sábado, 17 de dezembro de 2011

MORRERAM: SÉRGIO BRITO E JOÃOSINHO TRINTA

Sérgio Britto morreu aos 88 anos
Foto: TV Globo/Divulgação

Do Terra-Morreu na manhã de hoje (17), no Rio de Janeiro, o ator e diretor Sérgio Britto aos 88 anos. Ele estava internado há um mês no Hospital Copa D'Or por causa de problemas cardiorrespiratórios.

Brito foi uma das personalidades mais importantes na história do teatro brasileiro. Atualmente, apresentava na TV Brasil, o programa Arte com Sérgio Britto.

Sérgio Britto foi o criador, diretor e ator do Grande Teatro Tupi, que foi ao ar por mais de dez anos na extinta TV Tupi.

O ator e diretor foi responsável pela direção de Ilusões Perdidas, primeira telenovela produzida e exibida pela TV Globo. Mas a grande consagração foi com o teatro, onde recebeu diversos prêmios. Em 2010, lançou a autobiografia O Teatro e Eu.

O velório do corpo de Sérgio Britto ocorrerá na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, no início da tarde.

Carreira
Sérgio Britto, que chegou a cursar até o sexto ano de medicina, foi consagrado ator, diretor, apresentador e roteirista de cinema, televisão e teatro. Ele foi responsável pela direção de Ilusões Perdidas, primeira telenovela produzida e exibida pela TV Globo.

Ele também foi o criador, diretor e ator do Grande Teatro Tupi, que foi ao ar por mais de dez anos, trabalhando com nomes como Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Natália Thimberg, Manoel Carlos, Fernando Torres, Zilka Salaberry, Aldo de Maio e Cláudio Cavalcanti. o teleteatro apresentou sob o seu comando repertório de mais de 450 peças.

Em 2009, Britto ganhou o Prêmio Shell de melhor ator, por A última gravação de Krapp e Ato sem palavras I. Ele também apresentou o programa semanal Arte com Sérgio Britto, na TV Brasil. Britto lançou, em 2010, sua segunda autobiografia O Teatro e Eu, uma revisão de seus 86 anos de idade, dos quais 65 de carreira na televisão, cinema e, principalmente, no teatro.

Joãosinho Trinta morreu na manhã
deste sábado (17)
Foto: AgNews

Do Terra - Eveline Cunha- Direto de São Luís-Morreu às 9h55 deste sábado (17) o carnavalesco Joãosinho Trinta. Ele estava internado na Unidade de Tratamento Intensiva do hospital UDI, em São Luís, Maranhão. A morte se deu em consequência de um choque séptico secundário à pneumonia e infecção urinária.

A assessoria de imprensa do Estado do Maranhão informou que o corpo do carnavalesco será enterrado às 10h de segunda-feira, em São Luís. O velório acontecerá no Museu Histórico e Artístico, localizado no centro histórico da cidade.

João Clemente Jorge Trinta, popularmente conhecido como Joãosinho Trinta, é considerado um dos maiores nomes do Carnaval carioca e sempre lembrado por sua ousadia e genialidade. Nascido em São Luís, no Maranhão, no dia 23 de novembro de 1933, Joãosinho demonstrava desde cedo o gosto pelas artes - tanto é que, aos 17 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar dança clássica no Teatro Municipal.

Durante 25 anos, o carnavalesco fez parte do Corpo de Baile do Teatro Municipal e encenou duas óperas, O Guarani, de Carlos Gomes, e Aída, de Giuseppe Verdi. Em 1961, ingressou na Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro como assistente e, dois anos depois, consagrou-se campeão ao lado da escola, que apresentou o enredo Chica da Silva, de Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues.

Com a saída de Pamplona e Rodrigues, tornou-se carnavalesco da escola. Em 1973, fez dupla com a artista plástica Maria Augusta no enredo Eneida: Amor e Fantasia, que alcançou o terceiro lugar. Já como carnavalesco-solo se tornou bicampeão pela escola: em 1974, com O Rei de França na Ilha da Assombração, e em 1975, com O Segredo das Minas do Rei Salomão.

Em 1976, Joãosinho aceitou o convite para assumir a agremiação da Beija-Flor, levando a escola a conquistar o título de campeã, com o enredo Sonhar com Rei dá Leão, em referência ao jogo do bicho - a escola também viria a ganhar em 1977, 1978, 1980 e 1983. Além de seu trabalho como carnavalesco, Joãosinho criou e organizou diversos programas sociais de inclusão da população carente na época em que esteve na escola.

Em 1989, Joãosinho causou um verdadeiro reboliço na Sapucaí, chamando a atenção inclusive da Igreja Católica com o enredo Ratos e urubus, larguem minha fantasia. A escola era conhecida pelo luxo aplicado em seus desfiles e levou à avenida uma comissão de frente formada por mendigos, além de alas e alegorias esfarrapadas, causando grande perplexidade. No abre-alas, havia uma réplica do Cristo Redentor, que acabou escondida por sacos de lixo devido à proibição da Igreja. A cena é tida como um dos marcos do Carnaval carioca.

Após 17 anos na Beija-Flor, Joãosinho Trinta transferiu-se para a Escola de Samba Unidos do Viradouro, onde ganhou o título do carnaval de 1997 com Trevas! Luz! A explosão do Universo. Em 1996, sofreu um derrame que paralisou um dos lados de seu corpo, mas, mesmo assim, continuou seu trabalho na escola. Em 2004, foi homenageado no Carnaval pela Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha, que elegeu como tema sua vida e sua obra.

Em novembro do mesmo ano, Joãosinho sofreu um novo derrame e, no ano seguinte, decidiu afastar-se da Sapucaí, atuando apenas como uma espécie de consultor durante as preparações para o Carnaval. A partir de 2006, passou a se locomover com cadeira de rodas e, desde então, vinha passando por graves problemas de saúde - até sua última internação, em maio deste ano, com quadro de pneumonia e insuficiência cardíaca.

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