Secretária da Gestão Pública durante a gestão de Nedson Micheleti em Londrina vai ocupar cargo mais importante do governo Dilma, no lugar de Palocci
A presidenta Dilma Rousseff convidou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para ocupar a Casa Civil, no lugar de Antonio Palocci. A informação foi confirmada agora pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) é filiada ao partido desde 1989 e, em 2002, compôs a equipe de transição do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela é mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e assumiu a presidência do PT no Paraná em 2008.
Gleisi disputou uma vaga para o Senado em 2006 e concorreu à prefeitura de Curitiba em 2008, mas só no ano passado conquistou a primeira vitória nas urnas. Foi diretora financeira da Itaipu Binacional e secretária de Gestão Pública de Londrina (PR) e de Reestruturação Administrativa de Mato Grosso do Sul. É advogada e tem 45 anos.
Primeira entrevista
Na primeira entrevista concedida depois de indicada para substituir o ministro Antonio Palocci na chefia da Casa Civil, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) garantiu que a articulação política do governo não faz parte das atividades que assumirá quando tomar posse amanhã. Gleisi falou aos jornalistas numa das comissões do Senado, rodeada de colegas petistas, entre eles, o líder Humberto Costa (PE) e a senadora Marta Suplicy (SP). Ela agradeceu à presidente Dilma pela confiança em sua capacidade de trabalho.
"Vou fazer o trabalho que a presidente Dilma está pedindo, que é um trabalho com foco em gestão. Ela quer o funcionamento da Casa Civil na área de gestão, de acompanhamento dos projetos. A presidente disse que meu perfil se encaixa àquilo que ela pretende na Casa Civil. É uma ação de gestão, é com isso que eu estou comprometida", afirmou, lembrando que conhece Dilma desde quando trabalharam na equipe de transição do primeiro governo do presidente Lula.
Sendo Palocci o terceiro ocupante da Casa Civil que deixa o cargo por não conseguir se defender de denúncias - após José Dirceu e Erenice Guerra - a nova ministra negou a existência de uma "maldição" no cargo. "Não há maldição na Casa Civil", rebateu. "Temos um projeto extraordinário de transformação desse País, que inclui mudanças na vida das pessoas, é com esse projeto que estou comprometida", referindo-se ao compromisso que diz ter com o projeto de inclusão social do governo Dilma.
Gleisi adiantou que ao contrário do que ocorre hoje no Senado, adotará uma postura diferente na Casa Civil, sem discriminar as propostas sugeridas por senadores da oposição. "Amanhã vou conversar sobre a relação no Senado, falar dos meus posicionamentos inclusive com os senadores da oposição, a quem respeito muito", afirmou, ao ser questionada sobre a queixa da oposição quanto ao seu modo de "tratorar" os interesses do governo no Senado.
Senadora arrecadou R$ 7,9 milhões para campanha
Nas eleições do ano passado para o Senado, a nova ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), conseguiu o maior volume de arrecadações, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram pouco mais de R$ 7,9 milhões, enquanto o segundo colocado, o senador Roberto Requião (PMDB), obteve cerca de R$ 3 milhões.
Além do diretório nacional do PT, que repassou R$ 1,9 milhão à campanha, o principal doador foi a empreiteira Camargo Corrêa, com R$ 1 milhão. A Construtora OAS foi responsável pela colocação de R$ 500 mil na campanha, enquanto a OAS Empreendimentos contribuiu com outros R$ 280 mil. Outra das grandes construtoras que ajudaram financeiramente na eleição da senadora é a CR Almeida, com R$ 250 mil. Entre os bancos, apenas o Fator aparece na prestação de contas, tendo doado R$ 100 mil.
Agência Brasil e Agência Estado
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Um comentário:
Vamos esperar que pelo menos ela aja de acordo com suas palavras. Para mim so o fato dela ser petista ja a desclassifica mas como quem a escolhe nao sou eu, entao vamos esperar que pelo menos ela nao faca o mesmo que seus tres antecessores. Basta que nao participe de falcatruas e nem use do cargo para enriquecimento ilicito e favorecimentos a parentes e a si propria. Afinal ela e o marido sao ministros e o salario que recebem deve ser suficiente para que vivam com dignidade. Abraco Pedro. Tereza
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