Tem a versão do fato e a aversão ao fato. De fato, dê fato. – (Gudé).
Por José Eugênio Maciel
de decibéis na redação. Como a máquina fazia barulho, as pessoas falavam muito alto.
E eu me lembro que, quando implantaram o sistema de computadores, foi aquele
silêncio, aquela coisa estranha. Parecia até outra redação, porque ninguém
mais gritava, todo mundo passou a falar mais baixo.Eu tinha é muita força.
E fazia muito barulho”.
Zuenir Ventura – jornalista e escritor
Quando é possível visito a redação desta “Tribuna”, e, como sempre, sou bem recebido, inclusive com cafezinho. A prosa flui espontânea, vieram às reminiscências, atualidades e tendências. Colaborador do Jornal há 23 anos, eu acompanhei a trajetória da Tribuna do Interior, incontáveis vezes no interior da “Tribuna”. Naquela visita de sábado passado, os repórteres Walter Pereira e Clodoaldo Bonete me diziam o quanto é intensa a evolução tecnológica, tudo em tão pouco tempo surge revolucionário e imediatamente é superado, afirmam, contextualizando o que é utilizado para produzir um jornal.
O início da impressão colorida, hoje corriqueira que pode até passar desapercebida, eu sugeri – não apenas eu, claro - que a edição de domingo precisaria ter o jeito, a cara dos domingos, quando o público tem mais tempo para ler, prestar atenção, refletir e mesmo relaxar. Valia-me da condição de leitor assíduo dos grandes jornais brasileiros, como sou até hoje, que premiavam já à época o público leitor com um conteúdo digno de um domingo. Nos últimos tempos da atualidade – sem carecer especificamente mencionar as matérias - a Tribuna do Interior tem hoje consolidada tal preocupação, parte em razão do trabalho profícuo de outros profissionais que passaram pela sua redação. A preocupação atual e ações são pautadas na amplitude e variedade de temas que tornam os dias dominicais atraentes, instrutivos, com informação e formação agradáveis, de excelente conteúdo jornalístico, acessível aos mais diversos interesses e gostos. Ana Carla Poliselli, Dilmércio Daleffi, além do próprio Clodoaldo Bonete e o Walter Pereira, cada vez mais oferecem a nós leitores conteúdos jornalísticos primorosos. E tem mais um elemento constitutivo, eles são da casa, exercerem com esmero e brilho a tão importante profissão.
Não faço aqui favor algum ao escrever um pouco sobre o que faz a rapaziada da “Tribuna”, eles atuam em meio à correria para cumprir prazos, tudo para assegurar que a outra meninada jornaleira entregue bem cedo os exemplares, cotidianamente.
Ao me despedir daquele encontro no último sábado, lembrei da primeira vez que entrei numa grande redação, a da Folha de Londrina, nos tempos do saudoso João Milanez. Conheci o efervescente cotidiano da feitura de um jornal graças ao meu irmão Egídio Brizola, jornalista que lá trabalhou durante décadas na Editoria, e hoje tem o seu jornal em Rio Verde, Goiás. Era um amplo salão, muita gente mergulhada na pauta, a batida nas máquinas de escrever sem parar: notícias acontecendo, registros, gente escrevendo, falando ao telefone, chegando, saindo, teclas e seus ruídos intensos, um barulho que bem ilustrou o jornalista Zuenir.
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