terça-feira, 22 de janeiro de 2013

TRANSFORMAÇÃO DO LIXO URBANO

Por Luiz Antonio Domingues

Vivemos uma época onde cada vez mais pessoas se conscientizam de que num planeta de mais de sete bilhões de pessoas, é inviável conviver com o desperdício.
Novas formas de reciclagem, obtenção de energia e economia dos recursos naturais surgem a cada dia, dando-nos novas perspectivas aceitáveis de sustentabilidade.
E uma que vem chamando a atenção pela criatividade e sobretudo pela simplicidade, veio do interior de São Paulo, especificamente Barretos, no norte do estado.
Um pequeno empresário local, chamado Jerônimo Flausino de Paula, criou um método eficiente de utilizar o lixo orgânico doméstico e proveniente de bares, restaurantes e lanchonetes, transformando-o em tijolos e/ou fertilizantes agrícolas.
A tecnologia, cujo pedido de patente foi feito ao Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), é a aposta da Gold Press Máquinas e Reciclagem para crescer.
Nesse método, todo o lixo coletado é esmagado numa espécie de reator até virar uma massa. Após ser secado, é triturada e vira pó. 
Após esse processo, toma um banho com dois reagentes químicos que lhes eliminam todos os agentes contaminadores, bactérias etc.
Esse reagente tem fórmulas registradas e atestadas em sua eficácia pela UNESP, Universidade estadual de São Paulo.
Flausino as mantém secretas, por segurança contra a espionagem industrial.
Usado para a agricultura, o pó tem cálcio e também um corretivo para controlar a acidez do solo, comprovada por estudos agrônomos.
E como tijolo, tem a consistência necessária para formar tijolos mais firmes do que os tradicionais, segundo estudos realizados.
Por enquanto, a empresa está atendendo particulares, mas a meta de Flaustino é ter como clientela, o maior número de prefeituras, interessadas em estabelecer parcerias no processo de coleta de lixo, com seu método de reciclagem.
Essa ideia é sensacional, pois abre um caminho para resolver a questão dos aterros sanitários, verdadeiros depósitos de lixo insalubres, como criadouro de insetos, ratos e urubus, fora a contaminação do lençol freático, contaminação do solo, vegetação e proliferação de doenças.
Com um pouco de vontade política, essa importante parceria pode revolucionar a questão da coleta e destinação do lixo orgânico, promovendo higiene, bem-estar e gerando lucros, fora a eliminação do desperdício. (Planet Polêmica).


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