sábado, 14 de abril de 2012

CHINA: MULHERES QUE ABORTARAM TÊM SAÚDE MENTAL EM RISCO

Escrito por Lucia Muchova | 13 Abril 2012-Publicado em “Mídia Sem Máscara
Mesmo com a cultura pró-aborto generalizada na China, os resultados são semelhantes aos de outros estudos conduzidos nos EUA, Austrália, Noruega e África do Sul.
O estudo também revela que os problemas de saúde mental no primeiro semestre de uma gravidez que ocorre após um aborto provocado podem ter efeitos prejudiciais sobre o feto.
Pesquisa revela que mulheres que se submetem ao Aborto são mais propensas a desenvolver problemas mentais que as que decidem ter seus filhos
WASHINGTON, DC, 13 de abril (C-FAM) - Um recente estudo da China mostra que as mulheres que tiveram experiência de aborto induzido têm problemas onipresentes de saúde mental durante uma subsequente gravidez. O estudo também confirma que efeitos adversos de saúde mental de aborto induzido são muito mais graves do que os efeitos de aborto espontâneo e persistem por mais tempo.
O estudo mais recente publicado no Bulletin of Clinical Psychopharmacology (Boletim de Psicofarmacologia Clínica) por Z. Huang e colegas da Faculdade de Medicina de Anhui na China revelam que mulheres que tiveram um aborto induzido um ano ou mais antes da gravidez tinham uma probabilidade 49% maior de experimentar depressão e uma probabilidade 114% maior de sofrer de ansiedade no primeiro trimestre da uma gravidez subsequente em comparação com mulheres que não têm nenhum histórico de aborto.
Mulheres que tiveram um aborto induzido a menos de um ano antes da gravidez experimentaram um risco aumentado de 97% de ansiedade no primeiro trimestre e 64% de risco maior de depressão no segundo trimestre. Mulheres que experimentaram aborto espontâneo um ano ou mais antes da gravidez, porém, não enfrentaram risco maior de ansiedade ou depressão.
O estudo chinês examina 6.887 mulheres, das quais mais de 40% haviam tido experiência de pelo menos um aborto induzido. A pontuação de educação, renda, lugar de residência e índice de massa corporal (IMC) das mães é controlada a fim de identificar o efeito independente do aborto provocado nos problemas de saúde mental durante uma gravidez subsequente.
Na China, o aborto é legal e disponível para as mulheres como um serviço governamental. Os autores argumentam que o aborto desempenha um papel imperativo para a China alcançar metas de estabilidade populacional por meio da política de filho único.
Em regiões rurais, às vezes se permite um segundo filho depois de cinco anos, principalmente se o primogênito é menina. Em regiões urbanas, os casais muitas vezes escolhem abortar a primeira gravidez, sabendo que têm permissão de ter um único filho. A província de Anhui, densamente habitada, onde o estudo foi conduzido, é um caso em ponto. Em parte como consequência do aborto generalizado, essa província tem também uma das proporções mais desequilibradas de sexo da China: mais de 130 meninos para 100 meninas de acordo com um estudo de 2009 da Revista Médica Britânica sobre “Excesso de Homens na China, Aborto de Seleção Sexual e Política de Filho Único”. A proporção natural é 103 a 105 meninos por 100 meninas.
O estudo recém-concluído é um acréscimo na literatura rapidamente crescente sobre os efeitos do aborto provocado na saúde mental das mulheres. Apesar da cultura pró-aborto generalizada na China, este estudo mostra resultados semelhantes aos de outros conduzidos nos Estados Unidos, Austrália, Noruega e África do Sul. Muitos desses estudos estão disponíveis no site WECARE, o Consórcio de Especialistas Mundiais de Pesquisa e Educação de Aborto (www.WeCareExperts.org).
O estudo também revela que os problemas de saúde mental no primeiro semestre de uma gravidez que ocorre após um aborto provocado podem ter efeitos prejudiciais sobre o feto. A Dra. Priscilla Coleman argumenta: “Todas as grandes estruturas do corpo são formadas durante o primeiro trimestre e hormônios de estresse podem potencialmente prejudicar o feto em desenvolvimento”.
E finalmente, há implicações nas políticas de saúde pública. Os autores do estudo concluem: “Compreendendo as reações emocionais depois de um aborto provocado pode-se dar condições para que a equipe médica faça uma melhor distinção entre aquelas mulheres que precisam de ajuda e acompanhamento extra, e possa-se oferecer uma visão profunda das necessidades dessas famílias neste momento crítico”.
Publicado no ‘Friday Fax’ do C-FAM.
Tradução: Julio Severo.
(acrescentei imagens via Google fotoformatação PVeiga).

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