terça-feira, 8 de setembro de 2009

LÍNGUA BRASILEIRA!

"Assim como o Português saiu do Latim, pela corrupção popular desta língua,
o Brasileiro esta saindo do Português.
O processo formador é o mesmo: corrupção da língua mãe."

Monteiro Lobato

Monteiro Lobato (José Bento), escritor brasileiro (Taubaté SP 1882 - São Paulo SP 1948).
Em 1918 editou seu primeiro livro de contos, Urupês, com grande sucesso, e principiou sua atividade editorial fundando primeiro a empresa Monteiro Lobato & Cia., depois Companhia Gráfica-Editora Monteiro Lobato. Estreou em 1921 na literatura infantil com A menina do narizinho arrebitado (refundido depois como Reinações de Narizinho). Escreveu a seguir O Saci, O Marquês de Rabicó, Fábulas e Jeca Tatuzinho, com milhões de exemplares vendidos. Em 1924, a editora faliu. Posteriormente, com a venda de uma casa de loterias de que era sócio, arrematou o espólio da massa falida de sua própria editora, criando a Companhia Editora Nacional.
Ilustração de J. Lanzelotti

No Rio de janeiro, escreveu para O Jornal os "Diálogos de Mr. Slang" e para A Manhã um romance em folhetins, O choque das raças ou O presidente negro. Adido comercial do Brasil em Nova York, mostrou-se empolgado com o progresso dos EUA, publicando em 1930 o livro América. Em 1931, preocupado com o problema do petróleo, voltou ao Brasil, fundando a Companhia Petróleo do Brasil. Em 1933 chegou a extrair petróleo do seu poço em Araquá (BA) e no ano seguinte percorreu o Brasil, numa espécie de pregação cívica e econômica, em que denunciava manobras dos trustes petrolíferos. Em 1936, expôs em O escândalo do petróleo todas as suas idéias sobre o tema e traduziu e publicou A luta pelo petróleo, de Essad Bey. Em 1935, com as finanças novamente abaladas, voltou a escrever e traduzir. Publicou então Contos leves, Contos pesados, Geografia de Dona Benta, História das invenções, Memórias de Emília. Em 1937 publicou Serões de Dona Benta, Histórias de Tia Anastácia, O poço do Visconde e, em 1939, O minotauro, O Pica-Pau Amarelo além de contos. Em março de 1941, em pleno Estado Novo, esteve preso por haver endereçado a Getúlio Vargas uma carta de crítica à política brasileira de petróleo. Em 1946, fez a revisão das sua Obras completas, publicadas pela Editora Brasiliense em 13 volumes: Urupês (1918), Cidades mortas (1919), Idéias de Jeca Tatu (1919), Negrinha (1920), A onda verde (1921), Mundo da lua (1923), O macaco que se fez homem (1923), O choque das raças ou O presidente negro (1926), Mr. Slang e o Brasil (1929), Ferro (1931), América (1932), Na antevéspera (1933), O escândalo do petróleo (1936), além de Miscelânea, Prefácios e entrevistas, e um volume de correspondência, A barca de Gleyre. Além da literatura infantil de sua autoria, merece menção o notável trabalho de tradução e adaptação para crianças de clássicos como Dom Quixote, Gulliver, Robinson Crusoé e outros.

Grande Enciclopédia Larousse Cultural - São Paulo: Editora Nova Cultural Ltda., 1988.

Nenhum comentário: