Manuel Bandeira
Vi uma estrêla tão alta,
Vi uma estrêla tão fria!
Vi uma estrêla luzindo
Na minha vida vazia.
Era uma estrêla tão alta!
Era uma estrêla tão fria!
Era uma estrêla sozinha
Luzindo no fim do dia.
Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrêla?
Por que tão alta luzia?
E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.
MANUEL CARNEIRO DE SOUSA BANDEIRA FILHO
Nascimento: 19/04/1886, Recife, Pernambuco, Brasil
Filiação: Manuel Carneiro de Sousa Bandeira (engenheiro civil) e Francelina Ribeiro de Sousa Bandeira
Falecimento: 13/10/1968, 12:50 h, sozinho em seu apartamento, Av. Beira-Mar, Rio de Janeiro, Brasil
Causa: Tuberculose
Escritor, cronista, crítico e um dos maiores poetas do modernismo brasileiro, observador do cotidiano e de sua própria vida; entre 1944 e 1966 mora em 2 apartamentos do Edifício São Miguel, na Av. Beira-Mar 406, Centro, Rio de Janeiro, onde traduz peças como "Mary Stuart" (de Schiller), "Macbeth" (de Shakespeare), etc; membro da ABL (Academia Brasileira de Letras) em 29/08/1940.
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