sábado, 31 de outubro de 2009

COISA PRA RIR OU CHORAR?

Depois do P.A.C. (PÃO, ÁGUA e CIRCO), o Governo Lula vai criar mais 7 novos programas:

1 – Base de Operações Legislativas Avançadas – B.O.L.A.

2 – Programa Intensivo de Auxílio Didático ao Analfabeto – P.I.A.D.A.

3 – Programa de Revisão Orientado para o Próprio Interesse nas Nomeações em Autarquias – P.R.O.P.I.N.A.

4 – Mensuração da Eficiência Real das Decisões Administrativas – M.E.R.D.A.

5 – Serviço de Apoio aos Companheiros que Atuam Nacionalmente, Aliciando Governadores, Empresários e Magistrados – S.A.C.A.N.A.G.E.M.

6 – Fundo para Operações Destinadas aos Apadrinhados – F.O.D.A.

7 – Programa de Interesse Regional das ONGs Cadastradas na Amazônia – P.I.R.O.C.A.

CARTA DE SATANÁS

"Entregue teu caminho ao Senhor, confie Nele, e tudo mais Ele fará"

(Salmo 37:5)

Eu recomendo que você leia o “P.S.” da presente carta antes de eliminar. Você vai querer lê-lo, e sabemos que devemos mudar para melhor.

CARTA DE SATANÁS

Ontem eu te vi quando começava o seu dia. Acordou e nem sequer orou ao seu Deus. Ou melhor, durante todo o dia você não orou, e nem lembrou de abençoar sua comida. Você é muito ingrato para com o seu Deus, e isso em você me agrada muito. Eu também gosto da enorme fraqueza que sempre demonstra no que diz respeito ao seu crescimento espiritual, em ser um cristão.

Raramente lê a Bíblia e quando faz está cansado. Não medita no que lê, ora quase nada, além disso, muitas vezes diz palavras que não analisa. Por qualquer pretexto chega tarde ou falta ao seu culto de ensino. E o que falar de suas murmurações? Temos assistido muitos filmes juntos, sem falar nas vezes que fomos juntos ao teatro. Lembra daquele dia da tua fraqueza com aquela linda pessoa? Oh como foi bom!

Mas o que mais me agrada é que você não se arrepende. E que sabe que é jovem e tem que aproveitar a vida, pensa só na carne e acredita que precisa ser salvo para a eternidade. Não há dúvida você é um dos meus.

Amo as piadas vergonhosas que você conta e que também escuta. Você ri delas, eu também rio de ver um filho de Deus participando disto. O fato é que nos sentimos bem. A música vulgar e de duplo sentido que você escuta me agrada demais. Como você sabe quais são os grupos que eu gosto de escutar? Também adoro quando murmura e se revolta contra o seu Deus.

Sinto-me feliz quando vejo você dançando e fazendo estes movimentos sensuais, eles me fascinam. Como isso me agrada!!! Você quer se encontrar comigo qualquer dia destes???

Certamente quando você está se divertindo saudavelmente, fico triste, mas sem problema, sempre haverá outra oportunidade. Tem vezes que me faz coisas incríveis, quando dá mal exemplo às crianças ou quando as autoriza para perderem a sua inocência através da televisão, músicas ou coisas do gênero. Eles são tão espertos que imitam facilmente tudo o que vêem. Muito obrigado.

O que mais me agrada é que poucas vezes tenho que te tentar, você quase sempre cai por conta própria. Você busca os melhores momentos, se expõe às situações perigosas, me dando lugar!

Se tivesse cabeça mudaria de ambiente e de companhias; buscaria a palavra de Deus e entregaria realmente a tua vida àquele que você chama de Deus e, ainda mais, viveria o resto de seus anos sob a orientação do Espírito Santo.

Não tenho costume de enviar este tipo de mensagem, mas você é tão acomodado espiritualmente que não acredito que vá mudar nada.

Não me entenda mal, eu te odeio e não te dou a mínima. Se eu te busco é porque você me satisfaz com as tuas atitudes e faz cair em ridículo a Jesus Cristo.


Assinado Teu inimigo que te odeia: Satanás ou como queira me chamar.

P.S. Se realmente me amas, não mostre à ninguém mais esta carta.

De e-mail que me foi encaminhado pelo meu filho: Alexander B. Veiga.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

INGRESSO DE CHÁVEZ RETROCESSO NO MERCOSUL

O ingresso da Venezuela no Mercosul é agora uma fatalidade, nas duas acepções da palavra. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é favorável e os governistas têm maioria suficiente para colocar Hugo Chávez como uma das vozes ativas no destino do bloco comercial. Faz tanta diferença?

A diplomacia brasileira enxerga o Mercosul também como uma aliança política capaz de contrapor interesses comuns aos da potência hegemônica no continente, os Estados Unidos. A faceta comercial do bloco revelou-se vigorosa a princípio, mas está sendo desconstruída há tempos por todos os integrantes do bloco - por coincidência, todos são governos nacionalistas e de esquerda.
Valor Econômico
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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

JESUS CRISTO, JUDAS E LULA

Lula vê os lideres marxistas da CNBB, os bispos e pastores evangélicos oportunistas ávidos de concessões e outros privilégios e deve imaginar: "Se essa gente aí diz seguir Jesus, então Jesus deve ser como eles!"

(Julio Severo)

Lula declarou que no Brasil Jesus teria de fazer aliança com Judas. Por meio de quem Lula veio a conhecer esse "Jesus" que se entrega a sujas alianças políticas?

Engana-se quem acha que Lula não pensa em Jesus Cristo. Recentemente, ele disse: "Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão".

Se é verdade que o Jesus que a maioria da sociedade conhece é resultado da percepção que é transmitida pelas grandes religiões cristãs, então Lula está cercado de líderes cristãos que lhe espelham um Jesus bem diferente do Jesus do Evangelho. Lula vê os lideres marxistas da CNBB, os bispos e pastores evangélicos oportunistas ávidos de concessões e outros privilégios e deve imaginar: "Se essa gente aí diz seguir Jesus, então Jesus deve ser como eles!"

O Evangelho conta que a atitude de Jesus em seus únicos momentos diante das autoridades políticas era o silêncio. Falar o que com políticos? Eles se julgam deuses e donos da verdade. Diante da arrogância, a suprema sabedoria se cala, porque sabe que o dia da suprema justiça chegará.

Quando fez referência ao governante de sua época, Jesus se limitou a chamá-lo de "raposa" - um título bem apropriado para a vasta maioria dos políticos brasileiros. Uma raposa é esperta e usa tal esperteza para alcançar suas maldades. Uma raposa política se aliaria a Judas e a qualquer outra criatura para alcançar suas maldades.

Uma raposa religiosa não agiria de forma diferente, preferindo entrar em alianças políticas com Pilatos, Herodes, Acabes e outros do que perder oportunidades financeiras. Por isso, Jesus chamava os líderes religiosos de hipócritas.

O Jesus que Lula conhece está na face das raposas religiosas que o cercam. É com o testemunho delas que Lula chegou à conclusão de que "Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão".

Ao espelharem tal Jesus, conscientemente ou não, as raposas religiosas acabam se tornando os Judas modernos, traindo Jesus e seu Evangelho de salvação.

É com esses Judas que Lula e seu partido estão aliançados. É nesses Judas que Lula tem sua percepção de quem é Jesus e do que faria Jesus na política brasileira.

Com o testemunho que Lula viu e vê na marxista CNBB, IURD, Caio Fábio e outros, será de estranhar se um dia desses ele aparecer declarando a idéia bizarra de que Jesus poderia se aliar com o próprio diabo?

TICO TICO NO FUBÁ


Cecilia Siqueira e Fernando Lima (Duo Siqueira Lima) http://www.duosiqueiralima.com.br/eng... TICO TICO NO FUBA (Zequinha de Abreu).
“Eles estão sendo considerados um novo fenômeno do violão brasileiro. Com uma mistura de técnica perfeita, repertorio infalível e muito carisma, Fernando Lima e Cecilia Siqueira vêm ganhando admiradores por onde passam”.
Publicado na Revista “Violão Pro” São Paulo - Brasil

“O duo Siqueira Lima abrilhantou o festival com o ritmo contagiante dos povos da América Latina. São grandes artistas do violão, executam as obras com maestria, graça, e um incomparável senso artístico. Excepcionais”.
Publicado no Jornal “O mundo do Violão” Kaluga – Rússia

“A música brasileira ganha, no talento do duo Siqueira Lima, uma nova dimensão sonora, com arranjos que os colocam como músicos de primeira grandeza”.
Professor Henrique Pinto

Recebi do amigo João Teododoro de Oliveira Sobrinho

INTERVENÇÃO POLÍTICA NA ÁREA MILITAR

Edição do Alerta Total - www.alertatotal.net
Leia também o Fique Alerta – www.fiquealerta.net

Por Jorge Serrão

O espectro de uma crise militar ronda o governo do Stalinácio. Não existe risco de golpe, intervenção radical ou insubordinação. As legiões resolveram apostar na tática do silêncio direto e obsequioso. A estratégia é fazer Política e se comunicar através de “porta-vozes” pouco previsíveis, usando espaços privilegiados na mídia pouco afeita a discutir, seriamente, a Questão Militar no Brasil.

Um recado direto dos militares à cúpula do governo foi transmitido ontem na página 3, de Opinião, do jornal Folha de S. Paulo. O transmissor foi o historiador Sérgio Paulo Muniz da Costa – que atuou como delegado do Brasil na Junta Interamericana de Defesa, órgão que assessora a Organização dos Estados Americanos (OEA) em assuntos de segurança hemisférica. Em seu artigo, o “pesquisador”, que é Coronel de Artilharia da reserva do Exército Brasileiro e autor do livro “Os Pilares da Discórdia – Fundamentos de uma Incerteza” (Editora Bibliex, 1995), criticou o “aparelhamento” das Forças Armadas.

Não se trata do aparelhamento em termos materiais. Mas do “aparelhamento” no pior sentido político. Como se falasse em nome das “Legiões”, Sérgio Paulo Muniz da Costa denuncia que “intenta-se hoje a mais profunda intervenção política na área militar já vista na tão decantada história republicana do Brasil”. O historiador lança novas baterias contra a END: “É fácil verificar na leitura da Estratégia Nacional de Defesa que ela foi redigida à revelia e mesmo em contraposição a ponderações de comandos das Forças Armadas”.

No artigo, Sérgio Paulo Muniz da Costa denuncia uma nova escalada de confrontação com as Forças Armadas, em particular com o Exército. E o historiador joga na artilharia, ao condenar “as medidas caudatárias de uma Estratégia Nacional de Defesa que não se coadunam com a Política Nacional de Defesa, alteram as condições de cumprimento da missão constitucional das Forças Armadas e dão ao poder político condições de intervir partidariamente na estrutura militar, um pesadelo erradicado da vida pública brasileira há mais de 40 anos”.

O Alerta Total reproduz, abaixo o artigo completo de Sérgio Paulo Muniz da Costa: Aparelhamento das Forças Armadas, qual?

O PLANO DO FORO DE SÃO PAULO PARA DESTRUIR AS FORÇAS ARMADAS

Por Alejandro Peña Esclusa
O conflito militar na América Latina estão sob ataque sem precedentes. A ofensa é feita para todas as nações, mas métodos diferentes para atingir o mesmo fim: a destruição definitiva das forças armadas.

A União Democrática de Organizações da América - UnoAmérica, tem o prazer de informar os seus parceiros e amigos, bem como ao público em geral, que veio a luz hoje publicado o livro intitulado "O Plano do Foro de São Paulo" para destruir as forças Armadas.

Para baixar o livro clique aqui

O livro digital em formato PDF, 230 páginas, é uma compilação escrita por oficiais militares reformados e civis que conhecem o tema militar, da Argentina, Bolívia, Colômbia, Peru, Uruguai e Venezuela.


Fonte: UnoAmérica

DEMOCRACIAS DO SUL SOB AMEAÇA

(Entrevista [Venezuela] com Alejandro Peña Esclusa)

Víctor Alvarez R

“Eu não sou um bom analista porque não sou objetivo”, disse Peña Esclusa, e se definiu como um indivíduo que está decidido a enfrentar os que, assegura ele, são uma máfia política e estão no governo venezuelano. O fará com uma atitude frontal, comprometida, parcializada e subjetiva. É opositor declarado do governo de Chávez e acusa de cúmplices aos que, sem apoiá-lo, não se desvinculam dele. Alejandro é venezuelano, engenheiro mecânico com estudo superiores em Administração Financeira e em Segurança e Defesa. Escreveu cinco livros, alguns deles publicados em inglês e português. Foi assessor do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Venezuela (CONASEDE). Jornalista correspondente do diário argentino La Nueva Provincia. Hoje em dia preside a organização UnoAmérica.

O que é UnoAmérica?

- A União de Organizações Democráticas da América, UnoAmérica, é uma confederação de ONGs latino-americanas, criada em dezembro de 2008 na cidade de Bogotá.

Qual é o seu objetivo?

- Tal como explica sua declaração fundacional, a finalidade de UnoAmérica é proporcionar aos grupos democráticos da região um mecanismo de intercâmbio de informação e apoio mútuo, que lhes permita enfrentar juntos o avanço do comunismo, particularmente a versão mais radicalizada do mesmo, incrustada dentro do denominado Foro de São Paulo.

Qual é a sua trajetória na política antes de UnoAmérica?

- Até os trinta anos me dediquei à atividade empresarial, e devo dizer que com muito êxito porém, é certo que as condições econômicas permitiam ser exitoso, com o dólar a quatro bolívares. Fui proprietário de empresas, me fui bem. Porém, depois da primeira desvalorização compreendi que a Venezuela ia passar por uma crise muito profunda e pensei que de nada me serviria ganhar dinheiro se as bases mesmas do país eram frágeis como se desenvolve alguém pessoalmente se o país não permite? Então, decidi me dedicar à atividade política na qual encontrei minha verdadeira vocação.

Que papel tem o jornalismo nos movimentos políticos? Que opinião merece o exercício desse oficio nesses tempos?

- Eu tenho uma teoria: a América Latina está dividida artificialmente, e creio que nossos países são realmente Estados de uma mesma Nação, que poderiam ser os Estados Unidos do Sul, e nós não nos desenvolveremos como povo até que não consigamos algum tipo de confederação com os países de fala hispânica. Desde essa perspectiva, é impossível conhecer e entender a história e o acontecer das realidades nacionais sem ter uma visão continental. Por que? Porque os vasos comunicantes entre nossos países são muito amplos, e cada vez que ocorre um evento político em algum lugar, ele tende a se expandir e a se converter em correntes para o resto. Estou convencido de que para ser um bom político, um bom jornalista, você deve conhecer até o último detalhe do entorno que rodeia seu pais. É uma tendência muito positiva porque, com efeito, o jornalismo ibero-americano está se tornando mais internacional.

De onde surge essa inquietação pela internacionalidade da política?

- É por uma necessidade: a de enfrentar as ameaças à democracia e à liberdade e difundir esse problema para que busquemos soluções juntos. Essa ameaça é continental e temos como exemplos os projetos totalitários de Ortega, de Morales e de Chávez, os quais cooperam e têm a mesma fonte que é o Foro de São Paulo. Como a ameaça é continental, é necessária uma resposta com a mesma amplitude.

Ao ser interrogado pelos assuntos mais relevantes da política regional na atualidade, o ativista político assinalou o caso da Nicarágua. Referiu-se à interpretação que alguns membros da magistratura nicaragüense fizeram, desprezando o artigo constitucional que proíbe a reeleição presidencial contínua. No entender de Esclusa, o que os juízes sandinistas fizeram não é competência da Corte porque, se perguntou ele: com que justificativa legal, se obedecem ou se desprezam partes da Constituição? O entrevistado qualificou a ação como um golpe de Estado constitucional.

O que se está fazendo a respeito na Nicarágua?

- Muito. Ocorreu algo muito importante: setores da oposição que estavam separados se uniram. Inclusive a manchete do diário La Prensa da Nicarágua diz assim: “Unidade total contra a ditadura de Ortega”, e informa um acordo de quatro bancadas parlamentares, que inclui o “Movimento Renovador Sandinista”. A isso se somaram cúpulas muito importantes que seriam as patronais nicaragüenses. Além de tudo isso, decidiram linhas de ação, as quais centram-se na resistência parlamentar.

A UnoAmérica está atendendo esse conflito?

- Difundimos o atropelo e velamos para que se dê a importância que tem. O caso da Nicarágua se relaciona muito com o de Honduras. Toda a força da ALBA estava dirigida ao caso Zelaya, porém agora se lhes abriu uma segunda frente. Honduras está perdida para eles, porque inclusive há países que estão dispostos a reconhecer os resultados das eleições, assim que agora os amigos de Chávez reagiram em conseqüência disso.

Para Esclusa, o fato de que Daniel Ortega faça sua reinterpretação constitucional foi um ato de desespero por parte da ALBA, sob o pensamento de que se Zelaya não pôde, Ortega poderá sim. A ALBA está buscando esses mecanismos para criar precedentes porque temem que o cenário de Honduras se repita em outros países.“Os governos da ALBA têm uma janela de tempo que se lhes vai fechar, e necessitam de uma massa crítica continental para avançar em seus planos”, afirmou, e continuou dando certeza de que um Chávez forçado pelas circunstâncias e pelo tempo, e com o objetivo de assegurar apoios políticos, obrigou a Zelaya a cometer um grave erro.

Como você tem a certeza de que Chávez é o operador nestes assuntos?

- Isso pode-se englobar na minha hipótese: a cumplicidade de todos os membros do Foro de São Paulo para chegar a acordos e alcançar objetivos estratégicos para que seus membros mantenham o poder. O operador mais radical do Foro é Chávez Lula é o gestor, quem dirige planos mais viáveis. Em poucas palavras, e por dedução lógica, entendemos que esse grupo funciona dando-se apoios mútuos com a meta simples de acumular mais e mais poder, e isso resulta em um solapamento da democracia.

E, definitivamente, o que a região necessita para fazer frente a esta ameaça?

- Faz falta uma nova corrente política no continente que resolva nossa grande contradição: ser a região mais rica do planeta e ter cinqüenta por cento de pobres e, enquanto isto seja assim, estaremos frágeis ante tentativas ditatoriais.

Tradução: Graça Salgueiro
Fonte: HEITOR DE PAOLA

A confissão de Lula desmonta o palavrório complicado do doutor



O presidente Lula nunca foi um preso político da ditadura.
Em abril de 1980, não havia ditadura.
Por Augusto Nunes

A ultradireita fora neutralizada pelo presidente Ernesto Geisel, o general João Figueiredo não era um tirano. Como atesta a entrevista acima, gravada em 1997, Lula foi apenas hóspede involuntário do hotel-cadeia instalado pelo delegado Romeu Tuma nas dependências do Departamento de Ordem Política e Social, o DOPS.
É verdade que, durante 31 dias, não dormiu em casa, ficou fora das assembléias dos metalúrgicos em greve e nâo pôde zanzar por portas de fábricas.
Mas o gerente do estabelecimento levou-0 várias vezes ao hospital onde a mãe agonizava, chamou um dentista para atendê-lo de madrugada, não confiscou o aparelho de rádio e permitiu que lesse jornais na sala do carcereiro.


É o tipo da cadeia com que sonha todo engaiolado.
Lula já estava em liberdade, tinha fundado o PT, virado presidente do partido e começava a preparar-se para a disputa do governo de São Paulo quando foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional e perdeu tanto o comando do sindicato quanto os direitos sindicais.
Na prática, foi proibido de fazer o que já não o interessava.
Pois a soma desses castigos pareceu suficiente a Peterson de Paula Pereira, procurador da República no Distrito Federal, para considerar muito acertada a promoção do castigado a perseguido da ditadura e anistiado político com direito a aposentadoria excepcional.
A decisão, que confirmou o benefício concedido em 1993, sepultou a denúncia encaminhada ao Ministério Público Federal pelo deputado estadual Eliseu Gabriel da Silva Júnior, do PSDB paulista.
O parlamentar afirma que se trata de um favorecimento injusto.

O procurador discordou em juridiquês castiço:


Após perquirição dos autos e abreviada súmula daquilo que pertine ao objeto desta representação, não havendo afetação a nenhum interesse público ou direito indisponível a ser guarnecido, promovo o arquivamento dos presentes autos ante a inexistência do interesse de agir”.
Basta reler o palavrório do doutor e rever o vídeo para chegar-se à tradução em língua de gente: deixa o presidente embolsar em paz a mesada que não merece.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

GRAVE AMEAÇA À LIBERDADE

Estranho que ninguém tenha se dado conta do grave perigo que corremos no país natal do Foro de São Paulo.

A estratégia do Foro de São Paulo, embora ainda muito forte e vitoriosa, começa a fazer água em alguns pontos da estrutura. Nada ainda decisivo, embora os sinais de alarme já estejam soando em vários países da Iberoamérica.

E no Brasil de São Lula, o Bem Amado? Parece-me que passou despercebida uma imensa ameaça que paira sobre nossa liberdade e a divisão de poderes: a condenação de Lula aos poderes fiscalizadores da República, particularmente ao Tribunal de Contas da União - isto um dia depois de dizer que a função da imprensa é informar e não fiscalizar. Logo após o indiciamento por ordem do TCU de 22 pessoas acusadas de fraude por superfaturamento (R$ 239 milhões) nas obras do PAC, Lula criticou duramente o órgão. Reclamou do rigor dos auditores, dizendo que "é difícil governar o País com a máquina de fiscalização atual e ameaçou divulgar um 'relatório de absurdos' com relação a obras interrompidas sem motivo razoável (segundo O Globo, 24/10/2009).

Além de querer se sobrepor ao TCU determinando ele mesmo o que é e o que não é razoável, competência exclusiva dos órgãos de fiscalização, ainda os ameaçou, defendendo "punição para quem determina a paralisação de obras" por razões que ele, Lula, não "considera corretas"! Se esta não é uma atitude ditatorial não sei mais o que seja. Que pretende Sua Excelência? Mandar prender os Desembargadores do TCU? Trocá-los por outros, ao estilo comunista explícito? Extinguir o órgão?

Não, Lula pode ser iletrado, mas é muito esperto e tenta disfarçar seus propósitos totalitários através da sugestão de uma "Câmara Inatacável". Com seu característico linguajar de botequim defendeu e definiu vagamente esta Câmara "Pessoas às vezes de 4º escalão resolvem que não pode e acabou. Não existe um fórum. Se for para a Justiça demora muito tempo, anos. Precisamos criar instrumentos em que estas coisas, na hora de decidir, na hora que alguém entender que uma obra tem que parar, tem que ter uma câmara, alguma coisa de nível superior, tecnicamente inatacável, para decidir. Porque senão o País vai ficar atrofiado".

Examinando os termos que coloquei em itálico:

Pessoas de 4º escalão: Ministério Público local e Juízes de Primeira Instância a quem cabe fiscalizar as obras locais. Com quatro palavras Sua Excelência atacou o cerne da descentralização do poder, a base do rule of Law e o fundamento das liberdades individuais. Como, no dizer de Lula, não existe curso para Presidente por isto não fez curso algum, ele não aprendeu que nos países civilizados em que impera o rule of Law, um único cidadão pode paralisar qualquer obra que julgue prejudicá-lo - por mais honesta que seja - até ser julgada sua ação pelo Poder Competente: a Justiça.

Justiça (morosa): sim, todos têm queixas da morosidade da Justiça brasileira, mas "ruim com ela, pior sem ela"! Gostemos ou não é ela que tem as funções de fiscalização e decisão sobre assuntos de sua competência. Mas Sua Excelência, julgando-se predestinado a acelerar o crescimento - pura balela eleitoreira! - não quer se submeter a ela e sugere substituí-la por alguma outra "coisa":

Alguma coisa de nível superior, tecnicamente inatacável: sugere Vossa Excelência sobrepor-se a Montesquieu, Tocqueville e outros da mesma estirpe, criar um quarto poder por considerar que os três existentes lhe barram o caminho para o poder total? Quem escolheria esta 'coisa' técnica? Quem nomearia seus integrantes? Os 'predestinados' como Sua Excelência? Ou seria 'uma coisa democrática', eleita ou referendada em plebiscito pelo povo alimentado pelo Bolsa Família?

A idéia de uma 'coisa' técnica é a eliminação total da política e da juridicidade, ideal de todas as ditaduras. Seria algo assim como o GOSPLAN, o Comitê Estatal de Planejamento, órgão cuja principal função era o estabelecimento dos Planos Qüinqüenais soviéticos - o PAC comunista -, cuja função inicialmente era só consultiva e posteriormente se tornou um órgão todo-poderoso? Ou o Ministério de Obras Públicas do III Reich que implementou o PAC nazista?

Estranho que ninguém tenha se dado conta do grave perigo que corremos no país natal do Foro de São Paulo.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

COLABORE COM A CULTURA MOURÃOENSE

Este livro, “Oratórias Históricas”, é um compêndio de discursos proferidos por personalidades que fizeram e marcaram a História de Campo Mourão. Presidentes da República, governadores, prefeitos, deputados, bispos, professores, homens e mulheres narrando, ao vivo, os momentos decisivos da história de Campo Mourão.

O PRESIDENTE QUE É FILHO DO BRASIL

A grande massa brasileira, alienada e cooptada pela comunicação oficial e pelos benefícios do dinheiro público, só sabe o que lhe diz o recado oficial.

Paulo Saab
Chegam-me diariamente e-mails com toda sorte de opinião e objetivo. A maioria é lixo. Alguns são interessantes, quando emitem considerações com conteúdo. Atribuído à professora Aileda de Mattos Oliveira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, aporta no meu computador uma espécie de ensaio sobre o filme (que está sendo lançado, "coincidentemente", nas proximidades da entrada do ano de sucessão presidencial) Lula, o filho do Brasil, que faz a apologia do presidente da República – que quer, de todo modo emplacar seu sucessor, ou, no caso, uma sucessora.

O texto critica o presidente Lula, tanto pelo aspecto do desvirtuamento que vem comandando, dos valores antes tidos como habituais normas de conduta, quanto em relação aos conceitos que sua incontinência verbal prega, e em que, no dizer da autora, a mentira passa a ser verdade e o auto-endeusamento o torna réu confesso do desequilíbrio.

E considerar-se a si próprio Filho do Brasil é exigir a legítima paternidade a um país que já sofreu todos os vexames do filho que não passa de um bastardo. Essa é a parte mais suave do aludido texto, que pede boicote ao filme que servirá de propaganda eleitoral de forma ostensiva e abusiva.

Dizer que só no Brasil acontece essas coisas é repetir frase feita e correr o risco de ser ingênuo ou injusto. Pode ser que na Bolívia, no Equador, na Venezuela (pobre Venezuela, a caminho do socialismo arcaico e esquálido) na Nicarágua, para ficar na América bolivariana (seja lá o que isso queira dizer) seja comum. Mas que no nosso país a ação do Executivo está se impondo e subjugando a harmonia e independência entre os três poderes, não há como negar. O ministério Público, tão vigilante contra FHC quando Lula era oposição, agora dorme de touca. A oposição, ora, a oposição. Não existe na prática. Só na retórica.

Outro texto, da lavra de Francisco Petros e do companheiro de DC, José Marcio Mendonça (no site Migalhas) , igualmente difundido na internet, menciona situações a partir da frase de efeito de uso constante do presidente Lula, a respeito de "nunca antes nesse país (antes dele)" ter havido ou não havido isso ou aquilo, desde que a vantagem seja do próprio.

Afirma essa texto , entre outras coisas , que (como nunca antes nesse país) "o governo trabalha para reforçar a presença das estatais na economia e criar novas companhias governamentais; está empenhado em enfraquecer as agências reguladoras, podando sua independência e autonomia; tenta sistematicamente interferir nas decisões empresariais privadas, por meio de benesses do Tesouro tenha "amaciado" o mundo sindical e os movimentos sociais; quer ardentemente exercer algum tipo
de controle sobre o que alguns classificam como "imprensa burguesa" ou "grande mídia", pouco influenciável pelos incentivos oficiais; com um bem sucedido "terrorismo verbal" utilizando termos como antissocial, contra os pobres, antibrasileiro, antinacionalista, mantenha acuados a oposição e parte da sociedade; se dedique, sistematicamente, a desqualificar seus críticos; tenha investido na política do é dando que se recebe; não tenha muito apego à letra fria da lei..."

A grande massa brasileira, alienada e cooptada pela comunicação oficial e pelos benefícios de distribuição de dinheiro público que a salva da fome mas a condena à dependência eterna do poder concedente, só sabe o que lhe diz o recado oficial. De estômago silenciado.

Aposte o leitor. Ano que vem, eleitoral, vai ser uma baixaria só. Oficializada.

Que medo é este que está no ar, de gente séria e importante que , tirando o valor da democracia , da liberdade de expressão, se cala diante dos descalabros que vê, ouve, assiste? Quem os intimida e por que se sentem intimidados ? Como diz a rádio Jovem Pan, "acorda Brasil".

Paulo Saab é jornalista e escritor.
Fonte: Diário do Comércio.

domingo, 25 de outubro de 2009

A CRUZADA DO SÉCULO XXI

André F. Falleiro Garcia

(SITE DA SACRALIDADE)

As Cruzadas foram um acontecimento extraordinário na História, cuja glória subsiste e subsistirá para todo o sempre. Não importa que certos católicos — mesmo situados em altos cargos na Igreja — manifestem vergonha por elas. Estes, por não terem espírito cruzado, não são católicos militantes. Nem possuem o verdadeiro espírito católico. Pois está na essência da Igreja essa militância.


A glória das Cruzadas nunca se apagará

Católicos não militantes infiltraram-se na Igreja, trazendo para dentro dela um outro espírito. Não apresentam da Igreja senão certas formas exterioriores, nem têm consonância com a Roma dos Santos e dos Mártires. Tempo virá em que esses elementos infiltrados serão afastados e a Santa Igreja voltará a brilhar com toda a sua autêntica militância.

Quando os cruzados medievais saíam à luta, eram estimulados pela sociedade, voltada para os direitos de Deus e sua maior glória. Nessa época, dava-se grande valor à prática dos Dez Mandamentos e aos bons costumes ditados pela Moral católica. Uma grande sacralidade estava presente na Igreja e se difundia na ordem temporal.

Hoje, a sociedade é muito diferente: aprecia-se num rapaz a constante revolta contra a hierarquia, a irreverência e o descumprimento da lei moral. Numa moça, elogia-se sua sensualidade, ao invés da pureza e do recato. Numa criança, festeja-se o erotismo precoce e os modos tirânicos com que afirma a igualdade de direitos em relação aos seus pais. Ou aplaude-se a prática das virtudes ecológicas, que manifestam sua iniciação na religião da natureza. Os adultos sentem vergonha de serem honestos, a corrupção é tolerada por toda a parte e mesmo aplaudida. E a velhice, coitada, perdeu a sua sabedoria, dignidade e glória e aceitou ser identificada apenas com suas deficiências.

Por toda a parte as instituições são demolidas por seus próprios dirigentes. As elites em geral não exercem sua relevante função social e se voltam para o gozo da vida. Aqueles que deveriam proteger a Igreja, o Estado e a Civilização mostram-se indiferentes. Este é o atual ambiente revolucionário.

A guerra psicológica revolucionária desafio para os novos cruzados

Houve uma gloriosa Cruzada no século XX. Está havendo outra neste início de milênio. Na verdade, há um nexo de continuidade entre ambas. Sem elogios, sem festas, sem aplausos os novos cruzados avançam e enfrentam o ambiente revolucionário. Seguem os passos daquele que lutou antes deles — Plinio Corrêa de Oliveira, o Cruzado do Século XX. Aqui, percebem o murmúrio que solapa suas iniciativas. Ali, são vítimas da conspiração do silêncio que sufoca seus esforços e os apequenam. Acolá, recebem o bombardeio implacável das críticas e zombarias. Contra essas armas tão destruidoras do ânimo os cruzados medievais não tiveram que lutar.

Quem entra numa guerra sabe que receberá maus tratos e sofrerá muitos padecimentos causados pelo inimigo. Mas na cruzada em que estamos engajados, os mais próximos muitas vezes nos causam mais dor do que o inimigo.

Os adversários agitam os argumentos da impiedade, da blasfêmia, do vício. Mas os que deixaram cair por terra os estandartes que antes desfraldaram, mostram-se engenhosos ao suscitar questões de virtude, acusando os novos cruzados de serem orgulhosos por se terem lançado na luta por conta própria; mostram-se incoerentes e contraditórios, ao levantar questões de autoridade e legitimidade, apontando-os como revoltados, por não seguirem os líderes compromissados. E dizem contra eles tanta coisa mais, que são de causar inveja aos fariseus. Os acomodados, os omissos, os covardes, os traidores, estão dispostos a percorrer mares e terras para fazer um prosélito, para lhe transmitir, em altos brados ou de boca a ouvido, o comportamento politicamente correto estabelecido pelos manipuladores da opinião.

Ouve-se o ruído do campo de batalha. Não é possível ficar indiferente a ele. É o estrondo da maior guerra contra o bem da História. O objetivo da Revolução gnóstica é a conquista universal, para isso busca alcançar os cargos de chefia no Estado e os lugares de destaque na sociedade. Visa a conquista das almas, pela transformação das mentalidades, dos costumes, da maneiras de ser e de pensar. É uma guerra psicológica total, voltada para o domínio de todo o homem e das estruturas da civilização que o envolvem.

Estas são as estratégias mais freqüentes que a Revolução utiliza nessa guerra psicológica:

  • Anestesiar as reações contra o Progressismo na Igreja, desviando as atenções para os pequenos problemas individuais relativos aos interesses materiais, saúde e conforto.

  • Dividir aqueles que ainda mantém uma boa posição, ou descer sobre eles a cortina do silêncio. Se isto não for possível, persegui-los através do ridículo e da difamação.

  • Difundir o caos por todos os aspectos da vida social, de forma que os padrões de ordem, moralidade e sacralidade herdados da Civilização Cristã fiquem completamente evanescidos. E em seu lugar, surja um conjunto de problemas sem solução que atormente a toda hora a vida de cada pessoa.

Vaticano II o maior êxito da guerra psicológica revolucionária

Nos últimos quarenta anos, viu-se a progressiva demolição do maior bastião de luta contra a Revolução no mundo, onde estavam concentradas as maiores energias morais e espirituais da reação. A Igreja Católica foi alvo de uma ofensiva psicológica tremenda, não só da parte de seus adversários externos, mas também dos agentes revolucionários nela infiltrados com a intenção de destruí-la.


Vaticano II: calamidade para a Igreja

O Concílio Vaticano II foi uma das maiores calamidades, se não a maior, da História da Igreja. Seus documentos oficiais silenciaram sobre os maiores inimigos da sociedade, o comunismo e o socialismo.[1]

Na fase pós-conciliar, o câncer do Progressismo instalado na Igreja gerou inúmeras metástases: a reforma litúrgica da missa, o ecumenismo, a política de aproximação do Vaticano com o mundo comunista etc. Nessa fase uma notável reviravolta se operou: a Igreja , que era o maior bastião da luta contra a Revolução, se transformou, com freqüência, em propulsor da Teologia da Libertação, do Feminismo, da Revolução Cultural e do Tribalismo.

Sendo a Igreja o cerne da Contra-Revolução, a infiltração progressista-modernista tomou de assalto o principal pólo da boa causa. De João XXIII a Bento XVI, os Papas conciliares promoveram os ideais revolucionários do Estado Moderno, como por exemplo, ao concederem apoio incondicional às Nações Unidas, favorecedora da implantação da República Universal no mundo.

Como o principal fomento da revolução social procede da ação ou omissão dos círculos eclesiásticos, tornou-se imperativo para os católicos militantes — mesmo leigos — travarem até dentro dos muros da Igreja a batalha contra o inimigo infiltrado.

Esta foi a Cruzada do Século XX. É também a Cruzada do Século XXI, que continuará até que venha o triunfo do Imaculado e Sapiencial Coração de Maria, tendo como mais importante arena de combate a própria cidadela católica.

O caos nova frente de combate da Contra-Revolução

Outro fator, antes secundário, ganhou importância, e hoje ocupa lugar central na estratégia revolucionária, a tal ponto, que toda a luta psicológica contra-revolucionária se torna desatualizada e ineficaz se não levá-lo em conta: a produção do caos.

A anarquia, a anomia e o caos estão se alastrando por toda a parte, atingindo muitos aspectos da vida social e individual:

A periferia urbana ardeu em chamas em 2005: prenúncio da morte da democracia francesa

Socialmente, os Estados Unidos entraram numa espécie de estado caótico de medo com o ataque terrorista contra as Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001. Muita coisa mudou desde então. Em muitos aspectos o direito de ir e vir, que caracteriza a sociedade livre e ordenada, foi seriamente afetado. As pessoas não podem mais se deslocar e viajar como antes.

Com os conflitos da periferia urbana, a França em 2005 revelou sua completa vulnerabilidade diante da agitação islâmica, causada pelas concessivas leis de imigração. A própria democracia entrou em crise de identidade, devido a essas leis que colocam em risco a sua sobrevivência. Com milhões de muçulmanos admitidos como cidadãos, o povo francês está sentado sobre um barril de pólvora que pode explodir a qualquer momento espalhando a "dawa" (o caos, em árabe). Análogo perigo ameaça a Inglaterra, Alemanha e Espanha.

Economicamente, a recente bancarrota em cadeia de gigantescas instituições financeiras nos Estados Unidos projeta a perspectiva do caos econômico no Ocidente, apesar de alguns líderes latino-americanos se jactarem de que suas nações não serão afetadas.


A guerra assimétrica favorece a difusão do caos no Oriente Médio; acima, militantes do Hamas nos funerais de Arafat

Militarmente, o caos também está presente. O conflito árabe-israelense está estabelecido desde a fundação de Israel, e não há perspectivas de paz no horizonte. A guerra no Afeganistão não terminou e pode continuar nas próximas décadas. O mesmo pode ser dito com relação ao panorama do caótico Iraque.

Moralmente, o Ocidente abriu as portas para a sua própria destruição ao aceitar a promoção do homossexualismo, aborto, eutanásia, direito dos animais, feminismo etc. Nenhuma sociedade na História conseguiu sobreviver muito tempo depois de admitir essas aberrações. Quando esses comportamentos são considerados normais, entra em caos a formação das novas gerações.

Psicologicamente, essas várias modalidades de caos, somadas a muitos outros aspectos antinaturais da Revolução, produzem a quebra do psiquismo humano. Nota-se hoje muito mais pessoas sofrendo de problemas mentais e psicológicos do que antes.

Nessa grande ofensiva do caos, a missão da Contra-Revolução é esclarecer, descrevendo tão claramente quanto possível o que está errado e como as coisas deveriam ser, e apontar quem está por detrás do caos induzido. Nessa tarefa, os novos cruzados preparam os corações e as mentes para a vinda de uma era de ordem.

Espiritualmente, o processo de caos começou bem antes na Igreja. Desde o Concílio Vaticano II, a autoridade eclesiástica iniciou a autodemolição de suas instituições, doutrinas, tradições etc. A autodemolição da Igreja encontra-se hoje em adiantado estado de execução; a mesma mão que demole, espalha também o caos.

O aspecto pulcro desta Cruzada

Manter a posição de resistência diante das autoridades demolidoras é a primeira obrigação dos novos cruzados. Essa luta no momento une pessoas situadas principalmente nas três Américas e na Europa. É preciso que em todo mundo os que têm as mesmas bandeiras de luta se conheçam e se unam.


Plinio Corrêa de Oliveira

Este artigo — "A Cruzada do Século XXI" — é uma homenagem e um agradecimento ao prof. Plinio Corrêa de Oliveira, no ano do centenário de seu nascimento. Além do exemplo heróico como batalhador infatigável contra a guerra psicológica revolucionária, deixou-nos o modelo da plena identificação com a sacralidade.

Se São Francisco de Assis foi a pobreza, e São Bernardo o recolhimento, de Plinio Corrêa de Oliveira podemos dizer que foi, na História da Igreja, a sacralidade militante. Estandarte sempre desfraldado, viseira erguida sem ocultar sua face, aplicou todas as suas energias na grande gesta católica, e proclamou:

"Eu me tornei um Cruzado, um homem diferente de todos os homens. Porque Nosso Senhor Jesus Cristo, que é a perfeição de todas as coisas, a realização do que há de mais perfeito, vai ser vingado agora por mim. Eu vou realizar a beleza da luta pela luta, da vingança pela vingança de Cristo Nosso Senhor, por Cristo Nosso Senhor."

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NOTA:

[1] Plinio Corrêa de Oliveira, Revolução e Contra-Revolução, parte III, cap 2, 4 A.