domingo, 31 de maio de 2009

ÍMPETO CULTURAL - MÍSTICA DE DESENVOLVIMENTO

Afastamo-nos, cada vez mais, daqueles primórdios de vida sobre a formosa campina onde hoje se expande, desenvolve e amadurece modernamente a metrópole de Campo Mourão.Ela vestiu-se e revestiu-se, desde Miltom Luiz Pereira, de novas roupagens, em todos os aspectos, mas, sobretudo no que tange aos ímpetos de aculturação, os ideais se transmudaram em imposição coletiva que se definiu invocando energicamente a emulação para a implantação do Ensino Superior.
O único meio de nos desvencilharmos, definitivamente, dos grilhões de um desenvolvimento heterogêneo, declarando a independência intelectual, será sob a bandeira da cultura, da educação, da instrução – religando os anseios de Paz e Amor – que dia-a-dia, entre nós se expande e aquece, integrando efetivamente a nacionalidade, nos efeitos de brasilidade para a Humanidade.
A instituição da Fundação Educacional, pelo Prefeito Rosalino Salvadori, através da Lei nº 23, de 14 de Agosto de 1967, foi o passo inicial, para a luta sem trégua, visando dotar o Município de uma Escola de Nível Superior, com a nomeação de um Conselho Diretor, para desenvolver os prérequisitos necessários, composto pela Professora Erony Maciel Ribas, Professor Egydio Martello, Dr. Renato Fernandes Silva e Professora Maria José de Oliveira.
Não obstante o abnegado trabalho desenvolvido por essa equipe, a tentativa primeira teve suas intenções frustradas pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná, negando através do Parecer nº 161/67, de 14 de Dezembro de 1967, autorização para o funcionamento de uma Escola Superior em terras mourãoenses, entristecendo a comunidade ansiosa, depositária de um desespero generalizado pela cultura, uma sede sofrida de tanto tempo, em busca da linfa refrigerante do saber que liberta, redime e eleva.
Mas, em 1968, o trabalho continuou, era Prefeito o Senhor Augustinho Vecchi, que encaminhou novo processo ao Conselho Estadual que, desta vez, votou favoravelmente pela criação de uma Faculdade de Filosofia em Campo Mourão, emitindo o Parecer nº 47/69, de 21 de Maio de 1969.
No entanto, no decorrer do tempo, muitos esforços foram despendidos para vencer a burocracia. A classe estudantil, contida de extraordinária expectativa, ante a aproximação do momento de instalação do primeiro Curso Superior no Município, aceitando os desafios, enfrenta, juntamente com as lideranças envolvidas na montagem das peças documentais exigidas, criando a COPRAF-Comissão Pró-Criação da Faculdade de Campo Mourão, com diretoria composta pelos jovens idealistas: Pedro Rogoski Neto, Presidente; Jair Francisco Githay, Vice-Presidente; Antonio C. Fernandes, 1º Secretário; José Pedroso Fabri, 2º Secretário; Antonio Pedroso Fabri, 1º Tesoureiro; Clarice Arana, 2º Tesoureiro e, representantes das entidades estudantis: Palmyos Gomes Martins (Científico), Adalberto Gouveia (Ginásio), Luiz Fernando Escarpin (Comércio), Cleide Perete (Normal), Dorli Carletto (Presidente da Umes) e José Luiz Migliavacca.
Em reunião realizada no dia 13 de Junho de 1971, sob a presidência do Prefeito Horácio Amaral, os membros da Comissão Pró-Faculdade, composta pelos Professores Ephigênio José Carneiro, Wilson Luiz Ubialli, Walfrido Tokarski, Maria Enilda de Oliveira e Pedro Rogoski Neto, representando a COPRAF, presente também o Professor Nelson Sperandio, Secretário da Reitoria da Universidade de Londrina, orientador e coordenador dos trabalhos de montagem do processo para a implantação definitiva de uma Escola Superior em Campo Mourão, concluíram o anteprojeto de lei, propondo a criação de uma Fundação, com a denominação de Instituto de Ensino Superior do Centro Oeste do Paraná, com a sigla IESCOPAR.
A matéria foi amplamente debatida, discutida e analisada, sofrendo alterações necessárias, sugeridas pelas esferas educacionais, até que, no dia 24 de Agosto de 1972, através da Lei nº 26, sancionada pelo saudoso “Prefeito Escola”, Dr. Horácio Amaral, deu-se a criação da FUNDESCAM-Fundação de Ensino Superior de Campo Mourão, com escritura pública registrada no Livro nº 109-N, fls. 299, do Primeiro Tabelionato de Notas de Campo Mourão, em 04 de Setembro de 1972, nesse mesmo dia o Prefeito Horácio Amaral, pelo Decreto nº 25/72, nomeou nos termos da Lei nº 26, os componentes dos órgãos administrativos da Fundescam, para Diretor: Prof. Ephigênio José Carneiro e Vice-Diretor: Prof. Walfrido Tokarski e, por indicação das entidades - Conselho de Administração: Pedro da Veiga (Executivo Municipal), Dom Eliseu Mendes (Mitra Diocesana), Dr. Roberto Luiz Assumpção de Quintanilha Braga (Associação Médica do Paraná, Secção Regional de Campo Mourão), Prof. Wilson Luiz Ubialli (Associação dos Professores do Paraná – 14ª Região), Dorly Carletto (Associação Comercial e Industrial de Campo Mourão), Augustinho Bukowski (Sindicato dos Trabalhadores Rurais),Waldomiro Ferrari (Lions Clube de Campo mourão), Iracy Ferrari (Rotary Clube de Campo Mourão). Conselho de Curadores: (efetivo) Vereador Sergio Sebastião Miguel, (suplente) Getúlio Ferrari (Câmara Municipal), (efetivo) Nelson Teodoro de Oliveira, (suplente) Joel d’Aparecida Albuquerque (Sindicato Rural de Campo Mourão), (efetivo) Dr. Euvaldo Cordeiro Correa, (suplente) Dr. Divonsir Graf (Associação dos Advogados de Campo Mourão.
Conselho de Administração da Fundescam - da esquerda de pé: Divonsir Graf, Roberto Assumpção de Quintanilha Braga, Iraci Ferrari, Augustinho Bukowski, Walfrido Tokarski, Ephigênio José Carneiro, Nelson Teodoro de Oliveira, Pedro da Veiga e Sergio Sebastião Miguel - Sentados: Dorly Carletto, Dom Eliseu Simões Mendes, Horácio Amaral e Getúlio Ferrari.
Os Conselhos reunidos no dia 16 de Fevereiro de 1973, compondo a 4ª Assembléia Geral Extraordinária, elegeram o seguinte Conselho Diretor da Fundescam - Presidente: Prof. Ephigênio José Carneiro, Vice-Presidente: Prof. Walfrido Tokarski, Tesoureiro: Pedro da Veiga, Vogais: Dom Eliseu Simões Mendes e Wilson Luiz Ubialli, tendo como suplentes: Dr. Renato Fernandes Silva e Dr. Horácio Amaral. Em nova Assembléia, dia 15 de Setembro de 1973, esse Conselho foi dissolvido, elegendo-se um novo, assim constituído – Presidente: Dom Eliseu Simões Mendes, Vice-Presidente: Dr. Renato Fernandes Silva, Tesoureiro: Pedro da Veiga. Vogais: Dr. Horácio Amaral e Getúlio Ferrari e suplentes: Wilson Luiz Ubialli e Divonsir Graf. Em 20 de setembro de 1974, com o falecimento de Dr. Horácio Amaral, o Prof. Ephigênio José Carneiro passou a integrar o Conselho Diretor como vogal suplente.
FONTE LIVRO

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