segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
CURVA LIVRE E SENSUAL, TRAÇOS DE NIEMEYER
“O pior dos enganos é tentar
enganar a si. É como reconhecer estar velho ou feio diante da própria imagem. O
autoengano será trocar o espelho velho por um novo, supondo melhorar a imagem
voltando a ser novamente belo”
(Gudé).
Por José Eugênio Maciel
“Mesmo durante décadas depois, Niemeyer se mantém a
frente do tempo, estamos
identificados com as suas obras, e elas espelham uma
trajetória que
prossegue, estão apontando para o futuro, um tempo que
está
muito além do concreto, dos enormes vãos, dos poucos
pilares e do significado da criação maior do homem.”
(Artigo publicado nesta Coluna (Tribuna do Interior) no centenário
de nascimento de Oscar Niemeyer)
Junto com a perda, a
repercussão da morte de Oscar Niemeyer proporciona além da tristeza do luto, o
conforto mesclado de orgulho pelo enorme eco em todo mundo através de todos os
jornais que estamparam em manchetes noticiando o fato e enalteceram a quem
chamaram de gênio. Os brasileiros expressam o carinho, respeito e admiração ao
arquiteto. A derradeira despedida tinha que ser também em Brasília, idealizada
por ele, lugar patrimônio da Humanidade, como ele.
Assim como o transcrito logo abaixo do título de
hoje, acrescendo outras partes do mencionado texto: ...Ele concebeu ou
alterou o cenário de muitas cidades, assim como construiu uma inteiramente a
partir do nada. (…). ...A pedido do então prefeito da capital mineira Juscelino
Kubitschek, o jovem arquiteto carioca pôde, ainda que sem a pretensão de sê-lo,
começar a marcar extraordinariamente o nome dele na arquitetura brasileira e
mundial. (…). …
Outro fato, não sei se reconhecido na
sua plenitude, diz respeito aos espaços de entrada dos prédios, eram frios,
amplos salões quase sem nada. Oscar promoveu ou valorizou nomes de artistas
plásticos, pintores, escultores, que passaram a colocar nas obras que ele
projetava painéis, murais, enfim criações artísticas que passaram a
proporcionar a expressão cultural em relevo, dando vida aos espaços interno ou
externo do que ele construíra. (…).
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