quinta-feira, 1 de novembro de 2012
CARLOS BERBET - PARTIDA INTEMPESTIVA - SAUDADES
A
morte é sempre um momento muito difícil para qualquer um, por mais que esta
seja a nossa única certeza, ninguém está suficientemente preparado para encarar
a partida desta vida. Para muitos talvez seja besteira ou perda de tempo pensar
sobre tais assuntos. No entanto, vida e morte seguem em fios tão tênues que o
rompimento do primeiro pode significar um trilhar sobre o segundo.
O filósofo grego Platão (século 4 a.C.),
embora não tivesse o foco de seu pensamento pautado em religião, defendia que o
ser humano é uma alma encarnada. Ressaltava que, antes da sua encarnação, esta
alma existia unida aos modelos primordiais, às ideias do Verdadeiro, do Bem e
do Belo. Por ter se separado deles, encarnando, sente-se atormentada pelo
desejo de voltar a suas origens.
Tanto na visão filosófica de
Platão quanto nas bases do Cristianismo e de outras religiões, a morte é um
renascimento. Passada a temporada da experiência da encarnação (frágil e
fugidia) a vida se expande num plano mais elástico e elevado.
Fragmentos de
texto de Roberto D’arte.
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