O primeiro passo, criar um partido que não tenha na sigla a palavra socialismo e nem comunismo, criaram o PT cujo nome poderia soar como musica para os trabalhadores de fábricas e comércio.
O segundo passo, dominar os sindicatos, afinal de contas é o partido representaria os operários trabalhadores.
O terceiro passo, fazer a cabeça dos professores que são formadores de opiniões, para isso usar-se-ia os dirigentes de sindicatos da categoria.
O quarto passo, a imprensa, a estratégia era fazer com que os professores fariam a cabeça dos alunos de determinados cursos como a de comunicação e economia, seriam os alvos preferenciais dos doutrinadores.
O quinto passo, a promotoria publica, os promotores alienados fariam denuncias vazias contra os seus inimigos, caluniariam, abririam ações sem fundamentos, pediriam entrevistas a mídia para denunciar, alguns até mesmo ficaram famosos por causa disso.
O sexto passo, conquistar os juízes que poderiam dar ganho de causa para os seus aliados, conseqüentemente não punindo ninguém que seja da esquerda. (veja como tem se comportado certos juizes do supremo).
Embora não tenham ainda atingido o seu real objetivo, posso dizer que já estão fazendo grande estrago, acredito que nem todo o povo cairá neste embuste chamado gramscismo, ainda bem.
Um dos maiores motivos para a não consolidação total do gramscismo é a divisão entre as esquerdas, não são unidos, os chefes brigam e abrem novos partidos dizendo que o seu é mais socialista do que os outros, quando estão no poder se dividem, os descontentes acusam os que ficam de neoliberais como se fosse verdadeira a afirmativa.
Antonio Gramsci nasceu em 23 de janeiro de 1891 em Ales, província de Cagliari, na Ilha de Sardegna, na parte mais pobre e mais atrasada da Itália, filho de gente humilde ao qual só duras privações permitiram o estudo na Universidade de Turim, onde em 1915 aderiu ao socialismo, no mesmo ano em que Benito Mussolini saiu das fileiras do partido socialista para entrar nas do nacionalismo reacionário e belicoso, que seria depois o berço do fascismo. Enquanto o renegado sonhava, nas trincheiras, sua futura ditadura, o jovem Gramsci organizou em 1917 a greve dos operários de Turim contra a continuação da guerra. Restabelecida, precariamente, a paz européia, e entrando a Itália numa fase de graves perturbações sociais, Gramsci fundou o semanário Ordine Nuovo que reuniu em breve os mais avançados intelectuais da península. Organizou os Consigli di fabbrica que, em momentos de greve, ocuparam fábricas e usinas, preparando-se para administrá-los. Em abril de 1920 dirigiu a greve geral. No Congresso do Partido Socialista Italiano em Livorno, em janeiro de 1921, foi Gramsci o líder da ala radical que saiu, constituindo-se como Partido Comunista Italiano. Foi o primeiro secretário-geral desse partido, que o elegeu deputado e do qual fundou o órgão jornalístico, o diário L'Unità. Enquanto isso, fortaleceu-se cada vez mais a ditadura fascista, que ainda tolerava a existência do Parlamento para oferecer ao estrangeiro o espetáculo de uma democracia simulada. Mussolini conseguiu vencer a crise mais grave do seu regime, a indignação moral do país inteiro depois do assassinato de Matteoti. Só então, o terrorismo iniciou, sem freios, a opressão totalitária. Os mandatos dos deputados oposicionistas foram cassados. Perdida a imunidade parlamentar, Gramsci foi preso em 8 de novembro de 1926 e confinado na ilha de Ustica, perto de Palermo. Alguns meses depois, transportaram-no de volta, algemado, para Roma. Processo perante o Tribunal especial. O Promotor falou com franqueza: "Devemos", dizia aos juízes, "inutilizar por 20 anos esse cérebro perigoso": a 20 anos de reclusão na Penitenciária de Turi, perto de Bari, foi Gramsci condenado. Submeteram-no a um regime severo, embora permitindo-lhe escrever cartas e notas, permissão da qual nasceu a imponente obra desse espírito encarcerado. Mas em 1933 os sintomas da tuberculose dos ossos tornaram-se evidentes. A doença fez progressos rápidos. Enfim, as autoridades fascistas não quiseram que o preso morresse como mártir dentro dos muros do cárcere. Gramsci foi solto três dias antes do desenlace. Morreu em 27 de abril de 1937 numa clínica particular em Roma. Foi sepultado no Cemitério dos Ingleses, à sombra da Pirâmide de Cestio, perto do túmulo de Keats. Uma coroa de verdes permanentes, com fita vermelha, indica o lugar em que dormem seus pobres restos mortais.
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