domingo, 20 de janeiro de 2013
PRNCÍPIOS BÁSICOS
Por
João Bosco Leal
Alguns
princípios como moral, ética, caráter e honestidade são fundamentais para a
convivência social, e todos, de qualquer nível social ou educacional, mesmo os
que jamais foram a uma escola ou que cresceram órfãos possuem conhecimento da
maioria destes.
Sabem
que não podem ser imorais, sem ética, roubar ou cometer qualquer tipo de crime,
mas em nosso país isso não ocorre, pois mesmo buscando mais informações e
pesquisando sobre o significado de cada uma dessas palavras, nada encontrei
além do que todos sabem, ou deveriam saber.
A
moral é conjunto de normas do que é certo ou errado, proibido e permitido nas
atitudes humanas dentro de uma determinada sociedade, uma cultura, e possui
caráter normativo, determinando a obediência a costumes e hábitos recebidos. O
conjunto de qualidades e defeitos da pessoa determinam sua conduta e moral.
Seus valores e firmeza morais definem a coerência de suas ações.
A
ética, construída por uma sociedade com base nos valores históricos e
culturais, é um conjunto de princípios morais que norteiam a conduta humana na
sociedade. Embora não seja uma lei, a ética está relacionada com o sentimento
de justiça social e, buscando fundamentar as ações morais exclusivamente pela
razão, serve para que haja um equilíbrio entre pessoas, grupos e classes
sociais.
O
caráter, qualidade inerente a uma pessoa desde seu nascimento e reflete seu
modo de ser. É o conjunto de características e traços particulares que
caracterizam um indivíduo, e não sofre influência do meio. Uma pessoa “de
caráter” é aquela com formação moral sólida e incontestável, enquanto a “sem
caráter” é aquela desonesta, que não possui firmeza de princípios ou moral.
A
honestidade é a qualidade de ser verdadeiro, não mentir, não fraudar ou
enganar. É a honra, de uma pessoa ou instituição. O respeito e a obediência
incondicional às regras morais existentes. Honesto é o que repudia a
malandragem, a esperteza, aquele que é transparente e exige transparência dos
outros.
Depois
da constatação dessa veracidade literária, espelho do meu entendimento me
pergunto, o que levou nosso país à condição hoje existente, onde nenhum desses
princípios é respeitado, principalmente pelos que deviam dar exemplos, e,
convivendo nessas condições é que as novas gerações estão sendo educadas.
No
chamado julgamento do mensalão, pudemos assistir a perplexidade de toda uma
nação, ao assistir um dos ministros, o relator Joaquim Barbosa, simplesmente
exercitar esses quatro princípios, simplesmente porque há anos não vê nada
semelhante acontecer. No caso específico, o que seria normal passou a ser o
anormal.
Com
todas as provas existentes, mesmo as melhores e mais caras bancas de advogados
do país não conseguiu absolvê-los e ainda assim alguns dos condenados se acham
no direito de fazer reclamações a cortes internacionais, como se injustiçados
fossem.
Segundo
a Wikipédia, “vergonha é uma condição psicológica e uma forma de controle
religioso, político, judicial e social, consistindo de ideias, estados
emocionais, estados fisiológicos e um conjunto de comportamentos, induzidos
pelo conhecimento ou consciência de desonra, desgraça ou condenação”.
Pois
é o que menos possuem alguns membros do Poder Legislativo que, mesmo após a
condenação de alguns de seus pares nesse caso, pretende impedir a cassação
imediata de seus mandatos.
O
terapeuta John Brad Shaw conceitua a vergonha como a "emoção que nos deixa saber que
somos finitos".
Pela
primeira vez em décadas assistimos alguns dos mais influentes políticos do país
perceberem que são finitos, exatamente por não terem tido vergonha, moral,
ética, caráter e honestidade.
*João Bosco Leal-Jornalista e
empresário
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