas são decisivas; é a hora de Jesus, a hora do cumprimento por Deus de todas as suas promessas e de todas as suas vontades. Essas horas são o término de toda a longa preparação revelada pela Bíblia e o cumprimento de tudo aquilo que Deus quis fazer pelos homens. E assim, este breve momento de triunfo terrestre do Cristo adquire uma significação eterna. Ele introduz a realidade do Reino de Deus no nosso tempo, em cada uma de nossas horas, fazendo deste Reino aquilo que dá ao tempo o seu sentido, sua finalidade última. A partir dessa hora, o Reino é revelado ao mundo e sua presença julga e transforma a história humana. E quando do momento mais solene da celebração litúrgica, nós recebemos um ramo das mãos do padre, nós renovamos nossa promessa a nosso Rei, e nós confessamos que o seu Reino é o único objetivo de nossa vida, a única coisa que dá um sentido a ela. Nós confessamos também que tudo, na nossa vida e no mundo, pertence ao Cristo, que nada pode ser subtraído ao único e exclusivo Mestre e que nenhum domínio de nossa existência escapa de seu império e de sua ação redentora. Enfim, nós proclamamos a universal e total responsabilidade da Igreja com relação à história da humanidade e nós afirmamos sua missão universal.
No entanto, nós sabemos o Rei que os judeus aclamam hoje, e nós com eles, nos encaminhamos para o Gólgota, para a cruz e para o túmulo. Nós sabemos que este breve triunfo é apenas o prólogo de seu sacrifício. Os ramos em nossas mãos significam, desde então, nosso ardor em segui-lo no caminho do sacrifício, nossa aceitação do sacrifício e nossa renúncia a nós mesmos, em que reconhecemos a única estrada real que conduz ao Reino.
E, finalmente, os ramos, essa celebração, proclamam nossa fé na vitória final do Cristo. Seu Reino ainda está oculto e o mundo o ignora. O mundo vive como se o acontecimento decisivo jamais tivesse ocorrido, como se Deus não tivesse morrido na cruz e como se, nele, o homem não tivesse ressuscitado dentre os mortos. Mas nós, cristãos, cremos, na chegada desse Reino onde Deus será tudo em todos, e onde o Cristo aparecerá como o único Rei.
As celebrações litúrgicas nos relembram acontecimentos passados; mas todo o sentido e toda a virtude da liturgia consistem precisamente em transformar a lembrança em realidade. Neste Domingo de Ramos, a realidade em questão é a nossa própria implicação neste Reino de Deus, é nossa responsabilidade a seu respeito. O Cristo não entra mais em Jerusalém; ele o fez de uma vez por todas. Ele não cuidou do "símbolo" e, certamente, não foi para que nós possamos perpetuamente "simbolizar" sua vida, que ele morreu na cruz. O que ele espera de nós, é um real acolhimento do Reino que ele nos trouxe. . . e se nós não estivermos prontos a sermos totalmente fiéis ao juramento que renovamos a cada ano, o Domingo de Ramos, se de fato não estivermos decididos a fazer do Reino a base de toda nossa vida, então nossa celebração é vã, vãos e sem significado são os ramos que levamos da igreja para nossas casas.

Fonte:
O Mistério Pascal - Comentários Litúrgicos
Alexandre Schmémann, Olivier Clément

HOMENAGEM AO MARECHAL CASTELO BRANCO

Por Gen. Ex Domingos Miguel Antonio Gazzineo - 30 Mar 2012
Cumprindo uma tradição, estamos aqui reunidos para reverenciar a memória da insigne figura do MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO e para evocar a data de 31 de março de 1964, quando, atendendo aos anseios do povo brasileiro, demos um basta na corja de comunistas que estava perto de se apoderar da nossa Pátria para aqui instalar uma ditadura marxista-leninista, sob os auspícios e patrocínio de países totalitários estrangeiros.
Se os detentores do poder julgam inconveniente que, para essas homenagens, usemos as instalações de nossos Quartéis onde mourejamos durante toda uma vida; se não nos são franqueados locais sob administração oficial, realizaremos sempre, como estamos fazendo hoje, nossos atos patrióticos em praça pública para que o povo conheça a grandeza das nossas ideias como também a pequenez e a covardia dos que nos querem calar.
Por mais que nos proíbam, por mais que nos ameacem, por mais que desejem nos sufocar ou punir, garroteando os nossos salários e os recursos devidos às Forças, não desistiremos de cumprir o nosso dever de cultuar os nossos verdadeiros heróis e de evocar as datas notáveis da nossa história. Isto é parte da nossa formação, da nossa mística e dos nossos princípios, os quais mantemos com muito orgulho e perseverança.
Somos Militares da Reserva de todas as Forças e amigos civis de todos os ramos de atividades que firmemente comungam conosco dos mesmos ideais. Não pregamos o desrespeito às autoridades nem atuamos à margem da lei. Somos calejados por um passado de trabalho honesto, sério, dedicado às nossas Instituições, o que nos credita o direito de, dentro dos ditames das leis, expressarmos livremente as nossas preocupações, as nossas críticas e os nossos legítimos anseios, doa a quem doer.
Não incitamos à indisciplina, não pregamos golpes, apenas nos defendemos em face de tantos ataques e impropérios, lançados muitas vezes sob as vistas condescendentes e com o apoio de quem possui a obrigação legal de nos defender.
Preservamos e apoiamos os companheiros da ativa, na certeza de que, mesmo mantendo um doloroso silêncio, saberão honrar os valores e os princípios pétreos das nossas Instituições, mantendo-se unidos e coesos prontos para que, como tem sido ao longo de toda a nossa história, e como foi em 1935 e 1964, defendam a Pátria, até com o sacrifício da própria vida, frente às investidas anunciadas e previsíveis, e possam, no momento oportuno, mostrar que a "MÃO AMIGA" também tem um "BRAÇO FORTE".
Esperamos deles, principalmente dos que carregam em seus ombros a responsabilidade de chefia, que, com o nosso irrestrito apoio e confiança, saibam manter, com serenidade e energia, a postura altiva face ao desrespeito, ao achincalhe, à falta de consideração e aos sórdidos ataques costumeiramente dirigidos às nossas Instituições e aos seus integrantes, DE ONTEM E DE HOJE.
Cometem um erro crasso aqueles que intentam estimular a cisão entre os militares de ontem e de hoje, entre ativa e reserva ou entre comandados e comandantes. Esquecem que somos um todo indivisível, amigos, irmãos na fé e reunidos pela força de um mesmo ideal e de uma forte tradição. Nós os antecedemos, os formamos e lhes transmitimos os valores que permanecem imutáveis, por isso merecem a nossa confiança ilimitada. Compreendemos o sofrimento dos companheiros da ativa que estão sentindo na pele as injustiças, a ingratidão e as incompreensões, obrigados a um mutismo imposto pela obediência aos textos legais.
Cabe pois a nós da Reserva exercer o direito conferido pela legislação vigente, cumprindo a obrigação e o sagrado dever de defendê-los por todos os meios, elevando a voz para manter a integridade de nossas Instituições face aos evidentes e indisfarçáveis ataques perpetrados, até com aplausos e o apoio daqueles, que pelas funções que exercem, tem o dever legal de se submeter às leis e aos acórdãos da Justiça e não tentar sobrepassá-las para dar vazão ao desejo incontido de uma vingança sórdida.
Imaginamos a dor de quem perdeu um ente querido naquela guerra suja, onde não demos o primeiro tiro e onde aconteceram de lado a lado, fatos e situações realmente tristes e lamentáveis. Mas a revolta que sentem devia voltar-se contra aqueles que irresponsavelmente os aliciaram com as suas falácias para as atividades violentas, os submetendo a uma situação irregular onde fatalmente tinham que ser combatido com vigor e com a mesma violência por eles usada. Não poderiam ter a ilusão de que seriam recebidos com flores e mimos. Também perdemos, com imenso pesar, amigos e entes queridos que cumpriam os seus deveres de combater os ataques terroristas, os assaltos a banco, os sequestros e os assassinatos. Na realidade foi a ação enérgica e eficaz das forças legais que impediu a implantação em nosso território de governos totalitários de esquerda e de ações de guerrilhas em maior amplitude, como as FARC.
Estamos do lado da lei e da ordem e exercitamos - temos certeza com o incentivo da sociedade consciente - os nossos direitos. Difícil é entender quando alguém que diz exercitar os princípios democráticos venha a se ofender e criar celeumas inconsequentes face ao direito que tem qualquer cidadão de revoltar-se ao tomar conhecimento dos assaltos aos cofres públicos, através dos "mensalões", das "propinas" do rateio das funções e da troca de favores. Esse mesmo direito que tem as Igrejas e as mulheres brasileiras, as mães de família honestas e trabalhadoras de se escandalizarem ao encontrar pessoas influentes que pregam, utilizam, confessam e professam abertamente a prática de crimes contra a vida previstos nas leis penais, (como o aborto) e se ufanam de exercitar o sexo variado e promíscuo. O mesmo direito, ou até o dever, de pessoas, grupos ou instituições, como os Clubes Militares, de examinar e comentar, sem a utilização de termos ofensivos, fatos absolutamente verdadeiros e constrangedores.
Receberíamos sem restrições a Comissão da Verdade se pudéssemos confiar que seria uma busca honesta da VERDADE VERDADEIRA sem a utilização, desde já evidente, de sofismas jurídicos para descumprir o espírito da legislação vigente em toda a sua clara abrangência e se houvesse a intenção de, equilibradamente pesquisar e difundir todos os ângulos da história.
Por tudo isto, estamos aqui, de cabeça erguida, sem temor das intimidações e das ameaças de punições indevidas e ilegais, para em alto e bom som exaltarmos os feitos da Revolução Democrática de 31 de março e do nosso Insigne Chefe MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELLO BRANCO.
Nascido em 20 de setembro de 1897, em Fortaleza, herdando a têmpera do nordestino, com raízes na família ilustre de José de Alencar, iniciou a carreira das armas na Escola Militar de Rio Pardo, Rio Grande do Sul, ingressando na Escola Militar de Realengo de onde foi declarado Aspirante da Arma de Infantaria em 1921 e para onde regressou como instrutor em 1927. Ainda Capitão realizou o curso da Escola Superior de Guerra da França. Como Oficial Superior foi chefe da Seção de Operações da Força Expedicionária Brasileira na Itália, planejando as operações de guerra dos nossos pracinhas e publicou vários ensaios de assuntos doutrinários. Como Oficial-General foi Diretor de Ensino da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, comandou a 10ª, a 8ª Região Militar e o IV Exército, onde se dedicou ao profundo conhecimento das realidades do semiárido e da Amazônia.
O tumultuado ano de 1964 o encontrou como Chefe do Estado-Maior do Exército, de onde, face aos desmandos, desordens e atos subversivos promovidos pelo próprio governo, exercitou o controle e a orientação do conjunto de nossas tropas expedindo sábias diretrizes que mantiveram a coesão de uma tropa acossada pela sanha dos marxistas, que já se julgavam detentores do poder. Um de seus mais eloquentes princípios doutrinários, totalmente válido até o momento atual, é enfático: "AS FORÇAS ARMADAS NÃO SERVEM AOS GOVERNOS, AS FORÇAS ARMDAS SERVEM AO ESTADO".
Como o líder que despontava, foi o ícone e o amálgama que congregou as Forças Armadas para, atendendo às exigência da sociedade, igreja, imprensa, classes produtoras, intelectuais e de todo o povo, sem qualquer ato de violência, fazer debandar o ilusório esquema que pervertia a vida nacional.
Como consequência da sua inconteste liderança, das suas qualidades e do seu preparo, foi eleito pelo Congresso Nacional o 26º Presidente do Brasil, cargo que assumiu em 15 de abril de 1964.
Recebeu um País destroçado, inflação beirando os cem por cento, sistema produtivo emperrado pelas lutas de classes, funcionamento da administração entravada e tantas outras mazelas.
Com um governo montado em bases de competência e seriedade e sob a sua firme liderança foi possível em pouco tempo mudar a face da Nação, debelando a inflação galopante, implementando profundas reformas, regularizando o sistema econômico, o sistema político, o sistema produtivo e o funcionamento das atividades administrativas, medidas que serviram de bases para impulsionar o futuro de progresso que o Brasil experimentou nos períodos seguintes.
Apenas como exemplos da profícua atuação de seu governo, podemos citar, entre tantos outros importantes feitos:
- a criação do Banco Central do Brasil, do Banco Nacional da Habitação, da Polícia Federal, da Casa da Moeda, da Zona Franca de Manaus. A modernização das bases legais, instituindo o Código Tributário, o Código de Mineração, o Estatuto da Terra, o Código Eleitoral a criação do bipartidarismo, a reforma das Forças Armadas etc.
Como justa homenagem ao insigne Chefe vale ressaltar o seu caráter impoluto e toda uma vida de correção dedicada ao serviço da Pátria e do Exército. Militar austero e exigente, mas profundamente humano. Graças à sua profunda convicção democrática e à sua firme liderança a nossa Revolução não descambou para extremos atos de violência como em outros países. A sua grande aspiração era, ao final de seu governo, deixar um país totalmente regularizado em sua vida democrática. Lamentavelmente a sanha dos subversivos, iniciando os atos de terrorismo, impediu que isto acontecesse, entretanto, entregou ao seu sucessor o Brasil com uma nova Constituição, os Poderes Constituídos em pleno funcionamento e todos os Atos Institucionais revogados.
Um triste acidente o fez sucumbir sob os céus do seu Estado, onde seu corpo, junto à de sua amada d. Argentina, permanece velado no monumento erguido em sua homenagem. Rogamos ao Bom Deus, que nos privou muito cedo de sua ainda necessária atuação, pelo menos a Benção para que o seu espírito possa influenciar os nossos dirigentes, a fim de livrar-nos desse atoleiro moral e ético a que estamos submetidos.

OS "DEMOCRATAS DE ONTEM"

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 31 de março de 2012.
As ações armadas da esquerda brasileira não devem ser mitificadas. Nem para um lado nem para o outro. Eu não compartilho da lenda de que no final dos anos 60 e no início dos 70 (inclusive eu) fomos o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento da resistência democrática.
(Daniel Aarão Reis Filho, ex-guerrilheiro do MR8 - O Globo, 23.09.2001)
 Guerrilheiros da “Liberdade”

O ato de “reescrever a história” não é um fato novo na biografia da humanidade e muito menos privilégio dos brasileiros. Quantas vezes foi usado para melhorar a autoestima de um povo em relação às suas conquistas e glórias maximizando-as e dando-lhes um colorido simpático e atraente. Infelizmente, quando certos ParTidos com tendências totalitárias estendem seus tentáculos pelos tortuosos meandros do poder há um propósito claro de reescrever a história omitindo aquilo que não lhes é conveniente e usando de ardis de toda a ordem para mascarar desvios de conduta e atrocidades ou transformar antônimos em sinônimos - totalitarismo em democracia.

O chavão “nunca antes na história deste país” empregado com frequência por alguns alienados encastelados no poder da República reflete apenas sua tentativa de menosprezar o passado. Ao negar as conquistas realizadas pelos seus antecessores, apoderando-se de programas iniciados em outros governos, olvidam o trabalho incansável das gerações que os antecederam. Seria menosprezar o trabalho de nossos pais e avós, desconsiderar as belas páginas da história gravadas “Ad æternum” pelos nossos heróis. Acreditamos que as imagens tenham mais força que as palavras em um país onde se cultua a ignorância e se faz proselitismo da alienação, por isso, disponibilizo os dois “links” abaixo para aqueles que querem conhecer a real história do seu país.

Vídeos
Revolução de 1964

Brasil, Guerrilha e Terror
Livro
 O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Associação dos Amigos do Casarão da Várzea (AACV) – Colégio Militar de Porto Alegre.
Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Canoísta; Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

COMO É MESMO O NOME QUE SE DÁ?


                    Como Se chama mesmo?
                        MinhA memória rareia nessas horas
                     Tento e Não consigo me lembrar
                            Se alGuém puder me ajudar nisso
                                    EU desejo me lembrar do nome
                               Que sE dá aos políticos corruptos
                                Que asSaltam o Brasil descaradamente
                                  Na maiS sórdida transação vil
                                               Uma corja de larápios
                                 Que enverGonham o nosso País
                                       CarambA, não me lembro...
                               Ladrões? ParaSitas? Safados? 
É não me lembro, só sei que começava com a letra "s".
>>>///<<>>///<<<
A matéria/denúncia do Fantástico, sobre a corrupção ocorrida na gestão de compras de um hospital do Rio de Janeiro, simplesmente nos evidencia que em todo o Brasil, essas práticas da corrupção e da propina - com certeza absoluta - acontece e em grandes proporções. Há tempos venho falando aqui no blog, a corrupção está em todos os setores do governo, tanto estadual, federal e municipal, além do que, existem também nas empresas privadas, em especial essas que prestam serviços aos órgãos públicos.
Como bem diz a Deputada Cidinha Campos, a corrupção está no DNA do brasileiro e para nós alterarmos esse fardo, precisaríamos varrer de circulação a "nobre" classe dos políticos corruptos.
E as próximas eleições estão aí. Quem sabe se não é chegado o momento de pelo menos a gente "renovar" uma classe de novos políticos. Bem, agora se serão honestos, só o tempo dirá!

Desses que estão aí, como é mesmo o nome que se dá???
Do blog: Brasil da Pena.

31 DE MARÇO DE 1964. E LÁ SE VÃO 48 ANOS DA REDENTORA!!!

 OU FICAR A PÁTRIA LIVRE OU MORRER PELO BRASIL

HINO DA INDEPENDÊNCIA

Letra: Evaristo da Veiga
Música: D. Pedro I


Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Já raiou a liberdade,
Já raiou a liberdade,
No horizonte do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil...
Houve mão mais poderosa...
Zombou deles o Brasil;
Houve mão mais poderosa
Houve mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil;
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Parabéns, ó! brasileiros!
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil
Do universo entre as nações
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil
Copiei d'O MASCATE

sexta-feira, 30 de março de 2012

MILITARES (EX?) ACUADOS

(Imagens do Google - fotoformatação (PVeiga)
Sim, um dia foi um peteleco na orelha, no outro um beliscão no braço, mais adiante um chute no traseiro, em seguida uma cusparada na cara, finalmente...
Ao que tudo indica nunca chegaremos ao finalmente, pois sempre haverá espaço para mais um achincalhe, uma desdita, uma agressão, uma ofensa, uma degradação.
Vivemos em estado de sadomasoquismo em marcha, eles são os sádicos e nós os masoquistas.
Mas, “quem cala consente”, diz o ditado.
De um lado uma marginalia velha conhecida; no oposto (?), camuflados cidadãos. Tão camuflados que se confundem com a paisagem, tão bem escondidos, que não se escuta nem a sua respiração. Estarão escondidos? Com medo?
Sim, é um escárnio por dia, e a cada, mais certeiro e mais desmoralizante.
O alvo é fraco e inerme, afirmam os estribados subversivos. “Vai que o leão é manso” brada o marginal.
É, de fato, nem leão é. É um gatinho de madame, daqueles que tem medo até de camundongo.
Bastou um leve clamor rebarbativo através de um modesto manifesto para em massa destrutiva, se aliarem as esquerdas brasileiras para demolir o que restava de um outrora impávido colosso.
No natalício do tremendo PC do B, todos os diletos filhos do marxismo - leninismo, do maoismo, do fidelismo, e congêneres, foram irmanados pela sedenta insânia e, em bloco, com jovens, com cretinos juristas, com correligionários, sem eira nem beira, desencadearam, sob os complacentes olhos das autoridades coniventes, e quiçá incentivadoras, uma onda de ataques e pichações.
O Clube Militar do Exército, no RJ, no dia 29 de março, que o diga.
Agigantam - se os comunas em todos os rincões nacionais.
A ação em frente ao Clube Militar nos dá uma pálida ideia do que nos aguarda deitados em berço esplêndido, esperando que o bem vença o mal, e que a verdade surja das trevas em socorro.
“O que vem de baixo não me atinge” declarou o incauto na UTI, entre a vida e a morte (depois morreu), com tubos por todo o corpo, após ser chutado, esbofeteado, massacrado e trucidado por um bando de marginais; que fizeram gato e sapato de sua dignidade, que lhe cuspiram no rosto, e o agrediram física e verbalmente. Tudo, simplesmente por declarar - se um convicto “democrata”.
É visível que se impõe uma postura firme. Inútil escudar-se por detrás de um altruísmo degradante, à espera que do céu desça uma força divina para resgatar a verdade, punir os culpados e abençoar os inocentes. Nem nas novelas cristãs é assim.
É, meus preclaros, na impossibilidade de punir os militares da reserva, de proibi-los de comemorar datas como o 31 de março, o comunismo nacional em marcha aciona os seus asseclas para demonstrar a sua força, e que é capaz, pela agressão, pelo tumulto e pela pressão, de calar a todos os que se opõem aos seus desígnios.
E nós, disciplinados, ainda desfilaremos em continência a uma bandeira vermelha, onde estarão desenhados a foice e o martelo.
Quem viver, e ficar esperando pelo socorro divino, verá.
Brasília, DF, março de 2012.
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

MARECHAL DA PAZ

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 30 de março de 2012.
Para navegar, nas condições e com a frequência, com que fazes, não basta ser forte fisicamente, é necessário ter uma vontade inabalável! Imagino que algumas pessoas, possam te comparar com o genial personagem de Cervantes, Don Quijote de la Mancha. Nesta luta pessoal, desigual, que travas com a imensidão da Amazônia, tentando fazê-la mais conhecida entre nós brasileiros de todos os quadrantes. Havendo essa comparação, perdoa-os, não sabem o que fazem!
(Luiz Carlos Bado Bittencourt)
Lagoa da Fortaleza
Os amigos têm uma capacidade incrível de nos motivar nos momentos difíceis. Quando as incertezas, os desafios cruéis interpostos pelo destino abalam nossas convicções, nossas crenças e nossas vontades, sempre aparece uma terna e querida voz amiga, uma bela mensagem, um abraço afetuoso que nos estimula a levantar a cabeça e a prosseguir. O professor Bittencourt e mais recentemente o meu eterno Mestre João me enviaram mensagens que faço questão de repartir com os leitores.
Guerreiro
    Fonte: João Silveira Machado

Como aluno do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) tive um Mestre singular, o professor de Biologia João. Ele não era austero, não envergava o uniforme impecavelmente como os demais professores militares, nem fazia uso de oratória elaborada, discreto, possuía uma autoridade nata, impunha respeito aos jovens alunos pelo conhecimento, falava-nos serenamente desvendando não apenas os segredos do funcionamento dinâmico dos organismos, mas, sobretudo, estimulando nossos corações e mentes a pensar, a indagar, a questionar o que observávamos na natureza. O venerável Mestre implantou na minha alma minha paixão pela História Natural, instigou minha curiosidade sobre a vida dos seres vivos e graças a ele desenvolvi o espírito de um verdadeiro “Naturalista” que procura adquirir o conhecimento em contato direto com a natureza e não apenas nos laboratórios de pesquisas e bancos escolares. Aprendi a me enxergar como parte da natureza, a respeitá-la e a me maravilhar com cada elemento, cada célula, dos seus seres mais simples aos mais complexos. Enquanto meus colegas compravam “gibis” eu gastava minha “mesada” adquirindo almanaques, revistas ou livros de ciências naturais. 
A elaborada teia do destino, quatro décadas passadas, colocou-nos através de sua meiga filha, novamente, em contato virtual. O eterno Mestre João é um profissional da medicina reconhecido, um mago das mentes, um prodigioso filósofo e escritor que me presenteia constantemente com seus textos. Agradeço, humildemente, Professor João o seu texto, certo de que seu coração falou desta vez, mais alto do que a própria razão:

“Lutador incansável, guerreiro, explorando água, selvas, conhecendo sítios, descobrindo gente, guerreiro, imperador conquistando créditos, vencedor, amigo dos amigos em destemido vigor.
Sem armas, sem munição, sem cavalaria, sem tanques, sem nada, mas com tudo e a coragem de vencedor, avança passo a passo rasgando fronteiras pela única arma que um homem de bem pode carregar: o argumento, a língua que fala esta segunda pele que nos envolve e desenvolve mostrando-nos momentos heróicos na simplicidade dos contatos com nativos, civilizados e incivilizados homens que povoam nossa terra, nossas águas, nossas matas, dentro da demarcação territorial.
Sem menosprezar seus colegas de todas as armas, sua atividade patriótica perpassa as fronteiras do heroísmo indo além do esperado. Distante da acomodação e da ataraxia na imperturbabilidade esperando promoção, este militar austero se joga no mundo do desconhecido na busca do esclarecimento, da informação, do reconhecimento visualizando aquilo que nós desconhecemos e se quer imaginamos, quando nem os livros didáticos nos mostram a riqueza dos detalhes que só um aventureiro astuto consegue fisgar e sabe mostrar.
Se todos os homens da sua envergadura corajosa tivessem a mesma iniciativa, nosso continente teria outra demarcação no que concerne território, povos, hábitos e costumes, cultura e destino e historicamente nossa sociedade teria outra visibilidade internacional isenta de tantas iatrogenias.
Só o exemplo do desbravamento destemido e desassombrado, regrado à coragem e ao discernimento, já é um ato de heroísmo com direito à medalha exposta e merecida de herói marechal sem guerras.
Permita-me chamá-lo de Hiram Reis e Silva, o Marechal da Paz”.
Livro
O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Associação dos Amigos do Casarão da Várzea (AACV) – Colégio Militar de Porto Alegre.
Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Canoísta; Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

MILLÔR FERNANDES: "MILITAR É INCOMPETENTE DEMAIS!!!"

Grande Millôr!
“Todo dia leio cuidadosamente os avisos fúnebres dos jornais: às vezes a gente tem surpresas agradabilíssimas.”  (Millôr Fernandes)
…a sua não foi, Millôr.
"Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo,
mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos"
Millôr Fernandes
Morreu Millôr, (o escritor carioca morreu às 21h desta terça-feira (27), em casa, no bairro de Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro) mas sua obra fica! Em homenagem ao humorista, cartunista, dramaturgo, tradutor e escritor que há tantos anos vinha nos presenteando com sua inteligência arguta e espírito sagaz, segue abaixo o ótimo texto "Militar é incompetente demais" de sua autoria. Boa leitura.  
Militar é incompetente demais!!!
Ainda bem que hoje tudo é diferente, temos um PT sério, honesto e progressista. Cresce o grupo que não quer mais ver militares no poder, pelas razões abaixo.
Militar no poder, nunca mais. Só fizeram lambanças. Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista.
Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora. Com a construção da ponte Rio-Niterói acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que iam de um lado ao outro e não queriam sofrer na espera da barcaça que levava meia dúzia de carros.
Criaram esse maldito do Proálcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia.
Para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobras, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); sem contar o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do álcool.
Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial. Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego, ficaram sem a desculpa do "estou desempregado".
Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo. Uma desgraça completa.
Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos. Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.
Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos.
O Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.
Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.
Esses militares baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas.
Os militares são muito estressados. Fazem tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, sequestros de diplomatas... ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.
Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.
Os de hoje é que são bons e honestos. Cadê os Impostos de hoje, isto eles não fizeram! Para piorar a coisa, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder desses empregados contra os seus patrões.
Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.
Outras desgraças criadas pelos militares: Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos e burrice de um Oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que inventou o sistema PAL-M. Criaram ainda a EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM.
Tudo isso e muito mais os militares fizeram em 22 anos de governo. Pensa!! Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguintes, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram. Graças a Deus! Ainda bem que os militares não continuaram no poder!! Tem muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos: "Militar no poder, nunca mais!!!", exceto os domesticados.
Ainda bem que hoje estão assumindo o poder pessoas compromissadas com os interesses do Povo.
Militares jamais! Os políticos de hoje pensam apenas em ajudar as pessoas que foram injustamente prejudicadas quando enfrentavam os militares com armas às escondidas com bandeiras de socialismo. Os países socialistas são exemplos a todos.
ALÉM DISSO, NENHUM DESSES MILITARES CONSEGUIU FICAR RICO. ÊTA INCOMPETÊNCIA!!!