A festa carnaval teve seus primeiros relatos em Roma XI. Em Roma havia uma festa, a Saturnália, em que um carro no formato de navio abria caminho em meio à multidão, que usava máscaras e promovia as mais diversas brincadeiras. Essa festa foi incorporada pela Igreja Católica, e segundo alguns a origem da palavra Carnaval é carrum navalis (carro naval). Essa etimologia, entretanto, já foi contestada. Atualmente a mais aceita é a que liga a palavra "Carnaval" à expressão carne levare, ou seja, afastar a carne, uma espécie de último momento de alegria e festejos profanos antes do período triste da quaresma.
Em 1091 a data da Quaresma foi definitivamente estabelecida pela Igreja Católica; como consequência indireta disso, o período de Carnaval se estabeleceu na sociedade ocidental, sofrendo, entretanto, certa oposição da Igreja, na Europa. Embora alguns papas tenham permitido o festejo, outros o combateram vivamente, como o Papa Inocêncio II.
À seqüência do Renascimento o Carnaval adotou o baile de máscaras, e também as fantasias e carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.
O Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar que tem suas origens na Antiguidade e recuperadas pelo Cristianismo, que começava no dia de Reis (Epifania) e acabava na Quarta-feira de cinzas, às vésperas da Quaresma. O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne nada vale" dando origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX.
CARNAVAL NO BRASIL
Mais tarde, surgiram as máscaras, as fantasias e as marchinhas. A serpentina (de origem francesa) e o confete (de origem espanhola) que enfeitam os bailes de salão chegaram ao Brasil em 1892.
Algumas fantasias, como as de Pierrô, Colombina, Arlequim e Rei Momo são bastante tradicionais, principalmente nos bailes de salão. Mas, mesmo com todo o sucesso desses bailes, o carnaval de rua é cada vez mais procurado e ainda preserva parte do folclore brasileiro.
Desde o início do carnaval brasileiro, muitas pessoas o comemoram nas ruas. Foram assim que apareceram os blocos e os cordões, grupos que cantavam músicas próprias e que deram origem às escolas de samba.
Eu que sempre fui avesso a essa festança, tive o privilégio de participar no carro alegórico do “Cai Nessa”, juntamente com os companheiros radialistas: Coronel Bastião, nascido Benedito Ferreira de Freitas, apresentador do seu "Rancho do Coronel Bastião", Joãozinho Batista, um dos técnicos de som mais antigos do rádio brasileiro, Pedro Teixeira e, Eloi Bonkóski, representando seu pai Erwin, que foi proprietário da Colmeia na década de 1960, sendo homenageado pelo grupo dirigente do bloco, capitaneado pelo Birão Rodrigues.
Confesso que foi uma surpresa agradável, em cima do carro alegórico, desfilando pela Avenida Irmãos Pereira. Lá de cima vendo a multidão aos lados da passarela, identificando muitos conhecidos que nos aplaudiam, em homenagem aos 50 anos da Rádio Colméia, da qual tive a honra de ser o seu primeiro locutor, foi para mim uma satisfação inusitada integrar o cortejo carnavalesco deste ano.
Realmente a emoção foi incontida, que resumo nos versos deste poema de Mena Moreira:
Quero tirar a máscara
Me despir da fantasia de palhaço
Que exibo o ano inteiro!
Quero, de cara limpa,
Cair na folia
Viver a alegria
Dos três dias
Quero esquecer que sou palhaço
De uma sociedade massificada
De valores deturpados
Verdades mascaradas
Sentimentos massacrados
Pessoas manuseadas...
No carnaval!?...
Quero esquecer tudo isso...
Me abrir em sorriso
Afinal, pelo menos três dias,
Ser feliz é preciso!...”
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