sexta-feira, 3 de junho de 2011

DESAFIANDO O RIO-MAR - UM PROJETO DE SOLIDARIEDADE

Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 2 de junho de 2011.

“Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.

Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.

Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.

Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.

Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.

Porque amigo sofre e chora.

Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.

Porque amigo é a direção.

Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.

Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.

Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,

Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!”

(Machado de Assis - Bons Amigos)

Desde o início o Projeto Desafiando o Rio-Mar têm me proporcionado momentos de pura emoção, são novos e velhos amigos sempre me surpreendendo de uma forma ou outra. Faço questão de reportar mais dois acontecimentos que se somam a uma plêiade formidável de ações que me fazem acreditar cada vez mais na humanidade dos homens

- O Irmão Maçon

“Antigamente existia o médico da família, que ia até a casa de seus pacientes, ouvia com atenção os problemas de cada um e conhecia cada integrante da família pelo nome. Hoje, o paciente é tratado como cliente de loja, que paga para obter o serviço. O amor passou a não ter espaço na área médica. Se o médico gasta tempo com amor, não tem retorno financeiro algum. Só ganha dinheiro se dá um remédio ao paciente ou faz alguma intervenção cirúrgica”. (Patch Adams)

Que saudades dos médicos do passado. Lembro-me dos tempos de criança, em Rosário do Sul, quando a simples presença do Médico trazia conforto aos pacientes. Havia uma aura que os envolvia, o “Doutor” se preocupava em curar o doente e não a doença tratava os pacientes como amigos tinha tempo para saborear um chimarrão com os familiares, para ouvir e contar “causos” antes de partir para outra consulta. Havia, naqueles tempos, um envolvimento emocional e um compromisso com a cura.

Há quatro meses minha esposa teve de se submeter a mais uma cirurgia cerebral, a quarta. Aparentemente tudo tinha corrido bem, mas infelizmente, logo depois da cirurgia, fomos importunados por um profissional da anestesia, recuso-me a chamá-lo de médico, querendo cobrar seus honorários. Quando entreguei minha esposa aos cuidados do Hospital Militar de Porto Alegre estava, logicamente, confiando que ela estaria sendo atendida por profissionais da saúde credenciados pelo Hospital e não de elementos estranhos ao corpo clínico daquele nosocômio. Em nenhum momento eu havia sido alertado pelo chefe da equipe médica, encarregada da cirurgia, de que o anestesista não fazia parte do corpo médico do Hospital Militar.

Depois de receber inúmeros e insistentes telefonemas da secretária do referido profissional, reclamando o pagamento de seus honorários, resolvi lhe passar o telefone de meu amigo advogado e Ir:. maçon André Luiz Oliveira Conceição. O Ir:. André achou por bem pagar pelos serviços e me informou que eu deveria indenizá-lo somente depois que o exército me ressarcisse das despesas. No início deste mês, ao examinar o contracheque, verifiquei que o depósito havia sido realizado e imediatamente telefonei para o amigo advogado. O André, mais uma vez, demonstrando seu maçônico altruísmo disse que eu lhe pagasse apenas 50% da dívida, sem juros, e que o restante ele estava doando à 4ª Fase Projeto Desafiando o Rio-Mar – Descendo o Rio Madeira.

É emocionante verificar como nossos amigos são capazes de preencher as lacunas deixadas por familiares mais próximos, principalmente nos momentos de dor e dificuldades financeiras. Quantas e quantas vezes encontramos mais solidariedade e carinho junto aos verdadeiros amigos do que naqueles que, pelos laços de sangue deveriam estar prontos a nos estender a mão. Obrigado Ir:. André você não imagina o que um gesto desses significa para mim, minha esposa e filhos.

- O Mestre Jornalista

Recebi, esta semana, um e-mail do amigo jornalista Marco Antônio Pontes. Nosso Projeto de Soberania mostra como é possível aproximar pessoas que, embora, tenham suas divergências em relação a alguns princípios ou questões unem-se tentando dar novos rumos a este desgovernado Brasil. Felizmente, meus amigos investidores têm seus corações e mentes voltados para um bem maior – nossa Soberania e, em nome do princípio democrático de aceitar as diferenças de pensamento, tem nos apoiado e incentivado. Reproduzo a missiva do amigo jornalista Marco Antônio Pontes:

Meu caro coronel Hiram.

Não tenho o prazer de conhecê-lo pessoalmente, mas acompanho com expectante atenção suas iniciativas em defesa da Amazônia e da soberania nacional. Escreve-lhe um velho jornalista cujas idéias nem sempre coincidirão, exatamente, com as suas, mas prefere encontrar confluências, como as que lhe respaldam a saga amazônica e, mais recentemente, as considerações sobre a tragédia resultante da desastrosa demarcação contínua das terras (supostamente) indígenas de Roraima.

Ouso tentar contribuir para sua missão, com meus parcos meios: afora modestíssima, simbólica ajuda monetária que lhe remeti há tempos, tenho reportado suas viagens pelos rios-mares de nosso Grande Norte na coluna semanal que mantenho no Jornal da Comunidade, de Brasília. Também busco multiplicar entre os amigos e correspondentes na internet os relatos de suas viagens.

Tomo a liberdade de transcrever a seguir, para seu conhecimento, o que disse a meus dois irmãos e a alguns amigos, como eles maçons, ao repassar-lhes seu mais recente e-mail. E envio-lhe, em anexo, a coluna que publiquei nos primeiros dias deste ano, num momento político especialmente adverso por que ainda ardiam as labaredas da discórdia ateadas pela campanha eleitoral de 2010, na qual os dois principais disputantes semearam ódio e discórdia, a agir como inimigos em vez de adversários; acreditei, e sigo a crer, que seu exemplo de aceitação das diferenças e da possibilidade de convergência entre contrários em favor de um bem maior, haveria de emular outros brasileiros de boa vontade.

Permita a honra de fraternamente abraçá-lo a este velho escriba, Marco Antônio Pontes.

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(A carta citada acima:)

Aos irmãos e amigos maçons:

Vejam que loucura vai empreender agora esse incrível confrade de vocês, o coronel Hiram Reis e Silva, professor do Colégio Militar de Porto Alegre e aventureiro que usa a audácia para defender a Amazônia.

Como quase todos os colegas de farda, Hiram é conservador. Ainda assim, encontro pontos de contato com suas idéias no nacionalismo e na preservação da Amazônia, inclusive da cobiça internacional. Já lhe aplaudi opiniões, propostas convergentes e, democraticamente, aceitei as demais.

Talvez vocês gostassem de divulgar-lhe as aventuras. Ele precisa de apoios (e apoio$!, já que não tem nem pede ajuda governamental em sua obra patriótica.

Abraços,

M. A.

– Blog e Livro

Os artigos relativos ao “Projeto–Aventura Desafiando o Rio–Mar”, Descendo o Solimões (2008/2009), Descendo o Rio Negro (2009/2010), Descendo o Amazonas I (2010/2011), e da “Travessia da Laguna dos Patos I (2010), estão reproduzidos, na íntegra, ricamente ilustrados, no Blog http://desafiandooriomar.blogspot.com.

O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre. Pode ainda ser adquirido através do e–mail: hiramrsilva@gmail.com.

Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:
http://books.google.com.br/books?id=6UV4DpCy_VYC&dq=%22hiram+reis+e+silva%22&source=gbs_navlinks_s.

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar (IDMM); Vice Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil - RS (AHIMTB); Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

Blog: http://desafiandooriomar.blogspot.com

E–mail: hiramrs@terra.com.br

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