Olavo Bilac
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas;
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera, e o inseto à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem;
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
- Nasceu em 16 de dezembro de 1865, no Rio de Janeiro e faleceu no dia 28 de dezembro de 1918 no mesmo estado. Cursou a Faculdade de Medicina e Direito, abandonando essa carreira para dedicar-se exclusivamente para a literatura. Ao registrar a revolta armada, o Governo Floriano Peixoto considerou-o comprometido e mandou prendê-lo. Colaborou em vários jorn Nais e revistas como "Notícia", "Gazeta de Notícias" e a "Riva". Exerceu o cargo de Secretário do Congresso de Panamericano em Buenos Aires , Inspetor da Instrução Pública e Membro do Conselho Superior do Departamento Federal. Tomou parte na Academia brasileira de Letras, ocupando a cadeira de nº 15, cujo patrono é Gonçalves Dias. Pertenceu à Escola Parsiana Brasileira, sendo um dos seus principais poetas. Seu cuidado em atingir uma obra perfeita, levou-o a escrever poesias tecnicamente admiráveis, atingindo um dos mais altos graus do parnasianismo e os feitos históricos de seus desbravadores, são de grande beleza pelo ritmo e pelas imagens sonoras. Seus versos comoventes e de extraordinários sentimentos, o tornaram um dos nossos poetas mais populares. Sua consagração definitiva foi obtida no livro "Poesias", publicado em 1888. Escreveu muito, nunca se descuidando da forma. Algumas de suas obras: "Via Láctea", "Sarça de Fogo", "Crônicas e Novelas". O livro "Tarde", foi publicado postumamente em 1919. Consagrou os últimos anos de sua vida à propaganda do Serviço Militar Obrigatório. Seu nome completo: Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac.
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