Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 20 de junho de 2011.
Não temas a morte, pois ela será rápida e silenciosa.
Não temas a dor, pois você não terá tempo de sentir.
Não temas a punição do seu comando, pois você terá que estar vivo
para sofrer punições, e tenha certeza que eu não deixarei.
Eu sou aquele que você não viu, eu sou aquele que você
não percebeu. E esse foi o seu erro, mas mesmo se tivesse
percebido o resultado não seria diferente.
Eu sou aquele que está sempre um passo a frente.
As escadarias esquecidas, os escombros ignorados, as janelas
quebradas, esses são os meus lares, mas nunca no mesmo lugar.
Minhas vestes são imperceptíveis, meus gestos friamente calculados
Assim eu e meu rifle esperamos apenas a sua chegada.
Agora você está na minha mira, não há mais volta, sua história terminou.
Você respira mais uma vez, sem saber que será a última vez que fará isso.
O dedo e o gatilho agora se encontrarão mais uma vez, eles anseiam por isso.
Apenas um segundo é o que separa a linha tenue entre a vida e a morte.
Acabou!!! depois de tanta espera bastou um segundo, um gesto, e uma bala
para levar ao climax da minha majestosa arte, a arte da precisão, a arte da
camuflagem, a arte do tiro perfeito, e foi preciso apenas um.
Um tiro, Uma morte!!!
(T.A.S Queiron - Poema do Sniper)
Algumas vezes a ação dos “snipers”, menos heróica e mais criminosa, dissemina terror não só nas fileiras inimigas, mas no seio da população civil indefesa. No “Cerco de Sarajevo”, atiradores feriram 1.030 e mataram 225 pessoas transformando uma das avenidas da capital em um local extremamente perigoso. Os atiradores atiravam indiscriminadamente em homens, mulheres, idosos e crianças que tentavam atravessar a rua que ficou conhecida como “Sniper’s Avenue” (avenida dos franco-atiradores).
Recentemente os “snipers” foram empregados pelas tropas aliadas na Guerra do Iraque, como cobertura às movimentações de tropas amigas, sobretudo em áreas urbanizadas e pelos chechenos quando apenas um “sniper” era capaz de interromper a progressão das forças russas durante dias.
Operações de Guerrilha
Fonte: Cel Gélio Fregapani - DEP 1984 - Manual de Operações na Selva.
A diferença entre a guerra na selva e a guerrilha na selva é muito tênue. As missões de uma tropa de selva são as missões de guerrilha em grande escala.
A virtual ausência de uma linha de frente e a liberdade de movimento de uma tropa de selva permite todo o tipo de ação de comandos.
Como as situações variam instantaneamente e as informações têm pequeno tempo de validade, as tropas infiltradas têm liberdade de ação, a fim de agir com oportunidade.
As ações mais comuns são:
a. Emboscar comboios de suprimentos em estradas, trilhas ou rios;
b. Destruir postos de comando, centro de comunicações, depósitos de suprimento;
c. Assegurar a colaboração dos habitantes e punir os traidores;
d. Golpear as forças inimigas e ocultar-se na selva para evitar a resposta.
Caçadores
No contexto de Operações na Selva se avulta a necessidade do emprego dos caçadores e mais uma vez solicitei ao Mestre Fregapani que me orientasse, desta feita a respeito dos atiradores ou “caçadores” como se denomina no Brasil. Ele, gentilmente, atendeu meu pedido e sublinhou que em referência ao caçador, pela grande disponibilidade de recursos humanos e pela falta de material (armas, lunetas, visor noturno e ampliadores de som), recomendava doutrinariamente formar o núcleo com um atirador, um escudeiro (Coach) - observador e um pagem (Sd auxiliar). Reproduzimos, na íntegra o seu “Manual do Caçador”.
Manual do Caçador
O “Caçador,” ou “Atirador de Escol,” é o militar cuja missão é atingir alvos selecionados com precisão. É de importância capital numa guerra, podendo mesmo influir decisivamente no resultado dos combates. Atualmente com um pouco mais de preparo, o uso de caçadores é das poucas técnicas eficientes que o nosso Exército poderá empregar efetivamente em combate Este “Manual” visa suprir uma lacuna existente em nosso Exército, nos primeiros anos do milênio. Destina-se aos futuros Caçadores e aos comandantes de Unidade que pretendem utilizá-los. Não é um “Vade Mecum” nem será de grande auxílio a bons Caçadores já formados, mas certamente será muito importante para transformar em Caçadores os bons atiradores já existentes e para orientar a formação de equipes. Espera-se que este manual seja superado em pouco tempo, assim que o nosso Exército desperte para a importância do Caçador e os prepare com antecedência.
Requisitos para o Recrutamento
O principal requisito é que o candidato seja um excelente atirador, ou que haja condições para que se torne um. Outro requisito essencial será uma condição mental adequada. Boas condições e físicas, não fumar nem usar óculos são características desejáveis, mas não essenciais. Todo excelente atirador já pode ser usado, em emergência, como caçador. O ideal é que se recrute para esta função quem já for um campeão, mas deve-se considerar que quase qualquer pessoa, que realmente queira, tem potencial para aprender a atirar bem. Entretanto por mais que se deseje, as condições mentais indispensáveis não podem ser aprendidas, Elas vêm com o indivíduo, o qual deve ser capaz de atirar calmamente nos alvos que selecionou e não pode ser suscetível a emoções como ansiedade ou remorsos. Os demais requisitos desejáveis são importantes, pois sua falta prejudica a performance em muitas circunstâncias, mas normalmente não impede o cumprimento da missão.
Conceitos Gerais de Emprego
O número de baixas infligidas ao inimigo já dá uma medida da importância do Caçador. Os melhores atiradores da II Guerra Mundial, tanto os alemães como os russos, ultrapassaram as 300 baixas, numa época em que a precisão das armas não ultrapassava de muito os 600 metros. No Vietnã, com seus Winchester 70, os melhores “snipers” americanos obtiveram uma média de 15 acertos por dia, o que significou abater o efetivo de quase uma companhia por semana ou o de um Batalhão por mês.
Entretanto a influência do Caçador no combate ultrapassa o simples número de baixas infligidas pois muitos dos alvos selecionados podem ser de difícil substituição como chefes, rádio-operadores e especialistas, cujas baixas farão mais falta do que soldados comuns. Além disso, como os inimigos podem ser atingidos a uma distância onde se julgariam a salvo do fogo direto de armas individuais, a simples existência de Caçadores causa medo aos alvos potenciais e influi em suas decisões. O emprego de Caçadores se torna ainda mais significativo quando o inimigo se rodeia de civis desarmados ou escudos humanos. Nesse caso só Caçadores podem evitar a morte de inocentes.
Organização
O Caçador pode atuar isolado ou formando uma equipe. Tendo em vista a atual falta de doutrina no nosso Exército, se você for um excelente atirador e receber permissão para agir como Caçador, é possível que tenha que agir sozinho, mas o ideal seria constituir uma equipe de três militares: O Caçador, um Observador e um Auxiliar. Os norte-americanos agem em dupla, com dois Caçadores cuidando do mesmo alvo, o que apresenta a vantagem de um servir de observador e de apoio mútuo mas é um desperdício quando se pode usar cada Caçador com seu próprio observador. Quando há abundância de campeões de tiro e de armas adequadas este desperdício é aceitável e até traz algum acréscimo na eficiência, mas nós teremos que lidar com a escassez. Considerando que temos limitações em quantidade de armas de alta precisão e de excelentes atiradores e não temos a mesma carência em pessoal não especializado, não deverá haver grande dificuldade em formar a equipe preconizada, cujos elementos terão as seguintes funções:
Caçador – independe de posto, sendo selecionado por suas condições mentais e sua performance no tiro. Conforme sua hierarquia e experiência pode ser ou não o chefe da equipe, mas sempre será o elemento principal, para quem toda a equipe trabalhará, pois tudo depende da eficiência de seus tiros. Deve ser equipado com o melhor fuzil que puder ser conseguido. Se já for um campeão de tiro de fuzil provavelmente terá o seu próprio Winchester 70 ou Hamerli de tiro ao alvo, talvez com luneta. Se não, usar o FAL com luneta da dotação. Quando possível, deve ser poupado do cansaço, principalmente da visão.
Observador – normalmente um sargento. Tem como missão principal a busca de alvos e a observação dos tiros. De algum modo age como um treinador. Quando o Caçador, embora excelente atirador, for um “novato” em assuntos militares, o Observador pode ser o chefe da equipe. Deve ser equipado com a melhor luneta de tripé que poder ser conseguida, de preferência com 20 aumentos ou mais. Em caso de carência absoluta, usar o binóculo de dotação. O armamento ideal para o Observador seria um míssil portátil tipo AT-4. Isto ficará para quando for possível. Na atualidade usar de preferência uma submetralhadora.
Auxiliar – Normalmente soldado recruta, para encarregar-se do transporte de parte do material, auxiliar na camuflagem, na vigilância e no reabastecimento. Pode ser empregado para operar eventual rádio existente e servir como mensageiro. Como armamento, de preferência também uma submetralhadora.
Macetes de Tiro
Mesmo considerando que o futuro Caçador já seja um campeão, alguns macetes o ajudarão a matar mais inimigos e contribuir mais para a vitória. Vejamos alguns:
Posição da arma – embora todas as posições de tiro do tiro ao alvo possam ser eventualmente usadas, o Caçador deve preferir usar a arma apoiada, seja sobre um “bipé”, diretamente sobre qualquer saliência ou com o cano amarrado em uma árvore. As posições com a arma apoiada melhoram significativamente o tiro.
O premir o gatilho – qualquer atirador conhece o efeito da “gatilhada”, e o consequente desvio na hora exata do disparo. Ensinar que se deve premir lenta e continuamente a tecla do gatilho seria chover no molhado. Entretanto não é bem divulgado o efeito dos demais dedos da mão. Ao mover o indicador, os impulsos nervosos tendem a mover também os demais dedos, desviando a arma no exato momento do disparo. Estando a arma apoiada e com a visada perfeita, é necessário evitar que os dedos desviem a arma. Para tanto se pode: deixar a mão bem frouxa, de forma a não fazer pressão no punho da coronha, ou manter os dedos médio, anular e mínimo retos, sem envolver o punho, puxando a arma para traz fixando-a diretamente contra o ombro. Essa última maneira propicia o tiro mais rápido.
A visada com a luneta – embora existam muitos tipos de lunetas, a maioria delas dispõe de “zoom”. Deve-se capturar o alvo preferentemente com o zoom mínimo e então ampliar. É importante observar se o centro do retículo está exatamente no centro da visada, e se não há algum pequeno sombreado em alguma das bordas do campo de visão, o que acontece quando não se olha pelo centro da luneta. Isto significaria que estaríamos apontando para um ponto na direção contrária ao sombreado, mesmo vendo o alvo enquadrado na cruzeta do retículo.
A Escolha dos Alvos
A importância do Caçador excede ao número de inimigos abatidos. A presença de Caçadores medo ao inimigo e influencia em suas decisões. Como você não poderá engajar todos os alvos em potencial, você deve escolher os alvos mais importantes – comandantes, observadores avançados de artilharia, rádio operadores, atiradores de armas coletivas, caçadores e outros especialistas, desde que você tenha a convicção que pode acertar. Um tiro certeiro num soldado comum fará melhor efeito do que um errado, mesmo num alvo de importância excepcional. Você ainda poderá danificar material rádio, ótico, radares, mísseis etc.
Avaliação da Distância e Ponto a Visar
Para que seu tiro acerte o alvo, considerando que provavelmente nem você nem seu observador terão a disposição um telêmetro laser, é importante ter outros macetes. O primeiro deles refere-se ao treino em avaliar distâncias. Para isto devem ser colocados homens de 100 em 100 metros, até mil ou mais. O futuro caçador deve gravar na mente o aspecto de cada um, a olho nu e em sua luneta. A olho nu, ainda podemos ver os braços e as pernas de uma pessoa a 400 m. Já a 600 só veremos o vulto, sem distinguir os membros. Como as lunetas serão variáveis, cada um deverá anotar cuidadosamente como vê, em sua luneta, uma pessoa a cada distância; veja suas feições, até que parte do retículo vai sua altura, etc.
Uma boa medida é regular sua arma para 300 metros, e nessa distância fazer a visada direta. Com o alvo a 500 metros, visar 40 cm acima do ponto de impacto desejado. A 800 metros visar um metro acima. Com estas referências o caçador poderá intercalar as visadas nas distâncias intermediárias.
A Influência do Vento
É possível que você deva atirar com vento forte, e quanto maior a distância do tiro, maior será a influência do vento. Primeiro observe a direção do vento. Se for de frente ou de costas pouca influência terá. De través (90 graus relativamente a visada), naturalmente desviará o projétil para a direção para onde o vento vai. Com o vento de uns 45 graus em relação a sua visada, a sua influência no desvio do projétil será a metade da de través.
Além de observar a direção do vento em relação a linha de visada, você terá que avaliar a velocidade dele. Com a intensidade de uns 5 Km/h, se pode senti-lo no rosto. Com uns 10 Km/h ele move ligeiramente as folhas das árvores e com uns 15 Km/h o vento levanta poeira e arrasta folhas soltas de papel.
Você sabe que seu projétil demorará quase um segundo para percorrer os primeiros 500 metros e mais outro tanto para os 300 metros seguintes. Desta forma, um vento de través de 5 km/hs pode desviar seu tiro de cerca de um metro a 500m e de dois metros a 800m. Além disso a velocidade do vento pode variar na distância atirador-alvo. Como você vê, o vento complica, mas se você vê uma boa oportunidade, calcule o desvio provável e arrisque.
Tiro Com o Alvo em Movimento
Alvos em movimento são difíceis de atingir. Estando o alvo em movimento, o caçador deverá sempre acompanhar o movimento. O esperar a passagem por um ponto e disparar nunca acertará o alvo. Ainda assim o acompanhamento deverá visar um ponto futuro, a frente do alvo. Esse ponto, com o alvo andando a 90 graus, a velocidade normal de caminhada, será de 30 cm a 300 m de distância e de quase um metro a 500 m. A distâncias maiores será muito difícil o sucesso.
Quando o alvo se desloca da esquerda para a direita do atirador destro fica ainda mais difícil de atingi-lo, e se deve aumentar em 50% a distância da visada devido a natural parada no momento do disparo. O controle dessa parada quando se acompanha o alvo que se desloca para a nossa direita é muito difícil, mesmo para os atiradores mais experientes.
A não ser em uma circunstância excepcional, tenha paciência e espere o alvo parar.
Lembre-se que o “ponto futuro” de impacto deverá incluir, além da estimativa do movimento do alvo, a avaliação do desvio causado pelo vento e a altura da visada em função da distância do alvo.
Movendo-se para Ocupar uma Posição
Na preparação, teste a arma a distância de 300m e verifique se a camuflagem do pessoal e equipamento está adequada ao local. Evite o uso de capacete. Abasteça-se de munição, água e rações suficientes e do material que vai necessitar. Evite levar coisas em excesso.
Estude no mapa o local provável da posição e o itinerário para chegar lá. Escolha para o deslocamento, um horário que prejudique a possível observação do inimigo, como a noite ou com neblina, fumaça ou ainda com o sol a sua retaguarda.
Desloque-se lentamente, de uma posição desenfiada para outra, mudando frequentemente de direção. Pode, em certas ocasiões, dar uma corrida curta até um local abrigado ou coberto, mas normalmente é melhor evitar ter pressa. Rasteje se necessário.
Ocupando a Posição
Escolha cuidadosamente um local que ofereça bom campo de tiro, que não tenha pontos de referência para o inimigo. Cuide da camuflagem, inclusive do fundo. É importante que a silhueta do caçador não seja projetada sobre o horizonte ou sobre um fundo diferente. Verifique a posição do sol nos vários horários. Evite o sol de frente. Posicione, com igual cuidado, seu Observador de forma a poder ouvi-lo, na indicação de alvos e na correção do tiro. O Auxiliar pode ficar mais a retaguarda. Avalie as distâncias aos diferentes pontos do campo de tiro. Use um mapa, se dispuser. Verifique a direção e velocidade do vento.
Escolha posições de muda, se possível com caminho desenfiado pois depois da alguns tiros você tenderá a ser localizado. Tiros mal sucedidos são ainda mais facilmente localizados pelo inimigo. Você deve abandonar a posição após dois tiros perdidos pois ao terceiro a sua localização pelo inimigo será muito provável. A noite procure trocar de posição após cada tiro.
Principais Empregos Táticos do Caçador
Em qualquer situação, a missão do Caçador será de causar baixas, e com isto diminuir o potencial de combate do inimigo e afetar-lhe o moral. Esta tarefa, conforme a situação, pode ter uma finalidade específica e um posicionamento caracteristicamente mais adequado. Na Marcha para o Combate um caçador pode ser empregado contra alvos de ocasião, se marchar na vanguarda, junto ao escalão de combate. Também pode fazer parte de uma flancoguarda com a missão de proteção, se os campos de tiro forem compatíveis. Na ofensiva normalmente o Caçador é empregado para apoiar o avanço com fogo de precisão. Antes do ataque executa tiros de inquietação sobre quaisquer alvos assinalados e durante o ataque sobre os alvos que mais prejudiquem a progressão. Pode ficar em determinada posição, ocupar posições sucessivas ou acompanhar uma fração da tropa.
No ataque a posições fortificadas ou em ambiente urbano aumenta a necessidade dos tiros de precisão e os Caçadores serão ainda mais requisitados. Em situações estáticas e nas defensivas o Caçador costuma executar tiros longínquos sobre os alvos selecionados. Pode também proteger uma área de flanco ou área propícia a infiltrações ou cobrir um obstáculo ou um campo de minas.Nos movimentos retrógrados, o Caçador é útil para facilitar o desengajamento e para retardar o inimigo, além das numerosas oportunidades de causar baixas, mas é importante que disponha de um meio de transporte rápido para a retirada.
O Caçador pode fazer parte de patrulhas, principalmente das patrulhas de combate. Havendo disponibilidade pode ser usado também nas patrulhas de oportunidade, mas é em emboscadas que o emprego do Caçador se revela mais eficiente. Uma emboscada, de qualquer tipo, aumentará muito sua eficiência se dispuser de um ou mais caçadores em reforço. O Caçador pode, com sua equipe ou mesmo isolado, fazer emboscadas eficientes. Aliás, todo o tiro do Caçador assemelha-se a uma emboscada.
O Caçador e sua equipe ainda podem infiltrar-se em território inimigo e mesmo em sua retaguarda, quer com uma missão específica quer em busca de oportunidade de causar dano. Ainda que esta seja uma ação perigosa, os efeitos costumam ser compensadores. É muito forte o efeito moral sobre o inimigo quando começam as baixas em terreno que ele considerava seguro. O ponto crucial nessa missão é o retorno às linhas amigas, que pode ser por infiltração ou com uma missão especial de resgate.
Outras Missões
Sua posição pode ser privilegiada para colher informações. Procure observar os seguintes elementos a respeito do inimigo: Localização/horário; Efetivo; Atividade e Equipamentos. Estes dados formam a sigla LEAE. Se for o caso, use seu auxiliar como mensageiro. Também lhe pode ser pedido para regular o tiro de artilharia ou morteiros. É simples; basta informar o azimute do alvo e pedir para alongar/encurtar o tiro, e chegar para a direita/esquerda nas distâncias que você avaliou. Esta função pode ficar com o seu Observador, se ele for habilitado.
A duração de sua missão pode ser de vários dias, mas chegará o momento em que terá de retrair. Você pode inclusive ter que antecipar o retraimento por necessidade tática.
Os cuidados no retraimento devem ser tão cuidadosos como os do deslocamento para a infiltração, pois agora o inimigo deve ter ciência de sua presença e costuma intensificar a observação e o patrulhamento quando começar a notar a presença de um caçador. Você terá a tendência a ser menos cuidadoso por estar cansado e ansioso por voltar para local seguro. Fique atento a todos os detalhes. Se possível escolha a escuridão, a neblina ou a fumaça para o momento de retrair. Você poderá necessitar abandonar algum material. Armadilhe-o se possível ou o destrua. Se não puder, oculte-o. Ao chegar apresente imediatamente um relatório sucinto ao Estado Maior da Unidade.
Blog e Livro
Os artigos relativos ao “Projeto–Aventura Desafiando o Rio–Mar”, Descendo o Solimões (2008/2009), Descendo o Rio Negro (2009/2010), Descendo o Amazonas I (2010/2011), e da “Travessia da Laguna dos Patos I (2011), estão reproduzidos, na íntegra, ricamente ilustrados, no Blog http://desafiandooriomar.blogspot.com.
O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre. Pode ainda ser adquirido através do e–mail: hiramrsilva@gmail.com.
Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:
http://books.google.com.br/books?id=6UV4DpCy_VYC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false.
Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva
Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA); Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS); Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar (IDMM); Vice Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil - RS (AHIMTB); Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB); Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS); Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.
Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br - Blog: http://desafiandooriomar.blogspot.com - E–mail: hiramrs@terra.com.br
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