terça-feira, 18 de agosto de 2009

RELIGIÃO & POLÍTICA... O ATRASO REDIVIVO

A Igreja já teve poder e influência inimaginável, o principal meio de comunicação da época era o sermão nas missas de domingo. Do púlpito arbitravam-se leis, ditavam-se costumes, produção cultural, comportamento e toda organização social.
Era a maior instituição feudal (“Senhora feudal”), tinha grandes extensões de terras pelo mundo afora, a maior riqueza que se podia ter era possuir terras, privilégio exclusivo da nobreza, por isso, seu poder extrapolava o espiritual e também determinava os rumos da economia e da política.
As palavras sagradas eram usadas como um poderosíssimo instrumento de manipulação e dominação, transformando populações inteiras em rebanhos... pessoas em ovelhas, desprovidas de autonomia para discordar ou pensar criticamente, sem originalidade ou qualquer independência.
Hoje, não precisa ser
anticlerical para sentir-se incomodado com a existência de “bancadas evangélicas” fazendo lobbys em um Estado laico como o nosso. Todo este assombroso crescimento religioso, particularmente nas comunicações e na política, nos faz lembrar a teoria da história cíclica, que nos remete a um período em que a sociedade era infectada por puritanismos castradores, que negava os avanços da ciência e as liberdades individuais, queimando na fogueira da inquisição toda e qualquer voz discordante.
Em todos os períodos da história em que a hegemonia religiosa passou a determinar os rumos da política, a humanidade mergulhou muito mais em trevas do que em luz, e este atual avanço religioso, cujas bases eleitorais estão nas igrejas, pode suscitar uma nova forma de governo teocrático, atualmente existente em alguns países islâmicos, mas da maneira como as coisas se encaminham, qualquer possibilidade, por mais improvável que pareça, não pode ser descartável... é o atraso redivivo refazendo a história.

Peguei do Bloguetando Educação.

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