segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

MÂNCIO LIMA-AC

Hiram Reis e Silva, Cruzeiro do Sul, Acre, 11 de dezembro de 2012.

Mais uma vez contando com o apoio do Capitão Moura Comandante da Polícia Militar de Cruzeiro do Sul fomos, desta feita, visitar a Aldeia Barão na Terra Indígena Poyanawas, Município de Mâncio Lima, AC. O Sd PM Magnos Clayton R. Costa foi um excelente guia, conhecedor da região e extremamente prestativo. Na Terra Indígena notamos uma saudável miscigenação e a existência de belos roçados que produzem, segundo os nativos, a melhor mandioca da Brasil.
Conheça um pouco da história e costumes do Povo Poyanawas através da excelente reportagem do repórter Leandro Altheman Lopes: Veja vídeo abaixo ou acesse-o aqui >>> http://www.youtube.com/watch?v=gQZ4hioS0dE

Dimanã Êwê Yubabu: Floresta, Casa de Todos Nós

Visitamos o local onde são realizados os “Jogos da Celebração”, que, normalmente duram cinco dias e contam com a participação de aproximadamente 400 indígenas, de quinze etnias do Estado com o objetivo de valorizar a diversidade cultural e de procurar repassar para a sociedade acreana o conhecimento ancestral de seus povos.

-  Histórico de Mâncio Lima
Mâncio Lima nasceu de um povoado denominado “Vila Japiim”, elevada em 1913 pelo Capitão Regos Barros. Japiim pássaro de plumagem preta e amarela muito comum na região do Vale do Juruá. (...) Só em 14 de maio de 1976 foi assinada a Lei nº 588, que elevou oficialmente Mâncio Lima a categoria de município. Mas, apenas em 30 de maio de 1977 – Mâncio Lima conquistou sua autonomia e emancipação com a posse do primeiro Prefeito. 
O município está localizado às margens direitas do Paraná Japiim, perfazendo uma área de 5.451,1 Km2 que se estende a 30 Km da foz do Rio Moa, após aproximadamente um quilômetro de restinga, na região Norte do Brasil, extremo oeste da Amazônia e no ponto mais Ocidental do País. Limita-se com os municípios de Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves e com a República do Peru. Está diretamente ligado aos dois municípios, pela BR 364, totalmente pavimentada, numa distância de 36 Km de Cruzeiro do Sul e aproximadamente 30 Km de Rodrigues Alves, sendo também o mais distante da Capital a 700 Km de distância e seu acesso pode ser feito por via área e em alguns meses do ano por via terrestre em precárias condições. 
Mâncio Lima conta ainda com o Parque Nacional da Serra do Divisor (PNSD) que é o quarto maior parque nacional do país, possuindo uma área de aproximadamente 843.000 há. (...)
O município de Mâncio Lima possui três reservas indígenas: a dos Poyanawas que possui uma população de 403 pessoas, a língua falada é o Pano e sua extensão por hectares é de 21.214 a situação jurídica da mesma é declarada; os Nukinis possuem um população de 425 pessoas, a língua falada também é o Pano a sua extensão por hectares é de 27.264 e sua situação jurídica já está registrada; os Nauas, estão passando por um processo de reconhecimento, já foi realizado um estudo por uma antropóloga e o processo está sendo estudado, até então os mesmos não são reconhecidos como índios Nauas. (...)
A última contagem populacional realizada em 2007 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico – IBGE mostra em Mâncio Lima uma população de 13.753 habitantes residentes na área do município. (...) 
O município de Mâncio Lima desde os seus primórdios é agrícola. Tendo como cultura a mandioca, milho, arroz e feijão..., com grande escala das áreas exploradas (beneficiada), com a mandioca onde predomina a produção de farinha.
A sede do município é atendida com energia elétrica, de fornecimento contínuo e telefonia fixa e móvel. O município tem um potencial muito grande para o artesanato local, sendo ainda deficiente por não contar de um apoio mais aprofundado nesta área. (...)
 Poyanawas, em Mâncio Lima, comemoram o Dia do Índio com atividades culturais e esportivas
Livro do Autor

O livro “Desafiando o Rio-Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS e na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br). Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

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