sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Dos Poetas

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.

Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.

Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo,
a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.

Mário Quintana
Poeta, tradutor e jornalista gaúcho nascido em Alegrete, em 30 de julho de 1906, morreu em 5 de maio de 1994, em Porto Alegre. Concorreu em três ocasiões à ABL (Academia Brasileira de Letras), sendo que em 1980 perdeu a cadeira de nº. 38 para o "grande literato" José Sarney.

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