Desembargador Dácio Vieira, à esquerda na foto; na ponta direita, o senador Renan Calheiros. A seu lado, o notório Agaciel Maia ao lado de Sarney. Acompanhados de Ângela, mulher de Dácio, e Sânzia, mulher de Agaciel.
O doutor em censura só esqueceu de mandar prender a foto
Os cinco sorrisos ao lado do primeiro à esquerda realçam o semblante monalisa-no-esboço. A sisudez do terno escuro-brasília corretamente suavizada pela flor na lapela, os cabelos grisalhos como as sobrancelhas, o olhar ausente sugerindo que a cabeça flutua por latitudes nada frívolas, os ombros levemente vergados dos que carregam toneladas de pendências a resolver —as aparências gritam que aquilo é um juiz. E é.
O advogado Dácio Vieira virou juiz contornando o campo minado dos concursos pelo atalho do “quinto constitucional”, que levou um consultor jurídico do Senado ao emprego de desembargador. Amigo e parceiro de Agaciel e Renan, percorreu a trilha desbastada pelo benfeitor José Sarney. Esses defeitos de fabricação explicam tanto a decisão temerária quanto o argumento atrevido evocado para socorrer o protetor em apuros. Dácio alegou que são coisas privadas, e não assunto público, as obscenas conversas telefônicas que comprovam o desvio de dinheiro público para empresas privadas. Assinada pelo desembargador, a decisão foi ditada pelo cúmplice. O doutor em censura só esqueceu de mandar prender a foto.Aqui
"Com censura, o fim de Sarney não poderia ser mais melancólico" Colei da Santa.
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