terça-feira, 12 de janeiro de 2010

CAÇAS FRANCESES RAFALE - LULA JÁ BATEU O MARTELO

Governo já decidiu por caça francês e tenta baixar preço, diz agência de notícia.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já bateu o martelo sobre a compra dos caças franceses Rafale, mas ainda tenta reduzir o preço final do negócio com a fabricante Dassault, informou à Reuters um ministro de Estado.

A fonte não deu prazo, mas disse que a negociação estimada em R$ 10 bilhões para a compra de 36 aviões de combate será fechada ainda este ano, a despeito da predileção da FAB (Força Aérea Brasileira) pelos caças suecos Gripen NG, fabricados pela Saab.

“O governo não decide por pressão de ninguém, nem da FAB. Agora a bola está com os franceses. Se baixarem o preço, o negócio sai logo. Trata-se de algo estratégico para o Brasil, não técnico”, disse o interlocutor do Executivo, que falou sob condição de anonimato.

A polêmica em torno dos caças vem se arrastando há meses. Ano passado, Lula já havia dito que sua decisão seria política e estratégica.

“Não criamos essa polêmica, mas tenho que admitir que ela serve ao nosso interesse de fazer com que os franceses façam uma proposta financeira melhor”, afirmou a fonte.

São 36 caças na negociação atual –no valor estimado de R$ 10 bilhões–, dentro de um pacote que pode prever a aquisição de até 120 aeronaves.

A norte-americana Boeing, fabricante do F-18 Super Hornet, também está entre as finalistas da FAB, mas o governo Lula sequer considera sua compra, segundo a fonte.

No caso da opção sueca, cerca de um terço dos componentes do Gripen possui tecnologia dos EUA. O Brasil tem dúvidas sobre a transferência de tecnologia e vê riscos de veto do Pentágono à venda de aviões fabricados no Brasil a outros países.

O ministro ouvido pela Reuters citou especificamente a tentativa brasileira de fornecer à Venezuela o avião militar de treinamento e ataque leve Super Tucano, produzido pela Embraer com parte de sua tecnologia desenvolvida nos EUA.

O Brasil exige três condições para concluir o programa F-X2: soberania de uso das aeronaves, reserva de mercado e transferência de tecnologia.

Procurados, o Ministério da Defesa não quis se pronunciar sobre o assunto e a FAB não estava imediatamente disponível para comentários.
(*) Folha Online.

Aviões : o alerta de quem entende

do blog do Alvaro Dias

Transcrevo na íntegra mensagem que recebi. Agradeço a confiança e informo que levarei ao plenário do Senado já na reabertura dos trabalhos, em fevereiro. Vale a pena saber:

Na qualidade de moderador de um fórum de pequenos acionistas da Embraer, venho solicitar ao ilustre Senador tornar-se nosso porta-voz no Plenário do Senado, onde tantas vezes já se ouviu seus pronunciamentos na defesa das causas justas e honestas.O assunto em pauta é o Projeto FX-2, que influenciará em diversos setores da nossa economia, além de promover o respeito e a posição de nosso País perante a comunidade internacional.O governo Lula tem demonstrado uma forte tendência de escolher o avião Rafale da francesa Dassault para equipar a FAB e incentivar a nossa indústria aeroespacial através da Embraer.No entanto, pelo relatório da FAB e pelas manifestações inequívocas da Embraer o melhor negócio para o Brasil é o avião Gripen NG da sueca SAAB.Diferenças absurdas de valores chamam a atenção da população brasileira para o negócio prestes a se concretizar. Com o valor de um avião francês é possível comprar 2 aviões suecos, no custo de manutenção, então, a diferença passa a ser escandalosa: enquanto o avião sueco tem um consumo de 4.000 dólares por hora/vôo esse valor sobe para 20.000 dólares por hora/vôo com o modelo francês, um dispêndio 5 vezes maior. Assim, levando-se em conta que serão 120 aviões com o tempo de vida presumido de 30 anos, será simplesmente uma sangria nas economias do país por 3 décadas.O americano F-18 Super Hornet da Boeing foi classificado em segundo lugar principalmente por ter apresentado o 2º valor por aparelho, bem como o 2º custo de manutenção e ainda, pela falta de uma manifestação clara sobre a transferência total de tecnologia, item prioritário para as pretensões do Brasil.Caso o governo não atenda a classificação técnica constante do relatório da FAB, e decida pela confirmação da manifestação precipitada do Presidente Lula pelo avião francês – anunciada em 7 de setembro de 2009, demonstrará aos Estados Unidos da América e à Suécia que eles foram convidados para um ‘jogo de cartas marcadas’, nos deixando muito mal, não só perante essas duas nações, mas também, perante toda a comunidade internacional e mostrará a todos que o Brasil ‘simplesmente’ não é sério nas suas relações negociais. Ficará evidente que o governo convidou essas três nações para uma ‘pseudolicitação’.Os fatos que se apresentam até aqui nos levam ao seguinte questionamento: Se o governo não pretendia atender as recomendações da FAB, por que expô-la ao ridículo? Além de não desautorizá-la perante o mundo, poderia, também, tê-la poupado desse trabalho de análise árduo e oneroso, que resultou num relatório de 30.000 páginas. Essa falta de tato e de respeito, com uma das instituições motivo de orgulho nacional, fere os sentimentos não só dos militares, mas de todo o povo brasileiro.Impor a Embraer, uma instituição privada, a fabricação de um avião que nunca foi vendido a qualquer país, por justamente ser extremamente caro e de tecnologia em vias de superação, pode afetar o equilíbrio desta que é uma empresa de ponta do nosso país e de fundamental interesse para nossa economia, tolhendo-a de ampliar nossos horizontes econômicos com possíveis participações em futuras licitações e negociações deste tipo de aeronave em nível internacional.Foi salientado ainda pela FAB, como uma vantagem importante da oferta sueca, o fato de ser a única proposta que contempla um produto passível de ser desenvolvido em parceria com a indústria brasileira e a própria FAB, produzindo um avião mais moderno do que o já existente, redundando num produto made in Brasil/Suécia. Contando mais uma vez com seu destemido apoio, subscrevo muito atenciosamente.
ACM – Capitão Reformado do Exército, gaúcho e seu sincero admirador.

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