segunda-feira, 17 de setembro de 2012
O NAVEGANTE
Hiram Reis e Silva, Bagé, RS, 17 de setembro de
2012.
A Vida do Viajante
(Luiz Gonzaga)
Minha vida é andar
Por esse país
Pra ver se um dia
Descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras por onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei.
Uma
Travessia de Aprendizado
(veja abaixo)
Uma travessia. Uma aventura. Não sabemos bem. Talvez apenas um homem
comum tentando entender aquilo que é humano, mas tão doloroso. Talvez uma perda
tentando se transformar em vida. Quem sabe um encontro consigo, com seu
passado. Quem sabe uma tentativa de reunir forças para seguir uma viagem
solitária muito mais difícil que o solitário Desafio contra o Rio-mar.
(Professora Silvana Pineda)
Prestando a atenção na letra de “A Vida do
Viajante” do grande Luiz Gonzaga identifiquei-me plenamente com ela.
Engarupado na anca da história me vi, no futuro, contando histórias e causos
das gentes e das coisas que conheci nas minhas longas navegadas pela infindável
Amazônia Brasileira. Tenho sido um humilde aprendiz daquela gente simples de
minha amada Hiléia, fui brindado em cada canto com um conto, os amigos
ribeirinhos me presentearam com sua generosa hospitalidade, as pessoas mais
humildes foram sempre muito mais pródigas que os mais afortunados. Fui
cativando e sendo cativado pelos Povos da Floresta ao longo da jornada.
Guardarei eternamente a lembrança dos amigos que me acolheram no aconchego de
seus lares ou de suas Comunidades e me incentivaram na minha desafiadora saga.
Guardo comigo, com muito carinho, a sabedoria das
barrancas dos imensos caudais, repassada pelos extrativistas, pescadores,
pequenos agricultores e pecuaristas que aprenderam com os ancestrais, os Rios e
a Floresta a lidar com a natureza e aprenderam não a subjugá-la mas com ela
conviver respeitando-a e preservando-a.
Pesquisador
Alguns leitores, depois de lerem meus livros ou
meus artigos, me perguntam por que reproduzo, na íntegra, alguns textos de
outros autores. Respondo, sem falsa modéstia – “não tenho a pretensão de me
considerar um historiador, mas um simples pesquisador, um abnegado garimpeiro
da história que encontrando pérolas raras de autores antigos se acha na
obrigação de reapresentá-las às novas gerações”.
Assim elas terão a oportunidade, além de conhecer
seus escritos, valorizar e reverenciar os historiadores, antropologistas,
viajantes, pesquisadores, escritores e naturalistas pretéritos que não estavam
absolutamente atrelados a sectarismos ideológicos que tanto comprometem, nos
dias de hoje, o estudo dos fatos passados.
Descendo o
Rio Negro
No “Rio Negro”, cuja jornada dediquei a
Rondon, reproduzi as melhores passagens da vida do Marechal da Paz escritas por
Esther de Viveiros no “Rondon Conta Sua vida”, por Candice Millard – “O
Rio da Dúvida”, pelo Major Amílcar Botelho de Magalhães – “Impressões da
Comissão Rondon”, por Gastão Luís Cruls – “A Amazônia que eu vi”,
por Edilberto Coutinho – “Rondon – o Civilizador da Última Fronteira”
e pelo escritor Ruy Castro – “Roquette-Pinto: O Homem Multidão”.
Descendo o
Rio Amazonas I
Na saga do “Rio Amazonas I”, reportei as
praticamente desconhecidas páginas da Batalha Naval de Itacoatiara relatadas em
forma de romance histórico por Ildefonso Guimarães em “Os Dias Recurvos:
Anatomia de uma Rebelião”, a viagem pelo rio Cuminá de Cruls e Rondon
contada por Gastão Luís Cruls – “A Amazônia que eu vi”, reproduzi
a obra rara do Padre Nicolino José Rodrigues de Souza intitulada “Diário das
Três Viagens (1877–1878–1882) ao Rio Cuminá” e a saga de Ford na Amazônia
contada por Greg Grandim – “Fordlândia: Ascensão e Queda da Cidade Esquecida
de Henry Ford na Selva”.
Descendo o
Rio Madeira
Na descida do “Rio Madeira”, encantei-me com
“A Bandeira de Francisco de Mello Palheta ao Madeira”, de autor
desconhecido, reportada por J. Capistrano Abreu, com a Viagem da Real Escolta
de José Gonçalves da Fonseca – “Notícia da Situação do Mato Grosso e Cuiabá.
Estado de umas e Outras Minas e Novos Descobrimentos de Ouro e Diamantes”,
com a “Viagem ao Redor do Brasil, 1875 – 1878”, de João Severiano
Fonseca e “A Ferrovia do Diabo”, de, Manoel Rodrigues Ferreira.
De Olhos no
Futuro sem Jamais Olvidar o Passado
Escrevo meus livros apenas para aqueles que são
capazes de valorizar nosso passado e acreditam que apenas um povo que cultua
sua história e seus heróis pretéritos pode almejar um futuro alvissareiro. Os
alicerces de uma Nação foram edificados solidamente pelas gerações passadas e
devem ser diuturnamente conservados e guardados pelas futuras.
Livro do
Autor
O livro “Desafiando o Rio-Mar – Descendo o
Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS
– PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na
Associação dos Amigos do Casarão da Várzea (AACV) – Colégio Militar de Porto
Alegre. Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre
(CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira
(SAMBRAS); Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil - RS (AHIMTB
- RS); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul
(IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.
E-mail: hiramrs@terra.com.br
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