sábado, 22 de setembro de 2012
GETÚLIO MATOU-SE POR TER VERGONHA NA CARA. LULA MORRERÁ SEM SABER O QUE É ISSO.
Getúlio Vargas a Lula é um insulto à memória do
presidente suicida
Por Augusto Nunes - Veja Online
A nota oficial encomendada por Lula, redigida por
Rui Falcão e subscrita por seis presidentes de partidos governistas comunica à
nação, entre uma falsidade e uma safadeza, que está em curso uma trama política
semelhante à que resultou no suicídio de Getúlio Vargas. Conversa fiada,
resumiu o comentário de 1 minuto para o site de VEJA.
Só um ajuntamento de palermas e casos de polícia conseguiria vislumbrar
conspiradores em ação nos três partidos oposicionistas mais dóceis da história.
Só um bando de cretinos fundamentais ousaria
confundir Aécio Neves com Carlos Lacerda, Geraldo Alckmin com Afonso Arinos, ou
tucanos em sossego no poleiro com militares sublevados nos quartéis crispados.
E é provável que até um sócio remido do clube dos cafajestes se recusasse a
comparar Luiz Inácio Lula da Silva a Getúlio Dornelles Vargas. Os signatários
do besteirol espancaram sem clemência, e sem ficar ruborizados, a memória do
mítico gaúcho.
“Querem fazer
comigo o que fizeram com Getúlio Vargas”, recitou o palanque ambulante, de
novo, em agosto de 2011. “Assim foi em 1954, quando inventaram um ‘mar de lama’
para derrubar o presidente Vargas”, reincidiram nesta quinta-feira seis
carrascos da verdade. Alguém precisa contar-lhes aos gritos que foi o próprio
Getúlio quem usou pela primeira vez a expressão “mar de lama”. Alguém
precisa ordenar-lhes aos berros que parem de estuprar os fatos para fabricar
mentiras eleitoreiras.
Na versão malandra do PT e seus parceiros alugados,
a procissão de escândalos que afronta os brasileiros honestos desde a
descoberta do mensalão não passa de invencionice dos netos da UDN golpista, que
se valem de estandartes moralistas para impedir que outro pai dos pobres se mantenha
no poder. Se a oposição não sofresse de afasia medrosa, a confraria dos 171 já
teria aprendido que não há qualquer parentesco entre os dois Brasis. E não se
atreveria a inventar semelhanças entre figuras antagônicas.
Em agosto de 1954, Getúlio Vargas era
sistematicamente hostilizado por adversários que lhe negavam até cumprimentos
protocolares. Não há uma única foto do presidente ao lado de Carlos Lacerda.
Passados quase 60 anos, Lula e Dilma lidam com adversários que fizeram a opção
preferencial pela covardia e inventaram a oposição a favor. Muitos merecem
cadeiras cativas na Irmandade dos Amigos do Cara, dirigida por velhas abjeções
que Lula combateu até descobrir que todos nasceram uns para os outros.
Há 58 anos, surpreendido por delinquências
praticadas às suas costas, acuado pela feroz oposição parlamentar, desafiado
por oficiais rebeldes, traído por comandantes militares, abalado pela deserção
dos aliados, Getúlio preferiu a morte à capitulação humilhante. No Ano 10 da
Era da Mediocridade, o Grande Pastor do rebanho lulopetista só é ameaçado pelo
Código Penal, por um STF disposto a cumprir a lei e pela incapacidade de
aceitar imposições do destino.
Neste começo de primavera, o que se vê é um
populista incapaz de perceber a aproximação do inverno. Os truques do animador
de comício não surpreendem mais ninguém. Tornaram-se enfadonhos. Lula é uma
caricatura de si próprio. É uma lenda precocemente no ocaso. Daqui a muitos
anos, será um asterisco nos livros de história que nunca leu.
Getúlio perdeu a disposição de resistir ao
constatar que, sem saber, convivera com criminosos. Na última reunião do
ministério, foi defendido por figuras como Oswaldo Aranha e Tancredo Neves.
Lula defendeu a permanência de Antonio Palocci e José Dirceu no primeiro escalão
infestado de corruptos. E tenta o tempo todo livrar da cadeia bandidos de
estimação para mantê-los a seu lado. Depois de tentar inutilmente adiar o
julgamento do mensalão, faz o que pode para pressionar ministros que nomeou,
desqualificar a Justiça e impedir a consumação do castigo.
Há uma semana, o protetor de pecadores foi
empurrado para o meio do pântano pelas revelações de Marcos Valério divulgadas
por VEJA. Em vez de replicar às acusações e interpelar judicialmente o
acusador, o mais loquaz dos palanqueiros emudeceu. Entre amigos, gasta a voz
debilitada em insultos a ministros do Supremo, mensaleiros trapalhões ou
advogados ineptos ─ e promete, de meia em meia hora, vinganças tremendas. Em público, pede
votos para candidatos amigos e calunia concorrentes.
O suicídio de Vargas, reiterei há um ano, foi um
ato de coragem protagonizado pelo político que errou muito e cometeu pecados
graves, mas nunca transigiu com roubalheiras, nunca barganhou nem se
acumpliciou com ladrões. Lula fez da corrupção endêmica um estilo de governo e
um instrumento de poder. O tiro disparado na manhã de 24 de agosto de 1954
atingiu o coração de um homem honrado. Um
saiu da vida para entrar na história. Outro ficará na história como quem caiu
na vida. (Movimento Ordem Vigília Contra Revolução)
(inseri imagens da Internet fotoformatação PVeiga)
Getúlio matou-se por ter vergonha na cara. Lula
morrerá sem saber o que é isso.
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