
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
O GARIMPO DO PEDRO DA VEIGA
“Se a história não continua, o
passado é sombra; e luz se ela prossegue” – Gudé.
Por José Eugênio
Maciel
“A caminhada
que a humanidade fez explica o muito sobre a própria
humanidade,
assim como o que uma pessoa faz explica
muito sobre
ela.
É a
caminhada da humanidade que damos o nome de processo histórico”.
Vavy Pacheco
Borges

Pedro nasceu com a vocação jornalística,
dando contribuições valiosas como locutor, escritor e servidor público,
atividades desenvolvidas com esmero e dedicação refletiram sobejamente na peculiar
feição para a nossa História. Tanto é assim que, intitulado “Campo Mourão – Centro do Progresso”,
editado em 1999, o livro da sua autoria é uma consulta obrigatória para quem
almejar conhecer e compreender os fatos históricos.
Fora qualquer dúvida, não se trata de um
livro qualquer. A publicação espelha os anos em que ele soube guardar
caprichosamente importantíssimas informações, munindo-se de materiais que por
si só são documentos, peças históricas que se não fossem catalogadas
devidamente poderiam perder o real sentido. O bom na narrativa memorial feita
pelo Pedro se destaca primeiramente o português fluente e agradável. Ademais, a
obra escrita suficientemente documentada se caracteriza pelas variadas e bem
distribuídas ilustrações, fotos, cópias de documentos. Aliás, neste aspecto o
escritor se destaca mais uma vez, ao longo do tempo montou um valioso acervo,
incluindo gravações integrais de discursos solenes de importantes inaugurações.
Impecável está o glossário, nele encontramos os significados das palavras
empregadas no seu compêndio.
Não há como ficar indiferente a boa prosa
do Pedro, principalmente se o assunto for Campo Mourão. Ao reler e com
frequência consultar o livro, testemunho o cuidado e o prazer que o Pedro tem
em registrar, analisar e difundir a nossa densa história, rica como a
capacidade do próprio escritor.
Meu saudoso pai e o Pedro foram grandes
amigos. O tempo passou e num dos encontros Pedro e eu falávamos do Eloy, então
Pedro perguntou-me se eu tinha lido os textos escritos pelo meu pai, publicados
nesta Tribuna do Interior. Eu era
muito pequeno quando o pai escrevia a Coluna Sinal Amarelo, nem sabia ler, disse. Para a minha grata surpresa
alguns dias depois recebo fotocópias dos artigos editados neste Jornal. O Pedro
me entregou com uma dedicatória, era 29 de março de 1996. Somente uma pessoa
atenciosa e organizada agiria assim, reafirmando uma amizade que continua.
O bom garimpeiro sabe extrair o melhor
que o rio tiver, e o Pedro conhece como poucos as preciosidades, não é
coincidência o sobrenome dele, pois Veiga significa, planície cultivada e fértil, espaço propício à inteligência e
interpretação histórica.
Reminiscências em Preto e Branco
Como era
bonita a caligrafia naqueles tempos, é o que se pode afirmar ao ler documentos
reproduzidos (cópias de atas) no livro Campo
Mourão – Centro do Progresso, uma curiosidade que o Pedro trouxe a lume.
Fonte:
Tribuna do Interior-Ano 36-nº 5.907-Domingo,20 de junho de 2004.
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Um comentário:
li, com prazer, 3 vezes seu livro. Parabéns Pedro !
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