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O Portal A12
lançou nesta sexta-feira (15) um canal
especial sobre o
Santo Padre, o Papa Bento XVI.
Através do
endereço www.A12.com/santopadre o
internauta pode
encontrar todas as informações sobre
o Papa Bento
XVI, sua biografia, seu magistério,
todo o universo
relacionado ao Vaticano e aos
momentos mais
marcantes de seu ministério petrino.
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sábado, 16 de fevereiro de 2013
O LEGADO DO PAPA BENTO XVl
Por Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Diante da decisão do Papa Bento XVI de renunciar a
partir do dia 28 de fevereiro o importante é, sem dúvida, que se reflita sobre
o legado que o sucessor de bem-aventurado João Paulo II deixa para a História.
Além de seu acendrado amor à Igreja, com sua invejável cultura, Ele soube
sabiamente interpretar o Vaticano II apresentando orientações condizentes a
este contexto pós-moderno. Bento XVI é um dos maiores intelectuais do mundo
contemporâneo e se tornou um dos mais notáveis pontífices da História da
Igreja, um Pastor de almas dedicado, a exemplo de São Paulo, fazendo-se tudo para
a todos salvar. Ele ofereceu à Igreja e ao mundo uma extraordinária lição de um
estilo pastoral o qual revelou um serviço eclesial que patenteou um Pontífice
inteiramente atento a todas as necessidades dos homens e mulheres de todas as
nações, raças e crenças. Tal foi sempre sua postura em suas alocuções, nas suas
viagens apostólicas na Itália e em outros países, nos livros que publicou e,
sobretudo, nas suas três monumentais encíclicas: “Deus é amor”; “Spes
Salvi” sobre Esperança cristã e “Caridade na Verdade”. Ele soube
recolher a herança deixada pelos seus predecessores e, com seu modo de ser doce
e reservado, com suas palavras moderadas e profundas, com seus gestos medidos,
mas incisivos fez um trabalho apostólico de uma relevância tal que superará
todas as declarações tendenciosas daqueles que querem uma Igreja desestruturada
e que pregam uma teologia libertária, bem longe da verdadeira libertação
preconizada na Bíblia. Ele sempre soube escutar a palavra e a vontade divinas,
se deixou guiar continuamente pelas luzes do Espírito Santo. Por isto ele foi
um profeta que sempre falou de Deus com uma fidelidade, com um destemor dos
grandes personagens bíblicos. Com coragem apontou sempre os erros do mundo
hodierno, criticou a violência que pretende ter uma justificação religiosa,
execrando sem cessar o relativismo e o hedonismo. Procurou corrigir os desvios
éticos com prudência, mas com inflexibilidade. No centro de seu pensamento
nunca deixou de estar presente a questão da relação entre a fé e razão, entre a
religião e a renúncia à violentação da liberdade religiosa. Não houve
neste pontificado uma involução como certos comentaristas apressados estão propalando,
nem ele foi um mero pontífice de transição, mas, isto sim, foi um papa de
progressão, que impulsionou um movimento histórico ou marcha para diante da
grei de Cristo, resguardando com firmeza os princípios que fundamentam uma fé
esclarecida, baseada no amor de Deus pelo homem e que encontra na cruz do
Redentor e na sua ressurreição sua máxima expressão. É que para Bento XVI a fé
nunca foi uma questão a ser solucionada, mas um dom que deve ser redescoberto
dia a dia, trazendo alegria e a plenitude da paz. As especulações
sobre as causas da renúncia do Papa são fruto de interpretações fantasiosas. Na
sua declaração o Papa foi claro: “No mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças
e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a
barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do
corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de
tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar
bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade
deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de
Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de
Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a
sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por
aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice”.
É um papa que deixará marcas positivas na história.
Cabe
agora aos fiéis
rezarem para que os Cardeais, iluminados pelo Espírito Santo, escolham o
novo
Papa que prosseguirá impulsionando a Evangelização no mundo como o fez
com
galhardia e muito talento Bento XVI. Até lá haverá o abuso indevido dos
termos conservador, progressista e quejandos, rotulando aquele que
supostamente será o 265º sucessor de Pedro.
CÔN. JOSÉ GERALDO VIDIGAL DE CARVALHO (foto) - da Academia Mineira de Letras. Professor no Seminário de Mariana durante
40 anos. - Viçosa, Brasil. (publicado por solpaz)
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