“O pó futuro, o pó em que nos havemos de converter, vêem-nos os olhos; o presente, o pó que somos, nem os olhos o vêem, nem o entendimento o alcança. Que me diga a Igreja que hei de ser pó: In pulverem reverteris, não é necessário fé nem entendimento para crer. Naquelas sepulturas, ou abertas ou cerradas, o estão vendo os olhos. Que dizem aquelas letras? Que cobrem aquelas pedras? As letras dizem pó, e tudo o que ali há é o nada que havemos de ser: tudo pó.”
Nascimento: 06/02/1608, Lisboa, Portugal
Falecimento: 18/07/1697, Bahia, Brasil
Religioso (jesuíta) ordenado sacerdote em 1635; colonizador, escritor e orador, enriquece a língua portuguesa com textos argumentativos e discursivos, como "O Sermão de Santo Antonio aos Peixes" (1654), "O Sermão da Sexagésima" (1655), etc; desterrado para Coimbra (1663); preso pela Inquisição (1665), é anistiado em 1668, mas fica sujeito à censura.
“Não está a felicidade em viver muito, mas viver bem”
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