quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
O GARIMPO DO PEDRO DA VEIGA
“Se a história não continua, o
passado é sombra; e luz se ela prossegue” – Gudé.
Por José Eugênio
Maciel
“A caminhada
que a humanidade fez explica o muito sobre a própria
humanidade,
assim como o que uma pessoa faz explica
muito sobre
ela.
É a
caminhada da humanidade que damos o nome de processo histórico”.
Vavy Pacheco
Borges
Para
o Pedro da Veiga a História não para no passado, ela prossegue determinando os dias
que ainda virão. Ele tem uma profícua relação com os acontecimentos ocorridos
em Campo Mourão, aqui tendo chegado em 1955.
Pedro nasceu com a vocação jornalística,
dando contribuições valiosas como locutor, escritor e servidor público,
atividades desenvolvidas com esmero e dedicação refletiram sobejamente na peculiar
feição para a nossa História. Tanto é assim que, intitulado “Campo Mourão – Centro do Progresso”,
editado em 1999, o livro da sua autoria é uma consulta obrigatória para quem
almejar conhecer e compreender os fatos históricos.
Fora qualquer dúvida, não se trata de um
livro qualquer. A publicação espelha os anos em que ele soube guardar
caprichosamente importantíssimas informações, munindo-se de materiais que por
si só são documentos, peças históricas que se não fossem catalogadas
devidamente poderiam perder o real sentido. O bom na narrativa memorial feita
pelo Pedro se destaca primeiramente o português fluente e agradável. Ademais, a
obra escrita suficientemente documentada se caracteriza pelas variadas e bem
distribuídas ilustrações, fotos, cópias de documentos. Aliás, neste aspecto o
escritor se destaca mais uma vez, ao longo do tempo montou um valioso acervo,
incluindo gravações integrais de discursos solenes de importantes inaugurações.
Impecável está o glossário, nele encontramos os significados das palavras
empregadas no seu compêndio.
Não há como ficar indiferente a boa prosa
do Pedro, principalmente se o assunto for Campo Mourão. Ao reler e com
frequência consultar o livro, testemunho o cuidado e o prazer que o Pedro tem
em registrar, analisar e difundir a nossa densa história, rica como a
capacidade do próprio escritor.
Meu saudoso pai e o Pedro foram grandes
amigos. O tempo passou e num dos encontros Pedro e eu falávamos do Eloy, então
Pedro perguntou-me se eu tinha lido os textos escritos pelo meu pai, publicados
nesta Tribuna do Interior. Eu era
muito pequeno quando o pai escrevia a Coluna Sinal Amarelo, nem sabia ler, disse. Para a minha grata surpresa
alguns dias depois recebo fotocópias dos artigos editados neste Jornal. O Pedro
me entregou com uma dedicatória, era 29 de março de 1996. Somente uma pessoa
atenciosa e organizada agiria assim, reafirmando uma amizade que continua.
O bom garimpeiro sabe extrair o melhor
que o rio tiver, e o Pedro conhece como poucos as preciosidades, não é
coincidência o sobrenome dele, pois Veiga significa, planície cultivada e fértil, espaço propício à inteligência e
interpretação histórica.
Reminiscências em Preto e Branco
Como era
bonita a caligrafia naqueles tempos, é o que se pode afirmar ao ler documentos
reproduzidos (cópias de atas) no livro Campo
Mourão – Centro do Progresso, uma curiosidade que o Pedro trouxe a lume.
Fonte:
Tribuna do Interior-Ano 36-nº 5.907-Domingo,20 de junho de 2004.
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Um comentário:
li, com prazer, 3 vezes seu livro. Parabéns Pedro !
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