terça-feira, 30 de novembro de 2010

SOLIDARIEDADE VERSUS MERCENARISMO

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS

Juramento de Hipócrates

"Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da Humanidade.

Darei como reconhecimento a meus mestres, meu respeito e minha gratidão.

Praticarei a minha profissão com consciência e dignidade.

A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação.

Respeitarei os segredos a mim confiados.

Manterei, a todo custo, no máximo possível, a honra e a tradição da profissão médica.

Meus colegas serão meus irmãos.

Não permitirei que concepções religiosas, nacionais, raciais, partidárias ou sociais intervenham entre meu dever e meus pacientes.

Manterei o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção. Mesmo sob ameaça, não usarei meu conhecimento médico em princípios contrários às leis da natureza.

Faço estas promessas, solene e livremente, pela minha própria honra".

(Declaração de Genebra da Associação Médica Mundial - 1948)

Hipócrates

No ano de 460 a.C., nasceu Hipócrates na ilha de Kós, considerado como o “pai da medicina”, era membro de uma família que há gerações se dedicava aos cuidados com a saúde. Hipócrates foi o líder indiscutível da “Escola de Kós” conhecida, mais tarde, como “Escola Hipocrática”, responsável por separar a medicina da religião e da magia e tornando-se um paradigma para todos os médicos. É lembrado, fundamentalmente, por ter dado um sentido de dignidade à profissão, estabelecendo as normas éticas rígidas que deveriam nortear a vida do médico, tanto na vida profissional, como fora dela. Infelizmente o juramento prestado por grande parte dos novos profissionais da medicina vem perdendo o sentido dissipando-se nas brumas do passado.

Solidariedade

Minha esposa retornou ao convívio familiar depois de ter sido submetida a uma delicada neurocirurgia e a um período de internação de mais de um mês. Recebemos, emocionados, belas mensagens de amigos de todos os rincões deste imenso Brasil. A solidariedade, nestes momentos de dor, tem a capacidade de espantar o desalento e permite que enfrentemos as vicissitudes com novo ânimo. Nenhuma melhora aparente ainda pode ser notada, mas continuamos confiantes.

Mercenarismo

“Antigamente existia o médico da família, que ia até a casa de seus pacientes, ouvia com atenção os problemas de cada um e conhecia cada integrante da família pelo nome. Hoje, o paciente é tratado como cliente de loja, que paga para obter o serviço. O amor passou a não ter espaço na área médica. Se o médico gasta tempo com amor, não tem retorno financeiro algum. Só ganha dinheiro se dá um remédio ao paciente ou faz alguma intervenção cirúrgica”.
(Patch Adams)

Infelizmente, depois da cirurgia, fomos importunados por um profissional da anestesia, recuso-me a chamá-lo de médico, querendo cobrar da família seus honorários. Quando entreguei minha esposa aos cuidados do Hospital Militar de Porto Alegre estava, logicamente, confiando que ela estaria sendo atendida por profissionais da saúde credenciados pelo Hospital e não de elementos estranhos ao corpo clínico daquele nosocômio. Em nenhum momento fui alertado pelo chefe da equipe médica, encarregada da cirurgia, de que o anestesista não fazia parte do corpo médico do Hospital Militar. Eu e meus familiares recebemos telefonemas insistentes da secretaria do referido profissional e resolvi, finalmente, lhe enviar o telefone de meu amigo advogado e irmão maçon André Luiz Oliveira da Conceição para tratar do assunto diretamente com ele.

Que saudades dos médicos do passado. Lembro-me dos tempos de criança, em Rosário do Sul, quando a simples presença do Médico trazia conforto aos pacientes. Havia uma aura que os envolvia, o “Doutor” se preocupava em curar o doente e não a doença, tratava os pacientes como amigos, tinha tempo para saborear um chimarrão com os familiares, para ouvir e contar “causos” antes de partir para outra consulta. Havia, naqueles tempos, um envolvimento emocional e um compromisso com a cura.

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

E–mail: hiramrs@terra.com.br

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

COMO TOCAR A BOIADA

Por Arlindo Montenegro

Vivemos no limiar de decisões que vão determinar uma "nova era" para a humanidade. É difícil determinar quando as decisões que mais afetam o indivíduo e as liberdades conquistadas com a evolução desta civilização, vão ser implementadas com uma assinatura abaixo do aviso: "passa a vigorar na data da publicação". É tortuoso projetar possibilidades neste ambiente viciado e vicioso em que o estado se impõe, contra todos.

Há já algum tempo este blog tem grafado assuntos concernentes à Nova Ordem Mundial, uma "coisa" que a gente ouve na boca de líderes mundiais, na boca do nosso ex metalúrgico, ou se lê, en passant, em uns poucos artigos da mídia oficial e muitos da blogueria marginal. O assunto tem versões e vídeos para todos os gostos nas páginas da internet, onde, durante algum tempo, os Bilderberger foram citados com alguma frequência como os maiores diabos, graças a Daniel Estulin.

Hoje a quase totalidade dos blogs especializados em assuntos políticos, de direitos humanos, filosóficos e adjacências que se ocupam da humanidade (não oficiais ou puxa sacos de alguma área específica) grafam a violência no Rio de Janeiro, as mazelas políticas domésticas, o quem-é-quem e quanto se espera da nova nomenklatura governamental. Projeções, palpites, blá-blá-blá, deixando de lado a fofocagem, a manada segue para o curral da NWO (The New Word Order).
Estes blogs servem a que? Servem a quem? A informação que trazem reproduz o que esta nos jornais que poucos lêem, nas revistas que menos ainda lêem e nos noticiários de televisão, todos repetindo as mesmas pautas. Nestes dias, por indicação de um amigo que não conheço pessoalmente, estive dedicado à leitura de livros que parecem ignorados no Brasil.
Um destes livros é fascinante! E não resistí em fazer a tradução, que resume tudo quanto se fala sobre a tal Nova Ordem Mundial, documentando e expondo os nomes, datas e ações. Descobrí que os Bilderberger são o terceiro time e pude entender os meandros da "conspiração" que existe de fato e tem todo o apoio dos nossos governantes.

A partir de hoje, em cinco partes, este blog se propõe disponibilizar para os leitores, a tradução livre do livro de Antony Sutton, "A Organização Secreta da América - Uma introdução à Ordem Skull & Bones". O capítulo primeiro, em pdf já está bem aí, abaixo, à disposição dos leitores.
Vai ser possível identificar as linhas mestras da ação do governo brasileiro e entender por que razão estamos sendo o laboratório dos que querem implantar a Nova Ordem Mundial. Melhor ainda, vai ser possível entender o que é esta "coisa", onde e como atua. Entender o ponto de encontro entre democracia e socialismo.
Espero estar contribuindo para a defesa de valores e princípios esquecidos que parecem esquecidos neste debate onde se magnifica e destaca o estado e os direitos humanos coletivos. Sutton nos prova que a mobilização em defesa urgente das liberdades individuais, tão afastadas do debate, é o que menos interessa aos "socialistas democráticos".
É prioritário e urgente defender o pouco que temos, não reconhecemos e desprezamos: liberdades individuais que somente são asseguradas num estado de direito democrático, com educação universal suficiente, livre, adequada às necessidades de desenvolvimento, tão soberano quanto seja possível, na relação com as outras nações.
Precisamos defender com unhas e dentes, os fundamentos da nossa cultura e um estado menor a serviço das pessoas, diferente do estado coletivista, paternalista, totalitário... gigante... ou qualquer outra denominação e discurso que desloca a compreensão do assunto primordial: liberdades individuais, liberdade de religiões, liberdade para a família crescer como núcleo fundamental da sociedade.
Nada de segredos, nada de iluminados, nada de um político ou personalidade boçal ditando o que é direito. É a inteligência nacional – que carece desenvolver-se através do estudo e do trabalho científico – quem deve dizer ao estado o que fazer e exigir o cumprimento das diretrizes escolhidas por todos, que pagam pelo serviço que os eleitos deveriam prestar à nação.

Sem sofismas, sem malandragens, sem negociatas.
Para ler online, baixar para seu computador e/ou imprimir direto da internet o primeiro capítulo do livro abaixo, traduzido, clique aqui.

Publicado originalmente no blog do Montenegro - ViVerdeNovo.

Imagens da Internet - fotoformatação (PVeiga).

COM BETO RICHA, EMPRESAS ITALIANAS ANUNCIAM INVESTIMENTOS DE R$ 90 MILHÕES NO PARANÁ

O governador eleito Beto Richa recebeu nesta segunda-feira (29) um grupo de empresários italianos que pretende instalar três novas empresas no Paraná, a partir de 2011. Os investimentos, que somam R$ 90 milhões, devem criar 200 empregos diretos. “Nos últimos anos, muitas empresas deixaram de procurar o Paraná, por falta de apoio e até de segurança jurídica. Agora vamos mudar o paradigma do Estado e dar início ao um novo tempo, com espaço para parcerias e para aumentar a geração de riqueza no Estado”, disse Richa.

Uma das empresas, a RW Panel, deve se instalar na Região Metropolitana de Curitiba e trará ao Brasil uma nova tecnologia de produção de painéis em aço e lã de rocha para construção de casas populares. “O projeto traz casas com isolamento acústico e térmico, com garantia de 30 anos e preço semelhante ao das casas populares feitas no Brasil”, explicou Roberto Stracquadanio, diretor da empresa. A intenção é produzir 1,2 milhão de metros quadrados de painéis por ano, com um investimento de R$ 25 milhões.

A empresa Carlo Manzella iniciou estudos para produzir polpa e derivados do tomate no Norte do Paraná. Os municípios de Faxinal, Cruzmaltina, Borrazópolis e Grandes Rios podem receber o empreendimento. O investimento será de aproximadamente R$ 15 milhões.

Um terceiro empreendimento é para instalação de uma plataforma integrada para reciclar 30 mil toneladas por ano de materiais como pneus, resíduos eletroeletrônicos (computadores, geladeiras etc), lâmpadas e outros objetos. A unidade ficará pronta em um a dois anos e terá investimento de R$ 50 milhões.

Fonte: IMPRENSA BETO RICHA-Flávio Costa-Luciano Patzsch

FESTIVAL PARANAENSE DO SAMBA

Dois palcos no Largo da Ordem vão transformar

Curitiba na capital do samba nos dias 2 a 5 de dezembro

Cerca de 25 grupos musicais vão transformar Curitiba na capital do samba a partir de quinta-feira (dia 2), às 18 horas. Organizado pelo Centro Cultural Humaitá e apoio da Fundação Cultural de Curitiba, o Festival Paranaense do Samba prossegue até o dia 5 de dezembro com dois palcos localizados no centro histórico de Curitiba.

O evento reúne diferentes gêneros e mestres de samba e da cultura popular – do samba rural ao carnaval –, visando mapear a presença do samba em todo o Estado do Paraná antes de se tornar anfitrião dos expoentes do samba nacional. “O Festival Paranaense do Samba tem potencial para se tornar a maior festa de cultura popular do sul do país”, assinala o presidente do Centro Humaitá, Adegmar Candiero.

O Festival tem início justamente no Dia Nacional do Samba, com uma série de apresentações com mais de 200 artistas, que vão se apresentar em dois palcos no Largo da Ordem – Ruínas e Bebedouro. “O Paraná possui muita história, muitos talentos que queremos evidenciar, porque as nossas origens precisam ser reverenciadas”, afirma.

Um dos talentos presentes nos quatro dias do festival é o da Mãe Orminda, do Grupo Divina Luz, uma das figuras de destaque do samba paranaense. Ela foi a primeira puxadora de samba do Brasil, tendo saído para puxar o samba enredo da escola de samba Dom Pedro II, em 1978. Com seu canto forte, puxa um repertório que não deixa ninguém indiferente. Já o compositor Caco, ex-intérprete do Melodia, segura um dos sambas mais animados da cidade e estará no palco Ruínas no dia 3 de dezembro. “Temos aqui muitas outras riquezas escondidas e convidamos todos os paranaenses a conferir”, aponta Candiero.
Assessoria de Imprensa-Festival Paranaense do Samba

Ana Paula de Carvalho

festivalparanaensedosamba.wordpress.com

PROGRAMAÇÃO
2 de dezembro – Palco Ruínas de São Francisco

18h - Ebubu Fulô

Fundado em 2002, o Ebubu Fulo é um grupo de choro, maxixe e samba instrumental, formado por Julião Boêmio, Daniel Miranda, Vinícius Chamorro, Zezinho do Pandeiro, Luiz no surdo e, como convidado especial, Pedrinho da Viola. Traz composições do premiado Julião Boêmio e composições de Pedrinho da Viola.

19h - Abertura Solene

Solenidade de abertura com a presença de convidados especiais e autoridades.

20h - Origens do Samba – Homenagem à casa da Tia Ciata

Dramatização em homenagem à Tia Ciata, em cuja casa as tradições musicais baianas ganham uma identidade mais carioca. A personagem será interpretada pela atriz Geisa Costa, sob direção de Olinto Simões, que coordena, em seguida, um bloco carnavalesco em performance interativa na praça João Cândido, atrás das Ruínas.

02 de dezembro – Palco Bebedouro

21h - Escolas de Samba e Samba Enredo

Após a dramatização e a passagem pela praça João Cândido, em homenagem ao centenário da Revolta da Chibata, um “desfile de carnaval” desce até o palco do Bebedouro. Para composições da miniescola de samba, participam as bandeiras das 7 escolas de samba de Curitiba e mais a bandeira especial do Festival Paranaense do Samba. No palco Bebedouro, a apoteose fica por conta do samba enredo e da bateria show do Mestre Divino.

03 de dezembro – Palco Ruínas de São Francisco

18h - Choro e Seresta

O "Conjunto Choro e Seresta" é o mais famoso e tradicional conjunto de choro de Curitiba, fazendo parte da história cultural da cidade com suas apresentações aos domingos na Feira do Largo da Ordem.

19h30 - Caco e Conselheiros do Samba

Caco, ex-intérprete do Melodia, segura um dos sambas mais animados da cidade, todas as sextas-feiras, no Conselheiro Bar. Para o show, promete um repertório clássico e descontraído, passando por Clara Nunes, Zeca Pagodinho, Jeito Moleque, entre outros.

21h - Nego Chandi e Grupo Sou do Samba

Jovem e talentoso grupo, com um show de composições próprias, Nego Chandi recentemente foi convidado a representar o samba paranaense em um concurso da Light, no Rio de Janeiro, junto com os parceiros Fábio Pires e Cláudio Peba.

03 de dezembro – Palco Bebedouro

18h - Ciro Moraes e Departamento do Samba

Formado no ano 2000, o intérprete do grupo, o cantor Ciro Morais, é considerado um dos principais cantores de samba do Paraná em todos os tempos. O repertório do Departamento de Samba abrange o período dos anos 20 do século passado até os dias atuais. Através de arranjos simples e bem executados o Departamento de Samba destaca-se por sua postura alegre e descontraída, aliada ao profissionalismo.

19h30 - K.Tito e Banda

Com mais de 600 composições de sua autoria, o intérprete e compositor Ktito se destaca pela versatilidade e pela virtuose no violão. Traz ao palco Bebedouro um repertório de afro-sambas.

21h - Mãe Orminda e Divina Luz

Mãe Orminda, do Grupo Divina Luz, é uma das figuras de destaque quando se fala em samba no Paraná. Ela foi a primeira puxadora de samba do Brasil, tendo saído para puxar o samba enredo da escola de samba Dom Pedro II, em 1978. Com seu canto forte, puxa um repertório que não deixa ninguém indiferente.

04 de dezembro – Palco Ruínas de São Francisco

14h - Partideiros Reunidos

O partido alto é o mais nobre dos gêneros de samba. Pois é um samba que exige atenção, criatividade, aliando conhecimento e muita poesia bem ao gosto da herança africana dos jogos de improviso e desafio. Um gênero registrado pelo IPHAN como Patrimônio Imaterial da Cultura Brasileira, juntamente com o Samba de Roda do Recôncavo Baiano, o Samba de Terreiro e o Samba Enredo.

15h30 - Nilo Samba Choro

Um dos mais tradicionais grupos de samba choro de Curitiba. Caracterizado pela diversidade de músicos e intérpretes talentosíssimos que o compõem, como Marlene Meira, Leninha, Ivete, Gogó de Ouro, Robson, entre outros.

17h - Chorando Baixinho

Com o show Renovação do Choro Paranaense, o grupo traz uma nova geração de músicos sob a batuta de Julião Boêmio: Emer do Cavaco, Joana da Flauta, Vina Grisalho, Victor Pandeiro e Luizinho no Surdo, com a participação da revelação Luquinha do Cavaco.

19h30 - Samba de saia

Fundado em 2005, o Samba de Saia é um grupo de samba, bossa-nova e MPB formado por quatro musicistas que revezam seus dotes musicais entre pandeiro, violão, teclado, flauta transversal, vozes, tamborim, agogô e tantan. O grupo inspira-se em grandes músicos brasileiros para montar seu repertório e seu figurino. Permeiam o imaginário das quatro musicistas as rodas de jongo, tambores de crioula, rodas de samba e tantas outras manifestações populares e folclóricas do nosso país.

21h - Samba Lelê

Grupo de pagode que vem se destacando nas noites curitibanas, com Rafael no Cavaco, Dudu no Banjo, Adriano Rosa no Vocal, Leonardo no Violão, Gugu, Lincoln e Elias na Percussão Geral. Com um repertório passando por Quinteto em Branco e Preto, Martnália, Jorge Aragão, Candeia, Dudu Nobre e mais.

04 de dezembro – Palco Bebedouro

14h - Serenô

Com o talento dos músicos e da cantora Roseane Santos, o grupo Serenô tem animado noites de samba em Curitiba e se firmado como uma das referências incontornáveis do panorama local.

15h30 - Combinado Silva Só

O Combinado Silva Só se inspira nos sambas antigos. O grupo recebeu influências de Noel Rosa, Candeia, Wilson Batista, Cartola, Donga, Velha guarda da Portela, Nelson Cavaquinho, Ismael Silva, Paulinho da Viola, Chico Buarque, Aniceto do Império, Geraldo Pereira, com sambas de terreiro, partido alto, maxixes, calangos, jongos, caxambús e bossa.

A partir daí nascem as composições do grupo, assinadas por Bruno Silva Só, Ricardo Salmazo, Léo Fé, Xandi da cuíca, Nego Chandi, Fabio Pires e Felipe Cubas.

17h - Prestatenção

O grupo Prestatenção surgiu em 2005 e já acompanhou nomes da MPB como Diogo Nogueira e Arlindo Cruz. O cavaquinista Alex é também compositor reconhecido, tendo levado para a avenida inúmeros enredos vitoriosos pela escola de samba Realeza.

19h30 - Decompositores

Desde o começo de 2004 com um show de qualidade e muito divertido, trazendo muito suingue, elementos rítmicos variados e performances de tirar o fôlego. Com um repertório que prioriza a boa música brasileira e dançante, apresentam suas próprias músicas e trazem em seu currículo aberturas de shows para Jorge Benjor, Mart'nália, Seu Jorge, Pedro Luis e a Parede, Claudio Zoli and Mombojó entre outros.

21h - Gafieira Universal

O repertório do Gafieira Universal é composto por composições próprias e sucessos de grandes compositores, como Nei Lopes, João Bosco, Alcione, Martinho da Vila, João Nogueira e Noel Rosa. O grupo também interpreta clássicos da bossa nova em versões de gafieira. A vocalista do Gafieira Universal, Kátia Drumond, participou de shows de abertura de Gilberto Gil, Gabriel O Pensador, Jimmy Cliff, O Rappa, entre outros astros de sucesso.

05 de dezembro – Palco Ruínas de São Francisco

13h - Os Encantados

Oriundos do Samba de Terreiro, o grupo os Encantados se revelam como um dos talentos da nova geração de samba da cidade, resgatando a união entre o sagrado e o profano.

14h30 - Mostra de Curimbas

Os tambores são instrumentos sagrados para as religiões de matriz africana, de onde se originaram os batuques e, dentre eles, o samba. Esta mostra visa mostrar um pouco dos toques e cantorias das casas de axé e os toques das nações de Ketu, Gêge, Angola e Nagô.

16h - Encerramento – Roda de Samba

Imagens da Internet - fotoformatação (PVeiga).

NOVO AVIÃO PARA DILMA ROUSSEFF - POR QUE NÃO? AFINAL O BRASIL É UM PAÍS RICO

Sem alarde para evitar a repetição da polêmica que envolveu a compra do Aerolula, o governo negocia a aquisição de um avião maior e mais caro que poderá servir à presidente eleita, Dilma Rousseff, e a seus sucessores. Fonte: Folha.com
Parece até que o Brasil é um país muito rico. Temos dinheiro sobrando.

Ninguém passa fome (a não ser os 5% da população, conforme o IBGE, que são teimosos e se recusam a comer para sacanear o programa social do Lula que acabou com a fome no Brasil)
Ninguém fica meses na fila de atendimento médico do SUS (a não ser é lógico, aqueles que, de acordo com o Ministro da Saúde, gostam de ficar em filas mesmo sem necessidade).
A qualidade da educação pública no Brasil é sem igual, tanto que é necessário o estabelecimento de cotas para que os alunos de escolas particulares tenha acesso a universidade.
Nossos trabalhadores são transportados para e do trabalho com todo o conforto e segurança.
Não temos onde gastar os milhões de reais recolhidos em impostos de nossa população que ganha tão bem.

Então por que não comprar um novo Aerodilma?
Presidentes de outros países mais pobres do que o Brasil, como o Chile, viajam em aviões de carreira ou aviões militares. Mas no Brasil não. Nossos dirigentes são de uma casta superior ao do povo e tem que ter tratamento diferente.
Só mesmo no Brasil.
Quando é que vamos fazer com que nossos dirigentes entendam que eles são servidores do povo e não o povo que é servidor deles?
Fonte: Blog do Laguardia (Brasil-Liberdade e Democracia).


MAIS OUSADO, BRASILEIRO TROCA A COR DO CARRO

Durante anos, os consumidores só queriam saber dos tons prata, preto e cinza, mas agora começam a comprar veículos de cores vivas

O consumidor brasileiro, tido como absolutamente conservador na escolha da cor do automóvel, começa aos poucos a buscar tonalidades mais alegres no mar de carros prata, preto e cinza que invade as ruas do País. Modelos vermelho, laranja, amarelo e verde despontam na frota e até os brancos, estigmatizados como táxis em algumas metrópoles, ganham adeptos.
A mudança é lenta e não chega a ameaçar o reinado do trio tradicional neutro que cobre cerca de 70% da frota brasileira, mas anima montadoras e fabricantes de tintas a ousarem um pouco mais.
A General Motors prepara para a linha 2012 duas novidades em tons vermelho, um sólido e outro metálico. "De três anos para cá começamos a ver mudanças na preferência dos consumidores por carros mais coloridos", afirma Cristina Belatto, gerente de Color & Trim da montadora.
"Os brasileiros romperam a barreira do preconceito e estão se abrindo mais para cores diferentes", constata Fabrício Biondo, gerente de planejamento de marketing da Volkswagen.
Com a melhora na renda principalmente da classe C - a que mais compra carro novo atualmente -, Biondo diz que os consumidores passaram a analisar melhor as opções de cores oferecidas pelas empresas. "As pessoas começaram a se dar ao luxo de escolher um produto da cor que gostam, que gera maior satisfação, sem se preocupar tanto com o valor de revenda."
Considerada característica única do mercado brasileiro, de acordo com as fabricantes, veículos coloridos se desvalorizam mais na hora da revenda.
O gerente de vendas de seminovos da concessionária Itororó, Cleber Bocchi, afirma que, à exceção dos populares, modelos de cores berrantes perdem dinheiro na revenda. "Brasileiro gosta de prata e preto e as cores que saem disso têm maior encalhe".
Segundo Bocchi, o tempo para venda também é maior. Ele cita o caso de um utilitário-esportivo Mitsubishi TR4 vinho metálico que ficou na loja cinco meses. "Uma versão em prata que recebemos foi vendida em 20 dias", compara.
O vice-presidente da GM, José Carlos Pinheiro Neto, diz que um automóvel vermelho perde no mínimo 5% na revenda em relação a um similar neutro. Ainda assim, a montadora não deixará de investir nas tonalidades mais fortes.
Experiência
Uma das ações positivas da Volkswagen foi com a Saveiro Cross, lançada em março. A empresa preparou uma versão laranja em princípio só para o lançamento, mas foi tão bem aceita que teve de ampliar a produção para atender a demanda crescente.
O amarelo, que até 2007 cobria apenas 2% dos modelos da marca, agora está em 5%. O prata, preto, cinza e branco correspondem a 75% das vendas e Biondo reconhece que, mesmo os coloridos ganhando alguns pontos, os neutros continuarão liderando a preferência dos consumidores.
Tons mais chamativos acabam tendo sucesso em modelos específicos. Na linha Fiat, as variações de cinza (prata, grafite, chumbo) respondem por até 60% das vendas.
No caso do novo Uno, lançado em maio, o comportamento do consumidor é diferente. De acordo com o diretor de produto Carlos Eugênio Dutra, variações de prata e cinza correspondem a 40% das vendas, enquanto o vermelho fica com 20% e o amarelo, o verde e o preto com 10% cada. Azul e outras cores respondem por 5% cada.
O Uno foi totalmente renovado em relação ao modelo anterior, o Mille, e as cores foram pensadas para reforçar a nova forma - que Dutra identifica como quadrada redonda - e para o modelo se sobressair nas ruas. "Muitas vezes o prata e o cinza se misturam com a poluição, com o asfalto e não chamam tanta atenção", afirma.
Rejeição
Se deu certo com o Uno, o mesmo não ocorreu com o Palio. Quando foi lançado, em 1996, o modelo tinha opções em verde, laranja e azul claro. Acabaram sendo retiradas de linha pouco depois, por falta de interesse dos consumidores.
Normalmente, modelos clássicos costumam ter cores mais sóbrias. Entre os consumidores do sedã Honda Civic, 88% ficam com prata e preto e suas variações. O dourado atrai apenas 5% dos clientes, de acordo com o gerente comercial Alberto Pescumo.
Na linha Fit há abertura um pouco maior para cores como vermelho. No lançamento da primeira versão do Fit, a Honda chegou a oferecer uma opção de verde. "Tivemos de dar descontos para vender", lembra o executivo.
Agência Estado

A INCOMPETÊNCIA E OS INTERESSES ESCUSOS DE NOSSOS GOVERNANTES II

Por João Bosco Leal

Em Aruba, o que também me chamou muito a atenção foi o respeito dos motoristas para com os pedestres. Não é necessário sequer dar início a uma caminhada pela faixa de pedestres para que os veículos que trafegam pela rua parem e esperem sua travessia.

Bastava me posicionar ainda sobre a calçada, mesmo em algum ponto onde não houvesse a faixa de pedestre, mas de modo a indicar que pretendia atravessar, para que os veículos parassem. E, nesse caso, quem estava descumprindo as leis de trânsito era eu, que não busquei uma faixa de pedestres, mas, mesmo assim, tanto veículos pequenos como ônibus circulares e caminhões paravam e pacientemente esperavam a travessia.

Sentia até vontade de rir em pensar no que ocorreria se fizesse isso aqui no Brasil, mas não precisei de muito tempo para rever nossa realidade.

Três dias após minha chegada, me dirigi a uma rede de supermercados internacional, que possui uma loja perto de casa. Ao tentar estacionar o veículo em uma das diversas vagas destinadas aos deficientes físicos, comuns nessas grandes redes exatamente pelo respeito que em outros países se dispensa a esse ou a qualquer outro tipo de pessoa com necessidades especiais, tive dificuldade de encontrar uma vazia.

Não porque eram poucas vagas, pois eram muitas, mas, pensei, provavelmente hoje todos os deficientes de minha cidade vieram ao supermercado ao mesmo tempo. E nem tive tempo de descer do veículo, que estacionei em uma vaga comum, quando observei uma madame bem tipo perua, muito saudável, entrando em seu carro em uma vaga especial.

Ainda olhava admirado para a mesma quando vi um outro senhor, com uniforme de policial, também retirando seu veículo de uma dessas vagas. E outra pessoa, funcionária do supermercado que lá trabalha como segurança exatamente no estacionamento do prédio, olhava tudo passivamente, na maior naturalidade.

Após fazer minhas compras, em decorrência de minha dificuldade de locomoção, me dirigi ao caixa destinado ao atendimento de idosos e deficientes. Nesse caso, um único caixa aberto para esse tipo de atendimento, entre os praticamente cinquenta caixas dessa loja abertos para os seus outros clientes, os "normais".

Em minha frente nessa fila estavam duas moças, de aproximadamente vinte e poucos anos, segurando em suas mãos capacetes de motociclistas e empurrando um carrinho de compras. Riam, brincavam, conversavam e não notei, em nenhuma das duas, nenhum sinal físico que demonstrasse qualquer espécie de deficiência. Perguntei então a uma delas se aquele era o único caixa destinado ao atendimento preferencial, ao que a mesma respondeu afirmativamente e lá continuou como se nada estivesse ocorrendo.

Perguntei então ao caixa se eu teria preferência na fila por ser deficiente, e me respondeu afirmativamente, mas uma das moças, rindo, disse que soube ontem que estava grávida e que, portanto, também tinha preferência.

Caiu a fixa. Realmente havia voltado e estava no Brasil. Uma pena ter que falar assim do país que tanto amo e pelo qual nutro tantas esperanças de um futuro melhor, mais brilhante, pois é a terra de meus netos, a quem desejo tudo de melhor.

Ao desrespeitarmos nossos idosos, estamos desrespeitando nossa história e não há futuro sem passado.

Nossos governantes são incompetentes em conscientizar a população e educá-la, mas são bastante competentes para fazer com que continuem assim, despreparados e dependentes do Estado com suas "bolsas e vales", pois é assim que continuam votando nos que hoje aí estão e assim continuarão.

COMO O RIO LIDA COM ASSASSINOS. COMO O VELHO OESTE LIDAVA COM ELES

Por Julio Severo

Apesar do título, a cidade do Rio de Janeiro nada tem a ver com o Velho Oeste americano. Não que não houvesse violência no Velho Oeste. Havia, mas não tanto quanto se vê no Rio em pleno século XXI.
A injustiça que abunda no Rio não abundava no Velho Oeste. Tal qual no Rio, todos os criminosos do Velho Oeste portavam armas para seus crimes. Mas, muito diferente do Rio, no Velho Oeste TODOS portavam armas, de modo que para atacar o inocente, o criminoso precisava ser bastante astuto para não acabar liquidado.
Os criminosos do Rio atacam suas vítimas na confiança de que o Estado tenha feito seu trabalho sujo de desarmar a população, garantindo assim total insegurança para as vítimas e total segurança para os assassinos.

No Rio moderno, o assassino escapa muitas vezes impune. Para o criminoso do Velho Oeste, o Rio seria um lugar verdadeiramente maravilhoso, pois a impunidade que reina no Rio não reinava no Velho Oeste. O assassino americano era rapidamente julgado e enforcado. Quando fugia, era perseguido pelo xerife e cidadãos prontos para garantir que o assassino pagasse com sua vida a vida que ele tirou. Quando o criminoso fugia para lugar desconhecido, sua cabeça era colocada a prêmio, que significava que qualquer pessoa que o achasse ou matasse receberia um prêmio em dinheiro.

A ética de defesa pessoal para o cidadão e pena capital para os assassinos era no Velho Oeste sustentada nos princípios da Bíblia. A ética protestante (ou evangélica) governava majoritariamente a sociedade americana no século XIX. Os inocentes tinham a Bíblia numa mão e o revólver na outra.
No Rio, embora o número de evangélicos e cristãos seja enorme, não existe ética que influencie as leis a dar aos cidadãos o direito de se defender nem tire do criminoso sua existência de atividades assassinas. No Brasil em geral e no Rio em particular, na mão os inocentes só podem ter a Bíblia, ficando nas mãos de todos os assassinos os revólveres, fuzis, metralhadoras, etc.
No Velho Oeste, os criminosos eram enfrentados a bala pelos próprios cidadãos, que tinham seus rifles prontos para fazer feroz resistência ao crime.

No Rio, os cidadãos se escondem das balas quando conseguem. Quando não conseguem, são atingidos, até mesmo por balas perdidas.
No Velho Oeste, bastava apenas um assassinato para o criminoso — fosse adulto ou adolescente — ganhar forca. Não havia ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) nem defensores dos direitos dos bandidos.
No Rio, os criminosos disputam quem mata mais, e assassinos adolescentes nunca ganham cadeia, tendo garantidos seus direitos pelo ECA de matarem quantos cidadãos quiserem. Aos 18 anos, o ECA lhes garante soltura da instituição de reabilitação, com ficha totalmente limpa, como se eles nunca tivessem matado uma mosca em toda a vida. É de estranhar então que no Rio haja muitos defensores dos direitos dos bandidos, fartamente pagos com dinheiro de impostos?
No Velho Oeste, o bandido tinha de pensar duas vezes antes de atacar um inocente, para não acabar ele próprio com uma bala no meio da testa.
No Rio, o bandido não precisa pensar, pois só suas vítimas acabam com uma bala no meio da testa.
No Velho Oeste, a forca era o destino certo do assassino.
No Rio, a morte é o destino das vítimas dos assassinos, que podem optar por forca, torturas e quaisquer outros sadismos que desejem aplicar às vítimas.
Entre o Velho Oeste e o Rio, eu preferiria o Velho Oeste. Lá pelo menos eu poderia me defender.
E tenho certeza de que ninguém do Velho Oeste escolheria o Rio, uma cidade verdadeiramente maravilhosa para todos os tipos de crimes.
O americano do Velho Oeste no Rio perderia automaticamente sua arma e seu direito de se defender e defender sua família, ficando completamente exposto aos criminosos muito bem armados. Se num caso de agressão criminosa contra sua vida ele por “infelicidade” conseguisse tirar do criminoso sua arma e o executasse, ele seria automaticamente condenado pelos grupos de direitos humanos, sempre prontos a castigar qualquer ação dos cidadãos que conseguem despachar um criminoso.
Há também as redes de televisão, que denunciam qualquer atitude indelicada contra os criminosos, garantindo assim a segurança e os “direitos humanos” deles.

No Velho Oeste, havia igualdade. O bandido andava armado e atirava. Mas todos os cidadãos também andavam armados. Eram criminosos armados contra cidadãos armados.
No Rio, a desigualdade é total. Para imensa alegria dos bandidos, só eles andam armados. São criminosos fortemente armados contra uma população fortemente desarmada, onde o assassino se sente como raposa a solta no galinheiro. Esse galinheiro se chama Rio. Esse galinheiro também se chama Brasil.
Enquanto os assassinos do Rio torturam e matam inocentes, a vítima que consegue retribuir dez por cento ao criminoso é condenada como violadora de direitos humanos. O Rio assim virou um inferno.
Se o Velho Oeste fosse como o Rio, seria um inferno para os inocentes, e um lugar maravilhoso para os assassinos.
Contudo, o Velho Oeste não era como o Rio, de modo que os caubóis diriam: Ainda bem que não estamos no Rio!
Por amor à justiça e aos inocentes, eu diria: Que pena que o Rio não é como o Velho Oeste!

Nota: Esse texto foi revisto por um amigo cujos antepassados viviam no Velho Oeste. Por gerações, sua família tem tido armas. Ele próprio teve um AK-47, mas como cristão ele me disse que não o usaria para se defender, mas para defender sua família e outros. Os cidadãos brasileiros não têm permissão de ter um AK-47 ou armas menos potentes. Contudo, os criminosos do Brasil têm armas muito mais potentes do que um AK-47!
Versão em inglês deste artigo: Rio and the Old West
Fonte: www.juliosevero.com
Imagens da Internet - fotoformatação (PVeiga).

domingo, 28 de novembro de 2010

PERSONALIDADES HOMENAGEADAS EM CAMPO MOURÃO

Em sessão realizada na noite da última sexta-feira (26) no Sebrae, o Legislativo mourãoense, fez a entrega de títulos, homenageando personalidades e entidade que muito contribuiram e contribuem com o desenvolvimento de Campo Mourão. A advogada e professora Marta Paulina Kaiser Leitner, recebeu o Título de Cidadania Benemérita pela criação da Casa das Fraldas. O Lions Clube recebeu a Comenda 10 de Outubro. O padre Ademar Lins e o pastor Lloyd Andrews Dickerson, que se encontra nos Estados Unidos (representado pelo filho pastor Richard Dickerson), receberam título de Cidadania Honorária.

Fontes: Coluna do Ely e Boca Santa.

A INFANTILIDADE CONTRA LOBATO

Por José Eugênio Maciel

“Escritores há cuja obra destoa do homem; outros, que formam com ele uma identidade”.

Monteiro Lobato

Depois do destaque nos meios de comunicação sobre o decidido pelo Conselho Nacional de Educação ao propor advertência a algumas obras de Monteiro Lobato por apresentarem conteúdos racistas ou politicamente incorretos, notadamente Caçadas de Pedrinho, nos diálogos relacionados à Tia Nastácia, o assunto teve espaço diminuído e já não se fala mais. De fato existem expressões na representação de personagens que podem ser inadequadas à idade, porém elas estão inseridas num contexto da história e não espelham intenção racista.

O principal desdobramento do caso diz respeito ao posicionamento do Ministério da Educação que solicitou ao Conselho que reexamine a decisão. Lamentavelmente e não só relacionado ao posicionamento do Conselho mas de um modo geral, pouco se conhece sobre a vida e obra do Monteiro Lobato. “Um país se faz com homens e livros”, é provavelmente a frase mais conhecida e também a que pode mensurar a trajetória de um dos maiores escritores brasileiros. Quando ainda não existia a literatura infanto-juvenil Monteiro Lobato inaugura o gênero do qual foi pioneiro, em grande estilo e mestria narrativas, com o Sítio do Picapau Amarelo.

Embora o Sítio seja suficiente para reconhecê-lo como literato de inegável valor, José Bento Monteiro Lobato é exemplo de grande brasileiro por ter estado à frente ou dado apoio a inúmeras campanhas em favor da modernidade do Brasil. Valia-se da sua verve ao falar e escrever com conhecimento. Um homem engajado, defensor e divulgador eloquente dos nomes do mundo da cultura, precioso na crítica dos já consagrados e incentivador dos novos talentos, tanto é assim que fundou uma editora e revista. A campanha em favor da criação de uma companhia para explorar petróleo levou muitas pessoas a o considerarem como mais um louco sonhador, “mas eu acredito que existe muito ouro preto debaixo do nosso solo fértil”, anteviu.

Nascido no interior paulista em Taubaté em 1882, morreu em São Paulo em 1948. Formado em Direito exerceu por pouco tempo a advocacia, o gosto pela literatura o levou a ser escritor. A cultura brasileira que tem como elementos fulcrais o índio, o europeu e o negro foi brilhantemente retratada por Lobato, especialmente o folclore. Graças a ele que não se perdeu e pelo contrário alastrou-se o conhecimento e prazer advindos das muitas histórias de mitos e causos inerentes a cultura popular. Além da tia Nastácia, Jeca Tatu, Saci Pererê, a Cuca, personagens do imaginário popular não seriam grandemente conhecidos pelos próprios brasileiros de qualquer idade, se não fosse o Lobato.

Visionário, Lobato escreveu em 1926 o romance O presidente negro, quando se valeu das lentes do “porviroscópio”, os Estados Unidos teriam um presidente negro e que o mundo seria interligado por uma poderosa rede de computadores. Vale ressaltar, ele escreveu o romance em 1926, prevendo a modernidade e ascensão do negro na maior potência do mundo.

Quantos leram tal obra e conhecem efetivamente a grandeza de Lobato? Os integrantes do Conselho no seu todo deixaram evidente que pouco sabem do grande escritor, meteram o “narizinho” onde não foram chamados e terão que guardar o “rabicó” deles entre as pernas, numa verdadeira tristeza do Jeca-Tatu. Dona Benta e tia Nastácia não sabem se riem ou choram.

sábado, 27 de novembro de 2010

JOSÉ AROLDO GALLASSINI PERSONALIDADE MOURÃOENSE EM DESTAQUE

"Salve Brusque imortal! No recesso dos teus vales, ressoa nos ares O cantar triunfal do progresso pela voz singular dos teares. Salve Brusque imortal." Este é o estribilho (Refrão em uma música ou um trecho que se repete várias vezes), do Hino do Município catarinense de Brusque onde nasceu o idealizador, presidente da Coamo e uma das mais expressivas liderenças empresariais do Paraná e do País, José Aroldo Gallassini, ou Dr. Aroldo como é mais conhecido na comunidade dos cooperados da Coamo e mourãoense.
Ele foi o líder dos 79 agricultores, que unidos pelo mesmo ideal e com fé na solidariedade entre os homens, em 28 de novembro de 1970, portanto, há exatos 40 anos, fundaram a Coamo, então com a razão social Cooperativa Agropecuária Mourãoense Ltda, e atualmente Coamo Agroindustrial Cooperativa, tendo o nome Coamo como marca e não mais como sigla.
A solução para os problemas dos agricultores foi a Coamo, que organizada e forte, presta uma assistência de qualidade aos seus cooperados, com assistência técnica, fornecimento de insumos, produtos e serviços necessários no momento certo, desde o plantio até a comercialização e industrialização da produção.
Catarinense de nascimento, mourãoense de coração há 42 anos, o engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, o filho de Luiz Henrique e Otília Gallassini é o homenageado desta semana especial dos 40 anos da Coamo aqui na ENTREVISTA DE DOMINGO.
A homenagem singela a todos da família Coamo - cooperados, diretoria e funcionários- na pessoa deste líder que chegou em Campo Mourão, no mês de maio de 1968, para trabalhar como funcionário da Acarpa, hoje Emater. “Mesmo sem conhecer o Município, vim confiante e sabia que teria muitos desafios pela frente. Concluimos um levantamento da realidade rural de Campo Mourão que tinha na época 75 mil habitantes, dos quais apenas 25 mil na cidade. Considero que um dos trabalhos mais importantes foi a implantação dos primeiros experimentos de trigo, que era a lavoura mais importante na região”, afirma Gallassini, que tem entre as suas homenagens o reconhecimento da comunidade como "Cidadão Honorário do Paraná e de 25 Municípios do Paraná e de Santa Catarina", entre outras honrarias.
(Na imagem acima de Valter Pereira, do jornal Tribuna, Dr. Aroldo com exemplar do livro "Coamo 40 anos" lançado no dia 26 de novembro de 2010, integrando a programação comemorativa dos 40 anos da cooperativa.)
Uma leitura aprazível que mostrará um pouco da trajetória e da história bem sucedidada deste cidadão abençoado que comanda aquela que é um dos orgulhos e ponto de referência de Campo Mourão e de dezenas de cidades do Paraná, Santa Catarina e do Mato Grosso do Sul. Ótima leitura, excelente final de semana.

QUEM É JOSÉ AROLDO GALLASSINI?
- Sou catarinense de Brusque, nasci em 3 de maio de 1941.
Sou filho de Luiz Henrique Gallassini e Otília Gamba Gallassini, e de um família de 12 filhos.
Na foto, Dr. Aroldo com sua esposa Marli, sua irmã Ivonete e sua mãe Otília.
Meu avô Estevão, italiano, emigrou para Santa Catarina, estabelecendo-se em Nova Trento, uma região de topografia parecida com a da Itália e depois de alguns anos, mudou para Brusque.
Meu pai tinha fábrica de móveis, na época bem famosa. Eu sou o sexto filho, nasci canhoteiro, o que naquela época era considerado defeito. O meu pai amarrava a minha mão esquerda atrás para que escrevesse com a mão direita, por isso é que escrevo com a mão direita e com isso, tive um problema no aprendizado e perdi um ano.
Sou casado com Marli Pereira Gallassini há 41 anos, tenho duas filhas Lenara Letícia, psicóloga e Larissa Lorena, cirurgiã dentista e casada com Amir Limana.


Brusque (SC) - A história do município começa com a chegada do nobre austríacobarão von Schneeburg, que liderava 55 imigrantes alemães, oriundos do Grão-ducado de Baden, sul da Alemanha, em 1860.
Nas próximas imagens, Brusque de hoje e de ontem, a começar pelo brasão deste importante município brasileiro situado em Santa Catarina.



Foi batizada de Colônia do Itajahy. Nos próximos anos, novos grupos de alemães chegaram ao município. Em 17 de janeiro de 1890, a cidade foi batizada de Brusque, em homenagem a Francisco Carlos de Araújo Brusque, presidente da província de Santa Catarina na época da fundação da colônia, gaúcho nascido em Porto Alegre em 24 de maio de 1822. A cidade herdou as características alemãs de seus colonizadores: na arquitetura, na comida, nas festas populares, etc. Entretanto, outros povos legaram contribuições étnicas às levas de germânicos. Em 10 de março de 1867, chegaram os primeiros colonos de língua inglesa, especialmente os irlandeses e os britânicos. A colônia recebeu mais de 1.500 colonos vindos da Europa e dos Estados Unidos, fugindo da guerra de Secessão. Depois, em 1875 chegaram os primeiros imigrantes italianospoloneses. Os polacos trouxeram consigo técnicas de tecelagem, e fábricas foram fundadas na cidade.
A cidade de Brusque, no Vale Europeu, em Santa Catarina, é um importante destino turístico pelas belezas naturais e arquitetônicas, na gastronomia, hospitalidade de seu povo, além de peculiaridades históricas herdadas da colonização europeia (principalmente dos alemães) e por seu grande potencial em compras de vestuário e tecidos, na pronta entrega e no varejo, com uma grande variedade e qualidade a preços diretos de fábrica.
O Santuário de Azambuja é procurado por milhares de devotos todos os anos. A devoção é originária de Caravaggio, norte da Itália, trazida para Brusque pelos imigrantes italianos em 1875 que ali se firmaram.


O patrimônio histórico e arquitetônico da cidade, com vários casarões e edificações de várias épocas, ainda deslumbram os visitantes. Brusque é conhecida como ¨Berço da Fiação Catarinense¨ e ¨Cidade dos Tecidos¨ pois foi na cidade que se iniciou um dos maiores polos têxteis de Santa Catarina e do Brasil. Em 1892 foi fundada a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux S.A., um dos ícones da indústria no Sul. Em 1898, surgiu a Buettner e em 1911 a Schlösser. Essas indústrias dominaram a principal atividade econômica da cidade durante a maior parte do século XX, até no final dos anos 80. O prato típico da região é o marreco com repolho roxo, herdado da culinária alemã. A cidade criou a Festa Nacional do Marreco - Fenarreco - que acontece em outubro, juntamente com a OktoberfestBlumenau. A festa tem como prato principal o marreco, mas o chope, as danças típicas, a música e a alegria são complementos fundamentais nesse enredo.
COMO FOI A SUA INFÂNCIA E A BUSCA PELOS PRIMEIROS EMPREGOS?

- Não éramos uma família rica, nem pobre. Comecei a trabalhar com 13 anos, numa loja de calçados em Brusque como balconista; depois fui trabalhar na loja da Renaux, que também tinha uma fábrica de tecidos muito grande em Brusque. Trabalhei na seção de secos e molhados da loja. Tinha a parte de ferragens no térreo e no andar de cima tecidos. O meu serviço era entregar compras nas casas dos clientes. Mas, na Renaux, eu era perseguido pelo gerente porque tinha a letra muito feia. Então a solução foi fazer exercícios de caligrafia, comprei cadernos e fiz pilhas de exercícios, e melhorei a minha letra. Então, o contador, que o olhava com bons olhos, me convidou para trabalhar no escritório e fui promovido a caixa geral para os três departamentos. Trabalhei na Renaux entre 1957 e 1960, mas não tinha muita vontade de estudar, pois trabalhava.
A situação mudou quando o Colégio Cônsul Carlos Renaux abriu um curso, possibilitando que fizesse o “Ginásio”. Comecei a estudar com o seguinte pensamento: entre ser pobre e ser rico, não ter nada e ter alguma coisa, o caminho mais certo seria estudar. (Na imagem, a sede do Paço Municipal em Brusque.)
COMO O SENHOR TEVE CONTATO COM A AGRICULTURA? - Quando chegou a época de servir ao exército, aos 18 anos, pedi demissão na Renaux e disse ao seu pai que iria a Curitiba servir ao exército e fazer agronomia. Eu comecei a gostar da agricultura por influência do meu avô materno Estevão Gamba, que era agricultor. Como freqüentava a casa dos meus tios e avós, aprendi a ter contato com as coisas da agricultura, de horta e pesca.
FOI FÁCIL A DECISÃO DE SE MUDAR PARA CURITIBA? E COMO SURGIRAM OS PRIMEIROS EMPREGOS NA CAPITAL DO PARANÁ?

- A decisão de mudar para Curitiba para servir ao exército e cursar Agronomia implicou em ter de buscar o meu próprio sustento, pois não passava pela minha cabeça pedir dinheiro para o meu pai. No exército, servi no quartel general da Praça Rui Barbosa, mas uma hérnia me obrigou a fazer uma cirurgia e a ter uma vida mais pacata. Fui transferido para a Tesouraria, com a incumbência de fazer a folha de pagamento. Após ter concluído o serviço militar, arrumei emprego na Viação Catarinense, na Rodoviária de Curitiba (na foto, a estação em 1957), vendendo passagens no turno entre 18 horas e 1 hora da madrugada. Pela manhã cursava o científico no Colégio Estadual do Paraná, à tarde fazia o cursinho preparatório ao vestibular e à noite trabalhava. De repente, a Viação Catarinense foi vendida e fui trabalhar no Banco Noroeste do Estado de São Paulo, o que fez com que eu estudasse o segundo ano do científico no período noturno no Colégio Estadual do Paraná. Saí do Banco Noroeste e fui para o Banco do Comércio, na Praça Osório. Houve um problema com o gerente e eu fui subindo, passando para o cargo de contabilidade, cobrança e conheci o banco inteiro. Trocaram de gerente e na época do vestibular me disseram que eu ia assumir essa função. Como passei no vestibular, eu disse que não queria ir para a gerência.
Assim mesmo, me disseram que não podiam prescindir de mim e me permitiram estudar e cumprir minhas funções umas horas de manhã, umas horas de meio-dia e umas horas de noite. O banco foi vendido para o Moreira Sales, assumindo novos executivos, que estranharam os horários fora do padrão que eu cumpria e logo perguntaram: “Quem é esse piá aí com a pastinha de Agronomia, que sai a hora que quer e entra a hora que quer?” Então me chamaram eu me desliguei da empresa.

Daí, como não podia ficar sem trabalhar, comecei a fazer cálculos de topografia de glebas do norte do Paraná, em Londrina e na região Noroeste, trabalhando para a empresa do engenheiro Francisco Fruet, que tinha uma firma de topografia. Eu fazia os cálculos em casa, à noite, e ganhei um bom dinheiro com isso.
Assim, no último ano da faculdade de Agronomia já não era possível trabalhar e fui gastando o dinheiro que tinha economizado, até que acabou. Eu terminei a faculdade de Agronomia e fui a São Paulo fazer um estágio em máquinas agrícolas no DEMA, em Franca (SP), que era o Departamento Estadual do Ministério da Agricultura de São Paulo. Lá ganhei uns bons trocados, mas andei gastando todo o dinheiro que tinha. Sempre trabalhando, sempre tentando. Não peguei um tostão dos meus pais, pois a família era grande.
QUANDO O SENHOR SE FORMOU EM AGRONOMIA E COMO FOI OS PRIMEIROS PASSOS NESTA ÁREA?

- Formei engenheiro agrônomo em 1967 pela Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, sendo o 7º melhor aluno da turma, e mesmo recém-formado, acumulei uma boa experiência na área comercial e bancária. Em maio de 1968 cheguei em Campo Mourão para chefiar o escritório da Acarpa. Mas antes, após passar no concurso da Acarpa, fui fazer o pré-serviço em Florianópolis (SC), e depois, estágio na cidade de Imbituva, aqui no Sul do Paraná no início de 1968. Segundo os coordenadores do estágio eu fiz um bom trabalho, mas acontece que em Imbituva tinha muita lepra (hanseníase), que obrigava as pessoas acometidas a ficarem isoladas. Um dia, a assistente social da Acarpa me convidou para visitar uma dessas famílias na área rural. Foi uma dura prova para mim como agrônomo recém-formado. Chegando a casa, a mulher ficou muito feliz e fez um café para os visitantes. Não havia como recusar, mas o medo de contrair a doença foi muito grande, o que causou uma grande apreensão por algumas semanas em função do preconceito que vinha do passado, mas nada aconteceu.
O SENHOR JÁ SÁBIA QUE VIRIA TRABALHAR EM CAMPO MOURÃO?
- Não, estava destinado para trabalhar em Imbituva, isto numa sexta-feira, porém não concordei, aí na segunda-feira abriu uma vaga em Campo Mourão, cidade que até então nunca tinha ouvido falar. Vim, gostei e aqui criei minha família e me realizei profissionalmente. Aceitei o desafio, parece que foi ontem, mas já se passaram 42 anos.
O SENHOR TINHA CONHECIMENTO DE COOPERATIVISMO?
- Na Acarpa, fiz vários treinamentos e obtive noções mais concretas sobre cooperativismo, através de instrutores e profissionais que atuavam na extensão rural. Fazíamos grupos de trabalho e montávamos cooperativas simbólicas, eu conhecia uma cooperativa pequena entre Brusque e Itajaí, que sempre achei interessante. E depois, no estágio em Imbituva, fui a Irati, onde conheci uma cooperativa de erva-mate.
QUAIS FORAM OS PRIMEIROS TRABALHOS EM CAMPO MOURÃO?

- Mesmo sem conhecer o Município, vim confiante e sabia que teria muitos desafios pela frente. Conclui um levantamento da realidade rural de Campo Mourão que tinha na época 75 mil habitantes, dos quais apenas 25 mil na cidade. Considero que um dos trabalhos mais importantes foi a implantação dos primeiros experimentos de trigo, que foi a primeira lavoura mecanizada e plantada na região por famílias de alemães, vindos de Guarapuava.

COMO ACONTECEU A FUNDAÇÃO DA COAMO?
- Iniciamos o trabalho no dia 09 de dezembro de 1969, durante um treinamento para líderes rurais – homens e mulheres – no Clube Mourãoense, aqui em Campo Mourão. E ali foi escolhido um grupo para discutir cooperativismo e a ideia foi muito bem recebida, tanto que no encerramento do evento, Horácio Amaral, prefeito de Campo Mourão, disse em seu discurso que doaria um terreno caso fosse fundada uma cooperativa. Realizamos onze reuniões em diversas comunidades e a última reunião aconteceu no Clube Mourãoense.
E A ESCOLHA DO PRESIDENTE, COMO ACONTECEU?

- Na reunião falou-se na escolha de um presidente, mas nenhum dos presentes aceitou o cargo e daí surgiu a ideia de convidar o “seo” Fioravante João Ferri (Na foto, de óculos), que era madeireiro e apesar de não plantar, mesmo tendo grandes áreas de terras em Campina do Amoral, ele tinha conhecimento de cooperativa de madeireiros do Rio Grande do Sul. Então, uma comitiva foi até a sua casa e fez o convite. Ele aceitou somente no dia seguinte, mas com uma condição que muito me honrou: ele aceitava o cargo, desde que eu me dispusesse a ajudá-lo em tudo o que fosse necessário realizar. E assim, assumi a gerência até dezembro de 1974.
COMO O SENHOR RECEBEU ESTA POSIÇÃO DO “SEO” FERRI?
- Para mim foi o início da realização de um grande sonho que tive, pois contando com o apoio daqueles produtores que compartilhavam com minhas ideias, pude realmente sentir o significado dessa frase: “Um sonho que se sonha a sós, nada mais é do que um sonho. Mas um sonho que se sonha a dois é o começo de uma realidade”. O “seo” Ferri ficou presidente da fundação em 28 de novembro de 1970 até novembro de 1974, quando veio a falecer. Na sequência, fui eleito presidente presidente em janeiro de 1975 e estou na presidência da Coamo graças a confiança dos associados há 35 anos.
COMO FOI O CRESCIMENTO DESTE SONHO CHAMADO COAMO?
- Há 40 anos, nasceu a Coamo com 78 agricultores fundadores e como tudo neste mundo, ela também nasceu pequena e precisou de muitos cuidados por parte da administração, muito apoio dos seus cooperados e muita dedicação por parte dos funcionários. Com a união, o trabalho e a harmonia dos cooperados, diretores e funcionários, com objetivos claros e vontade de vencer, vejo com muita satisfação, alegria e orgulho a Coamo como está hoje, sendo uma cooperativa sólida, segura, forte, bem estruturada que apóia os seus cooperados o ano todo com benefícios que vão desde a escolha e o fornecimento dos insumos, o trabalho de planejamento e assistência técnica, do plantio à colheita, recebimento, armazenagem, comercialização e industrialização da produção.
COM ESTE SONHO RELIZADO O QUE MAIS ORGULHA O SENHOR?

- O que muito me orgulha não é tão somente a Coamo ser uma grande cooperativa, voltada para o progresso dos seus cooperados. Mas, na verdade, o que mais nos orgulha é olharmos para trás e vermos que nestes 40 anos pudemos, com a nossa união e força, contribuir sobremaneira para o desenvolvimento tecnológico, econômico e social do nosso quadro de cooperados. Devemos nos orgulhar por termos construído nestes 40 anos uma cooperativa justa, fraterna, responsável e respeitada. Uma cooperativa dentro do espírito de solidariedade onde todos são beneficiados e têm a mesma oportunidade. A Coamo cresceu nesses 40 anos e se estruturou em todas as áreas, sempre ao lado dos seus cooperados e dos objetivos sociais para o bem comum. Na imagem, ao lado dos empresários Victor Civita (Revista Exame) e Antonio Ermirio de Moraes (Grupo Votorantim)
QUAL É O SENTIDO DE TER CONSTRUÍDO UMA COOPERATIVA FORTE DURANTE ESSES 40 ANOS?
- A resposta está nos trabalhos que, em conjunto estamos desenvolvendo. Todos os nossos cooperados estão plantando, independentemente de contar ou não com financiamento agrícola oficial. A Coamo está presente, junto com seu cooperado, dando-lhe todo apoio, seja no fornecimento de insumos de primeira qualidade, na assistência técnica agronômica, na assistência financeira ou na comercialização de sua safra.
Tive a honra e a graça divina de poder vivê-la passo a passo, porque dela fiz parte, porque esta história faz parte de minha vida. E neste 28 de novembro de 2010 temos a honra e a graça de Deus de comemorar juntos os 40 anos de fundação de nossa Coamo.
QUAL O SEU ESPORTE PREFERIDO, O TIME DO CORAÇÃO E O ÍDOLO DESTE TIME?

- Caminhada, no futebol gosto de assistir jogos da seleção brasileira e por causa do meu irmão sou flameguista. Faço caminhadas diárias, pratico uma hora diária com percurso de 7 km.
QUAIS SÃO OS LEGADOS QUE CADA UM DEVE TIRAR DO TRABALHO DE CADA DIA?
- As coisas devem ser feitas da melhor maneira possível e cada um deve dar o máximo de si, não importando se em tarefa simples ou complexa. "O trabalho é o tempero da vida, sem ele, as coisas não possuem sabor e tudo se torna amargo. É como saborear uma fruta que ainda não amadureceu. Considere sempre seu trabalho como o mais importante do mundo. E ele realmente o é, conscientize-se disto. Não importa que seja simples, mas cumpra-o com amor. Agindo assim, nada o deterá e os mais altos patamares da vida o esperarão”, como escrito em trecho da obra “Momentos a sós”, de Iran Ibrahim Jacob.
UM EXEMPLO:
- Muitos, mas o mais me marcou foi à idéia inicial de formar uma cooperativa, um sonho que se tornou realidade.
CITE TRÊS PERSONALIDADES ESPORTIVAS EM CM... - Itamar Tagliari, Gilmar Fuzeto e Sérgio Ueda.
CITE TRÊS PERSONALIDADES MOURÃOENSES...
- Milton Luiz Pereira, Nelson Teodoro de Oliveira e Dr. Rui Antonio Cruz.


CAMPO MOURÃO DO PRESENTE É...

- Uma cidade que gosto muito, participo de trabalhos comunitários, nos quais me realizo. Sou sócio-fundador do Rotary Clube há 40 anos.
Em 05 de novembro deste ano, o Rotary Club Campo Mourão prestou homenagem ao Dr. Aroldo, ou simplesmente Companheiro Gallassini como gosta de ser chamado no meio rotaário. A honraria foi conferida pelos relevantes serviços prestados como empresário, durante os 40 anos à frente da Coamo e relevantes serviços prestado a comunidade, como membro do Rotary Club Campo Mourão. Entre vários gargos que ocupou no Rotary, Gallassini foi presidente do Rotary clube Campo Mourão gestão 77/78.
E também o Distrito 4630 prestou homenagem ao cidadão Gallassini este ano por ocasião da Conferência Distrital em Cianorte.
CAMPO MOURÃO DO FUTURO SERÁ...
- Uma cidade de porte médio bem estruturada com bons serviços nas áreas de saúde, segurança, enfim, uma cidade boa de se viver.
A COAMO DO FUTURO SERÁ...
- A Coamo é uma empresa jovem e está preparada para os desafios do presente e ta,bem do futuro. Para alcançar esses objetivos buscamos sempre a excelência empresarial, sendo muito importante a garra, o talento, a dedicação e o profissionalismo dos nossos mais de 5 mil funcionários para atender os mais de 22 mil cooperados.
O QUE ESPERAR DO GOVERNO DE DILMA ROUSSEF? E DE BETO RICHA, NO PARANÁ?

- Espero do Governo Dilma muita seriedade, uma melhoria na segurança pública, combate a impunidade e também um a melhora na qualidade de vida dos brasileiros em áreas importantes como habitação, saúde e educação. Quando ao governo Beto Richa, espero que seja de muito trabalho para que o Paraná recupe o tempo perdido nos últimos oito anos. Conheço o seu estilo de governar e por certo teremos nestes próximos anos muita paz, muita justiça para voltarmos a ter um Paraná do B em, um Paraná progressista. Um Paraná que recupere a saúde, a educação, a industrialização. Tenho muito otimismo com relação ao seu governo.
QUAL O SENTIMENTO DO SENHOR DE RECEBER ESTA HOMENAGEM NA ENTREVISTA DE DOMINGO?

- Muito positiva e gratificante, pois tive a oportunidade de relembrar e refletir um pouco da minha história e da minha caminhada. Agradeço e partilho com a minha família, com meus amigos, com os cooperados, diretores e funcionários da Coamo. Quero também agradecer a todos àqueles que estiveram ao meu lado nessa caminhada dando-me força, apoio e companheirisimo. A participação e a confiança dos cooperados na Coamo é que dá sentido à existência e a eficiência da nossa cooperativa, que é orgulho para todos. Por fim, parabenizo e partilho com todos esse sentimento de alegria e satisfação pelos 40 anos de sucesso da Coamo.
QUAL O RECADO FINAL PARA OS LEITORES?
- A família é a coisa mais importante que temos, deve ser a razão da nossa vida. Nada é mais importante que a família. O melhor nas pessoas são os valores de honestidade, capacidade e dedicação, e o pior é a desonestidade, a preguiça e a falta de perseverança. Se fossemos perfeitos não estaríamos ainda aqui cumprindo nossa missão na vida terrena. A perfeição é um trabalho longo e árduo que ainda precisa ser concluído.
(Na imagem, Dr. Aroldo estrelando peça publicitária da Bolsa de Chiacago (CME) em material produzido em São Paulo e que desde o ano passado vem sendo destaque nos principais jornais de Economia do Brasil, dos EUA, da Europa e da Ásia.)
Fonte: Arquivo de família, Assessoria de Imprensa Coamo, Prefeitura de Brusque (SC), jornal Tribuna do Interior, Rotary Clube Campo Mourão.
Publicado originalmente no Blog do Ilivaldo Duarte - imagens fotoformatação (PVeiga).