Americano Stephen Sawyer quer renovar a ideia que a atual geração faz de Jesus Cristo, herói do século XXI. A reinvenção de quem, para os cristãos, é o filho de Deus gerou um fenômeno artístico nos Estados Unidos
Com peitoral marcado, braços musculosos e atitude de vencedor, o Cristo chegou inclusive à capa do jornal 'The New York Times'. 'Um Chuck Norris de sandálias', assim definiu-o a publicação.
O autor dos desenhos, o artista Stephen Sawyer, de 58 anos, criou o projeto Art4God para tentar aproximar os jovens da religião.
'Todos somos evangelistas de alguma coisa', disse Sawyer à BBC. 'Sou o pregador do homem que viveu há dois mil anos e continua sendo meu herói. '
A-BD comenta:
Dá para entender a intenção do artista. Devemos, sim, levar Jesus às pessoas de qualquer idade e em qualquer lugar. Mas é preciso criar um Jesus ao gosto do público apenas para conquistar a simpatia das pessoas?
Jovens costumeiramente são os mais enérgicos ativos de todas as faixas etárias no que diz respeito às ações e disposições (as crianças são ativas por natureza). Logo, é normal propor certas estratégias diferenciadas para a juventude. As igrejas costumam promover congressos, o Governo está sempre preocupado com o futuro profissional, as escolas estão repletas de jovens, e por aí vai.
Mas quando o assunto é Jesus, não dá pra revogar. Se Sua Palavra diz que Ele é o mesmo, ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8), por que devemos mudar a Sua essência e apresentá-Lo de uma maneira diferente do que Ele é? Ou Ele é “chato” o bastante para desagradar a mocidade? Será que não existem milhões de jovens espalhados pelo mundo (muitos dos quais estão a ler este texto) que aceitaram Cristo como Ele é e como a Bíblia diz que Ele é, sem que humanos teçam Sua imagem?
Mais uma vez fica a reiteração: levar Cristo às pessoas é sempre importante. Mas não podemos deixar de mostrar quem é o Salvador fugindo da Sua natureza, Seu jeito manso e humilde, Seu jeito de fazer justiça, Sua forma de perdoar, mas também de punir, Seu toque, Sua voz, Seu olhar...
Pessoas que se dispõem a conhecer Jesus verão o quão suficiente Ele é a ponto de não necessitar de intervenções humanas para descobrir as benesses que Sua aprazível natureza proporciona.
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