terça-feira, 28 de abril de 2009

Morte do Patiotrismo?


Mateus 12:25 Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá.

OLAVO BILAC - Soneto à Pátria

Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!

Criança! Não verás nenhum país como este!

Olha que céu! Que mar! Que rios! Que floresta!

A Natureza, aqui perpetuamente em festa,

É um seio de mãe a transbordar carinhos.

Vê que a vida há no chão! Vê que vida há nos ninhos,

Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!

Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!

Vê que grande extensão de matas, onde impera

Fecunda e luminosa, a eterna primavera!

Boa terra! Jamais negou a quem trabalha

O pão que mata a fome, o teto que agasalha...

Quem com o seu suor a fecunda e umedece,

Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece.

Criança! Não verás nenhum país como este!

Imita na grandeza a terra em que nasceste!


Será que o patriotismo no Brasil morreu?

Uma das primeira coisas que vemos nos que querem implantar no Brasil um regime socialista é a campanha para acabar com o sentimento de patriotismo e de amor a pátria.

Quantos de nós já ouvimos falar em releitura da história. Quantos de nós já vimos e ouvimos até mesm o de nossos professores uma reinterpretação da história onde os herois nacionais são apresentados como verdadeiros vilões.

Até mesmo nosso presidente da república tem a mania de dizer que nunca na história deztepaiz houve um governo democrático, ou que o Brasil sempre foi governado, até agora, pelas zelites corruptas.

Estamos nos esquecendo de que brancos de olhos azuis, afro-descendentes, pardos, indios, amarelos, filhos e netos de italianos, alemães, americanos, somos todos Brasileiros?

Estamos nos esquecendo de que nordestinos, nortistas, sulistas, somos todos filhos de uma mesma pátria?

Estamos nos esquecendo que com credos difertentes, somos todos Brasileiros?

A única vez que vemos o orgulho nacional demonstrado através de nossas bandeiras desfraldadas em nossas casas e automóveis é por ocasião da Copa do Mundo de Futebol. Passado isto nossas bandeiras são guardadas no fundo do armário até a próxima copa.

Temos hoje um governo que despreza o patriotismo. Os interesses pessoais e ideológicos de esquerda suplantam qualquer sentimento de brasileiridade.

Nos curvamos aos desejos de Evo Morales com relação as refinarias da Petrobrás, aos de Lugo em relação a Itaipu, por preconceito contra americanos, hostilizamos nosso maior parceiro comercial dando preferência a aqueles que nunca poderão nos levar ao desenvolvimento econômico e social.

Vemos que o patriotismo de nossos governantes é este da ilustração a seguir:

Gostamos muito de criticar os americanos. Mas quando é que veremos cenas como estas, onde a bandeira nacional é hasteada orgulhosamente na frente de nossas casas o ano inteiro, independentemente se o Brasil vai ou não jogar uma partida de futebol contra Argentina?

Geralmente o sentimento que temos ao ver alguém agir desta forma é " Que careta, olha só o cara sô - Colocando a bandeira na frente da casa e hoje não tem nenhum jogo do Brasil..."

O que vemos muito é o maior desrespeito aos simbolos nacionais que são usados como toalhas, saidas de praia, roupas íntimas etc.

Sou careta?

Sou sim. Mas com muito orgulho de ser Patriota e de ser Brasileiro.



Fonte: Brasil - Liberdade e Democracia

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Biblioteca Digital Mundial

Teresa Cristina Maria - Iperatriz
Consorte de Dom Pedro II - Imperador do Brasil
Ao acessar o link abaixo, poder-se-á vislumbrar um acervo extraordinário disponibilizado online.
A Coleção Thereza Christina Maria é composta por 21.742 fotografias reunidas pelo Imperador Pedro II e deixadas por ele à Biblioteca Nacional do Brasil. A coleção abrange uma variedade muito grande de assuntos. Documenta as realizações do Brasil e do povo Brasileiro no século 19, assim como inclui muitas fotografias da Europa, África, e América do Norte. Esta fotografia tirada pelo célebre retratista e fotógrafo Brasileiro Joaquim José Insley Pacheco (1830-1912) retrata Thereza Christina Maria, a esposa do imperador, em cuja honra o imperador insistiu em que coleção recebesse o nome. A última imperatriz do Brasil, Thereza Christina (1822-89) foi a filha do Rei Francis I das Duas Sicilies e Maria Isabel de Espanha. Ela e Pedro foram casados por 46 anos, de 1842 até à sua morte em 1889.

Biblioteca Digital Mundial nos 6 idiomas oficiais da ONU : PORTUGUÊS - Espanhol - Inglês - Francês - Árabe - Chinês e Russo.

Contém, entre outros, Mapas do Brasil do século XVIII, primeiros filmes dos Irmãos Lumière, Declaração de Independência dos Estados Unidos, milhares de manuscritos, livros raros, fotos, registros fonográficos, desenhos.

A procura pode ser por país, por data, período, tipo de ítem ou instituição.


Clique no link abaixo e viaje no tempo


www.worlddigitallibrary.org

ou

http://www.wdl.org/pt/#

Fonte: Revista de Bordo da Gol


Recebi via e-mail de minha amiga Lourdes Gaio Zavarize

Farra das passagens no governo

Luiz Carlos Prates


O jornalista Luis Carlos Prates é corajoso, verdadeiro e leal, precisamos de mais jornalistas deste naipe e não da mídia amestrada e submissa, que leva o seu, acobertando ou omitindo notícias de safadezas praticadas pelos pseudos representantes do povo. Que mais pessoas se levantem exigindo a cassassação dos corruptos que envergonham a Nação dilapidando o erário.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Dai Pão a quem tem fome

ESTOU FICANDO VELHO

Repasso consciente de que eu seria egoísta se conhecesse e deletasse sem dar oportunidade aos meus Amigos!

SENSACIONAL!
O melhor e-mail que li nos últimos tempos!
Repassem para todos os brasileiros de verdade!
Estou ficando velho...
Não gosto dos sem terra. Dizem que isto é ser reacionário,mas não gosto de vê-los invadindo fazendas, parando estradas, ocupando linhas de trens, quebrando repartições públicas, tentando parar o lento progresso do Brasil. Estou velho. Não acredito em cotas para negros e índios. Dizem que sou racista. Mas para mim racista é quem julga negros e índios incapazes de competir com os brancos em pé de igualdade. Eu acho que a cor da pele não pode servir de pretexto para discriminar, mas também não devia ser fonte para privilégios imerecidos, provocando cenas ridículas de brancos querendo se passar por negros. Estou muito velho. Não quero ouvir mais noticias de pessoas morrendo de dengue. Tapo os ouvidos e fecho os olhos, mas continuo a ouvir e ver. Não quero saber de crianças sendo arrastadas em carros por bandidos, ou de uma menininha jogada pela janela em plena flor de idade. Ou de meninos esquartejados pelos pais por serem 'levados'... Meu coração não tem mais força para sentir emoções. Sinto-me mais velho que o Oscar Niemeyer.. Ele, velho como é, ainda acredita em comunismo, coisa que deixou de existir. Eu não acredito em nada. Estou cansado de quererem me culpar por não ser pobre, por ter casa, carro, e outros bens, todos adquiridos com honestidade, por ser amado por minha mulher e filhos, assim como pelos meus amigos mais íntimos. Nada mais me comove. Estou bem envelhecido.E acabo de cometer um erro! Descobri que ainda sou capaz de me comover e de me emocionar. O patriotismo de uma jovem de Joinville usando a letra do Hino Nacional para mostrar o seu amor pelo Brasil me comoveu. Na cidade de Joinville houve um concurso de redação na rede municipal de ensino. O título recomendado pela professora foi: 'Dai pão a quem tem fome'. Incrível, mas o primeiro lugar foi conquistado por uma menina de apenas 14 anos de idade. E ela se inspirou exatamente na letra de nosso Hino Nacional para redigir um texto, que demonstra que os brasileiros verdes amarelos precisam perceber o verdadeiro sentido de patriotismo. Leiam o que escreveu essa jovem. É uma demonstração pura de amor à Pátria e uma lição a tantos brasileiros que já não sabem mais o que é este sentimento cívico.

"Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa-mundi, o nosso Brasil chorar: O que houve, meu Brasil brasileiro? Perguntei-lhe! E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas: Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo...
Antes, os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores. Meu povo era heróico e os seus brados retumbantes. O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante. Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes? Eu era a Pátria amada, idolatrada. Havia paz no futuro e glórias no passado. Nenhum filho meu fugia à luta. Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil. Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula. Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim. Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o nosso país ostenta estrelado. Pensei... Conseguiremos salvar esse país sem braços fortes? Pensei mais... Quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz? Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo, como uma criança dormindo em seu berço esplêndido."

Mesmo que ela seja o último brasileiro patriota, valeu a pena viver para ler o texto. Por isso estou enviando para você. De alguém que ama muito o Brasil, apesar do PT!

Recebi por e-mail e aqui reproduzo para conhecimento e reflexão de todos que acessam este blogue.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A FOTO CONTANDO HISTÓRIA (III)

Governador Paulo Pimentel

No dia 10 de Outubro de 1968, data em que CAMPO MOURÃO completava 21 anos - o Governador do Estado Paulo Pimental, visitou a cidade para receber o Título de Cidadania Honorária do Município, sendo recepcionado no aeroporto Brigadeiro Geraldo Guia de Aquino, pelo Prefeito Augustinho Vecchi, autoridades e munícipes.

O Governador foi conduzido, do aeroporto até o centro da cidade, pelo pioneiro que hoje nomina o nosso Museu municipal Deolindo Mendes Pereira, em sua charrete.
Acervo: Pedro da Veiga

A FOTO CONTANDO HISTÓRIA (II)

Brasil Hotel nos áureos tempos requintada hospedaria nos primórdios de Campo Mourão de propriedade, de saudosa memória, da pioneira:
Dalva Boss

Acervo: Pedro da Veiga

A FOTO CONTANDO HISTÓRIA (I)

CAMPO MOURÃO na década de 1960: primeiro plano - Praça Getúlio Vargas e antiga Rodoviária, hoje Estação da Luz Dom Eliseu Simões Mendes - vendo-se a confluência da Avenida Irmãos Pereira com a Rua Araruna, esquina onde estava edificado o Hotel Brasil - aparecendo ainda um descampado onde foi edificada a torre da Telepar, hoje com TV Carajás e Shoping Cidade e do outro lado o bosque de copaibas (declarado de Útilidade Pública) no pátio do Colégio Santa Cruz, onde os pioneiros se encontravam para homenagear ilustres visitantes.
Acervo: Pedro da Veiga

SOU CAMPO MOURÃO DE CORAÇÃO

O Município de Campo Mourão foi criado pela Lei nº 2 de 10 de Outubro de 1947, pelo Governador Moysés Lupion, que constantemente visitava o Município - "Sempre estive com meu coração voltado para Campo Mourão", dizia aos amigos - acima um flagrante de sua visita, com tropeiros pioneiros prestando-lhe significativa homenagem.

Dependência Genealógica

Campo Mourão desmembrou-se em 10 de Outubro de 1947 de Pitanga, que em 30 de Dezembro de 1943 originou-se de Guarapuava, que emancipou-se em 17 de Julho de 1852 de Castro, que se desmembrou em 24 de Setembro de 1788 de Curitiba, que em 29 de Março de 1693 se originou de Paranaguá, criado em 29 de Julho de 1648, por Carta Régia.
Fonte: CAMPO MOURÃO centro do progresso - livro de Pedro da Veiga.

terça-feira, 21 de abril de 2009

A Morte Suspeita de Tancredo Neves

(foto: Abril Imagens)
Tancredo de Almeida Neves nasceu em São João del Rei (MG) no dia 4 de março de 1910, quinto dos 12 filhos de Francisco de Paula Neves e de Antonina de Almeida Neves.Diplomou-se em Direito pela Universidade de Minas Gerais e iniciou sua carreira política em 1933, quando filiou-se ao Partido Progressista. Ingressou para a carreira política muito jovem, como vereador em sua cidade natal em 1934. A partir daí participou de diversos momentos decisivos da história do Brasil.

Durante o Estado Novo conheceu de perto as pressões da ditadura, sendo preso em 1937 e em 1939.Voltou à carreira política ao final do Estado Novo, em 1945. Foi eleito deputado federal em 1950 e em 1953, com o apoio de Juscelino Kubitschek, foi ministro da Justiça do governo do próprio Getúlio Vargas. Ficou, inclusive, ao seu lado no momento da crise que culminou no seu suicídio.Com a morte de Vargas articulou a candidatura de Juscelino Kubitschec à presidência. Em 1961, convenceu João Goulart a aceitar o parlamentarismo e assim, evitar o golpe. Nomeado primeiro presidente de Conselho dos Ministros, o regime parlamentarista não deu certo e, três anos depois, Tancredo era um dos mais ativos adversários ao golpe militar que acabou por acontecer e depor Jango.Em 1985 concorreu à presidência da república recebendo 480 votos contra 180 de seu adversário Paulo Maluf. Neves representava a esperança do cidadão brasileiro após o fracasso da campanha pelas diretas. No entanto, não chegou a tomar posse.Em 14 de março de 1985, véspera da posse, Tancredo Neves, ao lado de seus familiares, assistiu à missa em ação de graças celebrada em sua homenagem no Santuário Dom Bosco, em Brasília, pelo arcebispo de Belo Horizonte, dom João Resende Costa. No mesmo dia à noite, o chefe do serviço médico da Câmara, doutor Renault Matos Ribeiro, foi chamado às pressas para atender o presidente eleito, acometido de fortes dores abdominais. Diagnosticado de apendicite, Tancredo foi operado no Hospital de Base de Brasília pelos médicos Renault Matos Ribeiro e Pinheiro da Rocha aos 37 minutos do dia 15, dia em deveriam ocorrrer a posse e transmissão do cargo. Segundo informações transmitidas após a cirurgia, Tancredo padecia de diverticulite, doença que gera um quadro agudo, provocando dores semelhantes às crises de apendicite.

De acordo com depoimentos apurados pela imprensa, Tancredo vinha sentindo dores no abdome desde o dia 8. No dia 13, como o sofrimento aumentava, o doutor Renault recomendou que o presidente se operasse, mas ele se recusou. Tancredo teria pedido a seu médico que o sustentasse até o momento da posse, para que o processo da sucessão não fosse interrompido por qualquer acidente que propiciasse questionamentos políticos ou impasses de interpretação técnica. A seu pedido, também, os jornalistas teriam sido informados por Renault de que o presidente sofria meramente de uma faringite.

Segundo o jornal O Globo:

José Sarney tomou posse como presidente da República perante o Congresso às dez horas da manhã do mesmo dia 15, pronunciando o discurso elaborado pela assessoria de Tancredo e por ele aprovado, cuja essência fixava-se na determinação das prioridades dos gastos públicos. O ministério escolhido por Tancredo três dias antes foi mantido.

Não obstante o êxito da cirurgia, as conseqüências pós-operatórias não foram tranqüilizadoras: uma obstrução intestinal alarmou a equipe médica, que sugeriu então uma segunda intervenção cirúrgica. Nove médicos, de diferentes especialidades, foram convocados para emitir parecer a respeito do quadro que se apresentava e, por unanimidade, concluíram pela necessidade de uma segunda operação.

Tal possibilidade inquietou de novo a área política. O governo preocupava-se em não deixar a população perceber algum indício mais grave de anormalidade. A esquerda parecia propensa a iniciar nova campanha pelas diretas, o que determinaria uma contestação da decisão do Colégio Eleitoral, enquanto a direita possivelmente aguardava repercussões dramáticas do episódio para provocar a regressão das conquistas que impulsionaram o advento da República civil.

A segunda operação foi efetuada no próprio dia 20 pelos médicos Henrique Válter Pinotti, Francisco Pinheiro da Rocha e João Batista Alves. Os resultados anunciados provocaram manifestações de euforia por parte de políticos, familiares e assessores diretos de Tancredo. Cogitou-se então de uma nova data para a posse que, segundo os noticiários, vinha sendo reclamada pelo próprio presidente eleito. Não obstante, esse momento de otimismo foi conturbado por divergências no interior da equipe médica relativas à avaliação das reações do paciente, tendo sido registradas trocas de acusações nos jornais e na televisão. A controvérsia provocou constrangimentos à família do presidente eleito e suscitou temores no meio político.

Enquanto isso, a recuperação de Tancredo entrava em retrocesso. Uma crise circulatória levou à sua remoção para o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, na capital paulista, onde foi submetido, em 26 de março, a uma terceira cirurgia, realizada pela equipe do doutor Henrique Pinotti. Nesse momento o país começou a tomar ciência da gravidade do quadro. Numerosas igrejas, cultos e seitas religiosas realizaram ritos ecumênicos em favor do restabelecimento da saúde de Tancredo, tendo sido registradas manifestações populares de apreço e estímulo em diversos estados.

Após a terceira intervenção, as preocupações da equipe médica convergiram para uma nova constatação: a existência de infecção hospitalar contraída pelo paciente durante o período de internamento no Hospital de Base de Brasília. Para o combate à infecção foi utilizado um novo tipo de antibiótico ainda não comercializado, mas nem assim o organismo do presidente apresentou sinais de reação.

No dia 2 de abril Tancredo enfrentou no Instituto do Coração a sua quarta intervenção cirúrgica, com a finalidade de corrigir uma "hérnia inguinal encarcerada no lado esquerdo do abdome" e deter um foco infeccioso, conforme atestaram os boletins médicos. A partir de então a opinião pública passou a duvidar da fidelidade dos comunicados oficiais que anunciavam ausência de perigo vital no estado geral do presidente.

Nesse contexto, o ministro da Justiça, Fernando Lira, afirmou aos jornais que o quadro assumira uma maior gravidade e que a área política se preparava para fortalecer o governo Sarney, procurando eliminar gradualmente seu caráter transitório.

Uma quinta operação, destinada a drenar um foco infeccioso no local da incisão, foi realizada pouco depois das 13 horas do mesmo dia 2. As esperanças e o otimismo foram substituídos por evasivas e pelo silêncio. Políticos e familiares passaram a evitar tecer comentários sobre a situação criada pela necessidade da nova cirurgia.

No dia 9 de abril Tancredo foi submetido a uma sexta operação. Segundo os médicos, uma traqueostomia destinada a evitar o desconforto originado pela presença de um tubo oro-traqueal que, se fosse usado por muito tempo, poderia provocar lesão no local. A equipe médica ainda imporia ao presidente uma sétima cirurgia, três dias depois, com o objetivo de "exploração e limpeza da cavidade abdominal", ao final da qual foi constatado o esgotamento das possibilidades de preservar a vida de Tancredo. Pela primeira vez o porta-voz presidencial, jornalista Antônio Brito, falou em agravamento do quadro. Os médicos consideravam que todos os recursos existentes já haviam sido empregados, mas a resistência física do presidente, desde então mantido sob sedativos e com o auxílio de máquinas substituindo os pulmões e os rins, vez por outra surpreendia as pessoas diretamente envolvidas no drama, revitalizando os ânimos abatidos e fazendo renascer expectativas amortecidas.

A partir de 15 de abril, no entanto, o meio político começou a tomar as primeiras providências com o objetivo de sustentar a permanência da transição democrática no caso da morte de Tancredo. Encontros entre Ulisses, Sarney e líderes do PFL passaram a se suceder com freqüência, enquanto a imprensa internacional destacava em seus comentários ser o momento uma prova para a consolidação das mudanças geradas pela finalização do ciclo de dominação militar.

Não obstante os esforços da equipe médica, tornou-se impossível controlar tanto o edema resultante da inflamação entre as artérias e os alvéolos pulmonares quanto a proliferação dos focos infecciosos que não cediam à pressão dos antibióticos. O organismo de Tancredo não esboçava quaisquer sintomas de reativação. Como recurso final foi chamado ao Brasil o especialista norte-americano Warren Mayron Zapol, que no dia 20 de abril deu o seu diagnóstico definitivo: não havia mais o que fazer para salvar a vida do presidente.

Na noite de 21 de abril, dia consagrado à descoberta do Brasil, ao martírio de Tiradentes e à transferência da capital para Brasília, Tancredo Neves faleceu, depois de cumprir um calvário de 34 dias. Após ser embalsamado, seu corpo foi velado por toda a madrugada na capela do Instituto do Coração, na presença de parentes e amigos. Na manhã do dia seguinte, atendendo à solicitação do senador José Fragelli, o Congresso se reuniu extraordinariamente para anunciar a vacância do cargo e o seu preenchimento automático pelo vice-presidente José Sarney. Em pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, Sarney decretou feriado nacional e luto oficial por oito dias e garantiu que o seu programa seria o mesmo de Tancredo.

Ainda na manhã do dia 22, após a missa de corpo presente celebrada por dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo metropolitano de São Paulo, no Instituto do Coração, o esquife presidencial, sobre um carro do corpo de bombeiros e coberto pela bandeira nacional, saiu em direção ao aeroporto de Congonhas, rumo a Brasília, acompanhado por dois milhões de pessoas. No caminho, no obelisco do Parque do Ibirapuera, o presidente eleito recebeu homenagem oficial do governo de São Paulo, do prefeito Mário Covas, do comando do II Exército e demais autoridades militares. Como homengem póstuma a Tancredo, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo determinou a suspensão da greve da categoria em curso. Ao longo de todo o trajeto pendiam das janelas das casas bandeiras brasileiras com tarjas negras.

Na capital da República, após um cortejo fúnebre que durou quatro horas, seguido por imensa multidão, o corpo de Tancredo foi velado e exposto à visitação pública no palácio do Planalto, onde o arcebispo da cidade, dom José Freire Falcão, oficiou outra missa de corpo presente.

Ainda na madrugada do dia 15, enquanto o paciente era mantido isolado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital de Base, o meio político se mobilizava para tentar solucionar o impasse surgido a respeito de quem assumiria a presidência em exercício: o vice-presidente José Sarney ou o presidente da Câmara, Ulisses Guimarães. Para os grupos mais radicais do PMDB, o deputado peemedebista seria a segunda pessoa na escala hierárquica da sucessão, mas o próprio Ulisses entendeu que vetar a posse de Sarney, ignorando sua condição de companheiro de chapa de Tancredo, seria o mesmo que invalidar a legitimidade da eleição verificada no Colégio Eleitoral. O argumento do presidente nacional do PMDB, escudado na opinião de constitucionalistas qualificados, acabou derrubando todas as dúvidas e versões levantadas.

O Arquivo

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Vai Corinthians ! ! !

Novo SÃO JORGE!!!

Recebi do meu amigo Élio Simionato
com a seguinte observação:

SOU SAMPAULINO, MAS VÁ TER CRIATIVIDADE ASSIM,
NOS QUINTOS DOS INFERNOS !!!