segunda-feira, 18 de julho de 2011

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE

Paulo Barretto

Em 1789 com a publicação do livro O Contrato Social de autoria do suíço Jean Jacques Rousseau, começou uma nova era para a humanidade.

As ideias libertárias divulgadas pelo livro serviram como um estopim para explodir as monarquias, acabar com os privilégios do clero e da nobreza e abolir a servidão e os direitos feudais. Rousseau cunhou a frase “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, que é um lema que ressoa até hoje.

Em 14 de julho de 1789 houve a tomada da Bastilha, em 1790, o confisco de todos os bens do clero e em 1791, Luís XVI foi preso. O poder foi para as mãos de Danton, depois para Robespierre que implantou um regime de terror, mandando para a guilhotina seus adversários e membros da nobreza. Suas atrocidades revoltaram a população e foi a causa de um golpe de Estado que eclodiu anos após e no qual foi deposto, preso e guilhotinado. Já no final da Revolução Francesa surgiu Napoleão Bonaparte, que se tornou Imperador e conquistou quase toda a Europa. Em 1812 sofreu uma grande derrota na invasão da Rússia, quando perdeu grande parte de seu exército. Em 1815, na batalha de Waterloo contra os ingleses e prussianos, foi derrotado definitivamente e preso na Ilha de Santa Helena, onde morreu em 1821.

Os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade de Rousseau nasceram na França, mas emigrou para outros países e deram seus melhores frutos nos Estados Unidos, criando a democracia liberal que, infelizmente, com o passar dos anos, foi sendo desvirtuada por um subproduto espúrio, o capitalismo selvagem, que concentrou riquezas nas mãos de uma pequena minoria e agravou a situação econômica da maioria.

O povo continuou subjugado, não mais pelo absolutismo monárquico, mas pela dependência financeira, pela exploração do homem pelo homem, pelo uso sem ética do capital. O mesmo aconteceu com os países pobres, vítimas indefesas da ganância das nações ricas.

Em 1917, inspirado na ideologia teorizada e pregada por Karl Max e Friedrich Engels um grupo de opositores ao regime czarista provocou na Rússia a primeira vitória da revolução socialista da história. Lá foram extintos os padrões do capitalismo e do liberalismo. Engels pregava um socialismo científico e possível para a época, quando afirmava que a cada um será dado segundo a sua produção. Max, mais profundo e visualizando um socialismo utópico realizável somente no futuro, dizia que a cada um será dado segundo suas necessidades.

O liberalismo e a democracia pregam a liberdade individual e das nações, mas permitem a desigualdade social e a concentração de renda. O socialismo soviético ofereceu justiça social e justa distribuição de renda entre todos, mas, o regime foi implantado à força e com violência, excluindo a liberdade.

Como se vê ambos tem parte boa e parte negativa. O ideal é fundir o que há de melhor nas duas ideologias, ou seja, a liberdade vigente nos países que optaram pela democracia e uma justa distribuição de renda e justiça social que são indissociáveis do socialismo.

O que se observa hoje é uma aproximação gradativa dos dois inimigos históricos que se digladiaram por quase cem anos, denunciando o outro lado pelo que tem de pior e fazendo propaganda da parte boa de sua ideologia.

Mas isso está mudando. Hoje, nos países capitalistas os empresários e o poder público estão oferecendo aos trabalhadores melhores salários, condições de trabalho mais favoráveis e até participação nos lucros. No outro lado, os governos socialistas estão concedendo mais liberdade aos seus cidadãos, permitem livres associações, além de outras vantagens que seriam impensáveis tempos atrás. A guerra fria não existe mais, as tensões entre os inimigos de outrora estão desaparecendo e já existe um relacionamento mais amigável na política e nos negócios.

Pelas Leis da Vida, a evolução se faz passo a passo. Nos últimos trezentos anos vivenciamos monarquias tirânicas, liberalismos egoístas e imperialistas, socialismo sem liberdade e imposto pela força. Agora estamos maduros para o próximo passo, que é alcançar o socialismo com liberdade, que será aceito livremente por todos porque é o caminho irreversível da evolução e, também, a doutrina que Cristo nos ensinou.

Indicação do amigo Luiz Antonio Domingues

Um comentário:

Laguardia disse...

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