Hiram Reis e Silva, Nova Olinda do Norte, AM, 15 de janeiro de 2012.
Só se pode amar as coisas que se conhece e entende... Só lutamos e defendemos o que amamos. (Thiago de Mello – Poeta Amazonense)
O município de Novo Aripuanã foi formado a partir de territórios de Borba e Manicoré. Os registros das primeiras incursões no Rio Madeira, datam de 1637, quando aconteceu a Expedição de Pedro Teixeira, que partiu de Belém do Pará e alcançou o Vice Reino de Quito. Os habitantes primitivos da região eram os índios Torás, Barés, Muras, Urupás e Araras, entre outros.
- Cronologia Históric
1637 - vêm à região a expedição de Pedro Teixeira.
1840 - o paraense Torquato Pereira de Magalhães, por volta dos anos 1840/1850 criou na boca do Rio Aripuanã, afluente da margem direita do Rio Madeira, um pequeno povoado constituído por sua residência, uma capela e um armazém. Torquato comercializava mercadorias procedentes de Manaus e produtos oriundos de seus seringais localizados nos Lagos Araçazinho e Paraíso e no Rio Arauá. Devoto de São Vicente resolveu denominar o lugar de São Vicente da Casa Grande, atualmente Cidade de Novo Aripuanã.
1955 - a Lei Estadual n° 96, de 19 de dezembro, cria o município de Novo Aripuanã, desmembrado dos municípios de Borba e Manicoré, e constituído pelo território dos Distritos de Foz do Aripuanã e Sumaúma, do primeiro, e dos Sub-distritos de Alvorada, Manicorezinho e Itapinima, do segundo, tendo como sede a Vila de Foz do Aripuanã, elevada à categoria de cidade.
1956 - no dia 10 de fevereiro ocorreu a instalação do Município, sendo seu primeiro prefeito o Sr. Wilson Paula de Sá.
1981 - com a Emenda Constitucional n° 12, de 10 de dezembro, Novo Aripuanã perde parte de seu território em favor do novo município de Apuí.
- Aspectos Físicos e Geográficos
Localização: está a 225 km em linha reta e 300 km via fluvial da capital do Estado, e limita-se com os municípios de Borba, Manicoré e o Estado do Mato Grosso. As coordenadas cartesianas de Novo Aripuanã são 5°07’26”S e 60°23’15”O. O Município possui uma área territorial de 26.956 Km² e uma população, segundo o censo de 2010, de 21.389 habitantes, dos quais 65% residem na zona urbana 35% na zona rural. A temperatura média é de 28,5°C e sua altitude são de 40 m acima do nível do mar.
- Economia
Setor Primário
Sua produção agropecuária é baseada no cultivo mandioca, abacaxi, arroz, feijão, cana-de-açúcar, juta, melancia, melão e milho, abacate, banana, cacau, laranja, limão, manga e tangerina. A pecuária, representada pela criação de bovinos e suínos, não é muito representativa para a formação econômica do setor, mas encontra-se em franco desenvolvimento. A pesca, embora abundante, é praticada artesanalmente e capaz de atender apenas a subsistência familiar. A avicultura é desenvolvida, em moldes domésticos.
Extrativismo Vegetal: desponta como o suporte da economia local, voltado à exploração de castanha, seguindo-se borracha, gomas não elásticas, madeira, óleo de copaíba e essência de pau-rosa.
Setor Secundário
Indústrias: usina de essência de pau-rosa, estaleiro, olarias, marcenarias e padarias.
Setor Terciário
Comércio: varejista e atacadista.
Serviço: hotéis, restaurantes, agências bancárias e oficina mecânica.
- Cultura
Acontece, em agosto, o Fest Lendas, o evento cultural mais importante de Novo Aripuanã, um verdadeiro show de cultura e arte que já ganhou projeção estadual através da divulgação em rádios e TVs. O Festival que conta com a apresentação de quadrilhas e cirandas atingindo a apoteose com a apresentação das lendas mais importantes do Município, Lenda do Apurinã, Lenda do Jurupari e Lenda do Tucumã. As Lendas são apresentadas na arena do Centro Cultural numa radiante mescla de ritmos e cores e após a apresentação delas o Centro Cultural é invadido pelas cirandas e quadrilhas que complementam o espetáculo motivando as torcidas rivais.
Eventos
- Festival de Música de Novo Aripuanã – FEMUNA (25 a 27 de setembro)
- Festejos de Nossa Senhora da Conceição (29.11 a 09.12)
- Aniversário do Município (19 de dezembro)
- Reserva do Juma e os Créditos de Carbono
A Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma (RDS Juma), Nova Aripuanã, AM, recebeu a certificação de que a sua manutenção evita a emissão de gases do efeito estufa, e contribui para impedir o aquecimento global. Estudos afirmam até 2050, a preservação da RDS Juma evitará uma poluição equivalente a 189 milhões de toneladas de CO2, o que representa, aproximadamente, um quarto da poluição emitida pela Inglaterra em um ano.
Créditos de carbono (REDD)
A preservação das florestas como meio de evitar o desmatamento determina um valor equivalente em gás carbônico conhecido como REDD (em inglês, Reduce Emissions for Deforestation and Degradation, ou Redução de Emissões para o Desmatamento e Degradação).
Bolsa Floresta
A RDS Juma possui uma área de 5.896 km2 onde vivem, legalmente, cerca de 300 famílias praticando agricultura, pesca e extração de produtos da floresta. Esta população recebe o auxílio da Bolsa Floresta, Programa do Governo do Estado do Amazonas, que estimula as populações, que vivem dentro de áreas protegidas, a conservá-las.
- Livro
O livro “Desafiando o Rio-Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre.
Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:
http://books.google.com.br/books?id=6UV4DpCy_VYC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false.
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Vice- Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil - RS (AHIMTB - RS); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.
Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br
E-mail: hiramrs@terra.com.br
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