segunda-feira, 28 de julho de 2008

Morte de Lampião completa 70 anos

Ele e Maria Bonita morreram em 28 de julho de 1938 na Grota de Angicos, em Sergipe. As mortes de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião e Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita, completam hoje 70 anos. Eles foram assassinados na Grota de Angicos, em Poço Redondo (SE), durante uma emboscada montada pela volante (polícia) da época. Os dois se tornaram mitos da história brasileira.

No confronto, outros nove cangaceiros foram mortos. São eles: Quinta-Feira, Luís Pedro, Mergulhão, Elétrico, Enedina e outros quatro que ainda permanecem desconhecidos. Todos tiveram suas cabeças cortadas e expostas como troféus na escadaria onde hoje funciona a Prefeitura de Piranhas (AL).

Como todas as lendas que tendem a tornar-se maiores que os fatos, Lampião e sua saga pelo nordeste brasileiro contém todos os elementos de aventura, romance, violência, amor e ódio das grandes histórias da humanidade.
Jogado na clandestinidade após o assassinato de seu pai, Lampião foi o maior cangaceiro ( nome dado aos foras-da-lei que viveram de forma organizada, no final do século XIX e início do século passado, na região do nordeste brasileiro ) de todos os tempos.
Percorreu sete estados da região nordeste durante as décadas de 1920 a 1930, levando sangue, morte e medo à população do sertão.
Causou grandes transtornos à economia do inteior e sua história é um misto de verdades e mentiras.
No início da década de 1930, mais de 4.000 soldados estavam em seu encalço, em vários estados.
Seu grupo contava então com 50 elementos entre homens e mulheres. Tornou-se amigo de coronéis e grandes fazendeiros que lhe forneciam abrigo e apoio material.
Lampião é odiado e idolatrado com igual intensidade, estando sua imagem viva no imaginário popular mesmo após 70 anos de sua morte. Sua influência nas artes - música, pintura, literatura e cinema - é impressionante.

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