quarta-feira, 20 de maio de 2009

QUANDO A SIMPLICIDADE VIRA ARTE

Continho
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco.
Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho,
imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo:
- Você aí, menino, pra onde vai essa estrada?
- Ela não vai não: nós é que vamos nela.
- Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
- Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.

Autor: Paulo Mendes Campos, de sua obra: Para Gostar de Ler - I

Surripiei de Poéticas do Cotidiano
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