terça-feira, 21 de agosto de 2012

HORÁCIO-ODE I, XI

Horácio em ilustração
de Anton von Wern
Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi
Finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios
Tentaris numeros. Ut melius quidquid erit pati!
Seu plures hiemes, seu tribuit Jupiter ultimam,
Quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare
Tyrrhenum, sapias, vina liques et spatio brevi
Spem longam reseces. Dum loquimur, fugerit invida
 Aetas: carpe diem, quam minimum credula postero.

Quinto Horácio Flaco, em latim Quintus Horatius
Flaccus, (Venúsia, 8 de dezembro de 65 a.C.
Roma, 27 de novembro de 8 a.C.) foi um poeta
lírico e satírico romano, além de filósofo.
É conhecido por ser um dos maiores poetas
da Roma Antiga
Não indagues, Leucónoe, ímpio é saber,
          a duração da vida
     que os deuses decidiram conceder-nos,
     nem consultes os astros babilônicos:
          melhor é suportar
          tudo o que acontecer.

     Que Júpiter te dê muitos invernos,
          que seja o derradeiro
    este que vem fazendo o mar Tirreno
          cansar-se contra as rochas,
    mostra-te sábia, clarifica os vinhos,
          corta a longa esperança,
     que é breve o nosso prazo de existência.

          Enquanto conversamos,
          foge o tempo invejoso.
       Desfruta o dia de hoje, acreditando
           o mínimo possível no amanhã.

Tradução de Péricles Eugênio da Silva Ramos
Esta é a ode mais conhecida de Horácio.
O original em latim do penúltimo verso "Desfruta o dia de hoje" é "Carpe Diem".

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