sábado, 1 de novembro de 2008

DIA DE FINADOS

Amanhã é dia de finados, e sempre vem à mente que a idéia é recordar alguém que na vida amamos e que, por obra do destino certeiro, sem ela ficamos. É dia de visitas aos cemitérios e igrejas, fazemos homenagens com flores. Muitos acendem velas, outros oram pelos entes queridos. Apesar do assunto mórbido, o dia é reservado especificamente para recordar pessoas que foram amadas que hoje são falecidas. O dia de finados não é dia de tristeza, mas um dia de saudosas recordações, confortada pela fé, que nos garante que nosso relacionamento com as almas dos falecidos não está interrompido pela morte. Mas, é sempre vivo, e não vamos chorar, pois quem morreu está junto a Deus. Anualmente, o dia de finados cumpre seu papel de nos lembrar de nossas despedidas e perdas. Embora existam vários tipos de perda, a mais significativa, sem dúvida, é a morte de uma pessoa amada e querida. Justamente pelo fato de que nós, seres humanos nos apegamos, nos vinculamos emocionalmente, partilhamos a vida e nos amamos. A perda de uma pessoa tão significativa gera uma grande crise pessoal. Se observarmos nossa vida atentamente, veremos que, desde o início há despedidas, separações e perdas. A primeira separação e perda é a despedida do ventre materno, lugar protegido e paradisíaco. A última despedida será a própria morte. Curiosamente, estas duas experiências existenciais, a primeira e a última, são experiências de separação, despedida e luto. Outro fator que, ao longo de nossa vida, constantemente nos remete à perda e à despedida é o tempo. Esse corre impiedosamente e se esvai sem retornar jamais. Assim, a nossa vida caracteriza-se por um constante despedir-se. Pela própria natureza, estamos de antemão preparados e equipados para ter reações adequadas, capazes de absorver e transpor perdas, despedidas. Temos que encarar a morte como algo presente na nossa vida, é algo intrigante que causa curiosidade e até fascínio, pois é difícil explicar o que há do outro lado da vida. E assim levo minha solidariedade aos que sofrem pela morte de parentes, amigos, e estão sendo movidos pela saudade dos entes queridos, pois nesta data também reverencio todos aqueles que participaram, de um modo ou de outro, de minha convivência deixando saudosas recordações.
Abraços do: Pedro da Veiga

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