quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A PUBLICIDADE NO BRASIL


PEQUENAS DITADURAS, GRANDES NEGÓCIOS, ENORMES MENTIRAS

Com satisfação li o artigo de Sergio Malbergier na Folha on-line de 24/07. Sergio Malbergier põe o dedo na ferida da Publicidade no Brasil.
No recente IV Congresso de Propaganda, João Roberto Marinho e Roberto Civita, criticaram a Censura do TSE (revogada posteriormente) pelas entrevistas promovidas com a prefeiturável Marta Favre, na Folha de São Paulo e na Veja: Ponto para o João Roberto
Porém,durante todo o Congresso, nenhuma palavra a respeito da ética que deveria nortear a atuação de publicitários, quando o assunto marketing eleitoral. Marcos Valério e Duda Mendonça, salvo engano são publicitários e nos últimos anos se envolveram em todos os tipos de negócios ilícitos: Marcos Valério, com o caixa 2 do Petê, recentemente mas, passando pelo caixa 2 do então candidato Azeredo (aquele que quer calar a Internet) e Duda Mendonça, com o caixa 2 de Marcelo Alencar (1997) e altamente comprometido com caixa 2 do Petê que elegeu - queira elle ou não - Lulla.
Estranho mundo da Publicidade que exige o fim da Censura de um lado e permite ou se locupleta com corruptos de toda espécie, que desviam o dinheiro que falta ao SUS, na Educação e na Segurança. São pequenas ditaduras como essa que dão força moral ao nosso pequeno aprendiz de ditador, para sonhar com a perpetuação no poder; pessoalmente ou com algum preposto.
Agora, falta aparecer um jornalista, não comprometido ideologicamente com o poder ou corrompido pelo governo, que comece a desvendar o estranhíssimo mundo de outra ditadura: a das pesquisas. Essas pesquisas encomendadas, ou por amigos do pesquisado ou - no caso de São Paulo - por inimigos do pesquisado, são altamente suspeitas e, no meu entender, visam apenas a justificar o resultado final de uma eleição que será, novamente, comandada - onde o Rei tiver mais interêsse - por computadores.
E por falar em ditaduras, os traficantes do Rio também têm os seus candidatos preferidos. Esses empreendedores do vício exercem, livremente, todo o seu poder intimidatório para influenciar os Sem Segurança para elegerem os seus candidatos: VEJAM NO VÍDEO ABAIXO E NA TRANSCRIÇÃO...(PV).
Alguns ganham eleição imputando aos rivais o fim do bolsa família, manipulando pesquisas ou dando uma "azeitada" nas urnas, outros usam uma AK-47 ou uma AR-15; é tudo uma questão de estilo.



Criminosos estariam pressionando eleitores na escolha do voto. Uma carta apreendida na Rocinha pode comprovar o envolvimento de traficantes com candidatos e até a Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados entregou uma série de denúncias à Polícia Federal.
O documento foi entregue em Brasília nesta quinta-feira
(Julho 24, 2008), mas as denúncias se referem às eleições no Rio. O presidente da Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados, Raul Jungmann, esteve na Polícia Federal com um levantamento sobre a intimidação de eleitores em várias comunidades do Rio.
O relatório não foi detalhado, mas, segundo Jungmann, cerca de um milhão de cariocas estão sendo coagidos por traficantes ou milicianos que estão interferindo nas campanhas eleitorais. O deputado Raul Jungmann citou dois casos, Claudinho da Academia, presidente da Associação de Moradores da Rocinha e Jorginho, ex-presidente da Associação de Moradores do Alemão.
Ele fez um alerta sobre as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC): “No caso específico da Polícia Federal, eu vim trazer informações a respeito de ameaças de morte, de territórios onde só um candidato pode participar e também uma preocupação: na Rocinha, hoje, e também no Alemão, onde a gente sabe que existem obras do PAC, candidatos como Claudinho, no caso da Rocinha, e Jorginho, no caso do Alemão, que são ligados ao tráfico, estão controlando, exercendo algum controle sobre as obras do PAC”.
Um documento encontrado pela polícia também pode confirmar como agem os bandidos. Na operação feita nesta quinta-feira de manhã na Rocinha, a polícia apreendeu uma carta na casa do traficante que comanda a venda de drogas no morro.
Os agentes acreditam que seja a ata de uma reunião. Nela, os criminosos fazem uma exigência: total apoio da comunidade a um candidato da favela.
De acordo com a polícia, o documento é endereçado a várias lideranças da Rocinha. Os traficantes chegam a dizer que não vão aceitar a derrota e que outros candidatos não devem fazer campanha no morro.
Os criminosos dizem também que quem não comparecer nas reuniões será buscado em casa. “Eles estão pedindo apoio a uma determinada pessoa e ela vai ter todos os votos daquela região com uma força política bem forte“, explica o delegado Ronaldo Oliveira.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) confirmou que tem recebido denuncias de ameaças aos eleitores e não só sobre o tráfico de drogas.
Essa semana, a polícia prendeu em flagrante o deputado estadual do Partido Democratas (DEM), Natalino Guimarães, acusado de chefiar uma milícia em Campo Grande, na Zona Oeste. Ele é irmão de outro político também preso pelas mesmas acusações, Jerominho Guimarães, que é vereador pelo PMDB e está na cadeia desde dezembro do ano passado.
Juntos, os irmãos controlariam mais de 30 comunidades, segundo a polícia, mas eles dizem que são inocentes.

O TRE diz que a intimidação de eleitores e candidatos pode dar até quatro anos de prisão e o político envolvido pode perder os direitos.
“É uma questão de política de segurança pública e realmente agora, no período eleitoral, está tomando uma proporção inaceitável. Por isso, solicitamos o apoio da Polícia Federal que a quem compete investigar a prática de crimes eleitorais”, afirmou Luiz Márcio Pereira, coordenador de propaganda do TRE.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, esteve no Rio em uma reunião na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ele disse que a Polícia Federal vai investigar todas as denúncias. “Isso é dessa situação de anomalia que tem nessas regiões. Isso precisa ser combatido e a Polícia Federal está a disposição do tribunal para fazer as investigações que forem necessárias”, declarou Tarso Genro.

Claudinho da Academia, candidato a vereador pelo PSDC, não foi encontrado para falar sobre o caso. Jorginho do SOS, vereador do DEM candidato a reeleição, negou qualquer envolvimento com traficantes.

A Polícia Civil informou que vai encaminhar o documento apreendido na casa de um bandido da Rocinha à Polícia Federal.

A Secretaria Estadual de Obras declarou que não tem conhecimento de nenhuma ligação dos funcionários do PAC com traficantes, mas, se ficar comprovado qualquer tipo de envolvimento, eles serão cortados do programa.

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