terça-feira, 13 de setembro de 2011

FORTE DE SANTA TECLA, BAGÉ, RS

Hiram Reis e Silva, Bagé, RS, 12 de setembro de 2011

Não estou preocupado apenas com o passado. Estou preocupado com a forma como o passado é trazido para o presente para disciplinar e normalizar. (Thomas Popkewitz)

Aproveitando, mais uma vez, minha estada em Bagé fui fazer uma visita, desta feita, ao sítio do Forte de Santa Tecla. Como pesquisador estava interessado em conhecer o local, a biografia do autor do projeto, detalhes de sua construção, data de conclusão da obra, sua história, mas antes de tudo queria descobrir quem fora Santa Tecla que emprestara seu nome à Fortificação. A falta de sinalização não impediu que chegássemos ao vigia da área, senhor Delmar Soares Delgado, funcionário da Universidade da Região da Campanha (URCAMP) que manifestou sua indignação em relação ao tratamento dispensado àquele Patrimônio Histórico Nacional pelas autoridades responsáveis.

Pulamos a cerca e nos deparamos com uma lápide à frente do fosso que protegia a entrada do Forte de onde os marginais haviam arrancado as placas de cobre que identificavam o Patrimônio Histórico. Algumas pedras dispersas e o formato curioso do relevo nos permitiam imaginar as antigas estruturas da Fortaleza. Apenas dois grandes poços circulares, hoje cobertos por grades, sobreviveram à ação das tropas, do tempo e dos vândalos. As duas imagens, que acompanham o presente artigo, da planta baixa do Forte e de uma vista aérea da região permitem que se tenha uma idéia da antiga construção.

- Santa Tecla

Fonte: Frei Jacir de F. Faria - A vida secreta dos apóstolos e apóstolas à luz dos Atos Apócrifos.

A origem do termo Apócrifo é grega – “Apokryphos” que significa oculto ou não autêntico. Os religiosos o usam para designar os documentos do início da era Cristã, que tratam da vida e dos ensinamentos de Jesus, que não foram incluídos na Bíblia Sagrada por serem considerados ilegítimos.

E após a exibição, Trifena novamente a recebeu. Sua filha Falconila havia morrido e disse para ela em sonhos: Mãe: deverias ter esta estrangeira, Tecla, como a mim, para que ela ore por mim e eu possa ser levada para o lugar dos justos.
(Atos de Paulo e Tecla)

Atos Apócrifos de Paulo e Tecla” conta que quando Paulo passou por Icônio, cidade de Tecla, ela ficou sentada no pé da janela vizinha de sua casa, escutando noite e dia a sua pregação. Aí ela permaneceu três dias e três noites, sem beber e comer. Sua mãe, Teocléia, mandou chamar o seu noivo Tamiro. Este, ansioso por ver Tecla apressou-se a vir. “Onde está, a minha Tecla, para que eu possa vê-la?”, exclamou.

Teocléia acusou Paulo de seduzir as virgens da cidade com a sua pregação. De Tecla, ela disse que estava apaixonada pelo estrangeiro Paulo. “Como aranha na janela, fascinada pelas suas palavras, está dominada por um desejo e uma terrível paixão”, disse.

Tamiro articulou com Demas e Hermógenes denunciar Paulo ao Governador Castélio. Reunido o povo, oficiais e chefes, ele logrou levar Paulo ao Governador. Este mandou prender Paulo, até que se pudesse averiguar melhor os fatos.

Sabendo do ocorrido, Tecla foge, à noite, de sua casa, suborna o porteiro e o carcereiro da prisão com pulseiras e espelho de prata, para encontrar-se com Paulo. E ali, ela permaneceu sentada, ouvindo a pregação de Paulo.

A visita de Tecla a Paulo na prisão teve como consequência a flagelação e expulsão de Paulo de Icônio. “Atos de Paulo e Tecla” relata que:

O Governador ordenou que Paulo comparecesse perante o tribunal. Mas Tecla estava parafusada no lugar onde Paulo havia sentado na prisão. E o Governador ordenou que ela também fosse levada ao tribunal e ela foi com uma alegria imensa. E quando Paulo compareceu no tribunal, as multidões gritavam violentamente: É um bruxo! Fora daqui! Mas o Governador escutou alegremente Paulo falando das obras santas de Cristo. Depois de conferir com o seu conselho, ele intimou Tecla e disse: Por que não casas com Tamiro segundo as leis de Icônio? Mas ela continuou olhando seriamente para Paulo e como nada respondesse, Teocléia, a mãe dela gritou: Queima o perverso; queima-a também no meio do teatro, ela que não quer casar; para que todas as mulheres que foram ensinadas por este homem tenham medo.

O Governador, então, condenou Tecla a ser queimada viva. Logo após a sentença do Governador, diz Atos de Tecla e Paulo, que:

Imediatamente o governador se levantou e foi para o teatro. Toda a multidão saiu para ver esse espetáculo. Mas como uma ovelha no deserto olha ao redor, procurando o pastor, assim Tecla ficou procurando por Paulo. Olhando para a multidão, ela viu o Senhor sentado com o semblante de Paulo e ela disse: Como se eu não estivesse capaz de sofrer, Paulo, tu vieste atrás de mim? E ela olhou intensamente para ele, mas ele subiu para o céu. Os rapazes e as moças trouxeram lenha e para que ela pudesse ser queimada. Mas quando ela apareceu nua, o Governador chorou e admirou o poder que estava nela. Os algozes prepararam a lenha e mandam-na subir na pilha. Ela fez o sinal da cruz e subiu na pilha. Acenderam o fogo e, se bem que um grande fogo se alastrasse, não a atingiu. Deus, tendo compaixão dela, provocou um ruído no subsolo e uma nuvem carregada de água e granizo cobriu o teatro por cima e derramou de vez, de maneira que muitos ficaram em perigo de morte. O fogo foi apagado e Tecla salva.

Tecla saiu dali e encontrou-se com um dos filhos de Onesífero, que tinha ido à cidade para comprar pão para Paulo e sua família que havia fugido com Paulo de Icônio para Dafné. O menino levou Tecla para encontrar-se com Paulo. Ela o encontrou rezando, em um túmulo, pela libertação de Tecla. Ambos se alegraram pelo ocorrido. Ali mesmo, eles celebraram a Eucaristia. Tecla quis cortar os cabelos para seguir Paulo, mas ele não permitiu, dizendo que ela era muito bonita e que ainda podia se apaixonar por outro homem. E ele lhe disse também, aludindo ao batismo:

Tecla tem paciência, receberás primeiramente a água.

Depois deste ocorrido, Onosífero voltou com a família para Icônio e Paulo seguiu viagem com Tecla para Tessalônica. E aconteceu que quando estava em Antioquia, Alexandre, um notável da cidade e organizador dos jogos no circo, apaixonou-se por Tecla e quis comprá-la de Paulo. Paulo negou que a conhecesse. Alexandre abraçou na rua. Tecla, então, gritou amargamente:

Não violentes a estrangeira, não violentes a serva de Deus. Eu sou uma das pessoas mais influente em Icônio, mas porque não quis me casar com Tamiro, eu fui expulsa da cidade. E, agarrando Alexandro, ela rasgou a sua capa, arrancou sua coroa e fez dele uma chacota.

Esta sua atitude lhe causou, por influência de Alexandre, o enfrentamento das feras em um circo, conforme costume romano. Tecla assumiu diante do governador que havia desafiado Alexandre. A tradição apócrifa conta que Tecla enfrentou feras no circo diante do povo reunido, Alexandre, o Governador e, sobretudo mulheres e crianças. Antes, porém, uma rainha de nome Trifena, a tomou sob sua proteção, em substituição à sua filha Falconila, que havia morrido. Assim, Tecla se manteve pura, sem ser violentada, para o sacrifício.

A primeira fera enfrentada por Tecla foi uma Leoa. Tecla foi amarrada sobre ela e esta lambia os seus pés tranquilamente. No dia seguinte, Tecla foi levada a mando do Governador para enfrentar leões e ursos. Trifena a acompanhava. Tecla foi tirada de sua proteção, despida e jogada no meio das feras com um cinto nas mãos. Um urso e um leão que avançaram sobre Tecla foram mortos por uma leoa que defendia Tecla. A multidão das mulheres gritava pela sua morte. A leoa que defendia Tecla também morreu.

Enviaram muitas feras, enquanto ela, de pé, estendia suas mãos e rezava. Quando terminou de rezar, ela se virou e avistou um grande poço cheio de água e disse: Agora está na hora de me lavar. Ela se jogou (no poço), dizendo: Em nome de Jesus Cristo, eu me batizo a mim mesma no meu último dia. Quando as mulheres e a multidão a viram, choraram e disseram: Não te jogues na água! Até o governador chorou porque as focas iriam devorar tal beleza. Ela se jogou, pois, na água em nome de Jesus Cristo, mas a focas, tendo visto um raio de relâmpago, morreram todas e ficaram boiando na superfície; e houve ao redor dela uma nuvem de fogo, de maneira que as feras não conseguiram tocá-la e que ninguém a viu nua.

Outras feras foram soltas para atacar Tecla. Com o perfume e flores que as mulheres jogaram, estas ficaram hipnotizadas e não atacaram Tecla. Por fim, Tecla foi amarrada a touros terríveis, os quais tinham ferros aquecidos amarrados em suas genitálias. Isto foi preparado para que Tecla fosse destruída pelos mesmos. Ocorreu que, diante daquele espetáculo, a rainha Trifena desmaiou, a chama que rodeava Tecla consumiu as cordas e Tecla ficou livre. O governador mandou parar o espetáculo. Alexandro se arrependeu do que havia feito e implorou a libertação de Tecla.

Ainda no meio das feras, o Governador perguntou-lhe:

Quem és tu? E qual é o escudo que te rodeia, para que nenhuma fera te toque? Ela respondeu: Eu sou a serva do Deus vivo. Quanto ao que me rodeia, eu acredito no Filho de Deus no qual ele se compraz. É por isso que nenhuma dessas feras me tocou; pois somente ele é a plenitude da salvação e o alicerce de vida eterna. Pois ele é o refúgio dos naufragados, a consolação dos oprimidos, o amparo para o desesperado; por isso mesmo, quem não acreditar nele não viverá, mas morrerá para sempre. Quando o Governador ouviu aquilo, ele mandou que roupas fossem trazidas e lhe disse: Vestes estas roupas. Mas ela respondeu: Aquele que me vestiu quando estava nua no meio das feras, vestir-me-á com a salvação no dia do julgamento.

Após este diálogo, Tecla se vestiu. O governador publicou um decreto soltando Tecla. As mulheres da cidade gritaram louvando Deus por este ocorrido. Sabendo que Tecla fora libertada, Trifena, com uma multidão, foi encontrar-se com Tecla. Ela proclamou a fé na ressurreição, acolheu Tecla em sua casa e lhe prometeu passar os seus bens. Tecla ficou ali oito dias. Pregou a Palavra de Deus. Muitas empregadas se converteram.

Sabendo que Paulo estava em Mira, Tecla vestiu uma capa que a fez parecer homem. Reuniu rapazes e moças e foi ter com Paulo. Quando este a viu com homens pensou que uma nova tentação teria caído sobre ela. Tecla lhe disse que havia recebido o batismo. Paulo a conduziu para a casa de Hermias e ouviu a sua história. Tecla havia levado roupas e ouro, oferecidos por Trifena. Ela os deixou com Paulo. Após o encontro com Paulo, Tecla foi para Icônio pregar a Palavra de Deus. Em Icônio, ela ficou na casa de Onesífero. Ela prostrou-se sobre o lugar onde Paulo havia sentado e ensinado a palavra de Deus. Ela gritou:

Meu Deus e Deus desta casa onde a luz brilhou sobre mim, Jesus Cristo, Filho de Deus, meu Salvador na prisão, meu salvador perante o governador, meu salvador no fogo, meu salvador no meio das feras, só tu és Deus, a ti a glória para todo o sempre. Amém.

Quando Tecla estava em Icônio, ela se deu conta que Tamiro, seu antigo noivo havia morrido. Encontrando viva a sua mãe, Tecla disse:

Teocléia, minha mãe, podes acreditar que o Senhor vive no céu? Pois se desejas riquezas, o Senhor as dará por mim, mas se desejas tua filha, eis que estou aqui ao teu lado”.

E vida de Tecla, narrada em Atos de Paulo e Tecla, termina afirmando que:

Tendo assim dado o seu testemunho, ela se dirigiu para Selêucia e iluminou a muitos pela palavra de Deus. Depois repousou num glorioso sono.

Tecla morre aos 90 anos, em Selêucia, depois de converter muitos pagãos. Seu corpo foi sepultado nessa cidade, onde foi erguida uma grande igreja em sua homenagem. Atualmente parte de suas relíquias está em uma catedral em Milão.

- Bernardo Lecocq Onesy

Bernardo Lecocq Onesy, filho do engenheiro militar de origem flamenca Pedro Lecocq e da irlandesa María Onesy nasceu em Corunã, Espanha, a 10 de fevereiro de 1734. Faleceu em Montevidéu, no dia 7 de dezembro de 1820. Como engenheiro militar desempenhou atividades importantes no Vice-Reino do Rio da Prata, onde comandou o Real Corpo de Engenheiros.

Estudou na Academia de Nobres Artes de Madrid e, em 1753, iniciou sua carreira militar como engenheiro, sendo seu primeiro destino Cataluña como Subtenente Delineador. Em 1770, dois anos após a reordenação do Real Corpo de Engenheiros como uma arma independente, Lecocq foi designado para a Banda Oriental, na fronteira com Brasil. Em 1772, foi nomeado Engenheiro Extraordinário na cidade de Buenos Aires, e em 1773 acompanhou a expedição do governador de Buenos Aires Juan José de Vértiz y Salcedo.

No contexto da invasão espanhola de 1763-1776, o governador saiu do Prata com destino à Coxilha Grande com uma guarnição de 5.000 homens, em 1773, com o objetivo de expulsar os portugueses do território gaúcho. Atingiram Santa Tecla, no início de 1774, posto avançado da estância de São Miguel das Missões. Nesse local, considerado estratégico para o controle do trânsito das tropas que cruzavam a região, determinou ao engenheiro Bernardo Lecocq a construção de uma fortificação.

- Forte Santa Tecla

O Forte foi projetado na forma de um pentágono irregular, compreendendo baluartes de 5,5 metros de altura denominados de Santo Agostinho, São Miguel, São João Batista, São Jorge e um meio-baluarte de São Francisco. As muralhas de 3 metros de altura foram levantadas com leivas de barro socado (taipa) rodeado por um fosso de 9 metros de largura e 2,5 metros de profundidade e as construções, de pau-a-pique, distribuídas em torno da praça de armas. Suas dimensões aproximadas eram de 114 metros na face Norte, 77 metros na face Leste, 88 metros na face Sul, 62 metros na face Sudoeste e 83 metros na face Oeste.

Depois de vinte e seis dias de cerco as forças portuguesas, um contingente de 1.500 homens, sob o comando do sargento-mor Rafael Pinto Bandeira, forçaram os 250 espanhóis entrincheirados no Forte a renderam-se no dia 23 de março de 1776. Santa Tecla foi incendiado e arrasado.

O vice-rei do Brasil D. Luiz de Vasconcellos e Souza, acerca do progresso das demarcações devidas pelo Tratato de Santo Ildefonso, de 1777, informa:

Com a contradição manifesta aos sobreditos artigos, 4°, 5° e 6° do Tratado de Santo Ildefonso, 1777, pretendeu o comissário espanhol no progresso das demarcações das principais vertentes do rio Negro e Piraí, que o Forte de Santa Tecla, situado dentro do espaço intermédio, ficasse pertencendo à Espanha, torcendo-se e estreitando-se a linha divisória para a parte de Portugal, a fim de ficar salva a pequena distância de três quartos de légua, em que se acha o dito forte, depois de assinalados os limites de ambas as nações. Conserva-se presentemente este forte em tão mau estado, que nada perde a Espanha em se arrasar e demolir: os seus parapeitos estão por terra em quase todo o recinto, o seu fosso no nível da campanha, e os seus quartéis mal servem de abrigo a uma guarnição de quarenta homens.

A sua construção sempre foi a de um forte de campanha ou de registro, com figura irregular pentagônica, composto de três baluartes e de dois meio baluartes construídos de torrão, sem maior resguardo. A única utilidade que alucina aos espanhóis para se conservar o dito forte se reduz a impedir os contrabandos das inumeráveis cabeças de gado vacum de que abundam aquelas grandes campanhas: mas é certo que existindo semelhante fortificação no meio de uma região deserta, e cruzada, além disso, de tantas estradas e veredas, para Maldonado, Montevidéu, Missões, Rio Grande e Rio Pardo, nem se podem conseguir aquelas aparentes vantagens, nem também deixarão de ocorrer motivos de discórdia entre os vassalos dos dois domínios, por ficar aquela vigia tão próxima da linha divisória por parte de Portugal, e tão remota e separada das outras povoações pertencentes à Espanha, infringindo-se consequentemente as regras mais certas da recíproca segurança, que o mesmo Tratado prescreve. (...) de comum acordo se entrou a demarcar o terreno compreendido entre as vertentes do Ibucuí-guassu até as imediações da falda meridional do Monte-Grande. Então é que conheceu o nosso comissário que, aceitando a nova proposição que lhe fez o seu concorrente, de admitir o curto espaço de légua e meia entre os limites do terreno neutral, se podiam melhor adiantar e estender os domínios de S. M., sem se embaraçar, entretanto, com a única objeção de ficar inteiramente salvo e fora dos limites daquelas reservas o sobredito insignificante Forte de S. Tecla, que em qualquer caso de dever ou não existir, não embaraçava o recurso do expediente proposto, e só podia servir de obstáculo para não se verificarem as conhecidas utilidades, que se representavam para Portugal naquela demarcação. (...)

Não deixa, contudo, de fazer algum obstáculo à demarcação, o dito Forte de S. Tecla, por não exceder ali o terreno neutral a curta distância de légua e meia, ficando posto e aquela vigia em um lugar tão arriscado, e tão próximo à linha divisória, contra a forma estipulada no art. 6º. Mas, nem por isso deixou o primeiro marco do lado da Espanha de ficar muito contíguo ao dito forte, que não deixara por esse motivo de vir a ser demolido, como se deve esperar da prevenção com que D. José Varella tem premeditado mudá-lo para um dos três cerros de Bagé, que existem pouco mais de três léguas ao sudeste da linha divisória.

Reconstruída pelos espanhóis, em 1778, a fortificação foi definitivamente destruída em 1801, pelas tropas portuguesas, sob o comando do Coronel Patrício Correia da Câmara, primeiro Visconde de Pelotas, comandante do Regimento de Cavalaria de Dragões do Rio Grande do Sul.

Em 1811, Dom Diogo de Souza concentrou suas tropas para invasão da Banda Oriental do Uruguai no sítio histórico do Forte.

- Um Desastre chamado La Salvia

Em 1970, o arqueólogo Fernando La Salvia, da Universidade de Caxias do Sul, acompanhado do historiador, paisagista, poeta, urbanista, artista plástico, arquiteto e engenheiro Francisco Riopardense de Macedo realizaram escavações no sítio histórico e encontraram as fundações do Forte, comprovando sua existência. Nestas escavações foram ainda encontrados pregos, pedaços de ferro, cerâmica e louça. Os pesquisadores acharam, nos dois poços que mencionei no início do artigo, rodas de carretas maciças, uma culatra de canhão, pedaços de móveis e outros materiais que podem ter pertencido ao Forte. La Salvia levou todo o acervo encontrado no sítio arqueológico para sua residência. A Família de La Salvia, após sua morte, se desfez de todo o material que, possivelmente, foi parar no lixo.

– Livro

O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, na rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br) e na Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre.

Para visualizar, parcialmente, o livro acesse o link:
http://books.google.com.br/books?id=6UV4DpCy_VYC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false.

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)

Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)

Vice-Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil/Rio Grande do Sul

Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)

Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

E–mail: hiramrs@terra.com.br

Nenhum comentário: