Um homem que exerce o seu mandato com compromisso e respeito à população que o elegeu!
José Antônio Reguffe, de 38 anos, foi o deputado federal mais bem votado do país em termos proporcionais. Escolhido por 266.465 eleitores, o equivalente a quase 19% dos eleitores do Distrito Federal, ele superou fenômenos televisivos, como Tiririca, e integrantes de clãs políticos tradicionais.
No primeiro dia de trabalho, o parlamentar expediu seis ofícios à diretoria-geral da Câmara. Abriu mão do 14° e do 15° salários reduziu o número de assessores no gabinete, cortou gastos com salários de assessores e diminuiu sua verba de atividade parlamentar.
Como morador de Brasília, naturalmente também abriu mão do auxílio-moradia e das passagens aéreas.
As medidas resultarão em uma economia de R$ 2,4 milhões nos próximos quatro anos. Se elas fossem seguidas por todos os 513 deputados, a economia chegaria a R$ 1,2 bilhão no mesmo período.
O parlamentar tomou medidas idênticas quando exerceu o mandato de deputado distrital em Brasília. Além de ter demonstrado que é possível um parlamentar trabalhar sem mordomias em excesso, o deputado brasiliense teve uma votação que prova como isso está em sintonia com o que pensa o eleitor.
O primeiro ofício que José Antônio Reguffe enviou à diretoria-geral da Câmara foi para pedir que não fossem depositados em sua conta os dois salários que os depurados recebem anualmente chamados de “ajuda de custo”. Trata-se, na prática, de um 14° e um 15° salários, de R$ 26.723,13 cada. Ao longo dos quatro anos de mandato, a medida levará a uma economia de R$ 21.3785,04 para a Câmara.
– Esse foi um compromisso com meu eleitor. Não acho que seja correto que um deputado tenha direito a salários extras. Todo trabalhador recebe treze salários por ano. Portanto, nada mais lógico que um representante desse trabalhador também receba apenas treze salários por ano. É o justo – disse o deputado sobre a decisão.
COTA PARLAMENTAR
A Câmara criou uma cota para custear todos os gastos dos parlamentares com seu trabalho. Com valores que vão de R$ 20 a 34 mil mensais, o dinheiro deveria ser usado para pagar despesas com passagens aéreas, selos, telefone, combustível, aluguel de carros e pagamento de consultorias. Como a fiscalização é muito frouxa, são frequentes os indícios de uso irregular. Reguffe pediu que sua cota fosse reduzida de R$ 23 mil para R$ 4,6 mil. Em quatro anos, a economia será de R$ 88.464,00.
– Esse valor (R$ 23 mil) é exorbitante, excessivo. O mandato parlamentar pode ser exercido com qualidade a um custo bem menor para os contribuintes. Pela minha experiência na Câmara Legislativa, acho que R$ 4,6 mil é um valor viável. É suficiente para manter o gabinete funcionando bem – comentou.
VERBA DE GABINETE E ASSESSORES
Os deputados têm direito a R$ 6 mil para contratar até 25 assessores para seus gabinetes. Reguffe estabeleceu junto à direção da Câmara que terá no máximo nove assessores e que não gastará mais que R$ 4,8 mil com os vencimentos, uma redução de 20% na verba. Só com os salários, a economia será de R$ 62,4 mil ao longo dos quatro anos do seu mandato. Mas ainda há o enxugamento de benefícios. Apenas com vale-alimentação dos dezesseis funcionários que não serão contratados, a Câmara economizará R$ 51.456,00 até 2014.
– O número de assessores a que um parlamentar tem direito é excessivo. Nós precisamos de bons Técnicos para exercer um mandato digno. Agora, 25 assessores... Se todos vierem trabalhar, o gabinete não comporta nem a metade. É um gasto que parece servir como uma espécie de estatização de cabos eleitorais. Eu tenho um gabinete que vai me servir bem, que vai me dar amparo, sem precisar de tanta gente – frisou o deputado.
Do Blog do Jornalista Flávio Azevedo.
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