Os compactos
C3, da Citroën, e o 208, da Peugeot, poderão ser equipados com sistema que usa
motor a combustão associado a um sistema de ar comprimido.
Algo que
parecia improvável pode virar realidade nos próximos três anos: um carro movido
a ar. Na verdade, é um protótipo híbrido, desenvolvido pelo grupo PSA Peugeot
Citroën em parceria com a empresa alemã Bosch, e que utiliza um motor a
combustão, de três cilindros, movido a gasolina, associado a um sistema de ar
comprimido em vez de um gerador a eletricidade.
Batizada de
Hybrid Air, a tecnologia permite o funcionamento dos dois dispositivos de forma
independente ou atuando em conjunto, com o bloco a gasolina sendo auxiliado
pela propulsão a ar. O modo a combustão é indicado para percursos em estrada,
em que a velocidade é constante e o motor atua em baixas rotações. O compressor
de ar entra em ação em trajetos urbanos, em velocidades de até 70 km/h, sem que
haja emissão de gases poluentes. O modo combinado, por sua vez, é indicado para
acelerações, subidas de ladeira ou situações em que seja necessária potência
adicional.
O sistema de ar comprimido usa dois tanques de
armazenamento, um grande e de maior pressão, sob o assoalho, entre os eixos
dianteiro e traseiro; e outro menor, sob o porta-malas. Para injetar o ar no
motor, o sistema usa a energia elétrica gerada em frenagens para pressurizar o
tanque maior. O ar, por sua vez, aciona um motor hidráulico, que auxilia o
bloco a gasolina por meio de um conjunto de engrenagens.
De acordo
com a PSA Peugeot Citroën, o Hybrid Air pesa cerca de 100 kg - metade de um
sistema híbrido elétrico convencional - tem operação mais simples e não utiliza
metais raros ou materiais difíceis de reciclar. A empresa quer equipar modelos
como os compactos C3, da Citroën, e o 208, da Peugeot, a partir de 2016. A
potência gerada, em ambos os casos, deve ficar entre 80 cv e 100 cv.
Hybrid Air-PSAPEUGEOTCITROEN
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