O cacique Ajuricaba, do blog Tribo dos Manaós, recebeu um pedido da amiga @CelesteRF para divulgar o trabalho do Instituto Chico Anysio quanto às doenças decorrentes do tabagismo. Fumante inveterado e sem-vergonha e potencial portador do mal, claro que aderi e atendi com muito prazer ao pedido.
Assim como milhões, Chico Anysio contraiu Enfisema Pulmonar ao longo de 40 anos como fumante. Diagnosticado há 27 anos, após um infarto cardíaco também causado pela ação do cigarro, parou imediatamente de fumar, mas o Enfisema já estava instalado. Durante muitos anos, Chico sentiu e sofreu com a ação progressiva e devastadora da doença, consciente de que não havia cura.
Na última década, quando começaram a divulgar as primeiras pesquisas com células-tronco, ele passou a acreditar que seria curado através desta terapia.
Mesmo sem ter conhecimento de nenhum estudo científico sobre o emprego da terapia celular para enfisema e outras doenças degenerativas do pulmão, Chico nunca perdeu a esperança e revelou numa entrevista a um programa de televisão, seu entusiasmo com a nova terapia e que se colocava à disposição como voluntário, caso, eventualmente, houvesse algum novo estudo com emprego de células-tronco para tratamento de enfisema.
No link indicado acima, você pode verificar mais detalhes sobre o trabalho do instituto e de como colaborar. Participe.
NA: Embora o tema seja trágico, Chico era um inigualável humorista e um guerreiro, razão pela qual o cacique Ajuricaba, do Tribo dos Manaós abre o post, com quem me solidarizo com as boas lembranças que guardamos do Chico.
Um comentário:
Pedro, precisei chegar aos 65 anos, com todos à volta beirando a mesma idade para descobrir o que jamais poderia imaginar: "o que é nosso, está guardado", para ser oferecido (sabe-se lá por quem!) na hora exata.
Além de várias outras historinhas que fiz questão de guardar com todo carinho, há um exemplo bem evidente: meu marido, há um tempo atrás, fumava 3 maços de cigarro por dia, acumulou alguns quilinhos de gordura a mais e o único exercicio que fez durante a vida inteira foi pisar no acelerador do carro. Entretanto, o seu irmão nunca fumou, adora andar de bicicleta e fazer alterofilismo, mantém até hoje um corpinho de jovem. No ano passado, o seu irmão - pasme! - teve um ataque cardíaco. Meu gordinho marido (para minha sorte) nunca teve maiores problemas.
Certamente o cigarro provoca seqüelas, mas poderíamos dizer que ele apenas dá um empurrãozinho no que já estaria destinado a acontecer.
O cigarro não provoca nada, ele apenas ajuda, não os fumantes, mas o que está esperando por um aliado. E não existe melhor aliado para um enfizema pulmonar, por exemplo, do que o fumo.
Há outras duas histórias incríveis, que até poderiam ser chamadas de coincidência, mas certamente não são).
Um abração,Ju
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