quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O LEGADO BOM DE SCHWARZENEGGER

Por Luiz Antonio Domingues

Quem não conhece Arnold Schwarzenegger? O truculento ator de tantos filmes de ação, ex-fisiculturista e com carreira também na política, tem um séquito de fãs ardorosos e também muitos detratores.
Como ator, seu desempenho faz o nariz de um crítico mais sensível torcer de forma negativa, mas também faz com que os produtores do cinema Blockbuster de entretenimento de massa, esfreguem as mãos de euforia diante dos lucros colossais que seus filmes proporcionam.
Há de se destacar que ele tem senso de humor e brincando com sua fama de ator canastrão, também protagonizou comédias absurdas, rindo de si próprio ao ridicularizar seu porte físico exposto a situações antagônicas à natureza, como por exemplo ficar "grávido", ou ter um irmão gêmeo anão e até ir parar numa escola de educação infantil e ser atormentado por crianças pequenas.
 Mas o que causou mais espanto, foi quando enveredou pela política e num salto astronômico que só pensávamos existir no Brasil, tornou-se governador do mais rico estado americano, a Califórnia. Equivaleria dizer que um belo dia, acordássemos com a notícia que o Tiririca se tornou governador de São Paulo, o que aliás, pensando bem no comportamento padrão do eleitor brasileiro, não seria tão surpreendente assim...
Em princípio, o governador Arnold Schwarzenegger iniciou seu mandato com medidas truculentas, bem ao estilo de seus personagens clássicos do cinema, o que lhe rendeu o apelido de "Governator", um trocadilho que brincava com um de seus personagens mais famosos, o andróide assassino do filme "Terminator".
Republicano de carteirinha (apesar de ser casado na época com uma fervorosa democrata e sobrinha do ex-presidente John F. Kennedy), Schwarzenegger gostava de fazer comícios empunhando uma vassoura (será que o Conan conheceu Janio Quadros?), onde dizia estar varrendo os democratas da Califórnia... Brincadeiras à parte (com a ressalva de que a estória da vassoura é verdadeira), o musculoso governador fez uma ação digna de aplausos e que não beneficiará apenas o estado da Califórnia, mas certamente todo o planeta.
No ano de 2004, o "governator" lançou um plebiscito popular, visando a aprovação de uma verba estadual bilionária a ser gasta com pesquisas das células-tronco. O montante foi de 3 bilhões de dólares e convenhamos, é muito dinheiro até para os padrões de um país de primeiro mundo. O povo respondeu favorável à ideia e dessa forma, foi criado na Califórnia , o CIRM (California Institute for Regenerative Medicine).
Em recente visita à São Paulo, o presidente do CIRM, Dr. Alan Trouston discursou no Congresso Brasileiro de Células-tronco e Terapia Celular, trazendo perspectivas fantásticas das pesquisas realizadas. Segundo o Dr. Trouston, o CIRM já está em fase de testes clínicos realizados em seres humanos, avançando decisivamente para resultados positivos em termos de cura de doenças degenerativas, autoimunes, genéticas, Aids e cegueira. Segundo suas palavras : "O que está por vir, é fantástico!" Um dos objetivos do Dr. Trouston em São Paulo, foi convidar cientistas brasileiros a compartilhar suas pesquisas e descobertas com o CIRM, meta que tem buscado em diversos outros países do mundo. Portanto, estamos diante de um momento histórico para a humanidade, onde o avanço científico da medicina será extraordinário. Mais que Conan, Terminator e tantos outros personagens de ação que imortalizou no cinema, Arnold Schwarzenegger nos deixa um legado inesquecível, com essa iniciativa humanitária sem precedentes.
Luiz Antonio Domingues (músico das bandas PEDRA, Ciro Pessoa & Nu Descendo a Escada, Kim Kelh e os Kurandeiros)-in Planet Polêmica.

TEMPOS SOMBRIOS, TEMPOS PETISTAS

Por Marco Antonio Villa in Blog do Villa

SILÊNCIO RETUMBANTE
É impressionante o silêncio retumbante
do chefe Lula sobre a cadeia que seus
comandados acabam de pegar. Nunca antes
na história desse país se viu um Lula
calar tão forte e tão tonitruante como
no caso dessa "farsa" chamada Mensalão.
Lula acuado perde a fala.
Como de costume
Luiz Inácio Lula da Silva está calado. O que é bom, muito bom. Não mais repetiu que o mensalão foi uma farsa. Também, pudera, após mais de três meses de julgamento público, transmitido pela televisão, com ampla cobertura da imprensa, mais de 50 mil páginas do processo armazenadas em 225 volumes e a condenação de 25 réus, continuar negando a existência da "sofisticada organização criminosa", de acordo com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, seria o caso de examinar o ex-presidente. Mesmo com a condenação dos seus companheiros - um deles, o seu braço direito no governo, José Dirceu, o "capitão do time", como dizia -, aparenta certa tranquilidade.
Como disse o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), Lula é "um sujeito safo". É esperto, sagaz. Conseguiu manter o mandato, em 2005, quando em qualquer país politicamente sério um processo de impeachment deveria ter sido aberto. Foi uma manobra de mestre. Mas nada supera ter passado ao largo da Ação Penal 470, feito digno de um Pedro Malasartes do século 21.
Mas se o silêncio público (momentâneo?) de Lula é sempre bem visto, o mesmo não pode ser dito das articulações que promove nos bastidores. Uma delas foi o conselho para que Dilma Rousseff não comparecesse à posse de Joaquim Barbosa na presidência do STF. Ainda bem que o bom senso vigorou e ela vai ao ato, pois é presidente da República, e não somente dos petistas. O artífice de diversas derrotas petistas na última eleição (Recife, Belo Horizonte e Campinas são apenas alguns exemplos) continua pressionando a presidente pela nomeação de um "ministro companheiro" na vaga aberta pela aposentadoria de Carlos Ayres Brito. E deve, neste caso, ser obedecido.
O ex-presidente quer se vingar do resultado do julgamento do mensalão. Nunca aceitou os limites constitucionais. Considera-se vítima, por incrível que pareça, de uma conspiração organizada por seus adversários. Acha que tribunal é partido político. Declarou recentemente que as urnas teriam inocentado os quadrilheiros. Como se urna fosse toga. Nesse papel tem apoio entusiástico do quarteto petista condenado por corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Eles continuam escrevendo, dando entrevistas, participando de festas e eventos públicos, como se nada tivesse acontecido. Ou melhor, como se tivessem sido absolvidos.
O que os petistas chamam de resistência não passa de um movimento orquestrado de escárnio da Justiça. José Dirceu, considerado o chefe da quadrilha por Roberto Gurgel, tem o desplante de querer polemizar com o ministro Joaquim Barbosa, criticando seu trabalho. Como se ele e Barbosa estivessem no mesmo patamar: um não fosse condenado por corrupção ativa (nove vezes) e formação de quadrilha e o outro, o relator do processo e que vai assumir a presidência da Suprema Corte. Pior é que a imprensa cede espaço ao condenado como se ele - vejam a inversão de valores da nossa pobre República - fosse uma espécie de reserva moral da Nação. Chegou até a propor o financiamento público de campanha. Mas os petistas já não o tinham adotado?
Outro condenado, João Paulo Cunha, foi recebido com abraços, tapinhas nas costas e declarações de solidariedade pelos colegas na Câmara dos Deputados. Já José Genoino pretende assumir a cadeira de deputado assim que abrir a vaga. E como o que é ruim pode piorar, Marco Maia, presidente da Câmara, afirmou que a perda de mandato dos dois condenados é assunto que deve ser resolvido pela Casa, novamente desprezando a Constituição.
O julgamento do mensalão desnudou o Partido dos Trabalhadores (PT). Sua liderança assaltou o Estado sem pudor. Como propriedade do partido. Sem nenhum subterfúgio. Os petistas poderiam ter feito uma autocrítica diante do resultado do julgamento. Ledo engano. Nada aprenderam, como se fossem os novos Bourbons. Depois de semanas e semanas com o País ouvindo como seus dirigentes se utilizaram dos recursos públicos para fins partidários, na semana que passou Dilma (antes havia se reunido com o criador por três horas) recebeu no Palácio da Alvorada, residência oficial, para um lauto jantar, líderes do PT e do PMDB. A finalidade da reunião era um assunto de Estado? Não. Interessava apenas aos dois partidos. Fizeram uma analise das eleições municipais e traçaram planos para 2014. Ninguém, em sã consciência, é contrário a uma reunião desse tipo. O problema é que foi num prédio público e pago com dinheiro público. Imagine o leitor se tal fato ocorresse nos EUA ou na Europa. Seria um escândalo. Mas na terra descoberta por Cabral, cujas naus, logo vão dizer, tinham a estrela do PT nas velas, tudo pode. E quem protesta não passa de golpista.
Nesta República em frangalhos, resta esperar o resultado final do julgamento do mensalão. As penas devem ser exemplares. É o que o STF está sinalizando na dosimetria do núcleo publicitário. Mas a Corte sabe que não será tarefa nada fácil. O PT já está falando em controle social da mídia, nova denominação da "censura companheira". Não satisfeito, defende também o controle - observe o leitor que os petistas têm devoção pelo Estado todo-poderoso - do Judiciário (qual, para eles, deve ser a referência positiva: Cuba, Camboja ou Coreia do Norte?). Nesse ritmo, não causará estranheza o PT propor que a Praça dos Três Poderes, em Brasília, tenha somente dois edifícios... Afinal, "aquele" terceiro edifício, mais sóbrio, está criando muitos problemas.
O País aguarda o momento da definição das penas do núcleo político, especialmente do quarteto petista. Será um acerto de contas entre o golpismo e o Estado Democrático de Direito. Para o bem do Brasil, os golpistas mensaleiros perderam. Mais que perderam. Foram condenados. E serão presos.
Marco Antonio Villa - historiador; é professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) - O Estado de S.Paulo

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

GOL CONTRA

A ESPERA NECESSÁRIA E PRUDENTE

Por José Eugênio Maciel

“A maior riqueza é não ter o que perder” (Gudé).

“A hora mais escura da noite é justamente aquela
 que nos permite ver melhor as estrelas”
Charles A. Beard

            Tudo na vida requer tempo. Tempo para esperar, fazer, para acontecer. Tempo para agir e reagir. Tempo para semear, cultivar, colher. Depois do período da campanha e das eleições, é preciso aguardar que os prefeitos eleitos e vereadores assumam os seus respectivos cargos – que são também encargos – e comecem a colocar em prática o compromisso assumido perante o povo em termos de governança.
       Especulações à parte relacionadas a composição de equipe, reafirmação de compromisso e o estabelecimento de prioridades são naturais que gerem análises, comentários.
         Entretanto, é de fundamental importância que o tempo escoe e os eleitos não o percam e trabalhem desde logo.
           Durante os momentos que antecederam definições, registros e a própria campanha eleitoral, me vali deste honroso espaço de jornal, ainda que modestamente, para discorrer sobre o tema das eleições, a política, o poder, o comportamento existente ou o ideal por parte do eleitorado e dos nomes que protagonizaram o processo político-eleitoral. Creio ser necessária a pausa, a espera providencial e prudente.
         Qual seria – ou é – o tempo ideal para começar as cobranças dos eleitos? Ou qual seria o momento para o aplauso ao que começará a ser feito ou que será deixado de lado?
         A primeira resposta e a mais fácil é que se deva cobrar desde o momento em que todos passem efetivamente a exercer o poder. Faz sentido, a considerar que não faltem entre os eleitos a enfática posição adotada discursivamente durante a campanha quanto a se considerarem inteiramente preparados para se tornarem prefeito e vereadores desde o primeiro momento.
         Um novo governo – que necessariamente não é o mesmo que um governo novo – prescinde de um tempo para ganhar visibilidade, e na essência ser um novo modo de gestão. Especificamente a prudência compreensivelmente maior se refira aos “marinheiros de primeira viagem” e não aos que já exercem o cargo ou tenham uma larga experiência administrativa.
         Os reeleitos como prefeito podem e devem ser cobrados, como exemplo casos do Cláudio Gotardo e Célia Cabrera de Paula, respectivamente mandatários de Boa Esperança e Campina da Lagoa, não existem motivos para dar qualquer tempo a eles, é cobrar desde já, e levar em conta se existe na prática diferenças entre continuidade e continuísmo.
         Em termos de Campo Mourão, a prefeita já ocupou uma secretaria municipal além da presença constante, influência e responsabilidade inerentes ao fato de ser vice-prefeita atual. Agora em janeiro será com ela, terá voz ativa, o poder de agir, a personalidade de administrar segundo os seus próprios métodos, convicções, motivações e responsabilidade.
         Independentemente da herança, de ser o continuar de uma gestão ou a ruptura político-eleitoral e ainda a considerar a realidade de cada municipalidade, se é preciso “dar tempo ao tempo”, é absolutamente razoável que seis meses é o suficiente para que aplausos e apoiamentos; críticas ou descrenças definitivas façam todo o sentido para ambos os casos.        

terça-feira, 13 de novembro de 2012

PRESIDENTE DA COAMO SERÁ HOMENAGEADO COM A COMENDA DO LEGISLATIVO CATARINENSE

"A Coamo é uma das maiores empresas do país, idealizada e presidida por um catarinense, conterrâneo meu, de Brusque", afirma deputado Serafin Venzon

O deputado estadual Serafim Venzon (PSDB) homenageia na próxima segunda-feira (19) em Florianópolis (SC), o engenheiro agrônomo e presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa José Aroldo Gallassini com a Comenda do Legislativo Catarinense. Esta é a maior honraria concedida pelo legislativo catarinense, sendo outorgado às pessoas, empresas ou entidades que se destacam e realizam ações relevantes durante o ano.
A cerimônia será realizada no próximo dia 19, a partir das 19 horas, no Plenário Osni Régis, na Assembleia Legislativa. Cada parlamentar tem direito a uma homenagem. 
O deputado Serafim Venzon escolheu Gallassini, catarinense nascido em Brusque, idealizador da Empresa Coamo, maior cooperativa da América Latina. A Coamo está entre as maiores e mais importantes empresas do agronegócio brasileiro, com atuação em 63 municípios, nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A empresa contribui diretamente para o desenvolvimento econômico, técnico, educacional e social de mais de 25 mil cooperados.
“É uma cooperativa bem estruturada e muito forte, idealizada por um catarinense, meu conterrâneo de Brusque. Um exemplo para nosso Estado”, afirma Venzon.
A Comenda do Legislativo Catarinense foi instituída pela Resolução nº 02/08, que unifica as homenagens concedidas pelo Legislativo estadual.
Antonio Marcio dos Santos-Assessoria de Imprensa Coamo