segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O DIA EM QUE O GOVERNO LULA ENTROU EM CONVULSÃO! A PARTIR DESTA SEGUNDA STF ANALISARÁ O CORAÇÃO DO MENSALÃO!

Supremo Tribunal Federal começa a julgar hoje o objeto principal da denúncia do mensalão. Quatro partidos estarão na mira

Era tarde de terça-feira, 14 de junho de 2005, sob os holofotes de toda a imprensa nacional, quando o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) entrou no Congresso Nacional escoltado por dois advogados, arrastando uma mala vermelha com rodinhas, recheada de papéis que, segundo ele, derrubariam a República. Em seis horas e 35 minutos de depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, ele listou pela primeira vez os nomes dos parlamentares que venderam votos ao governo Lula, a elite do esquema que ficaria eternizado como mensalão.
Presidente do extinto PL (hoje PR), o deputado federal Valdemar Costa Neto (SP), um dos cabeças da base parlamentar do governo montada - hoje, sabe-se como - por José Dirceu, insurgiu-se contra Jefferson, dedo em riste, com ares de desespero e ira. “Nós no PL só temos bons deputados. Diga o nome de quem recebe. Caso o PL tenha parlamentares envolvidos, quero que o senhor dê o nome, para nós investigarmos”, afirmou. O discurso desmoronou em segundos. Jefferson olhou fixamente para o desafeto e fuzilou: "Eu afirmo que Vossa Excelência recebe".
O deputado do ex-PL era um dos nomes de uma lista que o petebista havia apontado minutos antes: Bispo Rodrigues (PL-RJ), Sandro Mabel (PL-GO) - não é réu na ação penal -, Pedro Corrêa (PP-PE), José Janene (PP-PR) - morreu em 2010 - e Pedro Henry (PP-MT).  “Não são todos os deputados que recebem mensalão. Mas deputado Valdemar Costa Neto, deputado José Janene, Pedro Corrêa, Sandro Mabel, Bispo Rodrigues, Pedro Henry, me perdoem, de coração, não posso ser cúmplice de vocês", disse. O Congresso entrou em alvoroço. E o governo Lula, em convulsão.
Depois de 23 sessões de julgamento, o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciará nesta segunda-feira uma etapa crucial do julgamento do mensalão. É o capítulo mais longo do voto do relator, Joaquim Barbosa, e também um dos mais importantes: chegou a vez da compra de parlamentares no governo Lula. O roteiro do voto de Barbosa começa pelos partidos que vitaminaram a base, PTB, PMDB, PL (agora PR) e PP. Em seguida, será a vez do próprio PT, até chegar a aquele que, segundo a Procuradoria-Geral da República, chefiava a quadrilha: José Dirceu. Leia MAIS

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