Por Luiz
Antonio Domingues
Vivemos uma
época onde cada vez mais pessoas se conscientizam de que num planeta de mais de
sete bilhões de pessoas, é inviável conviver com o desperdício.
Novas formas
de reciclagem, obtenção de energia e economia dos recursos naturais surgem a
cada dia, dando-nos novas perspectivas aceitáveis de sustentabilidade.
E uma que
vem chamando a atenção pela criatividade e sobretudo pela simplicidade, veio do
interior de São Paulo, especificamente Barretos, no norte do estado.
Um pequeno
empresário local, chamado Jerônimo Flausino de Paula, criou um método eficiente de
utilizar o lixo orgânico doméstico e proveniente de bares, restaurantes e
lanchonetes, transformando-o em tijolos e/ou fertilizantes agrícolas.
A tecnologia, cujo pedido de patente foi feito ao Inpi (Instituto
Nacional de Propriedade Industrial), é a aposta da Gold Press Máquinas e Reciclagem para crescer.
Nesse
método, todo o lixo coletado é esmagado numa espécie de reator até virar uma
massa. Após ser secado, é triturada e vira pó.
Após esse processo, toma um
banho com dois reagentes químicos que lhes eliminam todos os agentes
contaminadores, bactérias etc.
Esse
reagente tem fórmulas registradas e atestadas em sua eficácia pela UNESP,
Universidade estadual de São Paulo.
Flausino as
mantém secretas, por segurança contra a espionagem industrial.
Usado para a agricultura, o pó tem cálcio e
também um corretivo para controlar a acidez do solo, comprovada por estudos
agrônomos.
E como
tijolo, tem a consistência necessária para formar tijolos mais firmes do que os
tradicionais, segundo estudos realizados.
Por
enquanto, a empresa está atendendo particulares, mas a meta de Flaustino é ter
como clientela, o maior número de prefeituras, interessadas em estabelecer
parcerias no processo de coleta de lixo, com seu método de reciclagem.
Essa ideia é
sensacional, pois abre um caminho para resolver a questão dos aterros
sanitários, verdadeiros depósitos de lixo insalubres, como criadouro de
insetos, ratos e urubus, fora a contaminação do lençol freático, contaminação
do solo, vegetação e proliferação de doenças.
Com um pouco
de vontade política, essa importante parceria pode revolucionar a questão da
coleta e destinação do lixo orgânico, promovendo higiene, bem-estar e gerando
lucros, fora a eliminação do desperdício. (Planet Polêmica).
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